a memória de São
Francisco de Assis, a Igreja no Brasil é motivada a amadurecer sua consciência
missionária, seu dever de cuidar e de preservar a terra, a casa comum, e fazer
crescer no amor aos pobres e pequeninos. A
relação de São Francisco com a Criação é presente na sua história de vida, no
testemunho que o levou aos altares. E, na atualidade, ganhou novo impulso com
as reflexões do Papa Francisco contidas na encíclica Laudato
Si’ – sobre o cuidado da casa comum. O
arcebispo da Paraíba, dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, afirmou em artigo
publicado no Portal da CNBB que “o grande Santo da Igreja, São Francisco, nos
coloca diante do testemunho irrefutável do cuidado com a casa comum que nos
cerca, isto é, a mãe terra que nos acolhe”. E que o Papa Francisco escreveu
a encíclica Laudato Si’, “que chama a nossa atenção para este
cuidado”. Dom
Delson destaca o desejo do Papa e o valor inerente à consciência ecológica, os
quais indicam “a necessidade de guardar os bens que Deus colocou em nossas
mãos, e não agirmos como proprietários e dominadores dos mesmos”. “O
testemunho existencial de São Francisco diz-nos não somente de uma ecologia
pontual, mas leva-nos à preocupação com uma consciência ecológica integral,
pondo-nos para dentro da ética fraterna, colocando o homem no centro e diante
do cuidado com o mundo”, ensina dom Manoel. Também,
o então bispo de Juazeiro (BA), atual arcebispo de Maceió (AL), dom Carlos
Alberto Breis Pereira (dom Beto Breis), de sua experiência franciscana, traz uma reflexão sobre
essa relação de São Francisco de Assis com a ecologia integral. “A
ação ecológica que se inspira no Irmão de Assis precisa ir além de atividades
pontuais como reciclar materiais, plantar árvores e flores, bem como lutar pela
preservação de determinadas espécies ameaçadas. É preciso mudar o jeito de
viver e conviver, de olhar e de se relacionar. Urge denunciar um modelo
econômico e social que privilegia poucos em detrimento de graves impactos
sociais e ecológicos”, lembra. Para
dom Beto Breis, a Laudato Si’ é uma encíclica “revolucionária”.
Nela estão acolhidas e recolhidas “as intuições do Pobrezinho e as grandes
inquietações dos homens e mulheres do nosso tempo e desta Casa Comum, acenando
que tudo está interligado e que as grandes questões sociais estão profundamente
relacionadas às interpelações ecológicas. Uma ecologia integral, que exige um
processo comum de conversão de mentalidade e de ações cotidianas”.
“Com o Francisco de Roma em sua inovadora Laudato Si’, é oportuno olhar para Francisco de Assis neste tempo de aquecimento global, exclusão social gritante e outros tantos efeitos do descuidado humano com a Mãe-Terra, Casa Comum. Deixemo-nos impactar pelo seu atualíssimo testemunho para sermos, também nós, profetas da vida e defensores da criação, num modo radicalmente novo de viver e conviver com os irmãos e irmãs que partilham conosco esse habitat comum ainda tão belo e encantador”, motiva dom Beto Breis. |
sábado, 13 de abril de 2024
SÃO FRANCISCO DE ASSIS CONVIDA A AMADURECER O DEVER DE CUIDAR E PRESERVAR A TERRA, A CASA COMUM.
Artigo postado no Portal da CNBB em 04/10/2022
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Informe sempre no final do seu comentário o seu nome e a sua Cidade.