Dom Sergio da
Rocha
Cardeal
Arcebispo de Brasília
C
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elebramos, neste
domingo, a SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO, louvando a Deus pela
vida e a missão destes dois grandes apóstolos, especialmente pelo martírio de
ambos. A cor litúrgica vermelha, utilizada nesta celebração, expressa
justamente o sangue derramado por S. Pedro e S. Paulo, por fidelidade a Cristo.
O livro dos Atos dos
Apóstolos destaca a figura de Pedro, que se encontrava na prisão, por anunciar
o Evangelho, mas foi libertado pelo Senhor. Em meio a tanto sofrimento não lhe
faltaram orações da Igreja e auxílio do Senhor. “Enquanto Pedro era
mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele” (At 12,5).
A passagem se conclui com a afirmação de Pedro: “Agora sei, de fato, que o
Senhor enviou o seu anjo para me libertar…” (At 12,11).
Deus sustenta com
sua graça os que são perseguidos por serem testemunhas fiéis e corajosas de
Jesus Cristo. Conforme rezamos no Salmo 33, “o anjo do Senhor vem acampar
ao redor dos que o temem e os salva; é feliz o homem que tem nele o seu
refúgio”.
A 2ª Carta de São
Paulo a Timóteo nos apresenta o testemunho de S. Paulo, também perseguido e
preso por causa da pregação do Evangelho, destacando a sua confiança em Deus
naquela situação tão difícil. Afirma o Apóstolo: “O Senhor esteve a meu
lado e minhas forças” (2Tm 4,17); “o Senhor me libertará de todo
mal e me salvará para o seu reino celeste” (2Tm 4,18). No fim de sua
vida, Paulo pode dizer que “combateu o bom combate e conservou a fé” (2Tm
4,7).
A fé, por eles
anunciada e testemunhada através do martírio, foi proclamada por Pedro, em
resposta à pergunta de Jesus sobre o que os apóstolos diziam dele: “Tu és
o Messias, o Filho de Deus vivo” (Mt 16,16). Diante dessa confissão de
fé, temos a palavra de Jesus dirigida a Pedro, que fundamenta a missão exercida
por ele e por seus sucessores, na Igreja; “Tu és Pedro e sobre esta pedra
construirei a minha Igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te
darei as chaves do reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado
nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,19).
Por isso, celebramos sempre, por ocasião desta solenidade, o Dia do Papa.
Rezemos pelo atual
Sucessor de Pedro, o Papa Francisco, seguindo o exemplo da Igreja nascente que
estava unida ao apóstolo Pedro em oração. Hoje, também nós somos convidados a
permanecer unidos ao Santo Padre, rezando por ele e acolhendo os seus
ensinamentos.
Como sinal de comunhão e de partilha, ofereçamos generosamente,
nas missas desta Solenidade, o ÓBOLO DE SÃO PEDRO,
oferta a ser enviada ao Papa para atender às necessidades da Igreja.
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