quinta-feira, 30 de maio de 2024

CORPUS CHRISTI - Vinde, todos, adoremos e rendamos graças ao Senhor!


 Cardeal Odilo Scherer

A

 Solenidade de CORPUS CHRISTI, nos coloca diante do grande tesouro da Igreja, a Eucaristia. Todos os domingos celebramos, e também todos os dias; desta vez, porém, nossa atenção concentra-se sobre o próprio Mistério da Eucaristia; acolhendo mais uma vez este dom inefável, adoramos, agradecemos, louvamos e nos alegramos no Senhor.

Os textos da liturgia de Corpus Christi fazem menção a diversos significados e percepções da fé da Igreja na Eucaristia. É “memorial” da paixão, instituída por Cristo na última ceia, pouco antes de padecer a cruz. As palavras de Jesus dão significado ao gesto da entrega do pão e do vinho aos apóstolos: “é meu corpo entregue por vós; é meu sangue, derramado por vós”.

Jesus refere-se àquilo que aconteceria logo em seguida: ele se entregou “por” nós sobre a cruz, em nosso favor; seu sangue derramado é redentor, como para os hebreus, no Egito, foi o sangue dos cordeiros pascais, untado nos umbrais das portas. A última ceia de Jesus com os apóstolos era a ceia da Páscoa judaica, na qual se comia o cordeiro pascal. Jesus lhe dá novo significado, como “ceia da nova e eterna aliança”, selada no seu próprio sangue.

A Liturgia faz constantes referências a este aspecto “sacrifical” da Eucaristia, ceia pascal dos cristãos. Antes da comunhão, a Eucaristia é apresentada ao povo com estas palavras: “eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Na cruz, Jesus é o “cordeiro imolado” entregue inteiramente pela nossa redenção, “para que não pereça todo aquele que nele crê”. Por esta “entrega por nós”, alcançamos misericórdia, perdão e vida sem fim.

A Eucaristia é também “sinal de unidade e vínculo da caridade” (S. Agostinho). Chamando a atenção da comunidade de Corinto para a dignidade da celebração Eucarística, Paulo recorda que “o pão que partimos é comunhão com o corpo e o sangue de Cristo” e, portanto, “nós todos somos um só corpo”, em Cristo (cf 1Cor 10,16-17).

No Prefácio da Santa Eucaristia, o celebrante proclama: “fazeis de todos nós um só coração, iluminais os povos com a luz da mesma fé e congregais os cristãos numa mesma caridade”. A Eucaristia é banquete de irmãos à mesma mesa, unidos todos numa só família, “em Cristo”. Nela, nossa comunhão no amor de Cristo e na mesma fé da Igreja é significada e realizada. Por isso, o dissenso da fé eclesial e a orientação individualista e egoísta da vida são atitudes contrárias à participação neste sacramento.

A Eucaristia é também “pão da vida eterna”. Após o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus convida as pessoas a procurarem “o pão vivo descido do céu”, que é ele próprio: “eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jo. 6,51). Cristo quer continuar a ser o alimento da nossa fé. E quem dele se nutre, “viverá para sempre” (cf Jo.6,58).

A Eucaristia é celebrada aqui na terra “até que Ele venha”. Por isso, ela também é sinal e anúncio profético da grande esperança que vem da nossa fé: aquilo que acolhemos na penumbra da fé e celebramos por sinais na terra, é o mesmo que ainda esperamos e se tornará plenamente manifesto na vida eterna: “anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”.

Quanta riqueza, na Eucaristia! Não é sem razão que, em Corpus Christi, a Igreja adora e aclama este “sublime Sacramento” – “Sacramento de Jesus Cristo e da sua Igreja”! Vinde, todos, adoremos e rendamos graças ao Senhor!

Mensagem do dia... 30/05/2024

 


domingo, 26 de maio de 2024

REFLEXÃO PARA A SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE – 26/05/2024

 

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

N

a primeira leitura temos o comentário do livro do Deuteronômio sobre a sabedoria de Deus, sua onipotência e sua bondade em escolher Israel como seu povo e a resposta que Israel deverá dar ao Senhor, através da observância aos seus mandamentos e assim ser feliz, juntamente com seus filhos.

No Evangelho, esse mesmo Deus reúne seus discípulos e os envia a toda a terra para batizarem todos os povos e pregarem sua doutrina, seus mandamentos, prometendo estar com eles todos os dias até a consumação dos tempos.

Na segunda leitura, a Carta aos Romanos nos diz que o Espírito Santo nos conduz, pois somos filhos de Deus, herdeiros de Cristo.

Deus, apesar de sua onipotência e onisciência, confia ao Homem a tarefa de continuar a missão de Jesus. O Senhor ama a Comunidade dos Cristãos e quer que ela visibilize a presença de Cristo no meio dos homens. Mais, Ele quer que ela, a Igreja, batize seus fiéis em Seu nome e em seu nome os instrua. Será a Comunidade que vinculará o crente ao Senhor e dará ao crente a missão de trabalhar pela instauração do Reino de justiça, de paz e de amor, transmitindo a todos o que o Mestre ensinou.  

Será através da Igreja que Jesus Cristo permanecerá ao lado dos Homens, continuando a ser o Emanuel, Deus Conosco. Por isso, a Igreja deverá conscientemente evitar qualquer atitude que signifique distinção de pessoas. Ela é a família de Deus. Portanto, sua atitude para com todos, será de acolhida, de integração.

O modo de sermos Igreja, de acolhermos as pessoas, sejam elas quem for, será indicativo da autenticidade de nossa fé em Deus. Será aí, nessa acolhida, que veremos se o nosso Deus é o Pai de Jesus ou algum ídolo.

Fé em Deus e aceitação do outro, como ele é, expressa nossa adoração e serviço Àquele que não se envergonhou de se fazer um de nós, viver e morrer entre pecadores.

Crer na Trindade é crer que a cruz, instrumento de nossa salvação, é feita por duas madeiras que simbolizam amar a Deus e ao próximo. A haste fincada na terra e apontando para o céu, é o amor e o serviço a Deus. A trave, que está sustentada pela haste, é o abraço de amor e de serviço ao próximo. Nessa união de amor e de serviço a Deus e ao próximo encontramos Jesus, o Deus Conosco, o Deus Encarnado, a nossa salvação.

Mensagem do dia... 26/05/2024

 


sábado, 25 de maio de 2024

A SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE


Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá – PA.

N

ós festejamos a Solenidade da Santíssima Trindade, Deus Uno e Trino, Um só Deus em três Pessoas, Três Pessoas num único Deus. É o mistério dos mistérios. No entanto Ele é dado para nós e para a nossa salvação. Nós o adoramos, o glorificamos, porque Ele realizou infinitas maravilhas para o bem da humanidade. Ele mora em nossos corações e em nossas vidas. A seguir nós daremos uma visão a partir de alguns padres da Igreja, escritores do cristianismo dos primeiros séculos.

AS TRÊS COETERNAS PESSOAS

São João Damasceno, presbítero nos séculos VII e VIII afirmou que o Pai e o Filho e o Espírito Santo são três coeternas pessoas nas quais são veneradas, sendo um único Senhor Deus, tendo a unidade da natureza divina de modo que os seres humanos aclamam Majestade divina, Trindade Santa, liberta os seus servos das tribulações[1]. A Santíssima Trindade é amiga do ser humano sendo toda misericórdia.

A FÉ NA TRINDADE PREENCHE TUDO

São João Damasceno disse também que a fé em Deus ao qual nada se opõe, preenche todas as coisas sem ser por nenhuma circunscrita, antes Ele mesmo circunscreve tudo, porque tudo contém e a tudo provê, pois ela penetra todas as substâncias deixando-as intactas além de estar em todas as coisas, transcendente a toda substância, superior a toda coisa, superior pela sua divindade, bondade, plenitude, está sobre toda a ordem e a todo o poder, mais alto por essência, vida, palavra, inteligência. É o Deus que é a luz mesma, a bondade própria, a vida mesma, não recebendo de nenhum ser nem das coisas que existem, mas antes Ele mesmo é a fonte do ser por tudo aquilo que é, da vida, por tudo aquilo que vive, dá razão por todas as criaturas que fazem uso[2].

OS FIÉIS SÃO CHAMADOS A ACREDITAR NUM SÓ DEUS

Ainda segundo São João Damasceno, os fiéis são chamados a acreditar em um só Deus que é causa de todo o bem para todas as coisas, que prevê tudo antes que venha a existir, única divindade, poder, vontade, atividade, reino. O escritor também afirmou em acreditar num único Deus conhecido nas três perfeitas pessoas e venerado com um único ato de culto, objeto de fé e de adoração da parte de toda a criatura racional, de todos os fiéis cristãos, e essas pessoas são unidas sem mistura ou sem confusão, sem alguma distância no Pai e no Filho e no Espírito Santo, no nome no qual fomos batizados. Foi desta forma que o Senhor antes de voltar ao Pai pediu para que as pessoas fossem batizadas em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28,19)[3]

AS TRÊS DIVINAS PESSOAS

São Basílio de Cesaréia, bispo no século IV disse que o Pai criou todas as criaturas através o Filho que por sua vez o Filho realiza as obras a semelhança do Pai e o Filho leva as criaturas pela perfeição através o Espírito Santo[4]. De fato os céus foram criados pela Palavra do Senhor e o seu poder pelo sopro da sua boca (cf. Sl 32,6). Tudo isto se tratou da Palavra que era no princípio junto a Deus e é Deus (cf. Jo 1,1). O sopro da boca de Deus é o Espírito Santo da verdade que procede do Pai. É o Senhor que ordena, o Verbo que cria, o Espírito que confirma a obra criada[5].

A GRAÇA TRANSMITIDA

Orígenes, padre da Igreja no século III disse que a graça do Espírito Santo de Deus é comunicada a quem é digno , vem transmitida por Cristo e é operada pelo Pai segundo o merecimento daqueles que se tornam merecedores de recebê-la[6]. Uma e idêntica é a atividade da Trindade: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes atividades, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem de todos” (1 Cor 12,4-7, )[7]. Isto significa em modo claro que na Trindade não existe diferença, pelo fato de que aquilo que é dito do Espírito, vem transmitido mediante o Filho e dado por obra do Pai[8].

A UNIDADE NA TRINDADE

São Gregório de Nissa, bispo no século IV defendeu a unidade na Trindade cuja fé manifesta, diz que Deus é Uno e Trino ao mesmo tempo. O mistério é grandioso, infinito, imutável de modo que o ser humano não possui palavras humanas referentes a darem uma visão de Deus. No entanto a fé cristã leva a dizer que a Trindade está próxima do ser humano da qual ela habita em seu coração. Algumas atitudes são importantes como as do silêncio e amor para vivê-lo intensamente neste mundo. Se as palavras não dizem tudo, Deus permanece o mistério para vida humana e cristã na certeza de que ele deve ser adorado, amado pelos seus discípulos e discípulas e ao mesmo tempo seja proclamado aos povos. A análise dá-se por um tratado dogmático elaborado por Gregório de Nissa contra Ablábio[9], um eclesiástico para que assim não se falasse de três deuses[10], mas de um único Deus em três Pessoas.

Tertuliano, padre africano no segundo e no terceiro séculos, afirmou a unidade na trindade. Ele se opôs à Praxeas, o qual afirmava que o sofrimento não foi dado para o Filho, mas para o Pai, uma vez que para ele se o Pai está no Filho e o Filho está no Pai, quem sofreu foi o Pai e não o Filho. Tertuliano disse que a paixão foi assumida pela segunda pessoa, Jesus Cristo. Por isso, o autor africano afirmou a unidade em Deus, a qual é dada em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. É a unidade na substância, de modo que há um só Deus, mas não uma única Pessoa, no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Tertuliano afirmou que as três Pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo não podem ser vistas na condição, mas em grau; não em substância, mas em forma; não em poder, mas em aspecto, em uma substância, uma condição e um poder, enquanto Ele é um Deus, de onde estes graus, formas e aspectos são reconhecidos, sob o nome de Pai, Filho e Espírito Santo[11].

Nós somos chamados a viver o mistério de Deus Uno e Trino na vida familiar, comunitária e social. Ele é o princípio e o fim de todas as nossas atividades particulares, comunitárias, orações, ações pastorais e sociais. A nossa solidariedade é dada para com todas as pessoas que perderam tudo com as chuvas no Sul do País. Nós percebemos a ajuda de milhares de pessoas que estão possibilitando vida aos sofredores e às sofredoras. O Deus Uno e Trino abençoe a todas as pessoas e sobretudo aquelas mais pobres, aquelas que mais precisam de nossas ajudas.

Fonte: Vatican News

Mensagem do dia... 25/05/2024

 

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Orientações para Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão

ORAÇÃO DO MINISTRO

Senhor Jesus, Tu me destes a graça de ser Ministro e servo de Teu Corpo abençoado.

Quantas vezes levo o calor de Tua visita aos doentes da minha comunidade e distribuo Teu Corpo aos homens e mulheres famintos na hora da Celebração da Missa.

Tenho muita alegria em ser Teu servidor e poder encontrar pessoas simples, pobres, doentes e idosas esperando a visita reconfortadora de Teu amor.

Que eu seja digno servidor, que eu possa ter sempre na minha vida esta atitude de serviço e de dom que transpareceram tão belamente em Tua trajetória humana.

Hoje ainda, na glória, no mistério do sinal do pão, Tu Te entregas aos homens e Te serves de minhas mãos e de minha vida para fazer-Te oferenda.

1 – MINISTRO EXTRAORDINÁRIO DA SAGRADA COMUNHÃO

O Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão exerce um ministério. É um servidor e deverá conscientizar-se de que a sua preocupação deve estar voltada para uma relação intima entre o ministério, Jesus e a comunidade, ou seja, a pessoa deve carregar consigo que o ministério é estar a serviço de Jesus antes da comunidade, isto é, uma intimidade de pura espiritualidade, tornando essa comunidade mais cristã, mais missionária e ativa a caminho da salvação.

O Ministério requer a consciência do compromisso assumido mediante Cristo e a comunidade para isso o Ministro extraordinário da Sagrada Comunhão deve buscar conhecer melhor sua fé e o espírito de vivência comunitária e que seja um promovedor e transformador da fraternidade. Portanto todos os ministérios devem ser exercidos em um espírito de serviço fraterno e dedicação à Igreja, em nome do Senhor.

Todo Ministério só é completamente fortalecido quando nutrido pelo amor a Deus, ao irmão e ao serviço se fazendo comum união verdadeira e perpetuando pela consciência da missão que se torna testemunho no mundo promovendo a transformação que possa levar todos a salvação, lembrada sempre que Jesus é o centro da vida e de todo Ministério.

O Santíssimo Sacramento nas Comunidades

A presença do Santíssimo Sacramento nas Comunidades seja devidamente valorizada. Enquanto possível, deixem-se as Igrejas abertas em horário favorável à visita de pessoas, para oração. Procure-se ter na Igreja um local silencioso que favoreça o recolhimento e a oração.

Para que seja entronizado e conservado o Santíssimo Sacramento em capelas e centros comunitários, exigem-se as seguintes condições:

  • Que haja uma Comunidade suficientemente formada;
  • Que a Celebração da Palavra de Deus aconteça semanalmente, nos finais de semana;
  • Que haja pelo menos mais um encontro comunitário de culto eucarístico, com frequência semanal;
  • Ter ministros que cuidem com zelo da Reserva Eucarística;
  • Que a comunidade tenha uma capela ou edifício que ofereçam segurança e dignidade ao Santíssimo Sacramento;
  • Que a comunidade promova entre os fiéis, ambiente de respeito e de espiritualidade eucarística.

Missão

O Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão tem por objetivo de suprir uma necessidade da Igreja atribuindo além de assumir a identidade engajando-se mais profundamente na comunidade dando com maior intensidade sua contribuição para a construção do Reino de Deus e desempenhando com maior assiduidade sincrônica e harmoniosamente com os ministérios afins e outras pastorais da Igreja algumas atividades.

1 – Conhecer as necessidades da comunidade, seus apelos, as prioridades mais urgentes a serem respondidas.

2 – Conscientizar, a partir da realidade, dinamizando as tarefas comunitárias, sob a luz da Palavra de Deus.

3 – Apoiar os grupos da comunidade, ajudando-os a um trabalho participativo de comunhão. Ministério é serviço na comunidade.

4 – Cristo é o Pão da vida. O Ministro não só distribui o Pão Eucarístico, mas está comprometido com a “vida dos irmãos”.

5 – O Ministro deverá estar ligado profundamente a Cristo, dinamizando e fermentando a comunidade, promovendo a fraternidade.

6 – O Ministro é chamado a conhecer melhor sua fé, ao estudo permanente, e à vivência concreta da fé na comunidade, principalmente junto aos necessitados e doentes.

7 – É importante que o Ministro cultive sua fé, o espírito comunitário, cresça na consciência do anúncio do Reino de Deus e da denúncia daquilo que não constrói fraternidade. Cresça no dom de si mesmo, na espiritualidade Eucarística, visando transformação. Suas atividades são diárias e constantes, concentrados e, basicamente no servir.

8 – A de “servir o altar”, junto ao sacerdote durante as Missas, obedecendo a uma escala previamente elaborada no intuito de que haja um justo revezamento para que todos tenham oportunidade de participar tanto das Missas semanais, como nas dominicais.

9 – A visitação aos doentes: onde é realizado deverá ser realizada uma preparação do doente para receber o Sacramento despertando também os familiares para a consciência do sacramento. Este trabalho pode ser feito em conjunto com a Pastoral da Saúde, de tal maneira que, no mínimo uma vez por semana, esta seja efetuada pelo Ministro da Comunhão acompanhado do agente visitador da Saúde, visando uma perfeita integração em benefício do doente, realizando atividades que se complementam. Ao conforto espiritual para o corpo, oferecido pelo visitador da Pastoral da Saúde, acrescenta-se o “alimento da alma”, o Pão Vivo da Eucaristia, oferecido ao enfermo no momento da comunhão que, nesta específica ocasião somente ao Ministro caberá administrar.

10 – Irradiar sempre que oportuno, a mensagem da Palavra de Deus por ocasião das visitas, ou no ambiente comunitário, de forma evangelizadora.

11 – Formar a comunidade cristã através da Palavra de Deus, despertar-lhe a fé e prepará-la para celebração eucarística.

12 – Expor e repor o Santíssimo Sacramento, nos termos do CAN 943.

13 – Participar ativamente da festa de Corpus Christi.

14 – Zelar pela dignidade do culto eucarístico e de tudo que lhe diz respeito.

15 – Dar resposta ou tirar dúvidas com respostas concretas, senão buscar a resposta certa antes de passá-la.

Atitudes do Ministro

  • Considerando que a escala é passada com antecedência, numa eventualidade de coincidência de compromisso o Ministro é responsável por fazer a troca não deixando vaga a sua posição de servir.
  • A preparação para o cumprimento do serviço vem da total consciência e modo de cada um desde que se faça sintonia com Jesus e demais membros em atividade (Padre, equipe de liturgia, música e demais Ministros) a parte do Ministro não deve e não pode ser isolado, um ministério alheio.
  • Usar trajes adequados, que inspirem o respeito que a ocasião requer, porém, asseados e sem formalismo. Na Paróquia o Jaleco branco e a calça preta.
  • Apresentar-se com a aparência (penteado, maquiagem e unhas cuidadas) mantendo devidos cuidados que o lugar e a situação requerem;
  • Não utilizar acessórios que possam atrapalhar ou desviar a atenção;
  • Evitar distribuir a comunhão quando estiver com ferimentos, ataduras ou bandagens, sobretudo nas mãos e nos dedos;
  • Quando escalado o Ministro deve chegar ao mínimo 60 minutos antes do inicio da celebração.
  • Na chegada na Igreja, antes de iniciar os serviços a visita ao santíssimo é indispensável para a oração pessoal (colocar-se na presença a serviço de Jesus).
  • Contribuir sempre para arrumação que antecede a celebração, ajudar a observar detalhes.
  • Estar atento e em sintonia ao acontecimento e a alguma necessidade extra ou fato inesperado.
  • Ceder o lugar do serviço a outro, caso não esteja em condição adequada ao momento.
  • Ao final da missa ou celebração guardar todos os vasos litúrgicos e alfaias.
  • COMUNHÃO AOS ENFERMOS:
  • Onde há o Santíssimo: Os Ministros da comunhão devem levar, semanalmente, a Eucaristia para os Enfermos.
  • O Ministro, quando for levar a Eucaristia para os Enfermos, deve estar devidamente trajado, usando o jaleco e de calça preta e sapato.
  • Deve verificar antes se o doente já passou pela confissão junto ao sacerdote.
  • Para levar a comunhão, se faz necessário o uso da BOLSA VIÁTICO, TECA, SANGUINEO E O CORPORAL.
  • Deve-se recomendar à família que prepare uma mesinha com uma toalha branca, uma vela acesa, um crucifixo e um copo com água.
  • E que a família esteja reunida esperando e preparados. O acompanhante do doente, devidamente preparado, poderá receber a santa Comunhão. Neste caso, se o acompanhante não tem condições de participar da missa e celebração no dia.
  • Ao chegar, o Ministro deposita o Santíssimo na mesinha e diz aos presentes algumas palavras a todos para participar da alegria da visita e presença do Senhor Jesus.
  • Não é permitido dar a comunhão nas seguintes circunstâncias:
  • Dentro das doenças estão: pessoas em coma, pessoas que não podem deglutir, pessoas com constante respiração assistida, risco de vômito, febre alta que cause alucinações etc.
  • Adultos que tenham doenças mentais que privam do uso de razão.
  • Adolescentes e idosos com sérias deficiências intelectuais.

COMUNHÃO AO ENFERMO

M.: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

T.: Amém.

  • A paz esteja nesta casa e com todos os que aqui estão.

T.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Rito Penitencial

  • Na presença do Senhor, reconhecemos que somos pecadores (pausa) Confessemos nossos pecados.

T.: Confesso a Deus todo-poderoso…

M.: Senhor, tende piedade de nós!

T.: Senhor, tende piedade de nós!

M.: Cristo, tende Piedade de nós!

T.: Cristo, tende Piedade de nós!

M.: Senhor, tende piedade de nós!

T.: Senhor, tende piedade de nós!

M.: Deus todo poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.

T.: Amém.

Credo

Neste momento, deve-se rezar o credo.

Leitura do Evangelho (Do Dia)

  • Logo após fazer a Leitura do Evangelho e um breve comentário sobre o mesmo, segue:

Comunhão.

M.: Rezemos com amor e confiança a oração que o Senhor nos ensinou:

T.: Pai nosso

M.: Felizes os convidados para a Ceia do Senhor!

Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

T.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

M.: (ao que comunga) – O corpo de Cristo!

O que comunga: Amém.

Ação de Graças

  • Deve se fazer um momento de silêncio após a comunhão. Rezar a Ave-Maria.

Oração Final

Alimentados pelo pão espiritual, nós vos suplicamos, ó Deus, que, pela Eucaristia, nos ensineis a julgar com sabedoria os acontecimentos da vida e colocar nossas esperanças em Jesus Cristo, vosso filho e nosso irmão, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.

T.: Amém.

Abençoa-nos o Deus todo-poderoso, Pai, e Filho, e Espírito Santo.

T.: Amém.

Neste momento o ministro se despede de todos, desejando a paz de Cristo.

  • No caso de se levar a comunhão em hospitais, e não tiver uma mesa, o ministro deverá ficar segurando a Bolsa Viático nas mãos até o momento da comunhão.

VIÁTICO (COMUNHÃO PARA DOENTES EM ESTADO GRAVE)

Quando se leva a Comunhão para um doente em estado grave, do qual se espera em breve a morte, imaginando ser a última vez que ele irá comungar, denomina-se essa comunhão de “viático”. O doente já deve ter recebido a Unção dos Enfermos e está preparado pela confissão e apesar de estar mal, ter condições de comungar. As orações são as mesmas da “Comunhão para enfermos”, com pequenas mudanças a seguir:

  • Em vez do Credo, deve-se fazer a Renovação das Promessas Batismais:

M: Renovemos, então, agora as promessas de nosso batismo como sinal de fidelidade à Igreja. Portanto:

M: Renuncia ao demônio?

Todos: Renuncio.

M: E a todas as suas obras?

Todos: Renuncio

M: E a todas as suas seduções?

Todos: Renuncio

M: Crê em Deus, Pai Todo-poderoso, criador do céu e da terra?

Todos: Creio

M: Crê em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu?

Todos: Creio.

M: Crê no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna?

Todos: Creio.

M: Ó Deus todo-poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo e nos concedeu o perdão de todos os pecados, guarde-nos em sua graça para a vida eterna, no cristo Jesus, nosso Senhor.

Todos: Amém

  • Logo que der a Comunhão ao doente, o Ministro dirá:

M.: Que Ele te guarde e conduza à vida eterna!

  • A oração final será substituída pela seguinte:

M.: Oremos:

Ó Deus, nós temos em vosso Filho o caminho, a verdade e a vida: olhai com a bondade o (a) vosso (a) servo (a) N… e fazei que, confiando em vossas promessas e renovado (a) pelo Corpo e pelo Sangue do vosso Filho, caminhe em paz para o vosso reino. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo.

T.: Amém

M.: Que Deus esteja sempre contigo, te proteja com seu poderoso auxílio e te guarde em paz.

T.: Amém

OBSERVAÇÃO:

  • Observar se o doente engoliu a hóstia. Caso contrário, oferecer água para ele beber.
  • Caso o doente esteja com dificuldade para engolir, deve-se dar apenas um pedacinho da hóstia consagrada. (O próprio Ministro pode Comungar a parte restante da hóstia Consagrada).
  • SE UMA HÓSTIA CAI NO CHÃO: Tanto o fiel pode abaixar e pegar a hóstia e comungar, ou o ministro pegue a hóstia que pode ser colocada dentro de um sanguíneo para ser comungada depois pelo próprio ministro, ou dissolvida na água e colocada numa planta.

Não seria interessante o ministro pegar e comungar a hóstia que caiu e continuar distribuindo a comunhão, pois o comungar pede sempre uma atitude de silêncio interior e oração.

  • SE O DOENTE VOMITAR: QUANDO UMA HÓSTIA SE DISSOLVE, DEIXA DE SER A EUCARISTIA

“A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura enquanto as espécies eucarísticas subsistirem. Cristo está presente todo em cada uma das espécies e todo em cada uma das suas partes, de maneira que a fracção do pão não divide Cristo” (Catecismo, 1377).

Isso significa que Jesus estará presente nas espécies eucarísticas sempre que elas conservarem suas propriedades de pão e vinho.

Como consequência disso, se uma hóstia consagrada, por exemplo, é misturada com água ou é deglutida, ela vai se dissolver e, assim, deixa de ser a Eucaristia.

O mesmo acontece quando se joga água para dissolver o pouco de sangue de Cristo que fica dentro do cálice para “purificá-lo” depois da Comunhão. Neste caso, o vinho consagrado deixa de ser a Eucaristia.

De forma semelhante, deixam de ser Eucaristia as partículas microscópicas ou invisíveis que caem da hóstia consagrada. São partículas que, de tão pequenas, não são reconhecidas como “pão”.

Dito isso, quando alguém vomita depois de ter comungado, não vomita o pão eucarístico, não vomita o Senhor, vomita o que deve vomitar. Em um vômito, nem sequer existem as espécies eucarísticas. Neste caso, não se faz nada em especial. Simples e tranquilamente, limpa-se o local e pessoa.

  • 3. ADORAÇÃO EUCARÍSTICA

Sendo o pão uma comida que nos serve de alimento e conserva sendo guardada, Jesus Cristo quis ficar na terra sob as espécies de pão, não para servir de alimento às almas que o recebem na sagrada Comunhão, mas também para ser conservado no sacrário e tornar-se presente no meio de nós, manifestando-nos por este eficacíssimo meio o amor que tem por nós. Em toda forma de culto a este Sacramento é preciso levar em conta que sua intenção deve ser uma maior vivência da celebração eucarística.

As visitas ao Santíssimo, as exposições e bênçãos devem ser um momento para aprofundar na graça da comunhão, revisar nosso compromisso com a vida cristã; a verificação de cada um frente a Palavra do Evangelho, juntar-se ao silencioso mistério do Deus calado… Esta dimensão individual do tranquilo silêncio da oração, estando diante dele no amor, deve impulsionar a contrastar a verdade da oração, no encontro dos irmãos, aprendendo a estar com eles na comunicação fraternal.

  • 1. BATISMOS DE EMERGÊNCIA

Em caso de emergência, isto é, em perigo de morte, qualquer pessoa pode batizar. É bom, portanto, que se saiba batizar. Este é um serviço que pode ser feito de preferência pelo Ministro.

Deve ter certeza de que a criança está de fato bem doente, porque muitos mentem para não se preparar para o batizado solene.

COMO PODE SER FEITO O BATISMO DE EMERGÊNCIA NO HOSPITAL?

Em muitos, ou na maioria dos casos, não é possível a presença dos padrinhos no batismo de emergência. Outras vezes nem do pai. E, raramente, nem da mãe. Assim sendo devemos agir da seguinte maneira: Mesmo que pais e padrinhos não estejam presentes, o batismo pode ser feito. Para tanto basta a presença da enfermeira, médico, fisioterapeuta, ou outro profissionais, ou mesmo qualquer pessoa que esteja acompanhando outros pacientes.

  • COMPROVAR O BATISMO: Para comprar o batismo de emergência, se não houver um formulário apropriado, deve-se pegar um papel com timbre do hospital e escrever o nome completo da criança, data e local de nascimento; o nome dos pais e padrinhos se houver. É muito importante também orientar os pais para que apresentem este comprovante na Paróquia onde moram quando a criança receber alta do hospital para o registro no livro de batismo. Caso a criança venha a falecer, não precisa fazer o registro na Paróquia.

COMO FAZER O BATISMO? O batismo de emergência é válido como os que são feitos nas Igrejas, segundo o cerimonial. Em geral é uma cerimônia mais rápida. Proceder-se da seguinte maneira.

CELEBRANTE: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. TODOS: Amém. CELEBRANTE: A graça de Nossa Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do espírito Santo esteja contigo.

TODOS: Bendito seja Deus que nos reuni no amor de Cristo.

CELEBRANTE: (Diz o nome da criança) nós recebemos você com grande alegria na comunidade cristã. O nosso sinal é a cruz de Cristo. Por isso, vamos marcar você com o sinal de Cristo Salvador. Todos fazem o Sinal da cruz na fronte da criança.

Em seguida coloca-se um pouco de água num copo e faz-se a seguinte oração: Sois vós o Deus que chamais esta cri Sois vós o Deus que chamais esta criança (diz-se nome) para o batismo e seus pais o estão apresentando para este sacramento na mesma fé da Igreja. Pelo mistério desta água, fazei-a renascer pelo Espírito santo, para que como cristã, seja uma verdadeira testemunha de Cristo e de seu Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho na unidade do Espírito Santo. Amém.

Tomando o copo com água, derrama-se a água na cabeça ou testa da criança, e ao mesmo tempo em que a água está sendo derramada, pronunciam-se as seguintes palavras: (Diz-se nome da criança) nós que acreditamos na comunidade cristã, estamos apresentando você para ser integrado nesta comunidade. E eu (nome de quem batiza) em nome da comunidade cristã te batizo EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO”

Reza-se a oração do PAI NOSSO.

Bênção final: A bênção de Deus todo poderoso desça sobre vós em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. TODOS: Amém

Recomenda-se em seguida aos pais que, se a criança ficar boa, deve ser levada à igreja para o Padre fazer os ritos complementares e registrar o batizado. E se a criança vier a falecer, também é feito o registro dela?

  • O QUE NÃO DEVE OCORRER NA VIDA PRÁTICA DO MINISTRO
  • Ver o Ministério como status e não como um serviço
  • Ter dupla personalidade: ser amável pela frente e rancoroso pela costa
  • Curtir no coração certas rivalidades, indiferenças e inimizades com alguém
  • Falta de piedade ao entregar a hóstia ao comungante
  • Gostar de exercer o ministério só dentro da Igreja e perto do Padre
  • Usar vestes impróprias
  • Dizer fórmulas inventadas na hora de entregar a hóstia em vez de “O Corpo de Cristo”
  • Deixar para usar a veste de ministro somente na hora de distribuir a comunhão
  • Não ter zelo pelos objetos litúrgicos e alfaias
  • Achar que já sabe tudo e que só o seu jeito é certo e não buscar aprendizado dentro do ministério
  • Não ser verdadeiramente amigo dos outros membros do grupo
  • Não ser pontual chegando em cima da hora
  • Não se preocupar com a preparação que antecede a celebração porque espera que os outros façam
  • Achar que a missão de servir cabe só aos olhos do Padre, dos coordenadores e da comunidade
  • Deixar de contribuir para a arrumação do local após o termino da celebração, deixando para os outros, deve haver um consenso.

O que deve fazer o Ministro:

O ministro deve ficar na porta da Igreja acolhendo as pessoas para a Missa ou Celebração.

Zelar pela a arrumação do altar e dos Objetos Litúrgicos.

Comunhão nas duas espécies: Sempre que deixar as Âmbulas com as Hóstias e o Vinho para a Consagração, colocar uma gota de água em cada pequeno cálice.

Sentido da Gota de água no vinhoO sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a hóstia sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Ele põe algumas gotas de água no vinho simboliza a união da natureza humana com a natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele.

Nas entradas o Ministro, devidamente vestido com seu jaleco, deve acompanhar o Padre ou Celebrante na hora da missa ou celebração. Onde há o Santíssimo em frente ao altar, faz-se a genuflexão e onde não há o Santíssimo, apenas a vênia. Onde há espaço no altar o Ministro fica no presbitério ao lado do Padre ou celebrante.

Na falta dos Coroinhas:

Sino: Na hora da Missa toca-se o sino 4 (quatro) vezes: Sendo, na hora da Consagração: 1º Momento: Quando o padre estende a mão sobre as oferendas do pão e do vinho; 2º Momento: Após o padre terminar a consagração do pão dizendo: … “entregue por vós”. Ele eleva a hóstia e fica em silêncio; 3º Momento: Consagração do Vinho e o padre termina dizendo: … “em memória de mim”; 4º Momento: Quando o padre fala: “Eis o mistério da fé”.

Galhetas: Lembro que ao entregá-las, deve sempre se lembrar de entregá-las, com as alças viradas para o Padre.

O Ministro, Logo após o momento do Pai Nosso se dirigem à credencia para lavar as mãos e depois buscar o Santíssimo . Lembrando que o Santíssimo deve ser colocado sobre o Corporal, e nunca sobre a toalha da Mesa do altar.

Ao distribuir a comunhão: Quando for comunhão em uma espécie diz-se: “Corpo de Cristo” e quando for a duas espécies diz-se: “Corpo e sangue de Cristo”. Quando a comunhão é em uma espécie coloca-se na palma da mão esquerda do fiel e quando é nas duas espécies, o fiel pega a eucaristia com dois dedos – em forma de pinça e nunca o Ministro coloca-a na palma da mão.

Nunca lavar as mãos após a comunhão.

É expressamente proibida a exposição do Santíssimo Sacramento fora da Igreja. É proibido levar o Santíssimo para a casa.

Que todos os Ministros participem do momento de Adoração ao Santíssimo, conforme o costume da Comunidade.

Orientação:

  • As alfaias devem ser engomadas (Pala, Sanguíneo e Corporal)
  • Manter os vasos sagrados sempre limpos. Não lavar, os vasos sagrados de metal com Bombril ou Bucha que risquem, mesmo as esponjas. Passar pasta de Dente e não Kaol (Liquido de Polimento) para lustrar os vasos que são de metais, pois muitas vezes deixa resquícios e, também, zinabre o vaso sagrado.

Formas de se Receber a Comunhão:

A comunhão sob duas espécies é dom de Deus, direito dos cristãos e desejo de Cristo, sobretudo na ocasião de celebrações particularmente expressivas do sentido da comunidade cristã reunida em torno do altar, isto é, o domingo. São bem-vindos todos os esforços nessa direção, realizando o mandato de Cristo e a comunhão em sua perfeita forma. Nas Missas cotidianas celebradas em dia de semana, que não sejam festa ou solenidade, que se dê preferência à comunhão sob uma só espécie.

Ao lado disso, que os pastores não deixem de instruir os fiéis na doutrina católica a respeito da forma da Sagrada Comunhão, segundo o Concílio Tridentino. Antes de tudo, advirtam os fiéis que a fé católica ensina que, também sob uma só espécie, se recebe o Cristo todo (Cf. IGMR, 281-282).

A comunhão eucarística é um grande dom de Deus. Esse dom é dado e, portanto, distribuído. Não se deve chegar à mesa eucarística e tomar por si mesmo, a sagrada comunhão. Os únicos que podem fazê-lo são o presidente da celebração e seus concelebrantes. No caso, da comunhão sob duas espécies, a hóstia consagrada deverá ser intigida pelo ministro, antes de se dar a comunhão. Porém, é necessário que os ministros ordenados e extraordinários, periodicamente, orientem os fiéis de que a comunhão deverá ser tomada diante do ministro, evitando o perigo de profanação e desrespeito ao Santíssimo Sacramento. Nas comunidades, distantes da Zona Urbana, em que ocorre Missa apenas uma vez por mês, e no meio da semana, que seja permitido nesta ocasião à comunhão sob duas espécies, uma vez que aos sábados e domingos ocorrem somente as celebrações feitas por Ministros da Palavra.

A comunhão eucarística seja sob uma ou duas espécies poderá ser recebida pelos fiéis, na boca ou na mão. Apesar desta liberdade, a forma aconselhável de se receber a comunhão na Diocese de Itabira-Cel. Fabriciano é em pé e na mão, conforme as orientações da CNBB e da carta pastoral “Orientações para a comunhão sob as duas espécies”, de D. Odilon Guimarães Moreira. Os catequizandos que se preparam para receber a Eucaristia sejam cuidadosamente orientados sobre esta questão.

Uma atenção pastoral especial se dê aos celíacos (intolerância a glúten). Nas comunidades em que haja celíacos, cuide-se para que participem do banquete eucarístico pela espécie do vinho consagrado. Nesse caso, um cálice separado seja consagrado para esse fim.

Também merecem especial atenção os fiéis alcoólatras que não podem receber a comunhão sob as duas espécies. Estes deverão ter liberdade de comungar somente da espécie do pão consagrado sem que isso lhes cause qualquer constrangimento ou discriminação.

Que sejam sempre recordadas as palavras do Papa Francisco, a respeito da acolhida à Mesa Eucarística: somos facilitadores da graça e não fiscais. A Eucaristia é remédio para os fracos e não prêmio. Que a comunidade não aumente o sofrimento dos irmãos que fraquejam na fé. (cf. EG, n. 47)

  • COMUNHÃO NAS DUAS ESPÉCIES: O Ministro deve colocar pouco vinho no Cálice pequeno (Tenho percebido que estão exagerando na quantidade de vinho).
  • 6. A ESPIRITUALIDADE

O aprimoramento espiritual dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão deverá realizar-se dentro das seguintes normas:

A – Estudo e pesquisa dos documentos da Igreja com avaliações.

B – Retiros em grupo.

C – Formação por meio de cursos promovidos em âmbito regional ou paróquia.

D – Permanente atualização teológico – pastoral à luz da Eucaristia, buscando a santificação própria e do outro, atendendo com dedicação aos serviços caritativos.

Cada Ministro, por ser perante o mundo, testemunho da ressurreição e da vida do Senhor Jesus, e sinal do Deus vivo. Deve aprimorar-se na oração, praticar a penitência, conhecer os documentos da Igreja e viver a doutrina cristã.

O Ministro deverá estar ligado profundamente a Cristo, dinamizando e fermentando a comunidade, promovendo a fraternidade.

O Ministro é chamado a conhecer melhor sua fé, ao estudo permanente, e à vivência concreta da fé na comunidade, principalmente junto aos necessitados e doentes.

É importante que o Ministro cultive sua fé, o espírito comunitário, cresça na consciência do anúncio do Reino de Deus e da denúncia daquilo que não constrói fraternidade. Cresça no dom de si mesmo, na espiritualidade Eucarística, visando transformação.