É
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imprescindível que neste momento criemos a
unidade do MFC Regional. Paradoxalmente nos deparamos com o mesmo estatuto,
carisma, objetivos e atuamos de forma diversificada (que é bom) embora adversa em muitas situações em um mesmo local.
Sentimos uma necessidade de levar a informação ao grupo base – é ele quem move
o MFC, e nos deparamos com falta de conhecimento primário em relação aos nossos
princípios básicos.
Precisamos
de uma política de nucleação ativa, precisamos atuar e conquistar a nossa
juventude, precisamos fortalecer o amor conjugal, precisamos buscar as famílias
que estão sem um norte, precisamos justificar a nossa existência como
movimento, precisamos nos manter firmes em nossos propósitos sem permitir que a
nossa igreja nos “converta” em uma pastoral, somos autônomos e isso faz toda a
diferença, pois podemos e devemos atuar aonde os outros não conseguem chegar,
por isso o nosso movimento é profético.
Outra
questão que necessita ser ampliada é o nosso sentimento de pertença. Pertencer
é fazer parte de algo, é estar contido em algo que eu quero, é ter identidade
com o que está se propondo e ou fazendo, por esta razão eu, você fazemos parte
do MFC. Pertencer é ter orgulho de fazer parte deste tecido social chamado
família e poder contribuir para o seu fortalecimento no âmbito muito maior, daí
ousarmos vivenciar a expressão “meu irmão”. É poder ir além dos quatro muros
que nos cercam e abraçar a todos que necessitam de humanidade.
Assim
amados irmãos, convocamos todo o NORDESTE para fazer deste momento, não só um
grande encontro de irmãos, mas um grande marco histórico para a retomada de uma
consciência plena de quem somos e o que queremos. Precisamos alinhar os nossos
projetos e propostas, todos nós acreditamos neste gigante chamado NORDESTE, e
temos orgulho de fazer parte dele e é por isso que vamos nos fortalecer para depois
crescer – esparramar.
Todos
nós acreditamos e amamos o nosso MFC e assim precisamos nos empenhar ao máximo
para construir este momento de encontro e fortalecimento. Contamos com o
empenho, com a dedicação, com o amor e a fé que move a cada um de nós de que é
possível fazer este momento acontecer de maneira transformadora. Confiamos em
cada um de vocês.
Propósito para a AÇÃO
Cada
Cidade – Estado deve trazer prontas para o NORDESTAÇÃO as conclusões do
primeiro estudo proposto pela EMC – Equipe de Metodologia e Conteúdo do ENA (a seguir).
CONTEÚDO Nº 1 – UM OLHAR SOBRE
A HISTÓRIA DO MFC
O MFC
tem uma história muito rica que sempre contribuiu, e contribui até hoje, para o
crescimento de todas as famílias que dela participaram e participam até o
presente. O MFC trouxe, e continua trazendo, uma maneira diferente de viver em
família, onde a principal força do seu carisma é o AMOR, que leva a família ao
caminho da vivência da verdade e da santidade.
A
grande questão é que revendo a história do MFC, constatamos que a realidade da
sociedade de décadas atrás era completamente diferente da que vivemos hoje. No
inicio o MFC contava com um grande apoio das paróquias (sacerdotes) e da CNBB,
participando ativamente do desenvolvimento da pastoral familiar, o que
atualmente não é uma realidade; são poucos os sacerdotes que apoiam o nosso
Movimento em algumas regiões do país ou cidades. Na sua caminhada histórica o
MFC sempre priorizou como seu compromisso a família, mostrando que a missão
desta não termina no seu interior, mas avança na construção da sociedade mais
solidária e humana que todos queremos, vendo, julgando, agindo e investindo na
humanização de todas as famílias, solidárias com a missão social da Igreja.
Nessa
revisão da história se você mefecista quiser entender toda a proposta do MFC,
faça uma leitura e converse junto com sua equipe-base sobre o que propõe o
documento “EIS O MFC”, para ter um melhor conhecimento do “SEU SER,
SUA VIDA, SUA AÇÃO”. Ao ler esse documento e também o livreto MFC: conhecendo,
amando, cuidando, editado recentemente pelo SENFOR - Secretariado Nacional
de Formação, poderemos compreender a grande contribuição do MFC no desenvolvimento
da espiritualidade e na vivência do evangelho pela família.
Questões para aprofundar a
reflexão
(conclusões
do primeiro estudo proposto pela EMC):
a)
Descreva como você ou a sua equipe-base conheceu o MFC.
b) O
que no MFC causou entusiasmo para que se filiasse?
c) O
que continua motivando a ser um MEFECISTA?
d) A
convivência no ambiente familiar está mais difícil hoje? Quais são as
dificuldades que enfrentamos?
e) Qual
o desafio do MFC para ser um elemento de formação e fortalecimento das
famílias?
f) Como
o MFC pode responder às famílias que estão em busca de uma espiritualidade
cristã?
Justificativa:
Como
justificativa e em conversa com Jorge Leão veio à luz o texto para nossa
reflexão (por favor, leias as entrelinhas):
O que move o grupo base?
Uma
questão primária que aponta para a mínima compreensão de quem construiu esse
espaço chamado equipe base: como está sendo a convivência na construção?
Outro
ponto crucial: as imagens geradas em nossa caminhada são processadas a partir
de qual lugar social?
Devemos
considerar que nossa referência maior para a reconstrução evangélica do mundo,
pelo chamado à profecia do novo mandamento de Jesus, é sempre a comunidade de
irmãos e irmãs que se reúnem para manter viva a chama do amor, externado no
concreto da partilha de dons e de bens.
Desse
modo, retomando a ideia da comunidade, a vida em partilha mantém-se como sinal
do Reino de Deus no mundo (Cf. Atos 4, 32-35). É este o traço diferencial da
equipe base: ser luz no mundo (Cf. Mateus 5, 14). A luz do amor mantém a
comunidade viva, pois é feita de mãos que se doam, participando do banquete
sagrado pela via do novo mandamento de Jesus (Cf. João 13, 34-35; 15, 12).
Somos
chamados, com isso, a profetizar por meio da participação na comunidade. É a
participação que garante a liberdade humana no mundo e fundamenta a práxis
evangélica como experiência do protagonismo em processo de semeadura. Por isso,
o divino Mestre nos envia a semear a palavra em comunidade. Ele não nos manda
sozinhos, mas em companhia de nossos amigos (Cf. Lucas 10, 1-3). Buscar uma
salvação sem a comunidade não nos compromete com as exigências do amor, pois
não há amor sem a experiência da partilha.
Daí
podermos afirmar que o processo pedagógico da práxis evangélica é sempre algo a
envolver-nos em um projeto comum, em torno de um objetivo comum, nascendo a
comunidade. Isto é, a comum unidade pelo vínculo do serviço e da doação. Quem
responde ao chamado de Jesus, se compromete em participar na comunidade e com
isso construir um projeto coletivo.
O
espaço denominado de "equipe base", na realidade do nosso MFC, só faz
sentido se permanecer viva a chama da unidade pela participação no amor. É isso
que dá sentido à nossa caminhada enquanto movimento de pessoas irmanadas pelo
trabalho da construção do Reino de Deus.
Outro
questionamento oportuno pode ser: que importância atribuímos à comunidade na
caminhada do MFC? Para ver acontecer o sonho de Jesus, que todos sejam um, como
eu e o Pai somos um (Cf. João 10, 30; 17, 21a), faz-se necessário possibilitar
que haja vida na comunidade. E a vida é o que move o sentido de uma equipe
base. Saber que não somos a resposta em si, mas caminhamos para sermos semente
de justiça e paz no mundo.
Quando
uma equipe base se fecha em seu espaço, ela perde o seu sentido maior de
existir. A via da legitimidade de um grupo de pessoas é a missão de ser
instrumento do amor de Deus no mundo, levando a mensagem de que não é vontade
de Deus que permaneçamos afastados da comunidade (como diz o livro do Gênesis
2, 18: "não é bom que o homem esteja sozinho").
Não
devemos limitar-nos a defender o que nos pertence. Quer seja uma opinião ou
mesmo um calendário de atividades rotineiras. O profeta tem a ousadia de
transpor os limites de seus muros. Diante da zona de conflito no mundo é que
testemunharemos a transformação do mundo de injustiças num mundo de justiça e
de paz.
O que
move uma equipe base, portanto, é a coragem de sair de si mesma e olhar para o
mundo, movida pela necessidade de sentir-se parte da construção do Reino de
amor trazido pela boa nova de Jesus de Nazaré. Ele que nos ensinou a caminhar
na trilha do serviço incondicional aos sofredores e esquecidos. Promover a
vida, onde ela foi ceifada e excluída, é a suma tarefa dos agentes
multiplicadores do movimento pela Paz, que é sinal de profecia num mundo
ausente da possibilidade de partilhar o dom da vida, que é fome de pão e de
justiça.
Este é
o sinal de que o espírito que move nossas equipes base traduz a fidelidade ao
projeto de Deus, transfigurado na mensagem revolucionária do Mestre divino
entre nós e em nós, vivo na partilha do pão em comunidade.
Explicando a LOGO:
NORDESTE não é só a maior região do Brasil com 09 estados, o
berço da colonização portuguesa, a segunda maior população, o terceiro maior
território, o segundo maior colégio eleitoral... é uma das mais importantes
regiões do país em que o MFC encontrou porto seguro para o seu fortalecimento.
Aqui talvez precisássemos recorrer à lucidez memorial de José Newton e
Ariadina, de Guilhermina e Margarida Rêgo, de Luiz Antônio e Reginaldo, de
Valverde e James, dos nossos amadosPadres Arnaldo e Manu para contar este
capítulo, pois se o MFC existe no Nordeste,estes citados mantém vivo o
aprendizado e muito contribuíram para o seu desenvolvimento.
NORDESTAÇÃO é um convite à ação efetiva, sendo esta orquestrada
ou não, o fato é que ela precisa existir (“grupo
que não faz se desfaz” MFC Salvador); precisamos ter instrumentos que
nos conduzam e projetos, que nos identifiquem como grupo que somos e este se dá
na prática, no exercício do fazer, do fazer fazendo, se efetiva na metodologia
participativa onde todos sabem e juntos compartilham e constroem.
A
transformação social que tanto sonhamos implica em co-participação de
diferentes atores sociais envolvidos no processo, atuando como protagonistas em
um propósito de (re)construção social e replicando uma nova concepção de mundo.
Nesta perspectiva é preciso sensibilizar as pessoas para a compreensão de que
há uma lógica possível dentro de um mundo excludente, é preciso empoderara
todos os MFCistas do nordeste, principalmente nos contextos populares, a fim de
tornar viável as atividades que desenvolvem com autonomia e a humanidade livre.
Precisamos conhecer o contexto no qual encontram-se inseridos, as situações que
precisam de intervenção e as alternativas para superação, utilizando para esta
finalidade a mediação e o ato comunicativo no processo de acompanhamento dos
grupos. Trata-se, portanto de um processo de reflexão-ação, característico dos
processos de comunicação marcados pela participação ativa dos sujeitos
envolvidos e pela valorização do saber local que se inter-relaciona com as
demais regiões do país.
É
importante neste contexto não esquecermos quem somos e qual é a nossa premissa,
reforcemos o nosso carisma e objetivos, para não corrermos o risco de fazer
ações, desenvolver projetos e atividades que são de obrigação do estado. Vamos
agir em conformidade com a nossa razão de ser.
FORMAÇÃO, este é um dos eixos permanentes do MFC. Por
diversas dificuldades geográficas e de ordem financeira nos limitamos a
encontros regulares com certa periodicidade, não sendo suficientes à construção
de uma consciência coletiva e motivadora no processo continuo de educação.
A
partir do senso comum coletivo juntamos no MFC o conceito de formação, aprendizado
e educação, que trazem consigo e implícito a natureza e ou fato de transmitir
conhecimento. Embora exista uma similaridade conceitual precisamos
distingui-los para uma ação mais ampliada.
O nosso
SENFOR – Secretariado Nacional de Formação nos bombardeia com um volume
constante de informações que nem sempre é utilizada na sua totalidade para a
construção e fortalecimento do “capital intelectual” do MFC. Os nossos
riquíssimos temários não conseguem exercer a sua função por ausência de um
direcionamento e capilaridade regional. A Fato& Razão é uma janela aberta
às mais ricas experiências do conhecimento humano e fortalecimento das
discussões dos grupos base (os que usam), O Atuação precisa encontrar o seu
eixo motor para tornar-se significativo e respeitado, e por fim os meios
sociais invadem as nossas casas trazendo as mais diversas possibilidades de
conhecimento, muitas vezes desconexas com a nossa realidade de movimento e
social.
Assim a
proposta do NORDESTAÇÃO é um
mix de consciência de quem nós somos e o que queremos, é um convite à ação
efetiva e uma expectativa de que podemos trabalhar a formação de uma forma
transformadora, assídua e direcionada ao fortalecimento e desenvolvimento do
MFC no Nordeste.
PARA QUEM:
Neste
momento para todos os coordenadores de grupos base e coordenações de cidade e
de estado.
ONDE E QUANDO SERÁ REALIZADO:
Cidade
de Aracajú – SE nos dias 16, 17 e 18 de outubro de 2015.
QUAL SERÁ O CONTEÚDO:
A
memória do MFC no Nordeste - Convidados
Alinhamento da Espiritualidade – Padres Manu, Arnaldo e Edilberto
O que
é o MFC – Convidados
Pré
ENA – Coordenação da Equipe de Metodologia
O que
nos move é o grupo base – Jorge Leão
O
líder Cristão no MFC – Rubens Carvalho
QUANTOS SOMOS: (previsão inicial de 153 pessoas)
CE –
11 Grupos – 22 pessoas
AL –
26 Grupos – 52 pessoas
SE –
03 Grupos – 30 pessoas (incluímos mais membros do local)
BA –
73 Grupos – 35 pessoas (V. da Conquista coordenações de área)
CONDIR - 08 pessoas.
Convidados - 03 pessoas
Padres – 03 pessoas
RECURSOS NECESSÁRIOS x VALOR
DAS INSCRIÇÕES:
Cada
cidade – estado deve bancar as despesas com transporte de seus participantes;
O valor
das inscrições será definido após fechamento do espaço onde será realizado,
constando de hospedagem, alimentação e mais a confecção de camiseta e materiais
(será rateado por todos), estima-se
um valor de R$ 200,00 por pessoa.
O QUE ESPERAMOS COM ESTE:
Criar
uma estrutura da SERCOM Nordeste
Criar
uma estrutura do SERFOR Nordeste
Uniformizar conhecimentos sobre o MFC e espiritualidade
Fazer
um censo fiel do nordeste
Definir critérios de participação do ENA e planejar o Pós ENA
Levar
formação a todas as bases
Fortalecer a pertença
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