sexta-feira, 15 de maio de 2015

Proposta de Formação para o MFC no Nordeste



É
 imprescindível que neste momento criemos a unidade do MFC Regional. Paradoxalmente nos deparamos com o mesmo estatuto, carisma, objetivos e atuamos de forma diversificada (que é bom) embora adversa em muitas situações em um mesmo local. Sentimos uma necessidade de levar a informação ao grupo base – é ele quem move o MFC, e nos deparamos com falta de conhecimento primário em relação aos nossos princípios básicos.

Precisamos de uma política de nucleação ativa, precisamos atuar e conquistar a nossa juventude, precisamos fortalecer o amor conjugal, precisamos buscar as famílias que estão sem um norte, precisamos justificar a nossa existência como movimento, precisamos nos manter firmes em nossos propósitos sem permitir que a nossa igreja nos “converta” em uma pastoral, somos autônomos e isso faz toda a diferença, pois podemos e devemos atuar aonde os outros não conseguem chegar, por isso o nosso movimento é profético.

Outra questão que necessita ser ampliada é o nosso sentimento de pertença. Pertencer é fazer parte de algo, é estar contido em algo que eu quero, é ter identidade com o que está se propondo e ou fazendo, por esta razão eu, você fazemos parte do MFC. Pertencer é ter orgulho de fazer parte deste tecido social chamado família e poder contribuir para o seu fortalecimento no âmbito muito maior, daí ousarmos vivenciar a expressão “meu irmão”. É poder ir além dos quatro muros que nos cercam e abraçar a todos que necessitam de humanidade.

Assim amados irmãos, convocamos todo o NORDESTE para fazer deste momento, não só um grande encontro de irmãos, mas um grande marco histórico para a retomada de uma consciência plena de quem somos e o que queremos. Precisamos alinhar os nossos projetos e propostas, todos nós acreditamos neste gigante chamado NORDESTE, e temos orgulho de fazer parte dele e é por isso que vamos nos fortalecer para depois crescer – esparramar.

Todos nós acreditamos e amamos o nosso MFC e assim precisamos nos empenhar ao máximo para construir este momento de encontro e fortalecimento. Contamos com o empenho, com a dedicação, com o amor e a fé que move a cada um de nós de que é possível fazer este momento acontecer de maneira transformadora. Confiamos em cada um de vocês.

Propósito para a AÇÃO
Cada Cidade – Estado deve trazer prontas para o NORDESTAÇÃO as conclusões do primeiro estudo proposto pela EMC – Equipe de Metodologia e Conteúdo do ENA (a seguir).

CONTEÚDO Nº 1 – UM OLHAR SOBRE A HISTÓRIA DO MFC
O MFC tem uma história muito rica que sempre contribuiu, e contribui até hoje, para o crescimento de todas as famílias que dela participaram e participam até o presente. O MFC trouxe, e continua trazendo, uma maneira diferente de viver em família, onde a principal força do seu carisma é o AMOR, que leva a família ao caminho da vivência da verdade e da santidade.

A grande questão é que revendo a história do MFC, constatamos que a realidade da sociedade de décadas atrás era completamente diferente da que vivemos hoje. No inicio o MFC contava com um grande apoio das paróquias (sacerdotes) e da CNBB, participando ativamente do desenvolvimento da pastoral familiar, o que atualmente não é uma realidade; são poucos os sacerdotes que apoiam o nosso Movimento em algumas regiões do país ou cidades. Na sua caminhada histórica o MFC sempre priorizou como seu compromisso a família, mostrando que a missão desta não termina no seu interior, mas avança na construção da sociedade mais solidária e humana que todos queremos, vendo, julgando, agindo e investindo na humanização de todas as famílias, solidárias com a missão social da Igreja.

Nessa revisão da história se você mefecista quiser entender toda a proposta do MFC, faça uma leitura e converse junto com sua equipe-base sobre o que propõe o documento “EIS O MFC”, para ter um melhor conhecimento do “SEU SER, SUA VIDA, SUA AÇÃO”. Ao ler esse documento e também o livreto MFC: conhecendo, amando, cuidando, editado recentemente pelo SENFOR - Secretariado Nacional de Formação, poderemos compreender a grande contribuição do MFC no desenvolvimento da espiritualidade e na vivência do evangelho pela família.

Questões para aprofundar a reflexão
(conclusões do primeiro estudo proposto pela EMC):
a) Descreva como você ou a sua equipe-base conheceu o MFC.
b) O que no MFC causou entusiasmo para que se filiasse?
c) O que continua motivando a ser um MEFECISTA?
d) A convivência no ambiente familiar está mais difícil hoje? Quais são as dificuldades que enfrentamos?
e) Qual o desafio do MFC para ser um elemento de formação e fortalecimento das famílias?
f) Como o MFC pode responder às famílias que estão em busca de uma espiritualidade cristã?

Justificativa:

Como justificativa e em conversa com Jorge Leão veio à luz o texto para nossa reflexão (por favor, leias as entrelinhas):

O que move o grupo base?
Uma questão primária que aponta para a mínima compreensão de quem construiu esse espaço chamado equipe base: como está sendo a convivência na construção?

Outro ponto crucial: as imagens geradas em nossa caminhada são processadas a partir de qual lugar social?

Devemos considerar que nossa referência maior para a reconstrução evangélica do mundo, pelo chamado à profecia do novo mandamento de Jesus, é sempre a comunidade de irmãos e irmãs que se reúnem para manter viva a chama do amor, externado no concreto da partilha de dons e de bens.

Desse modo, retomando a ideia da comunidade, a vida em partilha mantém-se como sinal do Reino de Deus no mundo (Cf. Atos 4, 32-35). É este o traço diferencial da equipe base: ser luz no mundo (Cf. Mateus 5, 14). A luz do amor mantém a comunidade viva, pois é feita de mãos que se doam, participando do banquete sagrado pela via do novo mandamento de Jesus (Cf. João 13, 34-35; 15, 12).

Somos chamados, com isso, a profetizar por meio da participação na comunidade. É a participação que garante a liberdade humana no mundo e fundamenta a práxis evangélica como experiência do protagonismo em processo de semeadura. Por isso, o divino Mestre nos envia a semear a palavra em comunidade. Ele não nos manda sozinhos, mas em companhia de nossos amigos (Cf. Lucas 10, 1-3). Buscar uma salvação sem a comunidade não nos compromete com as exigências do amor, pois não há amor sem a experiência da partilha.

Daí podermos afirmar que o processo pedagógico da práxis evangélica é sempre algo a envolver-nos em um projeto comum, em torno de um objetivo comum, nascendo a comunidade. Isto é, a comum unidade pelo vínculo do serviço e da doação. Quem responde ao chamado de Jesus, se compromete em participar na comunidade e com isso construir um projeto coletivo.

O espaço denominado de "equipe base", na realidade do nosso MFC, só faz sentido se permanecer viva a chama da unidade pela participação no amor. É isso que dá sentido à nossa caminhada enquanto movimento de pessoas irmanadas pelo trabalho da construção do Reino de Deus.

Outro questionamento oportuno pode ser: que importância atribuímos à comunidade na caminhada do MFC? Para ver acontecer o sonho de Jesus, que todos sejam um, como eu e o Pai somos um (Cf. João 10, 30; 17, 21a), faz-se necessário possibilitar que haja vida na comunidade. E a vida é o que move o sentido de uma equipe base. Saber que não somos a resposta em si, mas caminhamos para sermos semente de justiça e paz no mundo.

Quando uma equipe base se fecha em seu espaço, ela perde o seu sentido maior de existir. A via da legitimidade de um grupo de pessoas é a missão de ser instrumento do amor de Deus no mundo, levando a mensagem de que não é vontade de Deus que permaneçamos afastados da comunidade (como diz o livro do Gênesis 2, 18: "não é bom que o homem esteja sozinho").

Não devemos limitar-nos a defender o que nos pertence. Quer seja uma opinião ou mesmo um calendário de atividades rotineiras. O profeta tem a ousadia de transpor os limites de seus muros. Diante da zona de conflito no mundo é que testemunharemos a transformação do mundo de injustiças num mundo de justiça e de paz.

O que move uma equipe base, portanto, é a coragem de sair de si mesma e olhar para o mundo, movida pela necessidade de sentir-se parte da construção do Reino de amor trazido pela boa nova de Jesus de Nazaré. Ele que nos ensinou a caminhar na trilha do serviço incondicional aos sofredores e esquecidos. Promover a vida, onde ela foi ceifada e excluída, é a suma tarefa dos agentes multiplicadores do movimento pela Paz, que é sinal de profecia num mundo ausente da possibilidade de partilhar o dom da vida, que é fome de pão e de justiça.

Este é o sinal de que o espírito que move nossas equipes base traduz a fidelidade ao projeto de Deus, transfigurado na mensagem revolucionária do Mestre divino entre nós e em nós, vivo na partilha do pão em comunidade.

Explicando a LOGO:

NORDESTE não é só a maior região do Brasil com 09 estados, o berço da colonização portuguesa, a segunda maior população, o terceiro maior território, o segundo maior colégio eleitoral... é uma das mais importantes regiões do país em que o MFC encontrou porto seguro para o seu fortalecimento. Aqui talvez precisássemos recorrer à lucidez memorial de José Newton e Ariadina, de Guilhermina e Margarida Rêgo, de Luiz Antônio e Reginaldo, de Valverde e James, dos nossos amadosPadres Arnaldo e Manu para contar este capítulo, pois se o MFC existe no Nordeste,estes citados mantém vivo o aprendizado e muito contribuíram para o seu desenvolvimento.

NORDESTAÇÃO é um convite à ação efetiva, sendo esta orquestrada ou não, o fato é que ela precisa existir (“grupo que não faz se desfaz” MFC Salvador); precisamos ter instrumentos que nos conduzam e projetos, que nos identifiquem como grupo que somos e este se dá na prática, no exercício do fazer, do fazer fazendo, se efetiva na metodologia participativa onde todos sabem e juntos compartilham e constroem.

A transformação social que tanto sonhamos implica em co-participação de diferentes atores sociais envolvidos no processo, atuando como protagonistas em um propósito de (re)construção social e replicando uma nova concepção de mundo. Nesta perspectiva é preciso sensibilizar as pessoas para a compreensão de que há uma lógica possível dentro de um mundo excludente, é preciso empoderara todos os MFCistas do nordeste, principalmente nos contextos populares, a fim de tornar viável as atividades que desenvolvem com autonomia e a humanidade livre. Precisamos conhecer o contexto no qual encontram-se inseridos, as situações que precisam de intervenção e as alternativas para superação, utilizando para esta finalidade a mediação e o ato comunicativo no processo de acompanhamento dos grupos. Trata-se, portanto de um processo de reflexão-ação, característico dos processos de comunicação marcados pela participação ativa dos sujeitos envolvidos e pela valorização do saber local que se inter-relaciona com as demais regiões do país.

É importante neste contexto não esquecermos quem somos e qual é a nossa premissa, reforcemos o nosso carisma e objetivos, para não corrermos o risco de fazer ações, desenvolver projetos e atividades que são de obrigação do estado. Vamos agir em conformidade com a nossa razão de ser.

FORMAÇÃO, este é um dos eixos permanentes do MFC. Por diversas dificuldades geográficas e de ordem financeira nos limitamos a encontros regulares com certa periodicidade, não sendo suficientes à construção de uma consciência coletiva e motivadora no processo continuo de educação.

A partir do senso comum coletivo juntamos no MFC o conceito de formação, aprendizado e educação, que trazem consigo e implícito a natureza e ou fato de transmitir conhecimento. Embora exista uma similaridade conceitual precisamos distingui-los para uma ação mais ampliada.

O nosso SENFOR – Secretariado Nacional de Formação nos bombardeia com um volume constante de informações que nem sempre é utilizada na sua totalidade para a construção e fortalecimento do “capital intelectual” do MFC. Os nossos riquíssimos temários não conseguem exercer a sua função por ausência de um direcionamento e capilaridade regional. A Fato& Razão é uma janela aberta às mais ricas experiências do conhecimento humano e fortalecimento das discussões dos grupos base (os que usam), O Atuação precisa encontrar o seu eixo motor para tornar-se significativo e respeitado, e por fim os meios sociais invadem as nossas casas trazendo as mais diversas possibilidades de conhecimento, muitas vezes desconexas com a nossa realidade de movimento e social.

Assim a proposta do NORDESTAÇÃO é um mix de consciência de quem nós somos e o que queremos, é um convite à ação efetiva e uma expectativa de que podemos trabalhar a formação de uma forma transformadora, assídua e direcionada ao fortalecimento e desenvolvimento do MFC no Nordeste.

PARA QUEM:
Neste momento para todos os coordenadores de grupos base e coordenações de cidade e de estado.

ONDE E QUANDO SERÁ REALIZADO:
Cidade de Aracajú – SE nos dias 16, 17 e 18 de outubro de 2015.

QUAL SERÁ O CONTEÚDO:
 A memória do MFC no Nordeste - Convidados
 Alinhamento da Espiritualidade – Padres Manu, Arnaldo e Edilberto
 O que é o MFC – Convidados
 Pré ENA – Coordenação da Equipe de Metodologia
 O que nos move é o grupo base – Jorge Leão
 O líder Cristão no MFC – Rubens Carvalho

QUANTOS SOMOS: (previsão inicial de 153 pessoas)
 CE – 11 Grupos – 22 pessoas
 AL – 26 Grupos – 52 pessoas
 SE – 03 Grupos – 30 pessoas (incluímos mais membros do local)
 BA – 73 Grupos – 35 pessoas (V. da Conquista coordenações de área)
 CONDIR - 08 pessoas.
 Convidados - 03 pessoas
 Padres – 03 pessoas

RECURSOS NECESSÁRIOS x VALOR DAS INSCRIÇÕES:
Cada cidade – estado deve bancar as despesas com transporte de seus participantes;

O valor das inscrições será definido após fechamento do espaço onde será realizado, constando de hospedagem, alimentação e mais a confecção de camiseta e materiais (será rateado por todos), estima-se um valor de R$ 200,00 por pessoa.

O QUE ESPERAMOS COM ESTE:
 Criar uma estrutura da SERCOM Nordeste
 Criar uma estrutura do SERFOR Nordeste
 Uniformizar conhecimentos sobre o MFC e espiritualidade
 Fazer um censo fiel do nordeste
 Definir critérios de participação do ENA e planejar o Pós ENA
 Levar formação a todas as bases
 Fortalecer a pertença


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