terça-feira, 31 de janeiro de 2023
segunda-feira, 30 de janeiro de 2023
domingo, 29 de janeiro de 2023
sábado, 28 de janeiro de 2023
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O IV DOMINGO DO TEMPO COMUM – 29/01/2023
A |
liturgia deste domingo nos apresenta, para
nossa reflexão, o tema da humildade. Na primeira leitura, o Profeta Sofonias
nos recomenda a humildade para encontrarmos refúgio no Senhor e para a prática
da justiça. Isto porque o humilde é pobre, sem poder e sem riqueza. Sua
confiança está apenas no Senhor e não nos bens terrenos e nem na ação maléfica
para garantir a estabilidade.
No contexto da
liturgia de hoje, o conceito de pobre deixa de ser maldição e passa a ser
bênção. O rico está de tal modo fascinado pelo conforto e segurança que o
dinheiro traz, que se esquece de que tudo deve estar subordinado à justiça, à
ética emanada da Lei de Deus, a Lei do Amor. O pobre, pelo contrário, confia
plenamente no Senhor, em sua Providência, vivendo a justiça dos filhos de Deus,
que nos torna irmãos de todos os homens.
No Evangelho, Jesus
aprofunda o conceito de pobre e acrescenta pobres em espírito, ou seja, é
bem-aventurado aquele que desapegado dos bens deste mundo, desapega-se também
de atitudes nada fraternas como a arrogância, o poder opressor, e se compromete
na construção de uma sociedade alicerçada na partilha de todos os bens,
materiais ou não, e na fraternidade de seus pensamentos e ações.
Jesus declara
bem-aventurado um mundo novo, de acordo com os planos do Pai. Ele quer salvar
aqueles que ainda vivem no mundo antigo, corrompido, onde os únicos valores são
riqueza, poder e glória. Jesus nos propõe desapego dos bens materiais, serviço
e humildade. Esses são os valores da nova sociedade, vividos por aqueles que
desejam construir o Reino de Deus. Nela todos serão felizes e não apenas um
pequeno grupo de privilegiados.
Quando o Senhor fez
seu sermão do alto da montanha, olhou em sua volta e encontrou a imensa multidão de sofredores, injustiçados,
cansados, sobrecarregados com todos os tipos de fardos que podemos imaginar.
São Paulo, em sua Carta aos Coríntios, mostra um espelho aos seus seguidores e
comenta que sua comunidade é formada por fracos, desprezados, pessoas sem
importância e valor. Esses foram os escolhidos por Deus para manifestar, neles,
o carinho de sua glória. É a nova sociedade, onde Deus impera com sua justiça
de amor.
Caríssimos irmãos,
como somos nós? Como está nossa paróquia, nossa associação religiosa? Vivemos
essa nova sociedade promulgada por Jesus, do alto da montanha, onde o pobre, o
pecador são acolhidos com carinho e humildade de nossa parte, ou nossa vida
cristã mostra exatamente o contrário do que Nosso Senhor ensinou?
Que o projeto de
Jesus, para uma nova sociedade, esteja presente não apenas em nossa vida
eclesial, mas também em nossa casa, em nosso trabalho profissional, em tudo
onde estivermos atuando. Bem-aventurados aqueles que renunciam a seus conceitos
e verdades, para seguir integralmente os ensinamentos do Senhor!
sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
quinta-feira, 26 de janeiro de 2023
NUNCA PARE DE SONHAR!
H |
avia no alto de uma montanha três
árvores. Elas sonhavam com o que iriam ser depois de grandes. A primeira,
olhando as estrelas disse: “eu quero ser o baú mais precioso do mundo e
viver cheia de tesouros”.
A segunda, olhando um
riacho suspirou: “eu quero ser um navio bem grande para transportar reis e
rainhas”. A terceira olhou para o vale e disse: “quero crescer e ficar
aqui no alto da montanha; quero crescer tanto que as pessoas ao olharem para
mim, levantem os olhos e pensem em Deus”.
Muitos anos se
passaram, as árvores cresceram. Surgiram três lenhadores que, sem saber do
sonho das árvores, cortaram as três. A primeira árvore acabou se transformando
num cocho de animais, coberto de feno. A segunda virou um barco de pesca
transportando pessoas e peixes todos os dias. A terceira foi cortada em vigas e
deixada num depósito.
Desiludidas as três
árvores lamentaram os seus destinos. Mas, numa certa noite, com o céu cheio de
estrelas, uma jovem mulher colocou o seu bebê recém-nascido naquele cocho. De
repente, a árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo. A segunda,
certo dia, transportou um homem que acabou por dormir no barco. E, quando uma
tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse PAZ! E,
imediatamente, as águas se acalmaram. E a árvore transformada em barco entendeu
que transportava o rei dos céus e da terra.
Tempos mais tarde,
numa sexta-feira, a árvore espantou-se quando as vigas foram unidas em forma de
cruz e um homem foi pregado nela. A árvore sentiu-se horrível vendo o
sofrimento daquele homem. Mas logo entendeu que aquele homem salvou a
humanidade e as pessoas logo se lembrariam de Deus ao olharem para a cruz.
O exemplo das árvores
é um sinal de que é preciso SONHAR e ter FÉ SEMPRE!
Não importa o tamanho
dos sonhos que você tenha, sonhe muito e sempre. Mesmo que seus sonhos não se
realizem exatamente como você desejou, saiba que eles se concretizarão da
maneira que Deus entendeu ser a melhor para você.
"Uma nuvem não sabe por que se move em tal direção e em tal velocidade. Sente apenas um impulso que a conduz para esta ou aquela direção. Mas o céu sabe os motivos e os desenhos por trás de todas as nuvens, e você também saberá, quando se erguer o suficiente para ver além dos horizontes."
Mensagem postada no MFC EM
AÇÃO (Janeiro/2012) – Informativo do MFC DESCALVADO/SP
quarta-feira, 25 de janeiro de 2023
terça-feira, 24 de janeiro de 2023
segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
domingo, 22 de janeiro de 2023
sábado, 21 de janeiro de 2023
Reflexão Litúrgica para o III Domingo do Tempo Comum – 22/01/2023
A |
primeira leitura, a mesma da
noite de Natal, nos fala do domínio dos assírios sobre Israel. Na verdade, duas
tribos que viviam ao norte do país, na Galiléia, e eram esquecidas, oprimidas,
vilipendiadas em seus direitos. Viviam, de fato, em total escuridão. É a esses
povos que o Senhor socorre com sua luz. Ele destrói a escuridão, quebra o jugo
opressor e alegra seu povo com a libertação de todo e qualquer sofrimento. Na
liturgia da noite de Natal, a leitura ia mais adiante, e falava do nascimento
de um menino, do qual a luz era a sua representação.
No Evangelho, Jesus vai morar nessa região do norte. Mateus cita a
profecia que ouvimos na primeira leitura. A promessa é cumprida 700 anos
depois, por Jesus Cristo, a Luz do mundo.
Há muito os assírios haviam deixado Israel, mas não a situação de morte,
de pecado, através das más ações dos homens. Por isso Jesus prega:
“Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo!”
Ele vai anunciar a necessidade da mudança de coração, onde as pessoas se
encontram, ali no trabalho, no seu dia a dia. É Deus companheiro, o Deus
visitador, aquele que solicita nossa companhia, nosso trabalho, nossa amizade.
Ele nos quer como colaboradores em sua missão de Luz que destrói as trevas.
Recordo a cerimônia batismal quando o sacerdote acende uma vela no círio pascal,
o sinal expressivo do Cristo Ressuscitado, e a entrega ao batizando, dizendo
para ele ser luz. Temos todos a missão cristã de iluminar com nossa fé,
esperança e serviço a parcela do mundo em que vivemos, fazendo o bem a
todos. Aí sinalizaremos que chegou o Reino de Deus, Reino de Justiça, do Amor e
da Paz.
A vocação, o chamado que Jesus dirige a Pedro e a André, a Tiago e a
João, dirige também hoje, agora a cada um de nós, onde estivermos, fazendo o
que quer que seja. Ele nos diz: “Segui-me e eu vos farei pescadores de homens”,
colaborando na sua missão: libertar a Humanidade do mal que impede o Reino de
Deus de se aproximar e dos seres humanos de irem até Deus.
Vivamos nossa vocação de luz. Sejamos construtores da paz, de uma sociedade alicerçada no amor e no perdão.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2023
quinta-feira, 19 de janeiro de 2023
quarta-feira, 18 de janeiro de 2023
O SACRAMENTO DA CONFISSÃO
O |
sacramento da confissão ou penitência é
um dos sete sacramentos da Igreja, instituídos por Jesus Cristo para serem
instrumentos de salvação. Os sacramentos são sinais sensíveis que conferem a
graça de Deus a quem os recebe com fé.
Jesus Cristo, que passou a vida fazendo
o bem, antes de voltar ao Pai, transmitiu aos Apóstolos o poder de perdoar
pecados (cf. Jo 20,23). Por isto, a Igreja administra com todo carinho
sacramento da confissão que proporciona ao pecador arrependido a verdadeira
cura, restituindo-lhe a dignidade de filho de Deus adquirida no batismo e
ferida pelo pecado.
Nos tempos atuais se verifica
claramente uma forte indiferença da pessoa com relação ao pecado. Na verdade,
parece que a consciência não estar sendo retamente formada, no sentido de que o
ser humano possa ter na vida como prioridade um comportamento ético e
moralmente correto. No ato da confissão temos verificado, não raras vezes, a
dificuldade que o fiel tem de relatar seus pecados que, na verdade, não são
poucos. Os pecados constituem a matéria do sacramento da penitência. Caso não
tivéssemos pecados, não necessitaríamos deste sacramento.
No entanto, vale ressaltar aqui que o
próprio termo "confissão" significa relato, revelação e que a
manifestação dos pecados é condição indispensável no ato da confissão, pois
esta manifestação revela o reconhecimento da falta cometida e o arrependimento,
atitudes que conduz a pessoa a um propósito novo de vida. Quando se dispõe
livremente a confessar os pecados, significa que se estar sentindo a
consciência doer e que também há uma disposição em fazer sua parte e em abrir-se
à graça de Deus para uma profunda mudança de vida.
O Código de Direito Canônico que, no
cânon 959, procura fornecer uma visão geral do sacramento da penitência, fala
das três condições básicas para uma confissão verdadeira, como sendo: a
confissão dos pecados a um ministro legítimo (o sacerdote, cf. cânon 965);
o arrependimento e o propósito de emenda.
Neste sentido, quando a pessoa não se
dispõe a mudar de vida, a confissão não produz seu efeito porque Deus respeita
nosso livre arbítrio. Assim, se o penitente tem intriga com alguém e não se
dispõe a perdoar, não pode receber o perdão de Deus (cf. Mt 6,14), é
perdoando que se é perdoado; da mesma forma acontece com qualquer outro pecado
que retenho. Casos mais comuns em nosso meio são de pessoas "casadas"
apenas civilmente ou que foram casadas na Igreja com um(a) e já vivem com
outro(a), etc. Nestas condições, a pessoa não pode confessar e, consequentemente
também não participam da comunhão eucarística.
Para ratificar o que dissemos acima,
cito o cânon 987 do Código de Direito Canônico, seu enunciado diz: "Para
obter o remédio salutar do sacramento da penitência, o fiel deve estar de tal
modo que, repudiando os pecados e tendo o propósito de se emendar, se
converta". Quer dizer, mude de vida: perdoe, case, deixe aquele
pecado.
Uma pergunta que sempre é feita por
vários fiéis é sobre quanto tempo se pode passar sem confessar. Para dar uma
resposta mais precisa, sirvo-me do enunciado do cânon 989 que reza: "Todo
fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar
fielmente seus pecados graves, pelo menos uma vez por ano". Este é um
preceito eclesiástico prescrito desde o IV Concílio de Latrão realizado no
século XIII. Mas, evidentemente que a necessidade de confessar vem cada vez que
o fiel comente pecado grave. Para os pecados veniais, cometidos no dia a dia,
recomenda-se que sejam também confessados (cf. cânon 988 § 2). No mais,
o dia de confessar é qualquer dia e qualquer hora, desde que a pessoa sinta
necessidade e encontre o confessor.
Portanto, o fiel que sentiu na sua
consciência ter cometido um pecado grave, deve procurar um Sacerdote e
confessar a ele seu pecado, porque a confissão individual constitui o único
modo ordinário de confessar (cf. cânon 960); não se esquecendo de que a
penitência imposta faz parte do sacramento, sendo, pois, obrigatório o seu
cumprimento (cf. cânon 981) antes da próxima confissão.
terça-feira, 17 de janeiro de 2023
segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
domingo, 15 de janeiro de 2023
sábado, 14 de janeiro de 2023
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O II DOMINGO DO TEMPO COMUM – 15/01/2023
Padre
Cesar Augusto - Vatican News
N |
este domingo a liturgia nos convida a refletirmos sobre nossa
vocação. A leitura do Profeta Isaías fala da vocação do Servo do Senhor,
escolhido por Deus desde o seio materno para cumprir uma missão muito
importante.
Acontece que, logo no início, vemos que esse
servo não é uma pessoa em especial, mas um povo, o Povo de Israel. “Tu és o meu
Servo, Israel, em quem serei glorificado.”
Contudo, Israel está em uma situação nada
feliz. É um povo exilado, prisioneiro e escravo na Babilônia. Mas é assim que
Deus lhe dá uma grande missão, levar a salvação a todos os povos. O Senhor quer
servir-se de um povo escravo para protagonizar uma grande missão e manifestar a
todos os povos sua glória, isto é, a libertação das pessoas de todo e qualquer
tipo de opressão.
Foi Maria, a humilde serva do Senhor, a
escolhida para ser a Mãe de Deus. Jesus vem a nós na fragilidade de um
recém-nascido e nos comprova, através de sua vida, que a encarnação foi para
valer, ele é um humano, sua humanidade não é aparente. Ao fazer-se homem, ele
também se fez pobre, assumindo a condição social humana de quem nada tem.
Deus quer salvar os homens, não de acordo com
os nossos valores, mas segundo o seu coração, tornando-os mais filhos e irmãos,
à sua própria imagem e à do seu filho, divinizando-os.
A festa do Natal celebrou essa ação de Deus e
Jesus é apresentado como o verdadeiro Servo do Senhor. Sua paixão e morte na
cruz ratificarão esse desígnio de Deus, de nos salvar através da entrega
amorosa e radical de seu filho. Será através do aparente fracasso e da morte
que o Senhor se tornará vitorioso em sua missão.
João Batista percebe tão bem essa missão de
Jesus, que o apresenta como o Cordeiro que veio tirar o pecado do mundo.
Sabemos, pelo relato do Êxodo, que o cordeiro, para libertar o povo, deverá ser
imolado; assim é Jesus, o Cordeiro imolado de Deus. Do mesmo modo que o sangue
do cordeiro da Páscoa libertava os judeus da escravidão egípcia, o sangue do
Cordeiro Jesus nos liberta, através do batismo, da escravidão da morte eterna.
Na segunda leitura, Paulo fala de sua vocação,
do chamado pessoal feito a ele por Deus, para anunciá-lo onde jamais foi
conhecido.
Vimos na primeira leitura que a vocação é
comunitária, que o Servo representa um grupo. A aspersão do sangue de Jesus, a
imersão batismal, nos torna irmãos e filhos, nos faz Igreja, Povo de Deus. Eis
nossa vocação. Nossa missão é - em meio a tantos crimes, guerras, ódios,
pecados - anunciar a bondade do Senhor que ama, que perdoa, que quer nossa
felicidade, custe o que custar, até a morte de seu Filho na cruz, para nossa
redenção.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2023
quinta-feira, 12 de janeiro de 2023
quarta-feira, 11 de janeiro de 2023
Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, uma missão composto por fiéis leigos.
M |
inistros
Extraordinários da Sagrada Comunhão instituído após o
Concílio do Vaticano II pelo Papa Paulo VI, é um serviço da Igreja composto por
fiéis leigos que têm a missão de facilitar aos párocos e celebrantes a
distribuição da Santa Eucaristia em igrejas, capelas e outros lugares, na
impossibilidade de um Ministro Ordinário (Bispos, Presbíteros e Diáconos).
Para tornar-se um ministro extraordinário, a pessoa deve ser
escolhida pelo pároco. Além disso, é
preciso ter idade mínima de 18 anos, estar engajado na vida paroquial,
preferencialmente já atuando em alguma pastoral ou equipe da igreja, demonstrar
liderança no desempenho de sua missão e apresentar modo digno de vida, segundo
o evangelho.
Os Ministros necessitam ter uma boa formação doutrinária, pois
podem também realizar a celebração da palavra e orientar as pessoas a quem
levam a Eucaristia. Eles devem ensinar e
viver o que a Igreja ensina, especialmente em relação à Eucaristia e as
condições para recebê-la dignamente. Isto exige do Ministro que ele conheça a
doutrina da Igreja, especialmente a fundamentação dogmática, moral e
sacramental.
A
Igreja tem como centro vivo a Eucaristia. Em vista disso multiplicaram-se nas
paróquias e nas comunidades os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. O
Documento da CNBB 108 – Ministério e celebração da Palavra assim descreve o
perfil deste ministério exercidos por leigos ou leigas: trata-se de um
ministério confiado ou reconhecido a pessoas que prestam um serviço litúrgico e
de caridade.
Os
Ministros distribuem a sagrada Comunhão nas celebrações da Palavra; ajudam a
distribuir o Pão Eucarístico aos enfermos e, em caso de necessidade,
administram o Viático; na ausência do padre ou diácono, expõe o Santíssimo
Sacramento para a adoração dos fiéis e o repõem sem dar a benção; por vezes
acompanham os velórios; dão a benção aos idosos e doentes.
Os
Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão cumprem um serviço importante não
só nas celebrações litúrgicas, mas na vida toda da comunidade eclesial. Como
ministros da Comunhão Eucarística, sejam também ministros da comunhão fraterna
na comunidade eclesial, especialmente na acolhida dos afastados, na ajuda aos
que necessitam, na reconciliação dos que romperam a amizade.
terça-feira, 10 de janeiro de 2023
segunda-feira, 9 de janeiro de 2023
domingo, 8 de janeiro de 2023
sábado, 7 de janeiro de 2023
Reflexão Litúrgica para a Solenidade da Epifania do Senhor – 08/01/2023
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
E |
sta
festa nos fala da abertura do Reino de Deus, abertura de suas portas para acolher todos aqueles homens que possuem os sentimentos de paz, que
buscam fazer o bem e evitar o mal, ou seja, Deus acolhe em sua casa todos os
homens de boa vontade. É o redimensionamento do História da Salvação, ou
melhor, é a planificação de seus objetivos.
Se
antes Deus possuía um povo, o Povo de Israel, agora o Senhor torna público, de
modo absoluto, o seu amor pelo Homem.
No
presépio tivemos representando Israel, os pastores, agora, representando toda a
Humanidade, temos os Magos. Portanto, a festa da Epifania celebra a
manifestação do Amor de Deus a todos os Homens, não apenas ao Povo da Antiga
Aliança, mas a todos os Povos de todos os Tempos!
Isso
também vale para nós cristãos. Não somos donos do Amor do Senhor, mas temos a
grata, a sublime missão de anunciá-lo a todos os homens. Não somos nós os
batizados em nome da Trindade e nem os filhos da Antiga Aliança, os únicos
chamados ao banquete celestial, mas todos aqueles que buscam a verdade, que são
tementes a Deus, que fazem o bem e evitam o mal.
O
Povo da Aliança deixa de ser um povo marcado pelo mesmo sangue e pela mesma
cultura e passa a ser composto por aquelas pessoas que aceitam os ditames do
Menino Deus, do Príncipe da Paz que surgiu na noite de Natal e ressuscitou ao
terceiro dia após ter sido sentenciado como blasfemo e criminoso – por ter dito
que era Deus e que era Rei - em uma cruz ao lado de dois malfeitores. Os
ditames desse rei diferente de todos os demais são; amor, perdão, simplicidade
de vida, generosidade.
Nas
festas de Natal demonstramos nosso poder aquisitivo na compra de presentes e no
preparo de nossa ceia, contudo a comida já foi para um lugar escuso e os
presentes começaram a perder o seu valor e poderão irão parar nas mãos de quem
não amamos. O tempo corrói! Mas as esmolas que demos, as visitas que fizemos, o
tempo gasto com pessoas marginalizadas pela sociedade e também o tempo dedicado
à oração foram contabilizados na economia da salvação, se transformaram em bens
de eternidade, de acordo com os valores do grande rei, o menino que nasceu no
presépio e morreu na cruz, após lavar os pés de seus discípulos.
Supliquemos
com muita fé ao Senhor, peçamos a intercessão da Virgem Maria e de São José
para mudarmos o nosso modo de pensar e de agir. Temos consciência disso tudo,
somos evangelizados, praticamos a religião, mas o velho e viciado modo de
pensar e de agir, fala mais alto na hora das decisões. É preciso uma grande
graça de Deus para vivermos de acordo com o Evangelho de Jesus Cristo. A
salvação não virá dos poderosos, nem do dinheiro, nem da sociedade consumista.
Será de um coração despojado, fraterno, pobre, que confia em Deus e nele tem
sua única riqueza que o Senhor se servirá para fazer o bem.
Bento
XVI em um almoço das festas de Natal, em que se sentou com os pobres atendidos
pelas Missionárias da Caridade, falou que Madre Teresa de Calcutá “é um reflexo
de luz do amor de Deus”! Tenhamos a coragem de romper com os vícios do passado
e vivemos a autenticidade do Evangelho. Sejamos luz do amor de Deus, permitamos
que em nós Ele faça sua Epifania como a fez em Teresa de Calcutá e em tantos
homens e mulheres de todos os tempos. É preciso coragem! Não tenhamos medo!
Coragem! Jesus disse que somos “sal da terra e luz do mundo”. Coragem! Ele
venceu o mundo!