sexta-feira, 30 de abril de 2021
quinta-feira, 29 de abril de 2021
A força de um povo que crê naquilo que pede...
Alessandro De Carolis – Vatican News
D |
errotar o monstro invisível que lentamente
extingue seu fôlego em um quarto de hospital - ou quem sabe na rua, porque
simplesmente não há um hospital para ir - e procura fazê-lo ficando de joelhos.
Poderia parecer uma solução adequada
mais em tempos em que antigas superstições coletivas competiam pelo campo
contra as palavras jovens do Evangelho, do que em uma era como a nossa em que
um individualismo exacerbado e reivindicado em quase todos os lugares tende a
rebaixar o sentido de uma ação de comunidade, especialmente se intangível como
a espiritual.
A PROMESSA
Na
realidade, Mateus 18, versículo 19, bastaria para dissipar dúvidas e hesitações
sobre a eficácia da oração compartilhada, que relata uma garantia de Jesus: “Se
dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, o conseguirão
de meu Pai que está nos céus”. Uma promessa concreta, capaz de suscitar
uma grande esperança se aqueles dois se tornam um grande povo unido por uma
única intenção. É uma expectativa ainda mais forte se o pedido chega a Deus por
intercessão da "Advogada nossa",
a Mãe daquele que fez aquela promessa.
O RITMO DA DEVOÇÃO
Os
primeiros cristãos, talvez por serem filhos de um Evangelho ainda sine
glossa, compreenderam isso imediatamente. As catacumbas estão cheias de
inscrições que confiavam alguém ou alguma coisa a Maria. Antes ainda que o
Concílio de Éfeso a reconhecesse como Mãe de Deus, certas orações, às vezes
pouco mais do que sussurros grafitados na rocha, subiam aos lábios daqueles que
se sentiam em perigo e consideravam Nossa Senhora a fortaleza contra qualquer
mal.
Sub tuum praesidium,
“Sob a tua proteção buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus ...” é uma
invocação que a Igreja recita há pelo menos 1.800 anos e a história cristã é
também a história desta devoção a Maria, ilimitada e convicta. É a história de
incontáveis graças de “curas” e quem sabe quantos milagres
particulares. E é a devoção que então encontrou no Rosário um ritmo universal,
o espaço da esperança de uma ou mais almas juntas, o tempo de um conforto
talvez granulado na solidão sob um tubo de oxigênio, com a energia de um
penúltimo suspiro.
O PONTO DE LUZ
Esta
história chega aos dias atuais por meio de gestos e palavras de santas e
santos, de nome ou de fato, quando o nome é desconhecido. De Papas “marianos”
que não hesitaram em confiar à Mãe de Deus a humanidade que estava à beira ou
no abismo das guerras e catástrofes. Vem com as palavras de Francisco, o pároco
do mundo quando o mundo e estava sem paróquias, com suas intenções cotidianas
na Santa Marta, uma a cada dia a violar com a consolação de uma oração “dedicada”
as solidões do lockdown. E antes ainda chega de seus gestos e da oração
solitária daquele 27 de março, o Papa, um simbólico ponto de luz na escuridão,
que, em pé diante de um antigo ícone, implora a salus não somente para
o povo romano, mas para o mundo inteiro.
UMA ORAÇÃO UNÍSSONA
Nada
mais é do que uma história de fé. Que agora é enriquecida pelo coro dos
Santuários Marianos, imaginados como as contas de um terço recitado
alternadamente. Recitado como os anciãos recordados pelo Papa durante a
Audiência Geral, com o canto constante e nada constrangido de um filho que sabe
que terá mais chances de obter do pai o que espera se sua mãe o pedir.
quarta-feira, 28 de abril de 2021
terça-feira, 27 de abril de 2021
segunda-feira, 26 de abril de 2021
domingo, 25 de abril de 2021
sábado, 24 de abril de 2021
Reflexão para o 4º Domingo de Páscoa – 25/04/2021
Jesus
se declara o bom pastor porque dá sua vida pelas ovelhas. Ele a entrega, não
foge do perigo, mas o enfrenta a todo custo, entregando até a própria vida, se
for necessário.
A |
Liturgia deste domingo inicia com Atos 4,
8-12, onde os Apóstolos são questionados pelos Chefes do Povo e Anciãos por
terem curado um enfermo. Pedro responde foi o bem, realizado através da
invocação do nome de Jesus de Nazaré, aquele morto por ordem deles e
ressuscitado por Deus. Aproveita para
dizer que Jesus é a pedra angular rejeitada e desprezada por eles, os
construtores do Povo e que não existe nenhum outro nome, debaixo do céu, pelo
qual os homens poderão se salvar. Aliás, o nome Jesus significa Deus salva!
Em
sua carta, escolhida como segunda leitura – 1 Jo 3, 1-2, o Apóstolo João
reforça nossa filiação divina, pois somos chamados de filhos de Deus, o que
somos realmente; quando Jesus se manifestar seremos semelhantes a ele porque o
veremos tal como ele é.
Essas
duas leituras nos falam da grandeza de Jesus. Além do poder salvador de seu
nome, seus seguidores, são chamados filhos de Deus e são tornados semelhantes a
ele.
No
Evangelho, tirado de João 10, 11- 18, vemos Jesus se declara o Bom Pastor
porque dá sua vida pelas ovelhas. Ele a entrega, não foge do perigo, mas o
enfrenta a todo custo, entregando até a própria vida, se for necessário. É a
entrega em um grande gesto de amor. Não existe a necessidade de tomar e nem de
retirar a vida, já que ele, o proprietário da vida é o Amor, que se entrega, se
dá generosamente, copiosamente, abundantemente, incansavelmente,
incessantemente, de modo inexaurível e sempre renovado. É a vida que transborda
sem se esgotar! Jamais teve início e jamais terá fim.
João
continua o discurso de Jesus, acrescentando o grande desejo da unidade do rebanho.
Certamente nesse ponto nos recordamos de um Cristianismo dividido e de um
Catolicismo onde as lideranças não trabalham pró unidade, mas dão espaço maior
para seus segmentos, suas ideologias e visões teológicas e litúrgicas, quando
sabemos que o Papa é nosso líder e que a Igreja tem no ecumenismo sua grande
força.
Aí
nos perguntamos, como vai minha disposição para ceder? Sei sacrificar o
particular pelo todo?
Se acredito em Deus, no poder do nome de Jesus, não terei problema em abrir mão de certas convicções, sendo que minha convicção maior será no poder de Deus e na unidade do rebanho.
sexta-feira, 23 de abril de 2021
quinta-feira, 22 de abril de 2021
quarta-feira, 21 de abril de 2021
terça-feira, 20 de abril de 2021
No Brasil, oito Dioceses e uma Arquidiocese aguardam nomeações de seus Bispos.
O |
Brasil possui, em 20 de abril de 2021, oito Dioceses
e uma Arquidiocese vacantes, num universo de 277 circunscrições eclesiásticas.
A Diocese de Penedo, em Alagoas, é a que aguarda há mais tempo, desde 16 de junho de
2020, com o falecimento de Dom Valério Breda.
Renúncia,
transferência, falecimento ou perda de ofício são alguns dos motivos que podem
tornar uma sede vacante, expressão oriunda do latim que significa trono vazio e
que é usada pela Igreja para dizer que uma Sede Episcopal está sem o seu
ocupante no governo pastoral. Neste período, a Igreja Particular fica aos
cuidados de um administrador diocesano, eleito pelo Colégio de Consultores, que
pode desempenhar algumas funções limitadas pelo Código de Direito Canônico; ou
por um administrador apostólico, um bispo nomeado pelo papa.
A ELEIÇÃO DOS BISPOS
A
escolha de um novo Bispo se dá através de um longo e criterioso processo que se
inicia na Nunciatura Apostólica de cada país. Na sequência, é encaminhado para
a Congregação para os Bispos, no Vaticano, até chegar ao Papa, a quem compete a
nomeação dos Bispos.
Neste
processo se busca obter através de consultas, sob segredo pontifício, a opinião
de muitas pessoas para se chegar ao máximo de informações pertinentes acerca
dos candidatos. Isto demonstra o quanto a Igreja tem consciência da importância
da nomeação dos bispos. Muitas pessoas investem muitos anos de suas vidas e
ministérios na dedicação a este serviço eclesial. Neste tempo de espera, é
preciso intensificar as orações para a escolha de um novo pastor para guiar o
povo de Deus nas Dioceses vacantes.
CONFIRA AS DIOCESES
VACANTES ATÉ ESTA DATA NA IGREJA NO BRASIL:
+ DIOCESE
DE PENEDO (AL), vacante desde 16 de
junho de 2020, com o falecimento de Dom Valério Breda;
+ DIOCESE DE CAÇADOR (SC), vacante desde
1 de julho de 2020, com a nomeação de Dom Severino Clasen como Arcebispo de
Maringá (PR);
+ DIOCESE
DE PALMARES (PE), vacante desde 18 de
julho de 2020, com o falecimento de Dom Henrique Soares Costa;
+ DIOCESE DE SÃO CARLOS
(SP),
vacante desde 21 de outubro de 2020, com a nomeação de Dom Paulo Cezar Costa
como Arcebispo de Brasília (DF);
+ DIOCESE
DE ALAGOINHAS (BA), vacante desde 13 de
janeiro de 2021, com a nomeação de Dom Paulo Romeu Dantas Bastos como Bispo de
Jequié (BA);
+ DIOCESE DE COLATINA (ES), vacante desde
13 de janeiro de 2021, com a nomeação de Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias como Bispo
de Lorena (SP);
+ DIOCESE
DE IGUATU (CE), vacante desde 24 de
fevereiro de 2021, com a renúncia de Dom Edson de Castro Homem;
+ ARQUIDIOCESE DE
CASCAVEL (PR),
vacante desde 11 de março de 2021, com o falecimento de Dom Mauro Aparecido dos
Santos;
+ DIOCESE
DE RONDONÓPOLIS-GUIRATINGA (MT), vacante
desde 28 de março de 2021, com o falecimento de Dom Juventino Kestering.
segunda-feira, 19 de abril de 2021
domingo, 18 de abril de 2021
sábado, 17 de abril de 2021
Reflexão para o 3º Domingo de Páscoa – 18/04/2021
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
Perdoar
não é impunidade, mas possibilitar ao outro o arrependimento, a conversão,
zerar a ocorrência. Quem ama não pune, isso seria, legalizar a exclusão; quem
ama quer salvar, quer dar vida, daí o esforço inteligente de recuperação.
A |
Liturgia nos leva a um maior aprofundamento do
mistério de Jesus. Iniciamos pela mensagem dos Atos dos Apóstolos 3,
13-15.17-19, nossa primeira leitura, que nos alerta sobre a glorificação que
Deus proporcionou a seu servo Jesus, o Santo e o Justo, autor da vida, com a
ressurreição.
Pedro
diz que as profecias foram cumpridas no tocante ao sofrimento do Ungido e sua
morte e manda que o povo se arrependa e se converta para que os pecados sejam
perdoados. Pedro vê o povo como culpado, já que a opção por Barrabás, para que
sobrevivesse no lugar de Jesus Cristo, foi uma escolha daquele povo, mesmo que
por ignorância e indicação do Sinédrio.
A
segunda leitura, 1 Jo 2,2-5 continua a apresentação de Jesus como o Justo,
vítima de expiação pelos nossos pecados, pelos pecados do mundo inteiro.
João
Evangelista, como Pedro, nos Atos, dá também sua orientação e, aqui, é que
deveremos guardar seus mandamentos como sinal que o conhecemos e somos de seu
grupo. João até chama de mentiroso quem diz que conhece a Deus, mas não guarda
os seus mandamentos e, pelo contrário, aquele que os guarda tem plenamente em
si o amor de Deus.
No
Evangelho, extraído de Lucas 24, 35-48, o também autor dos Atos, Lucas
Evangelista, fala em seu Evangelho das aparições de Jesus ressuscitado e de sua
missão de consolar e alegrar os discípulos. E em suas aparições, a saudação: “A
paz esteja convosco!” O Senhor não se cansa de dar mostras e sinais de que está
ressuscitado e, finalmente, abre-lhes a inteligência para entenderem as
Escrituras. Ele dá destaque ao anúncio da conversão e do perdão dos pecados.
Poderemos
também, perceber em nossa vida, quais os sinais que transmitimos às pessoas, de
que cremos na ressurreição de Jesus e de que somos homens e mulheres novos?
Como está nossa conversão, ou seja, nossa mudança de vida?
Acreditamos
que o Amor do Senhor nos perdoou os pecados e também nós, somos adeptos do
perdão ou curtimos a necessidade de uma penalização educativa? Temos como muito
importante o outro remoer a culpa de um ato infeliz? Somos adeptos da “lei do
talião”?
Perdoar
não é impunidade, mas possibilitar ao outro o arrependimento, a conversão,
zerar a ocorrência. Quem ama não pune, isso seria, legalizar a exclusão; quem
ama quer salvar, quer dar vida, daí o esforço inteligente de recuperação. Não
se trata de castigar, de penalizar o infrator, mas de recuperá-lo e, com isso,
reintegrá-lo plenamente, tirá-lo da marginalização ou marginalidade. O Amor
quer vida e vida em abundância! Como ter a plenitude da paz se sabemos que
alguém está à margem e sofre, pouco importa se esse alguém tem culpa ou não!
Realmente foi dada a essa pessoa a oportunidade de se converter, de ser
resgatada?
E
eu? Aceito que errei e que preciso me converter? Tenho real desejo de retornar
à roda da qual me expulsei por atitudes egoístas? É preciso muita humidade! Ter
consciência de que errar, pecar, foi opção sua, mesmo que influenciado por
terceiros ou por situações favoráveis a isso. Se conscientemente me converto
será mais difícil voltar ao mesmo erro.
sexta-feira, 16 de abril de 2021
quinta-feira, 15 de abril de 2021
quarta-feira, 14 de abril de 2021
COMPROMISSO é coisa séria!
O |
COMPROMISSO é uma palavra hoje muito
importante porque representa um acordo mútuo entre partes que chegam a um
consenso e selam um COMPROMISSO.
Esta palavra COMPROMISSO é muito comum,
extremamente usada e difundida, mas muitos, muitos mesmos, estão esquecendo o
seu significado.
A Palavra COMPROMISSO vem do Latim compromissum que
significa com (mútuo, eu e você, as duas ou mais partes) + promissium (promessa),
no caso COMPROMISSO é uma promessa feita por ambas as partes com um intuito mútuo.
Se uma das pessoas envoltas no COMPROMISSO não aceitam os termos,
simplesmente não fazem o COMPROMISSO.
Mas o problema é que muitas vezes as pessoas aceitam os
termos, fazem o COMPROMISSO e não cumprem a sua palavra.
E pelo que podemos perceber, estamos em uma epidemia de falta
de COMPROMISSO…
Está tão comum à falta de COMPROMISSO que o
pessoal marca um COMPROMISSO e simplesmente não comparecem, e o pior de
tudo isso é que todos acham que é uma atitude normal. É tão epidêmica, que gera
um problema entre todas as partes.
A pessoa sabe que é muito pouco provável que possa de
fato cumprir o combinado, mesmo assim, se compromete com o que não pode cumprir.
O COMPROMISSO está em decadência, a cada dia perde
credibilidade, até porque ninguém quer arcar com as consequências provocadas
pela a ausência no COMPROMISSO assumido e não cumprido.
A FALTA DE COMPROMISSO está tão epidêmico que as
pessoas simplesmente assumem um COMPROMISSO só por assumir, sem certeza
alguma de comparecer ou talvez tenham vontade, mas qualquer problema os
desmotiva.
Exemplo...
Se tiver um jogo do seu time do coração, a pessoa simplesmente
não vai e nem avisa.
Se aparecer um convite para uma festa, a pessoa também não vai
e nem avisa.
Se aparecer um filme na TV que a pessoa gosta, ela simplesmente
vai assistir o filme e nem se lembra do COMPROMISSO.
E RESUMO: Se qualquer coisa
acontecer ou simplesmente atrapalhar um pouquinho à ida do cidadão até o tal COMPROMISSO,
ele simplesmente não vai.
Mas isso acontece devido ao fato de já ter virado um
costume não ir aos COMPROMISSOS. É normal NÃO COMPARECER, é
normal SÓ CONVERSAR MUITO E REALIZAR POUCO e este é um problema muito
sério. Tão sério que o COMPROMISSO é o que define o grau de
responsabilidade que a pessoa tem.
Ter COMPROMISSO não é dizer SIM a todo o
momento, ter COMPROMISSO não é ir a tudo que se pede, ter COMPROMISSO
é simplesmente falar NÃO quando não quer ou não puder… ter COMPROMISSO
é quando falar SIM, de fato concretizar.
TER COMPROMISSO É SONHAR MENOS E
CONCRETIZAR MAIS…
Porque são de fatos que construímos nossas vidas, e
conversas ao léu, ao vento, simplesmente não resolve nada. As palavras são
importantes para vislumbrar, mas as atitudes são importantes para concretizar.
Por isso, pense, repense…
Quantas vezes por dia, você assume um COMPROMISSO
e simplesmente o esquece, não o faz deixar sem concretizar?
Se forem muitas vezes, o que é normal nos dias de hoje…
pense e repense de novo e lembre-se que quem de fato é importante, é quem
assume e realiza seus COMPROMISSOS.
Pensem mais uma vez e reflitam sobre o tal do COMPROMISSO,
porque este tal de COMPROMISSO é muito mais importante do que vocês
imaginam e interfere de maneira impactante na vida e todos.
Lembre-se:
Ninguém é obrigado a assumir um COMPROMISSO, mas quando se compromete, é obrigado a cumprir o COMPROMISSO!
terça-feira, 13 de abril de 2021
segunda-feira, 12 de abril de 2021
domingo, 11 de abril de 2021
sábado, 10 de abril de 2021
ALBERTO SEXTAFEIRA PARTIU...
E |
m pleno sábado, dia
dedicado a Nossa Senhora, a Mãe de Jesus, nosso amigo ALBERTO JOSÉ MENDONÇA
CAVALCANTE, o “ALBERTO SEXTAFEIRA”, filho amado de Deus, concluiu com êxito sua
missão nesse plano e foi convocado para uma nova e importante missão no Reino
Celestial.
A dor que sentimos é confortada pela crença de que ALBERTO SEXTAFEIRA, homem de fé, dedicado a família, aos amigos, ao Movimento Familiar Cristão e a Igreja, compromissado em tudo que faz, foi acolhido por Deus Pai.
Jorge e Penha Maciel
GRUPO MÃOS DADAS - MFC
MACEIÓ
Reflexão para o Domingo da Misericórdia – 11/04/2021
Havia
a grandiosidade de “não considerar como próprias as coisas que possuía”, que
maturidade! O bem estar do outro está acima de meu providencial acúmulo de
bens. Confio em Deus, Ele será meu Provedor!
E |
ntramos no Domingo da Oitava de Páscoa
ou Domingo da Misericórdia, como o chamava São João Paulo II.
A
primeira leitura, Atos 4, 32-35, nos mostra uma comunidade de ressuscitados
que, apesar de viverem a vida comum, principalmente porque ainda não tinham
morrido, mas permitem que o batismo lhes proporcione uma vida de ressuscitados,
ou seja, uma vida pautada pelos valores evangélicos, assim, viviam como se nada
possuíssem, apesar de possuírem bens, mas sabiam fazer a partilha e, outro
sinal de ressurreição: não havia necessitados entre eles! Logo, apesar de
estarem no mundo, viviam de modo tal que a partilha de bens funcionava e
proporcionava uma sociedade igualitária. Havia a grandiosidade de “não
considerar como próprias as coisas que possuía”, que maturidade! O bem
estar do outro está acima de meu providencial acúmulo de bens. Confio em Deus,
Ele será meu Provedor!
De
fato, viver assim, não é para qualquer um! É preciso ser maduro e ter vivido a
experiência de ressurreição. Uso as coisas que passam, como se não precisasse
delas. Deus e a própria Comunidade me socorrerão caso haja uma emergência! Até
onde em minha vida concreta vivo esse “já aí e ainda não?” Já
ressuscitados pela fé, pela crença num Deus Providente, mas ainda não,
enquanto, concretamente, não sei nada sobre o dia de amanhã, apesar de viver na
esperança e na confiança na Palavra de Deus!
Havia
um experimento dentro da formação da vida religiosa, em que o candidato deveria
sair da casa religiosa, sem dinheiro algum e passar um mês apenas confiando na
Providência, que saciaria suas necessidade, através da generosidade das pessoas.
Comer, beber, dormir, banhar-se, tudo no literal “ao Deus dará”! Muitos
nãos foram dados, muitos momentos constrangedores e muitas vezes tidos por
vagabundos, mas esse exercício, inclusive de receber nãos e até corridas, fazia
parte da formação de crer na Providência. Quantas pessoas generosas, bem
intencionadas, quantas partilhas de bens e de vida, quanta riqueza nessa
experiência de pobreza! Deus seja louvado!
Para
que tenhamos a consciência de que é preciso ter fé para crer na Palavra de
Deus, o Evangelho, extraído de João 20, 19-31 nos relata a aparição de Jesus
aos discípulos, menos a Tiago que estava fora, mais tarde ele diz não acreditar
na comunidade, até que Jesus, oito dias depois, aparece novamente e, aí, Tiago
presente! A conversão se realiza e ouvimos do Senhor a maravilhosa
bem-aventurança dirigida a nós, hoje: “Bem-aventurados os que creram sem
terem visto!” Do mesmo modo, bem-aventurados os que partilham, os que
confiam na Providência sem acumularem nada para si! Evidentemente, nossa situação
sócio econômica, nos leva a programar alguma reserva para nós e para nossos
dependentes. Assim é hoje a sociedade que fala em aposentadoria, em pensão,
recebimento de encargos, tudo para a manutenção da pessoa e a preservação de
sua dignidade; contudo, a Lei da Caridade deverá falar mais alto dentro de meus
interesses particulares.
Na
perícope do Evangelho de hoje temos a efusão do Espírito Santo para o perdão
dos pecados. Essa efusão é feita sobre toda a Comunidade presente e não apenas
sobre os líderes. Aqui, mais uma vez, repousa nossa responsabilidade em relação
ao mais frágil, desta vez, frágil em relação aos deveres morais e espirituais.
Devo perdoar, sempre! Dentro da aparição de Cristo ressuscitado, ele me confia
a missão de perdoar os pecados de todos os meus irmãos. É algo exigente, é
verdade, mas o Senhor assim mandou, e mandou logo após nos desejar e dar a paz.
Portanto, recebemos o Espírito Santo para sermos os mensageiros do perdão e da
paz! Por isso São João Paulo II, denominou este domingo como o “DOMINGO DA
MISERICÓRDIA”! Ser possuidor de paz e perdoar é também sinal de ser
ressuscitado.
Concluindo,
vamos transcrever algumas frases da segunda leitura, tirada da 1ª Carta de João
5, 1-6. “Pois isto é amar a Deus: observar os seus mandamentos. E os seus
mandamentos não são pesados, pois todo o que nasceu de Deus vence o mundo”.
Vencer
o mundo, já aí viver como ressuscitado, apesar de ainda não o estar.
sexta-feira, 9 de abril de 2021
quinta-feira, 8 de abril de 2021
quarta-feira, 7 de abril de 2021
terça-feira, 6 de abril de 2021
segunda-feira, 5 de abril de 2021
domingo, 4 de abril de 2021
Reflexão para o Domingo de Páscoa – 04/04/2021
Padre Cesar Augusto,
SJ - Vatican News
“Cristo, a Vida, venceu a morte e ressuscitou e, todos nós fomos redimidos e ganhamos a vida plena e feliz, para sempre!”
C |
hegamos ao ponto mais alto da vida
litúrgica e espiritual. Cristo, a Vida, venceu a morte e ressuscitou e, todos
nós fomos redimidos e ganhamos a vida plena e feliz, para sempre!
Para
muitas pessoas, a paixão, o sofrimento e a morte dizem mais que a celebração da
Vida, haja vista o numeroso público presente em nossas igrejas na sexta-feira
santa e a ausência na noite em que celebramos a Ressurreição e no dia seguinte,
Domingo de Páscoa. O mesmo podemos dizer da presença forte nos funerais e a
ausência nos casamentos e missas em ação de graças. Infelizmente o sofrimento e
a morte, o luto, falam mais forte e mais alto que a celebração da Vida, que a
alegria e o júbilo. Não deveria ser assim, se cremos que nosso Deus é o Deus da
Vida, que venceu e destruiu a morte e que Jesus é a nossa alegria! Maria foi a senhora das Dores, mas hoje ela é
a senhora da Glória. Mesmo no momento mais duro, mais dolorido de sua vida, aos
pés da cruz, vendo seu filho ser supliciado injustamente como um bandido, Maria
não caiu, não desmaiou, mas permaneceu firme, porque acreditava nas palavras
Dele, de que ressuscitaria.
A
primeira leitura deste domingo, retirada do Livro dos Atos dos Apóstolos 10,
34.37-43, conclui relatando a fala de Pedro: “Todo aquele que crê em Jesus
recebe, em seu nome, o perdão dos pecados.” Esse é o legado do Senhor, nossa
redenção, nossa filiação divina, o perdão de nossos pecados, a Vida Eterna.
A
segunda, Colossenses 3, 1-4, nos incentiva a “alcançarmos as coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus” e a promessa de que nos
revestiremos de glória quando Cristo, nossa vida, aparecer em seu triunfo.
Finalmente,
o Evangelho, extraído de João 20, 1-9, nos relata a nova criação. “No primeiro dia da semana...” João relata
a criação redimida, o primeiro dia, agora denominado “dies dominica”, dia do
Senhor, domingo, marcado não pelo descanso do Senhor como está em Gênesis 2,
1-3, o sétimo dia, mas como o primeiro Gen 1, 1-3 onde Ele separa a luz das
trevas, acabando com o caos e agora, inicia a nova criação, dando ao homem a
imortalidade e a felicidade sem fim.
Maria
Madalena vai ao túmulo ainda quando está escuro, não apenas no tempo, mas
também dentro dela, pois seu senhor, seu amado estava morto, assim ela
acreditava. Ela encontra o túmulo aberto, sem o corpo de Jesus e o clima
interno piora. Diz Jo 20, 11-18 que ela não se cansava de olhar para baixo,
para o túmulo vazio e não enxergava mais nada até que homens com vestes
brilhantes a questionaram por que chorava tanto e ela fala do desaparecimento
do corpo do Senhor. Maria ouve a voz do Senhor, mas crê que seja o jardineiro.
Ele havia ressuscitado como prometera. Também nós, enquanto ficarmos com nossos
olhares e coração voltados para os sinais de morte e procurando o corpo do
Senhor e não Ele ressuscitado, estaremos ‘pra baixo’ tomados pelo desânimo e
pela dor. É necessário fazer um pequeno esforço e olhar para o alto, crermos na
vitória da Vida.
Mas
voltemos para a perícope escolhida para este domingo. Ela, a Madalena vai
avisar Pedro e João, do sumiço do corpo de Jesus. Eles chegam ao túmulo,
entram, veem as faixas de linho jogadas ao chão e o pano que cobrira a cabeça
do Senhor, dobrado e colocado à parte. Diz o versículo 8, que João viu e
acreditou. A notícia da ressurreição é tão extraordinária, que apesar de Jesus
sempre falar nela, no momento propício para acreditar, todos ficam perplexos e
com dificuldade para crer no que estão vendo, até que pela tarde, e com tudo
fechado, Jesus aparece a eles, em Jo 20, 19-23. E nós, apesar de sabermos que
por trás das nuvens escuras existe um céu azul com um sol brilhante, custamos a
acreditar em nossa inteligência e ficamos presos aos nossos sentidos?
Neste
tempo de pandemia, tempo longo, mais longo do que imaginávamos, cremos na ação
de Deus através da ciência, já que foi Ele que a criou e nos deu o mandamento
de dominar e transformar as coisas criadas para o bem nosso e de toda a
Criação? A pandemia terá fim e será, não através de atos mágicos e de
crendices, mas através da aliança fé e ciência, juntas para a maior glória de
Deus e bem de toda a Humanidade!
Como
saio após situações difíceis, doloridas?
O mesmo, ou melhorado?
Como
sairá a Humanidade depois desta pandemia? A mesma, com suas crenças e
perversões ou melhorada, mais fraterna, solícita e colhedora?
sábado, 3 de abril de 2021
Reflexão de Dom Mário Spaki para o Sábado Santo
SÁBADO
SANTO
S |
ábado Santo, dia
do grande silêncio, pois o Rei do Universo dorme. É o dia de Maria, a Mãe das
Dores. Ela, que guardava tudo em seu coração, eterniza em si o mistério vivido
aos pés da cruz, naquele dilacerante mar de angústia. Ela é a expressão mais
alta, numa criatura humana, de alguém que ama, que confia, mesmo sem entender o
que está acontecendo. Ela é a mansa por excelência, a dócil, a pobre, pois
perdeu tudo: o seu tudo era Jesus. Ela é a mulher que não se lamenta de ser
despojada daquilo que lhe pertence por eleição.
Maria em seu sofrimento é a Santa por
excelência, que todos podem contemplar para aprender o que é a mortificação
ensinada há séculos pela Igreja e que os santos, com notas diversas, ecoaram em
todos os tempos.
Maria, na sua desolação nos ensina a
cobrir-nos de humildade e paciência, de prudência e de perseverança, de
simplicidade e de silêncio, para que em nossa própria noite brilhe a luz de
Deus, a ressurreição divina.
Se um dia os sofrimentos atingirem o ápice em que tudo em nós dá impressão de se rebelar e quando parece que tudo nos foi tirado, agarramo-nos em Maria. Esse gelo interior encostará a nossa alma na alma dela. E se reunindo todas as forças interiores, conseguirmos revestir nossos sentimentos de Maria, seremos com ela um vaso transbordante de alegria e deixamos atrás de nós um rastro de luz. (Conforme intuições de Chiara Lubich).