domingo, 6 de janeiro de 2019

Solenidade da Epifania do Senhor: "Os povos caminham sob sua luz!"




Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.
Folheto Litúrgico Deus Conosco

A
 luz que brilhou na noite de Natal jamais cessará de iluminar a humanidade. Diante do fracasso humano, Deus envia seu Filho para ser a comunicação da verdade e da vida. Ele se manifesta e é nossa salvação. Naquela frágil criança, o Pai nos chama para olhar com mais esperança para o futuro. Quando repartimos a vida, como o ouro, incenso e mirra, superaremos fronteiras de raças, culturas e nações, criando uma humanidade conforme o desejo do Reino. Hoje, o Senhor nos revela seu projeto de amor para toda a humanidade.

Reflexão: RECOLHENDO AS RIQUEZAS DOS POVOS

O Mistério Pascal de Cristo tem seu início na Encarnação. A glorificação de Cristo o leva à plena realização. A Manifestação do Senhor é uma festa em diversos momentos. Temos o Natal e a Epifania, que significam Manifestação do Senhor. Na celebração da Epifania, que chamamos também de Festa de Reis, celebramos Jesus que veio para todos.

Os judeus tinham um tipo de exclusivismo. Foram escolhidos para levar Deus a ser conhecido por todos, não só para eles. Os Magos simbolizam todos os povos. Não eram reis. Eram sábios que conheciam as Escrituras e esperavam o Messias. Essa celebração significa a busca do coração humano por plenitudes. Por isso, busca a Deus. Esse é o grande plano de Deus: atrair todos a si. Os Magos fazem um longo caminho. Deus se deixa encontrar por quem o procura. Essa longa viagem dos Magos expressa a busca.

Eles foram e encontraram Maria e o Menino. Alegraram-se com uma alegria muito grande (Mt 2,10). Deus é causa de nossa alegria. Não há riqueza maior do que a alegria de estar com Deus. Essa é uma das maiores descobertas do coração humano.

Eles abriram seus presentes.  Mais do que ouro, incenso e mirra, símbolos de sua divindade, realeza e sofrimento. Não sabemos o fim dessas ofertas. Sabemos sim que quando entregamos nossa vida damos o maior tesouro a Deus. É isso que Ele quer.

Os Magos representam também as muitas culturas da humanidade. Todas elas podem acolher a graça da salvação e vivê-la com a mesma intensidade. Para Mateus, a narrativa significa que o Evangelho é para todos. Paulo, em Efésios, traz esse pensamento (Ef 3,6). Deus veio para todos. Todos podem servir a Deus nas suas culturas e a Igreja não pode se apoiar em uma única cultura, pois empobrece o Mistério da Salvação.

Eles voltaram por outro caminho. Caminhar com Jesus é ter abertura para o novo. Eles souberam que voltar pelo mesmo caminho era anular a riqueza da descoberta de Jesus. Não podemos ter medo das mudanças radicais, desde que sejam pelo Evangelho.

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