Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Cardeal Arcebispo de Brasília
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concluindo, neste domingo, o Tempo do Natal, com a celebração da FESTA DO BATISMO DO SENHOR. Expressemos
nosso louvor a Deus pelo Batismo de Jesus e, de modo especial, pela graça do
batismo que cada um de nós recebeu. Nesta ocasião, procuremos renovar a vida
batismal, crescendo na fé em Cristo, na participação na Igreja e no testemunho
cristão. Valorizar o Batismo implica também em ajudar os que não são batizados
a acolherem a graça do Batismo, bem como motivar os pais a batizarem seus
filhos. É necessário dar maior atenção aos que receberam o batismo, mas não
seguem a Cristo, nem participam da vida da Igreja. Torna-se cada vez mais
importante, em nossos dias, testemunhar a beleza e o vigor da fé, com
simplicidade e coragem.
O
Evangelho segundo São Lucas (Lc 3,15-22) narra o
fato que motiva esta festa litúrgica. Na narrativa, destaca-se, primeiramente,
o testemunho de João. Diante daqueles que pensavam ser ele o Messias, João
reconhece humildemente a grandeza do Messias e anuncia um novo e definitivo Batismo.
No
episódio do Batismo do Senhor, revela-se a identidade de Jesus como Filho de
Deus Salvador, o Messias-Servo. A manifestação do Espírito e a voz do Pai dão
um testemunho imensamente maior do que aquele de João Batista. Em Jesus Cristo,
se cumpre plenamente a profecia de Isaías sobre o “Servo” eleito e amado por Deus, no qual repousa o Espírito.
Meditamos, hoje, o primeiro dentre os quatro cânticos de Isaías a respeito do
Servo de Javé e de sua missão. O que Isaías anuncia, aplica-se a Jesus, segundo
o relato do Evangelho: “Eis o meu servo –
eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minha alma; pus meu espírito
sobre ele” (Is 42,1).
No
nosso Batismo, o amor do Pai também se faz sentir, acolhendo a cada um de nós
como seu “filho amado”. O Batismo
cristão é oferecido a todos e não apenas ao povo da Antiga Aliança. O apóstolo
Pedro reconhece que “Deus não faz
distinção entre as pessoas” (At 10,34). Assim
como Jesus, nós chamamos a Deus de Pai, pela graça do batismo. Ao mesmo tempo,
os que clamam a Deus como Pai querido, são chamados a reconhecer e a tratar a
todos como irmãos.
Recentemente,
ao celebrar a solenidade da Epifania do Senhor, nós pudemos meditar sobre a
universalidade da salvação oferecida a todos, em Jesus nascido em Belém. Os
discípulos de Cristo devem testemunhar o amor de Deus a todos, especialmente,
aos mais sofredores, a exemplo de Jesus de Nazaré, cuja missão encontra-se
assim resumida pelo apóstolo Pedro: “Ele
andou por toda a parte, fazendo o bem” (At 10,38).
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