quinta-feira, 29 de abril de 2021

A força de um povo que crê naquilo que pede...


A maratona mariana convocada pelo Papa Francisco para invocar o fim da pandemia traz à tona a força da oração em tempos de perigo e, em particular, da intercessão da Virgem, a quem os cristãos recorrem desde o alvorecer do Evangelho.

Alessandro De Carolis – Vatican News

D

errotar o monstro invisível que lentamente extingue seu fôlego em um quarto de hospital - ou quem sabe na rua, porque simplesmente não há um hospital para ir - e procura fazê-lo ficando de joelhos.

         Poderia parecer uma solução adequada mais em tempos em que antigas superstições coletivas competiam pelo campo contra as palavras jovens do Evangelho, do que em uma era como a nossa em que um individualismo exacerbado e reivindicado em quase todos os lugares tende a rebaixar o sentido de uma ação de comunidade, especialmente se intangível como a espiritual.

A PROMESSA

         Na realidade, Mateus 18, versículo 19, bastaria para dissipar dúvidas e hesitações sobre a eficácia da oração compartilhada, que relata uma garantia de Jesus: “Se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, o conseguirão de meu Pai que está nos céus”. Uma promessa concreta, capaz de suscitar uma grande esperança se aqueles dois se tornam um grande povo unido por uma única intenção. É uma expectativa ainda mais forte se o pedido chega a Deus por intercessão da "Advogada nossa", a Mãe daquele que fez aquela promessa.

O RITMO DA DEVOÇÃO

         Os primeiros cristãos, talvez por serem filhos de um Evangelho ainda sine glossa, compreenderam isso imediatamente. As catacumbas estão cheias de inscrições que confiavam alguém ou alguma coisa a Maria. Antes ainda que o Concílio de Éfeso a reconhecesse como Mãe de Deus, certas orações, às vezes pouco mais do que sussurros grafitados na rocha, subiam aos lábios daqueles que se sentiam em perigo e consideravam Nossa Senhora a fortaleza contra qualquer mal.

         Sub tuum praesidium, “Sob a tua proteção buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus ...” é uma invocação que a Igreja recita há pelo menos 1.800 anos e a história cristã é também a história desta devoção a Maria, ilimitada e convicta. É a história de incontáveis ​​graças de “curas” e quem sabe quantos milagres particulares. E é a devoção que então encontrou no Rosário um ritmo universal, o espaço da esperança de uma ou mais almas juntas, o tempo de um conforto talvez granulado na solidão sob um tubo de oxigênio, com a energia de um penúltimo suspiro.

O PONTO DE LUZ

         Esta história chega aos dias atuais por meio de gestos e palavras de santas e santos, de nome ou de fato, quando o nome é desconhecido. De Papas “marianos” que não hesitaram em confiar à Mãe de Deus a humanidade que estava à beira ou no abismo das guerras e catástrofes. Vem com as palavras de Francisco, o pároco do mundo quando o mundo e estava sem paróquias, com suas intenções cotidianas na Santa Marta, uma a cada dia a violar com a consolação de uma oração “dedicada” as solidões do lockdown. E antes ainda chega de seus gestos e da oração solitária daquele 27 de março, o Papa, um simbólico ponto de luz na escuridão, que, em pé diante de um antigo ícone, implora a salus não somente para o povo romano, mas para o mundo inteiro.

UMA ORAÇÃO UNÍSSONA

         Nada mais é do que uma história de fé. Que agora é enriquecida pelo coro dos Santuários Marianos, imaginados como as contas de um terço recitado alternadamente. Recitado como os anciãos recordados pelo Papa durante a Audiência Geral, com o canto constante e nada constrangido de um filho que sabe que terá mais chances de obter do pai o que espera se sua mãe o pedir.

Bom dia... 29/04/2021


 

sábado, 24 de abril de 2021

Reflexão para o 4º Domingo de Páscoa – 25/04/2021

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

Jesus se declara o bom pastor porque dá sua vida pelas ovelhas. Ele a entrega, não foge do perigo, mas o enfrenta a todo custo, entregando até a própria vida, se for necessário.

A

 Liturgia deste domingo inicia com Atos 4, 8-12, onde os Apóstolos são questionados pelos Chefes do Povo e Anciãos por terem curado um enfermo. Pedro responde foi o bem, realizado através da invocação do nome de Jesus de Nazaré, aquele morto por ordem deles e ressuscitado por Deus.  Aproveita para dizer que Jesus é a pedra angular rejeitada e desprezada por eles, os construtores do Povo e que não existe nenhum outro nome, debaixo do céu, pelo qual os homens poderão se salvar. Aliás, o nome Jesus significa Deus salva!

         Em sua carta, escolhida como segunda leitura – 1 Jo 3, 1-2, o Apóstolo João reforça nossa filiação divina, pois somos chamados de filhos de Deus, o que somos realmente; quando Jesus se manifestar seremos semelhantes a ele porque o veremos tal como ele é.

         Essas duas leituras nos falam da grandeza de Jesus. Além do poder salvador de seu nome, seus seguidores, são chamados filhos de Deus e são tornados semelhantes a ele.

         No Evangelho, tirado de João 10, 11- 18, vemos Jesus se declara o Bom Pastor porque dá sua vida pelas ovelhas. Ele a entrega, não foge do perigo, mas o enfrenta a todo custo, entregando até a própria vida, se for necessário. É a entrega em um grande gesto de amor. Não existe a necessidade de tomar e nem de retirar a vida, já que ele, o proprietário da vida é o Amor, que se entrega, se dá generosamente, copiosamente, abundantemente, incansavelmente, incessantemente, de modo inexaurível e sempre renovado. É a vida que transborda sem se esgotar! Jamais teve início e jamais terá fim.

         João continua o discurso de Jesus, acrescentando o grande desejo da unidade do rebanho. Certamente nesse ponto nos recordamos de um Cristianismo dividido e de um Catolicismo onde as lideranças não trabalham pró unidade, mas dão espaço maior para seus segmentos, suas ideologias e visões teológicas e litúrgicas, quando sabemos que o Papa é nosso líder e que a Igreja tem no ecumenismo sua grande força.

         Aí nos perguntamos, como vai minha disposição para ceder? Sei sacrificar o particular pelo todo?

         Se acredito em Deus, no poder do nome de Jesus, não terei problema em abrir mão de certas convicções, sendo que minha convicção maior será no poder de Deus e na unidade do rebanho.

Bom dia... 24/04/2021



terça-feira, 20 de abril de 2021

No Brasil, oito Dioceses e uma Arquidiocese aguardam nomeações de seus Bispos.



O

 Brasil possui, em 20 de abril de 2021, oito Dioceses e uma Arquidiocese vacantes, num universo de 277 circunscrições eclesiásticas. A Diocese de Penedo, em Alagoas, é a que aguarda há mais tempo, desde 16 de junho de 2020, com o falecimento de Dom Valério Breda.

         Renúncia, transferência, falecimento ou perda de ofício são alguns dos motivos que podem tornar uma sede vacante, expressão oriunda do latim que significa trono vazio e que é usada pela Igreja para dizer que uma Sede Episcopal está sem o seu ocupante no governo pastoral. Neste período, a Igreja Particular fica aos cuidados de um administrador diocesano, eleito pelo Colégio de Consultores, que pode desempenhar algumas funções limitadas pelo Código de Direito Canônico; ou por um administrador apostólico, um bispo nomeado pelo papa.

A ELEIÇÃO DOS BISPOS

         A escolha de um novo Bispo se dá através de um longo e criterioso processo que se inicia na Nunciatura Apostólica de cada país. Na sequência, é encaminhado para a Congregação para os Bispos, no Vaticano, até chegar ao Papa, a quem compete a nomeação dos Bispos.

         Neste processo se busca obter através de consultas, sob segredo pontifício, a opinião de muitas pessoas para se chegar ao máximo de informações pertinentes acerca dos candidatos. Isto demonstra o quanto a Igreja tem consciência da importância da nomeação dos bispos. Muitas pessoas investem muitos anos de suas vidas e ministérios na dedicação a este serviço eclesial. Neste tempo de espera, é preciso intensificar as orações para a escolha de um novo pastor para guiar o povo de Deus nas Dioceses vacantes.

CONFIRA AS DIOCESES VACANTES ATÉ ESTA DATA NA IGREJA NO BRASIL:

+ DIOCESE DE PENEDO (AL), vacante desde 16 de junho de 2020, com o falecimento de Dom Valério Breda;

+ DIOCESE DE CAÇADOR (SC), vacante desde 1 de julho de 2020, com a nomeação de Dom Severino Clasen como Arcebispo de Maringá (PR);

+ DIOCESE DE PALMARES (PE), vacante desde 18 de julho de 2020, com o falecimento de Dom Henrique Soares Costa;

+ DIOCESE DE SÃO CARLOS (SP), vacante desde 21 de outubro de 2020, com a nomeação de Dom Paulo Cezar Costa como Arcebispo de Brasília (DF);

+ DIOCESE DE ALAGOINHAS (BA), vacante desde 13 de janeiro de 2021, com a nomeação de Dom Paulo Romeu Dantas Bastos como Bispo de Jequié (BA);

+ DIOCESE DE COLATINA (ES), vacante desde 13 de janeiro de 2021, com a nomeação de Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias como Bispo de Lorena (SP);

+ DIOCESE DE IGUATU (CE), vacante desde 24 de fevereiro de 2021, com a renúncia de Dom Edson de Castro Homem;

+ ARQUIDIOCESE DE CASCAVEL (PR), vacante desde 11 de março de 2021, com o falecimento de Dom Mauro Aparecido dos Santos;

+ DIOCESE DE RONDONÓPOLIS-GUIRATINGA (MT), vacante desde 28 de março de 2021, com o falecimento de Dom Juventino Kestering.

Bom dia... 20/04/2021


sábado, 17 de abril de 2021

Reflexão para o 3º Domingo de Páscoa – 18/04/2021


 Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

Perdoar não é impunidade, mas possibilitar ao outro o arrependimento, a conversão, zerar a ocorrência. Quem ama não pune, isso seria, legalizar a exclusão; quem ama quer salvar, quer dar vida, daí o esforço inteligente de recuperação.

A

 Liturgia nos leva a um maior aprofundamento do mistério de Jesus. Iniciamos pela mensagem dos Atos dos Apóstolos 3, 13-15.17-19, nossa primeira leitura, que nos alerta sobre a glorificação que Deus proporcionou a seu servo Jesus, o Santo e o Justo, autor da vida, com a ressurreição.

         Pedro diz que as profecias foram cumpridas no tocante ao sofrimento do Ungido e sua morte e manda que o povo se arrependa e se converta para que os pecados sejam perdoados. Pedro vê o povo como culpado, já que a opção por Barrabás, para que sobrevivesse no lugar de Jesus Cristo, foi uma escolha daquele povo, mesmo que por ignorância e indicação do Sinédrio.

         A segunda leitura, 1 Jo 2,2-5 continua a apresentação de Jesus como o Justo, vítima de expiação pelos nossos pecados, pelos pecados do mundo inteiro.

         João Evangelista, como Pedro, nos Atos, dá também sua orientação e, aqui, é que deveremos guardar seus mandamentos como sinal que o conhecemos e somos de seu grupo. João até chama de mentiroso quem diz que conhece a Deus, mas não guarda os seus mandamentos e, pelo contrário, aquele que os guarda tem plenamente em si o amor de Deus.

         No Evangelho, extraído de Lucas 24, 35-48, o também autor dos Atos, Lucas Evangelista, fala em seu Evangelho das aparições de Jesus ressuscitado e de sua missão de consolar e alegrar os discípulos. E em suas aparições, a saudação: “A paz esteja convosco!” O Senhor não se cansa de dar mostras e sinais de que está ressuscitado e, finalmente, abre-lhes a inteligência para entenderem as Escrituras. Ele dá destaque ao anúncio da conversão e do perdão dos pecados.

         Poderemos também, perceber em nossa vida, quais os sinais que transmitimos às pessoas, de que cremos na ressurreição de Jesus e de que somos homens e mulheres novos? Como está nossa conversão, ou seja, nossa mudança de vida?

         Acreditamos que o Amor do Senhor nos perdoou os pecados e também nós, somos adeptos do perdão ou curtimos a necessidade de uma penalização educativa? Temos como muito importante o outro remoer a culpa de um ato infeliz? Somos adeptos da “lei do talião”?

         Perdoar não é impunidade, mas possibilitar ao outro o arrependimento, a conversão, zerar a ocorrência. Quem ama não pune, isso seria, legalizar a exclusão; quem ama quer salvar, quer dar vida, daí o esforço inteligente de recuperação. Não se trata de castigar, de penalizar o infrator, mas de recuperá-lo e, com isso, reintegrá-lo plenamente, tirá-lo da marginalização ou marginalidade. O Amor quer vida e vida em abundância! Como ter a plenitude da paz se sabemos que alguém está à margem e sofre, pouco importa se esse alguém tem culpa ou não! Realmente foi dada a essa pessoa a oportunidade de se converter, de ser resgatada?

         E eu? Aceito que errei e que preciso me converter? Tenho real desejo de retornar à roda da qual me expulsei por atitudes egoístas? É preciso muita humidade! Ter consciência de que errar, pecar, foi opção sua, mesmo que influenciado por terceiros ou por situações favoráveis a isso. Se conscientemente me converto será mais difícil voltar ao mesmo erro.

         Pedro e Lucas nos dão um exemplo chave e monumental – “Jesus Cristo”! Na medida em que nos transformarmos Nele, seremos suas testemunhas e também da bondade e misericórdia de Deus. Fomos criados à imagem Dele, além de que Ele se encarnou como homem, a união já se mostrou possível. Ela se tornará absoluta se enfocarmos a ressurreição, onde o ser humano foi divinizado; também se dermos todo destaque que merece ao Sacramento do Batismo, o qual nos insere na comunhão profunda com Deus!

Bom dia... 17/04/2021


quarta-feira, 14 de abril de 2021

COMPROMISSO é coisa séria!

 


O

 COMPROMISSO é uma palavra hoje muito importante porque representa um acordo mútuo entre partes que chegam a um consenso e selam um COMPROMISSO.

Esta palavra COMPROMISSO é muito comum, extremamente usada e difundida, mas muitos, muitos mesmos, estão esquecendo o seu significado.

A Palavra COMPROMISSO vem do Latim compromissum que significa com (mútuo, eu e você, as duas ou mais partes) + promissium (promessa), no caso COMPROMISSO é uma promessa feita por ambas as partes com um intuito mútuo. Se uma das pessoas envoltas no COMPROMISSO não aceitam os termos, simplesmente não fazem o COMPROMISSO.

Mas o problema é que muitas vezes as pessoas aceitam os termos, fazem o COMPROMISSO e não cumprem a sua palavra.

E pelo que podemos perceber, estamos em uma epidemia de falta de COMPROMISSO

Está tão comum à falta de COMPROMISSO que o pessoal marca um COMPROMISSO e simplesmente não comparecem, e o pior de tudo isso é que todos acham que é uma atitude normal. É tão epidêmica, que gera um problema entre todas as partes.

A pessoa sabe que é muito pouco provável que possa de fato cumprir o combinado, mesmo assim, se compromete com o que não pode cumprir.

O COMPROMISSO está em decadência, a cada dia perde credibilidade, até porque ninguém quer arcar com as consequências provocadas pela a ausência no COMPROMISSO assumido e não cumprido.

FALTA DE COMPROMISSO está tão epidêmico que as pessoas simplesmente assumem um COMPROMISSO só por assumir, sem certeza alguma de comparecer ou talvez tenham vontade, mas qualquer problema os desmotiva.

Exemplo...

Se tiver um jogo do seu time do coração, a pessoa simplesmente não vai e nem avisa.

Se aparecer um convite para uma festa, a pessoa também não vai e nem avisa.

Se aparecer um filme na TV que a pessoa gosta, ela simplesmente vai assistir o filme e nem se lembra do COMPROMISSO.

E RESUMO: Se qualquer coisa acontecer ou simplesmente atrapalhar um pouquinho à ida do cidadão até o tal COMPROMISSO, ele simplesmente não vai.

Mas isso acontece devido ao fato de já ter virado um costume não ir aos COMPROMISSOS. É normal NÃO COMPARECER, é normal SÓ CONVERSAR MUITO E REALIZAR POUCO e este é um problema muito sério. Tão sério que o COMPROMISSO é o que define o grau de responsabilidade que a pessoa tem.

Ter COMPROMISSO não é dizer SIM a todo o momento, ter COMPROMISSO não é ir a tudo que se pede, ter COMPROMISSO é simplesmente falar NÃO quando não quer ou não puderter COMPROMISSO é quando falar SIM, de fato concretizar.

TER COMPROMISSO É SONHAR MENOS E CONCRETIZAR MAIS…

Porque são de fatos que construímos nossas vidas, e conversas ao léu, ao vento, simplesmente não resolve nada. As palavras são importantes para vislumbrar, mas as atitudes são importantes para concretizar.

Por isso, pense, repense…

Quantas vezes por dia, você assume um COMPROMISSO e simplesmente o esquece, não o faz deixar sem concretizar?

Se forem muitas vezes, o que é normal nos dias de hoje… pense e repense de novo e lembre-se que quem de fato é importante, é quem assume e realiza seus COMPROMISSOS.

Pensem mais uma vez e reflitam sobre o tal do COMPROMISSO, porque este tal de COMPROMISSO é muito mais importante do que vocês imaginam e interfere de maneira impactante na vida e todos.

Lembre-se:

Ninguém é obrigado a assumir um COMPROMISSO, mas quando se compromete, é obrigado a cumprir o COMPROMISSO!

Bom dia... 14/04/2021


sábado, 10 de abril de 2021

ALBERTO SEXTAFEIRA PARTIU...

Alberto Sextafeira

E

m pleno sábado, dia dedicado a Nossa Senhora, a Mãe de Jesus, nosso amigo ALBERTO JOSÉ MENDONÇA CAVALCANTE, o “ALBERTO SEXTAFEIRA”, filho amado de Deus, concluiu com êxito sua missão nesse plano e foi convocado para uma nova e importante missão no Reino Celestial.

     ALBERTO SEXTAFEIRA partiu, todos nós temos o mesmo destino e ninguém parte antes ou depois do tempo de Deus, que sabe exatamente até onde podemos ir.

     A saudade e a dor são imensas! ALBERTO SEXTAFEIRA deixa amigos e familiares saudosos da sua companhia, não tristes, pois ele está na Casa do Pai e será mais um para interceder ao Criador pelos seus que aqui permanecem.

   A dor que sentimos é confortada pela crença de que ALBERTO SEXTAFEIRA, homem de fé, dedicado a família, aos amigos, ao Movimento Familiar Cristão e a Igreja, compromissado em tudo que faz, foi acolhido por Deus Pai.

     Lágrimas serão derramadas, mas é preciso transformar as lágrimas em oração e confiar na misericórdia de Deus, pois ALBERTO SEXTAFEIRA vive e atuará no Reino Celestial, servindo ao Pai, assim como serviu aqui na terra.

     Nesse momento não existem palavras fortes o bastante para confortar os corações de Luciana e demais familiares. É um momento muito difícil, mas a providência divina providenciará paz, conforto, coragem e muito amor neste momento de despedida.

     A MORTE NÃO É O FIM, as pessoas queridas viverão para sempre nos nossos corações e nas memórias que construímos com elas.

        Descanse em paz, amigo ALBERTO JOSÉ MENDONÇA CAVALCANTE.

 

Jorge e Penha Maciel

GRUPO MÃOS DADAS - MFC MACEIÓ

Reflexão para o Domingo da Misericórdia – 11/04/2021

 
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

Havia a grandiosidade de “não considerar como próprias as coisas que possuía”, que maturidade! O bem estar do outro está acima de meu providencial acúmulo de bens. Confio em Deus, Ele será meu Provedor!

E

ntramos no Domingo da Oitava de Páscoa ou Domingo da Misericórdia, como o chamava São João Paulo II.

         A primeira leitura, Atos 4, 32-35, nos mostra uma comunidade de ressuscitados que, apesar de viverem a vida comum, principalmente porque ainda não tinham morrido, mas permitem que o batismo lhes proporcione uma vida de ressuscitados, ou seja, uma vida pautada pelos valores evangélicos, assim, viviam como se nada possuíssem, apesar de possuírem bens, mas sabiam fazer a partilha e, outro sinal de ressurreição: não havia necessitados entre eles! Logo, apesar de estarem no mundo, viviam de modo tal que a partilha de bens funcionava e proporcionava uma sociedade igualitária. Havia a grandiosidade de “não considerar como próprias as coisas que possuía”, que maturidade! O bem estar do outro está acima de meu providencial acúmulo de bens. Confio em Deus, Ele será meu Provedor!

         De fato, viver assim, não é para qualquer um! É preciso ser maduro e ter vivido a experiência de ressurreição. Uso as coisas que passam, como se não precisasse delas. Deus e a própria Comunidade me socorrerão caso haja uma emergência! Até onde em minha vida concreta vivo esse “já aí e ainda não?” Já ressuscitados pela fé, pela crença num Deus Providente, mas ainda não, enquanto, concretamente, não sei nada sobre o dia de amanhã, apesar de viver na esperança e na confiança na Palavra de Deus!

         Havia um experimento dentro da formação da vida religiosa, em que o candidato deveria sair da casa religiosa, sem dinheiro algum e passar um mês apenas confiando na Providência, que saciaria suas necessidade, através da generosidade das pessoas. Comer, beber, dormir, banhar-se, tudo no literal “ao Deus dará”! Muitos nãos foram dados, muitos momentos constrangedores e muitas vezes tidos por vagabundos, mas esse exercício, inclusive de receber nãos e até corridas, fazia parte da formação de crer na Providência. Quantas pessoas generosas, bem intencionadas, quantas partilhas de bens e de vida, quanta riqueza nessa experiência de pobreza! Deus seja louvado!

         Para que tenhamos a consciência de que é preciso ter fé para crer na Palavra de Deus, o Evangelho, extraído de João 20, 19-31 nos relata a aparição de Jesus aos discípulos, menos a Tiago que estava fora, mais tarde ele diz não acreditar na comunidade, até que Jesus, oito dias depois, aparece novamente e, aí, Tiago presente! A conversão se realiza e ouvimos do Senhor a maravilhosa bem-aventurança dirigida a nós, hoje: “Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” Do mesmo modo, bem-aventurados os que partilham, os que confiam na Providência sem acumularem nada para si! Evidentemente, nossa situação sócio econômica, nos leva a programar alguma reserva para nós e para nossos dependentes. Assim é hoje a sociedade que fala em aposentadoria, em pensão, recebimento de encargos, tudo para a manutenção da pessoa e a preservação de sua dignidade; contudo, a Lei da Caridade deverá falar mais alto dentro de meus interesses particulares.

         Na perícope do Evangelho de hoje temos a efusão do Espírito Santo para o perdão dos pecados. Essa efusão é feita sobre toda a Comunidade presente e não apenas sobre os líderes. Aqui, mais uma vez, repousa nossa responsabilidade em relação ao mais frágil, desta vez, frágil em relação aos deveres morais e espirituais. Devo perdoar, sempre! Dentro da aparição de Cristo ressuscitado, ele me confia a missão de perdoar os pecados de todos os meus irmãos. É algo exigente, é verdade, mas o Senhor assim mandou, e mandou logo após nos desejar e dar a paz. Portanto, recebemos o Espírito Santo para sermos os mensageiros do perdão e da paz! Por isso São João Paulo II, denominou este domingo como o “DOMINGO DA MISERICÓRDIA”! Ser possuidor de paz e perdoar é também sinal de ser ressuscitado.

         Concluindo, vamos transcrever algumas frases da segunda leitura, tirada da 1ª Carta de João 5, 1-6. “Pois isto é amar a Deus: observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, pois todo o que nasceu de Deus vence o mundo”.

         Vencer o mundo, já aí viver como ressuscitado, apesar de ainda não o estar.

Bom dia... 10/04/2021


domingo, 4 de abril de 2021

Reflexão para o Domingo de Páscoa – 04/04/2021

 

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

“Cristo, a Vida, venceu a morte e ressuscitou e, todos nós fomos redimidos e ganhamos a vida plena e feliz, para sempre!” 

C

hegamos ao ponto mais alto da vida litúrgica e espiritual. Cristo, a Vida, venceu a morte e ressuscitou e, todos nós fomos redimidos e ganhamos a vida plena e feliz, para sempre!

         Para muitas pessoas, a paixão, o sofrimento e a morte dizem mais que a celebração da Vida, haja vista o numeroso público presente em nossas igrejas na sexta-feira santa e a ausência na noite em que celebramos a Ressurreição e no dia seguinte, Domingo de Páscoa. O mesmo podemos dizer da presença forte nos funerais e a ausência nos casamentos e missas em ação de graças. Infelizmente o sofrimento e a morte, o luto, falam mais forte e mais alto que a celebração da Vida, que a alegria e o júbilo. Não deveria ser assim, se cremos que nosso Deus é o Deus da Vida, que venceu e destruiu a morte e que Jesus é a nossa alegria!  Maria foi a senhora das Dores, mas hoje ela é a senhora da Glória. Mesmo no momento mais duro, mais dolorido de sua vida, aos pés da cruz, vendo seu filho ser supliciado injustamente como um bandido, Maria não caiu, não desmaiou, mas permaneceu firme, porque acreditava nas palavras Dele, de que ressuscitaria.

         A primeira leitura deste domingo, retirada do Livro dos Atos dos Apóstolos 10, 34.37-43, conclui relatando a fala de Pedro: “Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados.” Esse é o legado do Senhor, nossa redenção, nossa filiação divina, o perdão de nossos pecados, a Vida Eterna.

         A segunda, Colossenses 3, 1-4, nos incentiva a “alcançarmos as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus” e a promessa de que nos revestiremos de glória quando Cristo, nossa vida, aparecer em seu triunfo.

         Finalmente, o Evangelho, extraído de João 20, 1-9, nos relata a nova criação.    “No primeiro dia da semana...” João relata a criação redimida, o primeiro dia, agora denominado “dies dominica”, dia do Senhor, domingo, marcado não pelo descanso do Senhor como está em Gênesis 2, 1-3, o sétimo dia, mas como o primeiro Gen 1, 1-3 onde Ele separa a luz das trevas, acabando com o caos e agora, inicia a nova criação, dando ao homem a imortalidade e a felicidade sem fim.

         Maria Madalena vai ao túmulo ainda quando está escuro, não apenas no tempo, mas também dentro dela, pois seu senhor, seu amado estava morto, assim ela acreditava. Ela encontra o túmulo aberto, sem o corpo de Jesus e o clima interno piora. Diz Jo 20, 11-18 que ela não se cansava de olhar para baixo, para o túmulo vazio e não enxergava mais nada até que homens com vestes brilhantes a questionaram por que chorava tanto e ela fala do desaparecimento do corpo do Senhor. Maria ouve a voz do Senhor, mas crê que seja o jardineiro. Ele havia ressuscitado como prometera. Também nós, enquanto ficarmos com nossos olhares e coração voltados para os sinais de morte e procurando o corpo do Senhor e não Ele ressuscitado, estaremos ‘pra baixo’ tomados pelo desânimo e pela dor. É necessário fazer um pequeno esforço e olhar para o alto, crermos na vitória da Vida.

         Mas voltemos para a perícope escolhida para este domingo. Ela, a Madalena vai avisar Pedro e João, do sumiço do corpo de Jesus. Eles chegam ao túmulo, entram, veem as faixas de linho jogadas ao chão e o pano que cobrira a cabeça do Senhor, dobrado e colocado à parte. Diz o versículo 8, que João viu e acreditou. A notícia da ressurreição é tão extraordinária, que apesar de Jesus sempre falar nela, no momento propício para acreditar, todos ficam perplexos e com dificuldade para crer no que estão vendo, até que pela tarde, e com tudo fechado, Jesus aparece a eles, em Jo 20, 19-23. E nós, apesar de sabermos que por trás das nuvens escuras existe um céu azul com um sol brilhante, custamos a acreditar em nossa inteligência e ficamos presos aos nossos sentidos?

         Neste tempo de pandemia, tempo longo, mais longo do que imaginávamos, cremos na ação de Deus através da ciência, já que foi Ele que a criou e nos deu o mandamento de dominar e transformar as coisas criadas para o bem nosso e de toda a Criação? A pandemia terá fim e será, não através de atos mágicos e de crendices, mas através da aliança fé e ciência, juntas para a maior glória de Deus e bem de toda a Humanidade!

         Como saio após situações difíceis, doloridas?  O mesmo, ou melhorado?

         Como sairá a Humanidade depois desta pandemia? A mesma, com suas crenças e perversões ou melhorada, mais fraterna, solícita e colhedora?

Bom dia... 04/04/2021


sábado, 3 de abril de 2021

Reflexão de Dom Mário Spaki para o Sábado Santo

 

SÁBADO SANTO

 

S

ábado Santo, dia do grande silêncio, pois o Rei do Universo dorme. É o dia de Maria, a Mãe das Dores. Ela, que guardava tudo em seu coração, eterniza em si o mistério vivido aos pés da cruz, naquele dilacerante mar de angústia. Ela é a expressão mais alta, numa criatura humana, de alguém que ama, que confia, mesmo sem entender o que está acontecendo. Ela é a mansa por excelência, a dócil, a pobre, pois perdeu tudo: o seu tudo era Jesus. Ela é a mulher que não se lamenta de ser despojada daquilo que lhe pertence por eleição.

         Maria em seu sofrimento é a Santa por excelência, que todos podem contemplar para aprender o que é a mortificação ensinada há séculos pela Igreja e que os santos, com notas diversas, ecoaram em todos os tempos.

         Maria, na sua desolação nos ensina a cobrir-nos de humildade e paciência, de prudência e de perseverança, de simplicidade e de silêncio, para que em nossa própria noite brilhe a luz de Deus, a ressurreição divina.

         Se um dia os sofrimentos atingirem o ápice em que tudo em nós dá impressão de se rebelar e quando parece que tudo nos foi tirado, agarramo-nos em Maria. Esse gelo interior encostará a nossa alma na alma dela. E se reunindo todas as forças interiores, conseguirmos revestir nossos sentimentos de Maria, seremos com ela um vaso transbordante de alegria e deixamos atrás de nós um rastro de luz. (Conforme intuições de Chiara Lubich).

Bom dia... 03/04/2021