SÁBADO
SANTO
S |
ábado Santo, dia
do grande silêncio, pois o Rei do Universo dorme. É o dia de Maria, a Mãe das
Dores. Ela, que guardava tudo em seu coração, eterniza em si o mistério vivido
aos pés da cruz, naquele dilacerante mar de angústia. Ela é a expressão mais
alta, numa criatura humana, de alguém que ama, que confia, mesmo sem entender o
que está acontecendo. Ela é a mansa por excelência, a dócil, a pobre, pois
perdeu tudo: o seu tudo era Jesus. Ela é a mulher que não se lamenta de ser
despojada daquilo que lhe pertence por eleição.
Maria em seu sofrimento é a Santa por
excelência, que todos podem contemplar para aprender o que é a mortificação
ensinada há séculos pela Igreja e que os santos, com notas diversas, ecoaram em
todos os tempos.
Maria, na sua desolação nos ensina a
cobrir-nos de humildade e paciência, de prudência e de perseverança, de
simplicidade e de silêncio, para que em nossa própria noite brilhe a luz de
Deus, a ressurreição divina.
Se um dia os sofrimentos atingirem o ápice em que tudo em nós dá impressão de se rebelar e quando parece que tudo nos foi tirado, agarramo-nos em Maria. Esse gelo interior encostará a nossa alma na alma dela. E se reunindo todas as forças interiores, conseguirmos revestir nossos sentimentos de Maria, seremos com ela um vaso transbordante de alegria e deixamos atrás de nós um rastro de luz. (Conforme intuições de Chiara Lubich).
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