Padre
Cesar Augusto, SJ - Vatican News
A |
primeira leitura, tirada do Primeiro Livro dos
Reis, nos relata um fato ocorrido quando em Israel sobreveio uma grande seca .
O Profeta Elias chegou a Sarepta e com fome e sede, pediu a uma viúva que
encontrou na entrada da cidade, água e pão. A pobre mulher disse que o que ela
possuía era o fim das reservas e que após se alimentarem, ela e seu filho
aguardariam a morte. Elias disse que não se preocupasse e que o alimentasse
primeiro, pois ela deveria confiar na promessa de Deus, de que nada faltará.
Ela acreditou e fez como o profeta mandou. O relato concluiu informando que, de
fato, nada faltou durante todo aquele estio.
Deus
tem compaixão dos pobres e, mais que com alimento, Deus abençoou a viúva com a
fé em sua palavra. A viúva, representando os fiéis pobres, mostrou que o pobre
espera tudo de Deus e não partilha o supérfluo, porque não o tem, mas partilha
o indispensável, o essencial para sua subsistência.
O
Evangelho nos fala de outra viúva pobre. É aquela que mereceu um elogio de
Jesus, quando depositou no cofre do Templo sua oferta. Recordemos o fato: o
Senhor estava com seus discípulos no Templo e observavam as pessoas. A atenção
deles foi chamada por pessoas bem-vestidas depositando grandes quantias no
cofre. Por outro lado, também não ficou despercebida, exatamente por causa do
contraste, a oferta da viúva, que humilde, depositou duas pequenas moedas que
não valiam quase nada.
Nesse
momento Jesus, levou-os a refletir sobre o que viam e observavam. Disse o
Senhor: “Em verdade vos digo, esta viúva deu mais do que todos os outros que
ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua
pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
Deus
não olha a quantia, Ele não precisa disso, é Deus! Ele olha a generosidade,
aquilo que nos torna semelhantes a Ele, a Jesus e aos santos. Discípulo do
Senhor é quem vive a generosidade, quem renuncia a tudo, para segui-lo.
Se
quisermos viver a santidade verdadeira, será necessário que o imitemos, que
“sendo rico, se fez pobre”, como nos ensina São Paulo na 2ª Carta aos
Coríntios.
A
segunda leitura nos ajuda no esclarecimento dessa generosidade, até onde ela
nos leva: “uma vez por todas, ele (Jesus) se manifestou para destruir o pecado
pelo sacrifício de si mesmo.” Cristo não nos deu tudo que possuía, mas foi
além, dando-nos a si próprio.
Uma
frase escrita pelo padre Leonel Franca, o jesuíta fundador da Universidade
Católica do Rio de Janeiro, conclui nossa reflexão: “Com o Absoluto não se
regateia, quem não deu tudo, não deu nada. O sacrifício deve ser holocausto!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Informe sempre no final do seu comentário o seu nome e a sua Cidade.