quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
quarta-feira, 30 de janeiro de 2019
terça-feira, 29 de janeiro de 2019
Vida entre diálogos
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte
O
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diálogo, amplo e permanente, tem força para
fazer a vida resplandecer com toda a sua potencialidade. A promoção da
dignidade depende, determinantemente, da competência dialogal. Exercício que
gera lucidez, o diálogo é fundamental na construção da cidadania. Infelizmente,
na contramão de tantos avanços e conquistas da contemporaneidade, observa-se
generalizada incompetência dialogal. Situação preocupante, por comprometer as
relações que definem a sociedade, limitando a incidência dos avanços obtidos no
cotidiano das pessoas. Seja, pois, resgatada a capacidade humana de falar e
ouvir, reconhecendo o outro como semelhante, caminho rumo à autêntica força
construtiva, a partir do diálogo.
Para
dialogar, é preciso reconhecer um pressuposto básico: a igualdade entre as
pessoas, a partir do respeito às singularidades. Esse princípio permite a
difícil conjugação das diferenças e da liberdade de escolha, o que é direito de
cada um, sem comprometer a busca por entendimentos. Um caminho a ser trilhado, para que a pluralidade
de perspectivas e opiniões se tornem riquezas, com resultados benéficos para
todos.
É preciso
identificar as causas que inviabilizam o diálogo em muitos contextos. E merecem
especial atenção as redes sociais que, no ambiente digital, trouxeram muitas
possiblidades para a interação humana, mas também abrigam muitos fenômenos
ameaçadores. Nesse ambiente, verifica-se com frequência a presença de pessoas
que se apresentam como detentoras de opinião com “peso absoluto”.
Surpreendentemente, conseguem convencer um amplo público a respeito de
determinada perspectiva, não permitindo a abertura para possíveis contrapontos
ou debates.
As
pessoas, inclusive, por considerarem a própria opinião verdade incontestável,
têm dificuldade para se avaliar, pois não concedem abertura ao “outro lado”. Evitam o necessário confronto de ideias,
imprescindível para que duas ou mais pessoas, via diálogo, aproximem-se mais do
conhecimento a respeito da realidade. A ilusão de se achar “dono da verdade”, emitindo juízos, é grande risco, pois
atrofia a qualidade necessária para promover o entendimento. Cada vez mais,
neste tempo marcado pela acelerada velocidade, não se ouve o outro lado.
Consequentemente, perde-se a condição necessária para compreender o semelhante,
em suas singularidades. Apega-se ao próprio modo de pensar, um completo
enrijecimento que gera preocupante esclerose, obstáculo para avanços e conquistas.
É
terrível o estreitamento de mentalidades que ocorre neste momento, quando são
exigidos novos passos para solucionar graves problemas. Em vez de novas
propostas, tende-se a repetir, de modo estéril, velhas práticas, incapazes de
conduzir a sociedade às soluções necessárias. Sem os parâmetros humanísticos, o
diálogo é empobrecido pelas mediocridades, justificadas por perspectivas
ideológicas que se consideram absolutas. Consequentemente, não é alcançado o
desenvolvimento integral tão almejado por todos.
A vida se
constrói a partir de qualificados diálogos, estabelecidos por indivíduos que
buscam, verdadeiramente, o entendimento. Pessoas hábeis na capacidade para
escutar o outro, a partir de preciosa competência humanística. Cidadãos que
buscam defender pontos de vista não simplesmente para fazer prevalecer
interesses questionáveis, muitos relacionados simplesmente ao acúmulo do poder
e do dinheiro. É preciso investir na competência dialogal que leva ao bem e à
verdade, impulsionando os entendimentos e as intuições capazes de salvar
contextos diversos da sociedade. Assim, todos crescem e conquistam o sentido
nobre de viver em fraternidade solidária, pois se reconhece a importância
inegociável de cada pessoa.
A
capacidade para dialogar é, ao mesmo tempo, dom e tarefa, promove a formação e
a correção de perspectivas. Antídoto para ignorâncias e mediocridades, livrando
a cidadania de graves prejuízos. A nova etapa civilizatória que a humanidade
busca só pode ser alcançada quando se promove a vida no horizonte dos diálogos.
Fonte: CNBB
segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
domingo, 27 de janeiro de 2019
3º Domingo do Tempo Comum – A Missão de Jesus
Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
N
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os Domingos do Tempo Comum deste ano, temos a oportunidade de ler e
meditar, com a Igreja, o Evangelho segundo São Lucas. Por isso, inicia-se,
hoje, a leitura do seu primeiro capítulo e, em seguida, passa-se ao capítulo
quatro, uma vez que os anteriores são proclamados nos tempos do Advento e
Natal.
Logo no início de sua obra, S. Lucas declara que para “escrever
a história dos acontecimentos” (Lc 1,1), fez um “estudo
cuidadoso”, considerando o que foi transmitido pelas “testemunhas
oculares e ministros da palavra”. Ele mesmo não foi “testemunha
ocular”, tendo sido companheiro de S. Paulo. O destinatário possui um
nome grego muito significativo, “Teófilo”, isto é, “amigo
de Deus”, o que cada um de nós deveria ser. A finalidade declarada é de
grande atualidade: “verificar a solidez dos ensinamentos recebidos” (Lc 1,4) para permanecer na
fidelidade a Cristo, pois nas comunidades cristãs começavam a surgir ideias e
atitudes que não eram condizentes com o ensinamento dos apóstolos.
A segunda parte do texto proclamado narra o início da pregação de Jesus
Cristo, em Nazaré. Jesus é aquele que vem realizar plenamente as profecias,
retomando, na sinagoga, a célebre passagem de Isaías que descreve a missão do
Messias. Ungido pelo Espírito, ele vem para anunciar a boa nova aos pobres e
sofredores, a liberdade aos oprimidos, a vista aos cegos e o ano da graça para
todos. Ao longo do Evangelho, S. Lucas nos mostra como foi que Jesus realizou
esta missão, ressaltando o seu rosto misericordioso. Assim fazendo, ele
desperta e anima a fé em Cristo não apenas naquele tempo, mas também em nossos
dias. “Hoje se cumpriu esta passagem da
Escritura que acabastes de ouvir”, afirma Jesus (Lc 4,21). Este “hoje” é permanente, pois
a missão de Cristo continua através da Igreja.
A fé em Cristo é vivida em comunidade, que é comparada por S. Paulo ao
corpo humano, ressaltando a diversidade dos membros, o valor de cada um e a
importância da unidade. Ele chama a Igreja “corpo de Cristo” (1Cor 12,27). O livro de
Neemias nos recorda o lugar especial da Palavra de Deus na comunidade. A
Palavra, proclamada e acolhida na assembleia, torna-se motivo de grande alegria
para o povo de Deus. Hoje, nós também bendizemos a Deus, rezando, com o
salmista: “Vossas palavras, Senhor, são espírito e vida!” (Sl 19).
sábado, 26 de janeiro de 2019
A espiritualidade da ordenação sacerdotal
Pe. Everton Vicente Barros
Comunidade Católica Palavra Viva
A
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beleza da celebração onde acontece uma
ordenação presbiteral é revestida de um esplendor todo particular: os cantos
que enaltecem a bondade do Salvador por haver deixado à sua Igreja tão precioso
e necessário dom; a procissão que abre a celebração ostentando à frente o
crucifixo que nos faz lembrar do infinito amor de Deus pela humanidade,
chegando até mesmo ao ponto de dar o Filho Unigênito para resgatar a culpa dos
servos pecadores, sinal este que constitui, na espiritualidade sacerdotal, o
cume de toda a vida do sacerdote; o incenso que levanta a fumaça perfumada que
enche o ambiente do doce aroma da natureza e envolve toda a assembleia, quase
como que formando uma única oferta, povo sacerdotal e perfume da natureza,
oferecido a Deus em sua majestade divina. Como é bela a sagrada liturgia
católica! Como é belo o rito da ordenação sacerdotal.
Tal
celebração é composta de diversas partes, cada uma com seu significado e motivo
de ser. Todas elas falam diretamente ao coração do ordenando e de todo o povo
de Deus reunido para celebrar sua misericórdia em dar à Igreja um colaborador
necessário e um servo de todos. Dentre tantos ritos significativos, desejando
oferecer uma visão espiritual que contribua para a maior compreensão do sublime
mistério que é o sacerdócio e da graça excelsa que reveste o ministro sagrado,
tomaremos três momentos específicos, capazes de compendiar a mística e a beleza
do sacerdócio de Cristo dado em dom aos homens por ele chamados: o chamado do
candidato, a prostração e a amarração das mãos.
Terminada
a proclamação do Evangelho, procede-se para o chamado e apresentação do
candidato ao sacerdócio. Tal gesto poderia ser visto até mesmo como
dispensável, visto que todos sabem quem é, foram àquela celebração
especificamente porque era aquele jovem a ser ordenado. Dois são os motivos
para o chamado e a resposta do candidato neste momento da ordenação, sendo que
o primeiro se identifica apenas com o caráter jurídico que o rito reveste, tendo
em vista que o sacerdote é um representante da Igreja ele é devidamente
apresentado ao povo que estará sob sua guarda, ainda que apenas no nível
espiritual. O Segundo é o que nos interessa mais. Em uma das obras de maior
importância na mística hebraica chamada Sefer haBahir, uma das questões a que
se procura resposta é a interrogação acerca do motivo de Deus ter modificado o
nome do Patriarca iniciador do Povo de Israel, de Abrão para Abraão (cfr. Gn 17, 5), e a resposta que é dada
afirma que a diferença dos nomes se dá pela introdução da letra he no nome de
Abraão (Abraham), que é uma das
letras que compõem o nome divino (YHWH)
relado a Moisés junto da sarça ardente (cfr.
Ex 3, 15), o que indica que Abraão, à partir daquele momento se tornava
consagrado a Deus, levando o sigilo do seu próprio nome em si. Algo semelhante
acontece na ordenação do sacerdote. Ele é assumido totalmente por Deus para
cuidar apenas das suas coisas (cfr. Hb 5,
1), mas não como apenas um homem, mas como um homem consagrado e que se torna
portador do sagrado na própria vida, existindo para cuidar das coisas que se
referem a Deus em favor dos homens. Assim, a pronúncia do nome do candidato ao
sacerdócio adquire um significado que chega ao limiar do que nos afirma o
Senhor através dos profetas: “Antes que no seio
fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia
consagrado, e te havia designado profeta das nações” (Jr 1, 5); “Ouvi então a voz do Senhor que dizia: Quem enviarei eu? E quem irá
por nós? Eis-me aqui, disse eu, enviai-me” (Is 6, 8).
A segunda
parte fundamental do rito é o da prostração acompanhado da Ladainha da Todos os
santos. Neste momento, aquele que deve ser ordenado sacerdote deita no chão com
o rosto voltado para a terra. Este sinal é um dos mais intensos do rito. Com
ele se quer explicitar que aquele homem, que todos conhecem, que conviveu com
muitos, que trabalhou no mundo, que estudou no mundo e viveu no mundo não
pertence mais ao mundo, está morto para o mundo assim como o mundo está morto para
ele. Claro, não se entende aqui uma alienação intelectual ou social, mas a
realização ontológica do que afirmava São Paulo: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida
presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou
por mim” (Gl 2, 20). O ordenando não mais se pertence, se dá
inteiramente como propriedade a Deus, que dele pode dispor como entender. “Há algo impressionante na prostração dos ordenados: é o símbolo da
submissão total diante da majestade de Deus, da sua abertura total à ação do
Espírito Santo descendo sobre eles como o arquiteto da sua consagração” (São
João Paulo II, Dom e mistério, IV). Enquanto o candidato se prostra,
a Igreja reunida para celebrar se une à Igreja triunfante no céu para
interceder pelo novo ministro sagrado que está sendo gerado, reunindo orações,
súplicas e méritos, que são apresentados diante do trono de Deus Todo-Poderoso,
clamando que faça brotar nele a morte que realiza a vida, como no Cristo
Sumo-Sacerdote.
O terceiro
elemento do rito que tomamos em particular – ainda que presente apenas em alguns lugares, como o Brasil
– complementa e porta à plenitude o anterior. Após a unção das mãos com o óleo
do Crisma, o sacerdote ordenado tem suas mãos envolvidas e amarradas com uma
faixa de linho branco. O gesto de ter as mãos amarradas indica de forma clara o
seguimento de Jesus, mantendo-se unido a ele, e apenas a ele, qual consequência
da morte a que se submeteu na prostração. Escreve o, então, Cardeal Ratzinger: “As mãos estão ligadas: eu não pertenço mais a mim mesmo. Pertenço
a ele e, através dele, aos outros. O seguimento é também disponibilidade ao ser
ligado, à definitividade, assim como ele se ligou definitivamente a nós. As
mãos ligadas são, na verdade, mãos abertas, mãos estendidas, como diz o
Evangelho. A coragem de uma ligação definitiva, de um sim integral: isto é o
seguimento” (Servitori dela vostra gioia. Opera Omnia, 555). Tal
seguimento se torna também eco do convite de Cristo a Pedro na beira do Lago da
Galileia, onde o Senhor preparava o filho de Jonas, ligando-o a si de forma
estreita, para depois permitir que outros o ligassem e o levassem para onde ele
não gostaria de ir (cfr. Jo 21, 18).
Como a Pedro, também ao sacerdote, totalmente ligado e amarrado, por amor, a
ele, o Senhor Jesus convida a tomar parte da sua vida em prol da humanidade,
dirigindo-lhe as mesmas palavras que ao pescador galileu: “Me amas? Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21, 17).
O
sacerdócio fulge assim como uma união íntima de amor com Jesus, onde se morre
para se esvaziar da própria vida e dar espaço para a vida de Cristo,
tornando-se assim imagem viva e presente do Senhor no meio do seu povo, que é a
Igreja, dando-se a todos por amor a todos e no amor maior por Jesus. Amor imenso
é o amor que se consome no infinito, dando nada mais que a miséria da própria
pequenez e colhendo salvação para todos os irmãos. Eis a vocação do sacerdote.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2019
quinta-feira, 24 de janeiro de 2019
quarta-feira, 23 de janeiro de 2019
terça-feira, 22 de janeiro de 2019
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
domingo, 20 de janeiro de 2019
2º Domingo do Tempo Comum – Seus discípulos creram Nele!
Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
T
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erminado o tempo do Natal, com a festa do Batismo do Senhor, celebrada
no domingo passado, iniciou-se a primeira semana do Tempo Comum. Por isso,
celebramos, hoje, o SEGUNDO DOMINGO DO
TEMPO COMUM. Tempo litúrgico mais longo do ano, caracterizado pela cor
verde, o “Tempo Comum” contempla o
conjunto da vida e dos ensinamentos de Jesus, ao invés de um aspecto
específico, como ocorre em outros tempos litúrgicos.
O Evangelho nos convida a refazer a experiência dos discípulos, ocorrida
em Caná da Galileia, que “creram nele”, reconhecendo o “sinal”
da chegada do Reino. Para tanto, o papel de Maria foi de especial importância. “Fazei
o que Ele vos disser” (Jo 2,5), afirma ela aos que estavam servindo na
festa de casamento. Num momento difícil, vivido pela família que realizava a
festa, Maria mostra-se mãe amorosa e intercessora diante de Jesus. Ao mesmo
tempo, pede aos que estavam servindo para pôr em prática a palavra de seu filho.
Deste modo, realiza-se o primeiro “milagre”, isto é, o primeiro “sinal”
de Jesus, o início dos sinais da chegada do Reino, da manifestação de
sua glória, conforme o Evangelho segundo João.
Hoje, há muitas situações a serem transformadas na vida das pessoas, das
famílias e da sociedade. Podemos dizer que, muitas vezes, falta-nos o “vinho”
da alegria e da vida nova em Cristo. Há, certamente, muita água a ser
transformada em vinho. Para que isso ocorra, necessitamos, acima de tudo, de
Jesus Cristo. A ele, através de Nossa Senhora, apresentamos as nossas
necessidades. Contudo, devemos também fazer a nossa parte. Jesus realiza “sinais”
do Reino, verdadeiros milagres, contando conosco. É ele quem realiza;
cabe a nós, crer nele e cumprir a sua palavra. Por isso, é a nós que Maria está
dizendo: “Fazei o que Ele vos disser”. Ela nos ensina a confiar, a ter
esperança e a agir. Seja o nosso programa de vida, ao longo deste novo tempo
litúrgico e durante todo este novo ano, fazer o que Jesus diz, nele crendo e
esperando, como verdadeiros discípulos.
O relato das bodas de Caná conclui-se com a constatação de que “seus
discípulos creram nele” (Jo 2,11). Nós somos também chamados a crer em
Jesus, discernindo os “sinais” de Deus e do seu Reino
entre nós, especialmente através da oração e da meditação.
sábado, 19 de janeiro de 2019
Como plantar palavras de conforto e vitória na vida dos outros?
Luís Gustavo Conde
Via Canção Nova
J
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á sabemos que, revestidos do Cristo, nos tornamos “homens novos, criados à imagem
de Deus, na verdadeira justiça e santidade” (cf. Ef 4,24). A primeira
consequência da vida nova é a prática das virtudes, exercendo-as de forma a
reunir todos os cristãos pelo sacrifício de Cristo. Esse trabalho de
evangelização está ligado estritamente à felicidade, à caridade e, sobretudo,
ao amor. Nesse passo, não nos é exigido sempre grandes obras, mas é importante
estarmos atentos aos momentos de tristeza que envolvem aqueles que participam
do nosso cotidiano, sempre nos apresentando dispostos a ajudá-los. São Paulo,
na carta escrita aos Efésios, ensina: “De vossa boca não saia nenhuma palavra
maliciosa, mas somente palavras boas, capazes de edificar e de fazer bem aos
ouvintes” (Ef 4,29).
E assim podemos fazer pequenas obras de evangelização, apenas com
palavras de vitórias, as quais, muitas vezes, faltam na vida dos nossos irmãos.
Estando com o próximo, é necessário sermos presença verdadeira, principalmente
em um momento social em que os smartphones roubam toda a nossa atenção. Estar,
de fato, com o outro, é desligar-se dos próprios problemas, das interferências
da internet e da televisão, e ouvir o que outro nos diz de coração. Com isso,
as palavras certas virão até nós e seremos mensageiros da felicidade.
Por outro lado, é preciso atentar-se às palavras que entristecem e magoam.
Por vezes, a correria do nosso dia a dia nos leva a escolher palavras erradas,
principalmente quando, desatentos ao sentimento do outro, não interpretamos o
momento com o devido respeito e fazemos piadas, brincadeiras ou pouco caso do
assunto. Nessa situação, perdemos a oportunidade de fazer o bem. Portanto, que
a lição de São Paulo possa estar sempre conosco, para que as palavras que saiam
de nossas bocas sempre edifiquem.
Papa Francisco nos ensina: “A misericórdia possui também o rosto da
consolação. ‘Consolai, consolai o meu povo’(Is 40,1) são as palavras sinceras
que o profeta faz ouvir ainda hoje, para que possa chegar uma palavra de
esperança a quantos estão no sofrimento e na aflição”. Plantar palavras
de vitória em sua vida e na dos outros é fácil apenas na teoria. Na prática,
são diversas as situações que dificultam ouvirmos e dizermos essas palavras de
consolação.
Que Deus nos ilumine e nos guie, para que sejamos capazes de ser uma
presença verdadeira que nos afaste das distrações. Para que as palavras de
conforto e vitória nos sejam claras, tornando-nos mensageiros da vitória para
confortar o próximo em momentos de dificuldades. Logo, você irá adquirir a
serenidade necessária para ouvir nos momentos de dificuldade dos outros, além
de encontrar amigos verdadeiros, que lhe ouçam e aconselhem, ao seu próprio
exemplo.
Que assim seja!
Referências:
BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB, 18 ed. Editora Canção Nova.
FRANCISCO. Carta Apostólica Misericórdia et misera. Dado em Roma em 20
de novembro de 2016.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
quinta-feira, 17 de janeiro de 2019
quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
CNBB reunirá comunicadores em Goiânia-GO, no 11º MUTICOM - Inscrições estão abertas.
C
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om o tema: “COMUNICAÇÃO,
DEMOCRACIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL”, acontece de 18 a 21 de julho de 2019, no Centro Pastoral Dom Fernando, em Goiânia-GO,
o 11º MUTIRÃO BRASILEIRO DE
COMUNICAÇÃO - MUTICOM, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,
CNBB.
O
objetivo é reunir comunicadores, profissionais, pesquisadores, agentes de
pastoral e autoridades civis e da Igreja para refletirem, conjuntamente sobre a
democratização e as políticas de comunicação, as perspectivas das relações
entre a Igreja Católica, a sociedade brasileira e a cultura contemporânea no
campo da Comunicação Social.
Para
um melhor aproveitamento e discussão do tema, o encontro contará com variadas
conferências, workshops, stand-up, cases, programação cultural e shows.
A
grande novidade do encontro deste ano, ficará a cargo do Espaço High
Tech – High Touch, uma feira midiática, com produtos de
comunicação e exposição de inovações tecnológicas.
Outra
novidade é a realização de outros dois eventos paralelos ao MUTICOM: 10º Encontro Nacional de Assessores de
Imprensa da CNBB e o I Encontro de Jovens Comunicadores da SIGNIS Brasil.
Ao longo do evento ocorrerá ainda a cerimônia de entrega dos Prêmios de
Comunicação da CNBB.
Já
confirmadas as presenças, como palestrantes, dos jornalistas Nilson Klava e
João Paulo Charleaux. Nilson Klava é repórter da GloboNews, em Brasília. É
considerado o repórter mais jovem a aparecer no Fantástico. João Paulo
Charleaux, é editor de Política, Economia e Internacional do Nexo
Jornal e é um dos diretores da Abraji (Associação
Brasileira de Jornalismo Investigativo). A organização do evento divulgará
em breve a relação completa dos palestrantes.
As
inscrições já podem ser feitas no site www.muticom.com.br. A taxa
de inscrição custa R$ 180,00 individual e sem hospedagem. Quem optar pelo
pacote que inclui inscrição e hospedagem, poderá escolher entre as três opções:
–
Convento Mãe Dolorosa: R$ 785 – O
Convento, que pertence às Irmãs Franciscanas da Mãe dolorosa está a 1 km
do Centro Pastoral Dom Fernando.
–
Centro Pastoral Dom Fernando: R$ 860
– Local do Evento.
–
Hotel Santos Dumont: Varia entre
R$ 1.115 e R$ 1340 – O Hotel está localizado a 5 km do Centro
Pastoral Dom Fernando.
Vale
destacar que para os participantes que ficarem hospedados em um desses três
locais terão direito ao translado gratuito para os eventos.
VEJAM ABAIXO A PROGRAMAÇÃO
terça-feira, 15 de janeiro de 2019
segunda-feira, 14 de janeiro de 2019
domingo, 13 de janeiro de 2019
FESTA DO BATISMO DO SENHOR: Reflexão de Dom Sergio da Rocha
Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Cardeal Arcebispo de Brasília
E
|
stamos
concluindo, neste domingo, o Tempo do Natal, com a celebração da FESTA DO BATISMO DO SENHOR. Expressemos
nosso louvor a Deus pelo Batismo de Jesus e, de modo especial, pela graça do
batismo que cada um de nós recebeu. Nesta ocasião, procuremos renovar a vida
batismal, crescendo na fé em Cristo, na participação na Igreja e no testemunho
cristão. Valorizar o Batismo implica também em ajudar os que não são batizados
a acolherem a graça do Batismo, bem como motivar os pais a batizarem seus
filhos. É necessário dar maior atenção aos que receberam o batismo, mas não
seguem a Cristo, nem participam da vida da Igreja. Torna-se cada vez mais
importante, em nossos dias, testemunhar a beleza e o vigor da fé, com
simplicidade e coragem.
O
Evangelho segundo São Lucas (Lc 3,15-22) narra o
fato que motiva esta festa litúrgica. Na narrativa, destaca-se, primeiramente,
o testemunho de João. Diante daqueles que pensavam ser ele o Messias, João
reconhece humildemente a grandeza do Messias e anuncia um novo e definitivo Batismo.
No
episódio do Batismo do Senhor, revela-se a identidade de Jesus como Filho de
Deus Salvador, o Messias-Servo. A manifestação do Espírito e a voz do Pai dão
um testemunho imensamente maior do que aquele de João Batista. Em Jesus Cristo,
se cumpre plenamente a profecia de Isaías sobre o “Servo” eleito e amado por Deus, no qual repousa o Espírito.
Meditamos, hoje, o primeiro dentre os quatro cânticos de Isaías a respeito do
Servo de Javé e de sua missão. O que Isaías anuncia, aplica-se a Jesus, segundo
o relato do Evangelho: “Eis o meu servo –
eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minha alma; pus meu espírito
sobre ele” (Is 42,1).
No
nosso Batismo, o amor do Pai também se faz sentir, acolhendo a cada um de nós
como seu “filho amado”. O Batismo
cristão é oferecido a todos e não apenas ao povo da Antiga Aliança. O apóstolo
Pedro reconhece que “Deus não faz
distinção entre as pessoas” (At 10,34). Assim
como Jesus, nós chamamos a Deus de Pai, pela graça do batismo. Ao mesmo tempo,
os que clamam a Deus como Pai querido, são chamados a reconhecer e a tratar a
todos como irmãos.
Recentemente,
ao celebrar a solenidade da Epifania do Senhor, nós pudemos meditar sobre a
universalidade da salvação oferecida a todos, em Jesus nascido em Belém. Os
discípulos de Cristo devem testemunhar o amor de Deus a todos, especialmente,
aos mais sofredores, a exemplo de Jesus de Nazaré, cuja missão encontra-se
assim resumida pelo apóstolo Pedro: “Ele
andou por toda a parte, fazendo o bem” (At 10,38).
sábado, 12 de janeiro de 2019
Os bispos da Igreja Católica no Brasil
A
|
Igreja no Brasil conta,
atualmente, com 480 bispos. Eles podem ser divididos a partir de suas diversas
formas de vinculação às Igrejas Particulares ou condições definidas no Código
de Direito Canônico. A partir desta classificação, chega-se ao número de membros
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): 307.
O levantamento cruza os dados disponíveis na Secretaria Técnica da CNBB
com a pesquisa contínua do chefe do Departamento de Ciência da Religião da
Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP),
professor Fernando Altemeyer Junior.
BISPOS DO BRASIL
São 78 arcebispos metropolitanos no Brasil, que podem ser divididos em
quatro grupos: os cardeais arcebispos na ativa (3), os cardeais arcebispos eméritos (6), os arcebispos metropolitanos (42) e os arcebispos eméritos (27).
Os bispos diocesanos são 399 (261
na ativa e 138 bispos eméritos). Estão assim divididos de acordo com suas
funções: 203 bispos diocesanos de rito latino, 2 bispos das eparquias orientais
(ritos maronita e ucraniano), 1 exarca
apostólico de toda América Latina do rito armênio presente em Buenos Aires e
São Paulo, 45 bispos auxiliares, 1 coadjutor e 9 prelados, que são os bispos
das prelazias.
Entra na contagem o bispo responsável pela administração apostólica
pessoal São João Maria Vianney, dom Fernando Arêas Rifan, cuja circunscrição
eclesiástica não tem caráter territorial, como as dioceses. Será ainda
contabilizado o recém-nomeado para a diocese de União da Vitória (PR), monsenhor Walter Jorge Pinto,
quando receber a ordenação episcopal.
Já são 139 bispos eméritos no Brasil, além dos arcebispos eméritos
citados acima. Estão assim distribuídos: 119 bispos diocesanos eméritos, nove
bispos auxiliares eméritos, um eparca e dez prelados eméritos.
CNBB
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está estruturada de acordo
com as normas do Código de Direito Canônico. Assim, fazem parte da CNBB todos
os bispos diocesanos do território e os equiparados em direito, como
coadjutores, os auxiliares e os outros bispos titulares “que no mesmo território exercem
um múnus peculiar que lhes foi confiado pela Sé Apostólica ou pela Conferência
episcopal”, lê-se no cânon 450 do CDC. De acordo com as normas da
Igreja, podem ser convidados ainda para a Conferência Episcopal os Ordinários
de outro rito, como é o caso dos eparcas, exarcas dos ritos armênio, maronita,
ucraniano e oriental.
No caso dos bispos eméritos, são considerados “membros convidados ou
honorários”, uma vez que participam de atividades da conferência, como
a Assembleia Geral, com direito a voz, mas não a voto.
Desta forma, são os 307 membros efetivos da CNBB: os 3 cardeais
arcebispos (dom Odilo Pedro Scherer, dom
Orani Tempesta e dom Sergio da Rocha), os 42 arcebispos metropolitanos, os
261 bispos diocesanos e o bispo da administração apostólica pessoal São João
Maria Vianney.
RELIGIOSOS E DIOCESANOS
Professor Altemeyer ainda contabiliza a origem dos bispos, se diocesanos
ou religiosos: “os bispos oriundos do clero diocesano são 282 pessoas, ou seja, 59% do
episcopado. E os que pertenceram a uma ordem ou congregação de vida consagrada
são 197 pessoas, ou seja, 41% do episcopado brasileiro”.
Com
informações da CNBB e Notícias Católicas
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