Pe. Luiz Carlos de
Oliveira, C.Ss.R.
Folheto Litúrgico Deus
Conosco
A
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luz que brilhou na noite de Natal jamais
cessará de iluminar a humanidade. Diante do fracasso humano, Deus envia seu
Filho para ser a comunicação da verdade e da vida. Ele se manifesta e é nossa
salvação. Naquela frágil criança, o Pai nos chama para olhar com mais esperança
para o futuro. Quando repartimos a vida, como o ouro, incenso e mirra,
superaremos fronteiras de raças, culturas e nações, criando uma humanidade
conforme o desejo do Reino. Hoje, o Senhor nos revela seu projeto de amor para
toda a humanidade.
Reflexão: RECOLHENDO AS RIQUEZAS DOS POVOS
O Mistério Pascal de
Cristo tem seu início na Encarnação. A glorificação de Cristo o leva à plena
realização. A Manifestação do Senhor é uma festa em diversos momentos. Temos o
Natal e a Epifania, que significam Manifestação do Senhor. Na celebração da Epifania,
que chamamos também de Festa de Reis, celebramos Jesus que veio para todos.
Os judeus tinham um
tipo de exclusivismo. Foram escolhidos para levar Deus a ser conhecido por
todos, não só para eles. Os Magos simbolizam todos os povos. Não eram reis. Eram
sábios que conheciam as Escrituras e esperavam o Messias. Essa celebração
significa a busca do coração humano por plenitudes. Por isso, busca a Deus.
Esse é o grande plano de Deus: atrair todos a si. Os Magos fazem um longo
caminho. Deus se deixa encontrar por quem o procura. Essa longa viagem dos
Magos expressa a busca.
Eles foram e
encontraram Maria e o Menino. Alegraram-se com uma alegria muito grande (Mt 2,10). Deus é causa de nossa alegria. Não há riqueza maior
do que a alegria de estar com Deus. Essa é uma das maiores descobertas do
coração humano.
Eles abriram seus
presentes. Mais do que ouro, incenso e
mirra, símbolos de sua divindade, realeza e sofrimento. Não sabemos o fim
dessas ofertas. Sabemos sim que quando entregamos nossa vida damos o maior
tesouro a Deus. É isso que Ele quer.
Os Magos representam
também as muitas culturas da humanidade. Todas elas podem acolher a graça da
salvação e vivê-la com a mesma intensidade. Para Mateus, a narrativa significa
que o Evangelho é para todos. Paulo, em Efésios, traz esse pensamento (Ef 3,6). Deus veio para todos. Todos podem servir a Deus nas
suas culturas e a Igreja não pode se apoiar em uma única cultura, pois
empobrece o Mistério da Salvação.
Eles voltaram por
outro caminho. Caminhar com Jesus é ter abertura para o novo. Eles souberam que
voltar pelo mesmo caminho era anular a riqueza da descoberta de Jesus. Não
podemos ter medo das mudanças radicais, desde que sejam pelo Evangelho.
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