sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
terça-feira, 28 de janeiro de 2025
A ORGANIZAÇÃO DO ANO LITÚRGICO NA IGREJA CATÓLICA
D |
urante o
ano inteiro celebramos a vida de Cristo, desde a sua Encarnação no seio da
Virgem Maria, passando pelo seu Nascimento, Paixão, Morte, Ressurreição, até a
sua Ascensão e a vinda do Espírito Santo.
Mas
enquanto civilmente se comemoram fatos passados que aconteceram uma vez e não
acontecerão mais (muito embora esses fatos influenciem a nossa vida até os
dias de hoje), no Ano Litúrgico, além da comemoração, vivemos na
atualidade, no dia a dia de nossas vidas, todos os aspectos da salvação operada
por Cristo. A celebração dos acontecimentos da Salvação é atualizada, tornada
presente na vida atual dos que creem. Por exemplo: no dia 7 de Setembro
comemoramos o Dia da Independência do Brasil.
Pois
bem, esse fato aconteceu uma única vez na História do mundo. Já do ponto de
vista religioso, no Ano Litúrgico, a cada Natal é Cristo que nasce no meio das
famílias humanas, é Cristo que sofre e morre na cruz na Semana Santa, é Cristo
que ressuscita na Páscoa, é Cristo que derrama o Espírito Santo sobre a Igreja
no dia de Pentecostes. De forma que, ao fazermos memória das atitudes e dos
fatos ocorridos com Jesus no passado, essas mesmas atitudes e fatos tornam-se
presentes e atuantes, acontecem hoje, no aqui e agora da vida dos crentes.
ORGANIZAÇÃO DO ANO
LITÚRGICO
Com base
no que comentamos acima, podemos perceber que existiu a necessidade de
organizarmos essas comemorações. E assim a Igreja fez, ao longo de séculos,
estabelecendo um calendário de datas a serem seguidas, que ficou sendo
denominado de “Ano Litúrgico” ou “Calendário Litúrgico”.
O
Ano Civil começa em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro. Já o Ano
Litúrgico começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do
Natal) e termina no sábado anterior a ele. Podemos perceber, também, que o
Ano Litúrgico está dividido em “Tempos Litúrgicos”, como veremos a seguir.
Antes,
porém, vale a pena lembrar que o Ano Litúrgico é composto de dias, e que esses
dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do povo de Deus,
principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pela Liturgia das Horas. Por esses
dias serem santificados, eles passam a ser denominados dias litúrgicos. A
celebração do Domingo e das Solenidades, porém, começa com as Vésperas (na
parte da tarde) do dia anterior.
Dentre
os Dias Litúrgicos da semana, no primeiro dia, ou seja, no Domingo (Dia do
Senhor), a Igreja celebra o Mistério Pascal de Jesus, obedecendo à tradição
dos Apóstolos. Por esse motivo, o Domingo deve ser tido como o principal dia de
festa.
Cada
rito litúrgico da Igreja Católica tem o seu Calendário Litúrgico próprio, com
mais ou menos diferenças em relação ao Calendário Litúrgico do Rito romano, o
mais conhecido. No entanto, para todos os ritos litúrgicos é idêntico o
significado do Ano litúrgico, assim como a existência dos diversos tempos
litúrgicos e das principais festas litúrgicas.
A
Igreja estabeleceu, para o Rito romano, uma sequência de leituras bíblicas que
se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. As leituras desses
dias são divididas em ano A, B e C. No ano A leem-se as leituras do Evangelho
de São Mateus; no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. Já o
Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as
grandes Festas e Solenidades.
Nos
dias da semana do Tempo Comum, há leituras diferentes para os anos pares e para
os anos ímpares, tirando o Evangelho, que se repete de ano a ano. Deste modo,
os católicos, de três em três anos, se acompanharem a liturgia diária, terão
lido quase toda a Bíblia.
TEMPOS LITÚRGICOS
Estes
tempos litúrgicos existem em toda a Igreja Católica. Há apenas algumas
diferenças entre os vários ritos, nomeadamente em relação à duração de cada um
e à data e importância de determinadas festividades. A descrição que se segue
corresponde ao Rito romano.
TEMPO DO ADVENTO
O Tempo
do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as
solenidades do Natal, em que comemoramos a primeira vinda do Filho de Deus
entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, se voltam
os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos.
Por esse duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa
expectativa da vinda do Messias, além de se apresentar como um tempo de
purificação de vida.
O
tempo do Advento inicia-se quatro domingos antes do Natal e termina no dia 24
de dezembro, desembocando na comemoração do nascimento de Cristo. É um tempo de
festa, mas de alegria moderada.
TEMPO DO NATAL
Após a
celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o
Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé,
alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem. O tempo do Natal vai
da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da Epifania,
em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as
festas da Sagrada Família, de Santa Maria, Mãe de Deus e do Batismo de Jesus.
TEMPO DA QUARESMA
O Tempo
da Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração.
É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura cerca de quarenta
dias. Neste período não se diz o Aleluia, nem se colocam flores na Igreja, não
devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Glória a Deus nas
alturas, para que as manifestações de alegria sejam expressas de forma mais
intensa no tempo que se segue, a Páscoa.
A
Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina na manhã de
Quinta-feira Santa.
TRÍDUO PASCAL
O Tríduo
Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. Neste
dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o
gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
Na
Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do
ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de
“Ação ou Ato Litúrgico”.
Durante
o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer ato litúrgico, permanecendo em
contemplação de Jesus morto e sepultado. Na noite de Sábado Santo, já
pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal. Conclui-se,
então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado
Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.
TEMPO PASCAL
A Festa
da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinquenta dias entre o
domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao
Pai na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser
celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, ou,
melhor ainda, como se fossem um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de
alegria no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.
TEMPO COMUM
Além dos
tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou
trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade, os
Mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude,
principalmente aos domingos. É um período sem grandes acontecimentos, mas que
nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples. É um tempo de
esperança acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum,
mas não tem nada de vazio. É o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas
lutas e no trabalho pelo Reino.
O
Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre os
tempos do Natal e da Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da
Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus.
A
segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento de o
cristão colocar em prática a vivência do Reino e ser sinal de Cristo no mundo,
ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo.
O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
domingo, 26 de janeiro de 2025
sábado, 25 de janeiro de 2025
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 3º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 26/01/2025
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
O |
Livro de Neemias nos dá um relato do que
poderíamos chamar a “primeira celebração da Palavra”. Ela foi realizada
quando se percebeu a desordem que havia no meio do povo, onde cada um fazia o
que desejava. Por ignorância, não se praticava a Lei e o caos imperava.
Esdras,
doutor da Lei mosaica, foi enviado por Artaxerxes, rei persa, a Jerusalém, para
colocar ordem na cidade.
Ele
preparou o povo e esperou o primeiro dia do novo ano para fazer uma solene
celebração litúrgica, com todas as pessoas capazes de compreender.
Os
convocados compareceram, com absoluta boa vontade e sabiam que a solenidade
duraria muitas horas, e na verdade era o Senhor quem os convocava.
Esdras,
consciente de que o momento era emblemático, usou de sua sensibilidade para
demonstrar ao povo a grandeza do momento: mandou erguer um estrado de madeira,
em um lugar visível a todos, e nele criou um ponto elevado para ser o
local da tribuna, onde seria proclamada a Lei do Senhor. Era necessário
que todos o vissem e ouvissem quando fosse abrir o livro e fazer sua leitura.
Quando
isso aconteceu, o povo todo ficou de pé e o ouvia com atenção. Esdras explicava
seu sentido para que o povo pudesse compreender a leitura. Ao final da
proclamação o povo disse Amém! Amém! e se prostrou por terra. Era o Senhor que
falava através de Esdras e a prostração foi o sinal de que todos estavam
conscientes disso.
O
povo, conhecedor de suas próprias falhas, chorava, contudo Esdras chamava-lhes
a atenção para o aspecto da amizade de Deus; ela é mais importante que tudo,
daí não chorar, mas festejar. Mais ainda, a alegria do Senhor é e será a força
do povo. Por outro lado, sentir-se pecador, deve ser celebrado com alegria,
pois ter essa consciência é um dom de Deus!
São
Lucas, logo no início de seu Evangelho, escreveu: “...história dos
acontecimentos que se realizaram entre nós, como nos foram transmitidos por
aqueles ministros da palavra”. O evangelista nos diz que o que vai narrar
não é uma fábula, mas aconteceu realmente e nos foi transmitido pelos
servidores de Jesus Cristo, o personagem central de seus relatos.
Para
mostrar a todos a excelência de Jesus dentro da tradição dos profetas, Lucas
recorda o dia em que o Mestre, com trinta anos de idade, foi à sinagoga e o
presidente dela convidou-o a fazer a segunda leitura do dia. Jesus abriu o rolo
que continha os escritos que falavam sobre sua vinda, mas indecifráveis até
então. Escolheu o texto do profeta Isaías que diz: “O Espírito do Senhor
está sobre mim e...enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres”. Ao enrolar
o volume e entregá-lo ao assistente, Jesus diz, com esse gesto, que todos os
escritos do Antigo Testamento acabaram, naquele instante, de cumprir sua
missão: conduzir as pessoas até ele. Por isso podem ser enrolados e guardados.
Nesse
exato momento, todos os olhos estão voltados para ele. Todos desejam ouvir o
que o Mestre irá dizer. Começaram os novos tempos!
Se
hoje continuamos a ler textos do Antigo Testamento, os lemos antes dos do Novo,
pois eles são indispensáveis para nossa preparação à acolhida de Jesus Cristo.
A partir da homilia de Jesus, após as leituras bíblicas, sabemos que ela deverá estar dentro da realidade das pessoas e sempre ser mensagem de alegria, de esperança em Deus.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
MFCista Guido Palmeira toma posse como secretário do Conselho de Leigos da Arquidiocese de Maceió
O |
Conselho de Leigos da Arquidiocese de Maceió
realizou na terça-feira, 21/01, a cerimônia de posse da nova diretoria, eleita
em dezembro de 2024, para o triênio 2025/2027, na Capela do Seminário
Arquidiocesano Nossa Senhora da Assunção, no bairro do Farol.
A nova diretoria do
Conselho de Leigos da Arquidiocese agora é composta por Flávia Valéria Mendes
dos Santos, presidente; Enilma Gonçalves de Castro, vice-presidente; MFCista Guido
José Pereira Palmeira, secretário; Maria Auxiliadora Calaça Júlio,
tesoureira; e Cristóvão dos Santos, vice-tesoureiro.
Para a presidente
empossada, assumir o cargo é um grande desafio, mas ela se descreve como uma
cristã de poucas palavras e de muitas orações, disposta a continuar o serviço
de articulação nas paróquias, sobretudo neste Ano Jubilar.
Segundo ela, o foco é
que haja o espírito peregrino, que confia e espera no Senhor, sob a perspectiva
de que seja um ano de muita oração e discernimento para os leigos da
Arquidiocese de Maceió.
Há 50 anos, o CNLB –
Conselho Nacional do Laicato do Brasil – atua articulando e representando os
leigos. Desde outubro do ano 2000, está presente na Arquidiocese de Maceió,
contribuindo com a representatividade do laicato.
TODA MISSÃO É ACOMPANHADA DAS GRAÇAS NECESSÁRIAS
Durante a posse,
houve a Santa Missa, presidida pelo Côn. Fernando Bezerra, coordenador de
Pastoral na Arquidiocese, que destacou a “esperança” como a chave da
celebração, encorajando os eleitos na nova missão.
A Liturgia da
Palavra, expressa por Côn. Fernando, orienta que a “esperança, com efeito, é
para nós, tal qual âncora da vida, segura e firme” (Hb 6,19a),
impulsionando a recordação das sábias palavras de Dom Helder Câmara: “Depois
da Ressurreição de Jesus, ninguém pode viver sem esperança”.
Com a bênção especial
dirigida aos leigos eleitos, o sacerdote agradeceu a diretoria que representou
o laicato nos últimos dois anos e recomendou aos recém-empossados a ousadia de
enfrentar os empecilhos, citando o exemplo de Santa Inês, mártir da castidade,
celebrada no dia 21 de janeiro, que tão jovem não mediu esforços para se manter
fiel a Cristo.
Dirigindo-se
especialmente à presidente do Conselho, Flávia Valéria, o clérigo citou a frase
“toda missão é acompanhada das graças necessárias” de Madre Agathe
Verhelle.
OS LEIGOS SÃO CHAMADOS A SER SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO
O protagonismo do
laicato é fundamental para a expansão do serviço de evangelização, não só
dentro de seus grupos isolados, mas com o testemunho da esperança.
Para difundir a
missão do CNLB, é necessária a parceria dos párocos com o Conselho, enviando
representantes de suas paróquias para as reuniões instrutivas e facilitando o
acesso da comissão formativa, para que os leigos sejam formados com o objetivo
de serem sal da terra e luz do mundo.
No período de 2023 a
2024, Maria Ibelza esteve na Presidência do Conselho e conta que “a função
principal é articulação com as paróquias para formação dos laicatos com o
consentimento do pároco”.
Por isso, uma das
comissões mais importantes do CNLB é a de formação, que tem como base os
documentos da Igreja e encíclicas para orientar os leigos acerca de sua função.
“Ninguém é mais
importante que o outro”, concluiu
Maria Ibelza, ressaltando o dever de cada cristão leigo na missão de difundir o
Santo Evangelho.
Para a coordenadora
arquidiocesana da Pascom Arquidiocesana, Maria Cícera, o Conselho é importante
porque promove um trabalho conjunto entre todos aqueles envolvidos nas
atividades da Igreja.
“A importância do
Conselho para todos nós não é só reunir as lideranças e dar voz a elas, é fazer
com que nosso trabalho, concretamente, aconteça na Arquidiocese”, explicou Maria Cícera.
As reuniões do CNLB
acontecem mensalmente e todos os leigos são convidados para participar,
independentes de sua função na paróquia, movimento ou pastoral. Mais
informações sobre a agenda do conselho, atuação e vivência do Jubileu da
Esperança é só acessar o perfil @cnlb.mcz no
Instagram.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
MINISTÉRIO E EUCARISTIA
A |
Eucaristia é fonte e centro de toda a vida
cristã, de tal forma que se pode afirmar que a Igreja vive da Eucaristia.
Neste sentido, o serviço litúrgico dos Ministros Ordinários da Comunhão
Eucarística deve ser entendido como expressão do cuidado pastoral para promover
a devoção ao mistério eucarístico.
O
Ministro da Eucaristia é o bispo e o padre. O Diácono é Ministro Ordinário da
Comunhão Eucarística, mas não é Ministro da Eucaristia. O Ministro por
excelência da Eucaristia é aquele que preside a Eucaristia.
Os
Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística levam a Palavra e a presença
da Igreja em tantas situações de doenças, velhice ou dificuldades de locomoção.
Por isso, os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística devem estar em
íntima comunhão com o sacerdote e as Pastorais, Grupos, Movimentos e Equipes da
Paróquia.
Todos
os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística devem, não só no seu
período formativo, mas em todo o tempo de seu ministério extraordinário estar
em sintonia com os documentos que pedem a Igreja: primeiramente a que foi
promulgada pela Sagrada Congregação da Disciplina dos Sacramentos, Instrução
Immensae Caritatis, de 29 de janeiro de 1973.
Vale
a pena refletir o que pede a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos
Sacramentos, com a Instrução Redemptionis Sacramentum, de 25 de março de 2004.
No Ritual Romano – Sagrada Comunhão e culto do Mistério eucarístico fora da
Missa.
O
Conselho Pontifício para os Leigos promulgou a Instrução acerca de algumas
questões sobre a colaboração dos fiéis leigos no sagrado ministério dos
sacerdotes.
Os
Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística devem ser homens e mulheres reconhecida
idoneidade cristã, fé esclarecida, adequada preparação doutrinal, comunhão
eclesial e vida cristã íntegra; ter recebido os três sacramentos da iniciação
cristã; ter recebido o sacramento do matrimônio, se viver em união conjugal;
demonstrar fé na presença sacramental do Senhor, sólida piedade eucarística e
comunhão frequente; ter compromisso na vida pastoral da comunidade que vão
servir; ter a devida maturidade humana, honestidade reconhecida e comportamento
equilibrado; possuir nível cultural adequado à comunidade que vão servir; ter
boa aceitação pela comunidade a que se destinam.
Os
Ministros Extraordinários da Comunhão exercem este ministério sob a
responsabilidade do sacerdote responsável da comunidade que tiver pedido a sua
nomeação, no âmbito da sua paróquia ou comunidade; a não ser em caso de
urgência, não levem a comunhão a doentes de outra paróquia ou comunidade, sem
consentimento do respetivo responsável.
Os
Ministros Extraordinários da Comunhão esforçar-se-ão por desempenhar bem, com
dignidade e nobreza, o seu ministério, quer no serviço à comunidade celebrante,
quer aos doentes ou ausentes.
São
missões dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística: a distribuição
da sagrada comunhão na Missa; a distribuição da sagrada comunhão aos doentes,
em suas casas; a distribuição da sagrada comunhão fora da Missa, na igreja; a
exposição do Santíssimo Sacramento para adoração, não lhes sendo permitido em
ocasião alguma dar a bênção com o Santíssimo;
em caso excecional, animar a assembleia dominical na ausência de
presbítero, tendo presente que o exercício regular deste ministério carece de
expressa nomeação do Bispo diocesano e não se confunde com a nomeação para
ministro extraordinário da comunhão.
O
Papa Francisco ensinou que: “O gesto de Jesus que deu aos seus discípulos o seu
Corpo e o seu Sangue na última Ceia, continua ainda hoje pelo ministério do
sacerdote e do diácono, ministros ordinários da distribuição aos irmãos do Pão
da vida e do Cálice da salvação”.
Depois
de ter partido o Pão consagrado, isto é, o Corpo de Jesus, o sacerdote o mostra
aos fiéis, convidando-os a participar do banquete eucarístico, dizendo as
palavras: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor: eis o Cordeiro de Deus
que tira os pecados do mundo”. Este convite inspirado em uma passagem do
Apocalipse – recordou o Santo Padre – “nos chama a experimentar a íntima união
com Cristo, fonte de alegria e de santidade”: “É um convite que alegra e ao
mesmo tempo impele a um exame de consciência iluminado pela fé.
Se
por um lado, de fato, vemos a distância que nos separa da santidade de Cristo,
por outro acreditamos que o seu Sangue é “derramado pela remissão dos pecados”.
Todos nós fomos perdoados no batismo e todos nós somos e seremos perdoados cada
vez que nos aproximarmos do Sacramento da Penitência.
E
não esqueçam, Jesus perdoa sempre, Jesus não se cansa de perdoar, somos nós que
nos cansamos de pedir perdão.
A
Igreja é agradecida pelo trabalho dos Ministros Extraordinários da Comunhão
Eucarística, evangelizadores que levam a Santíssima Eucaristia como sacramento
de salvação, pão da vida, alimento que nos sustenta para darmos testemunho do
Evangelho e contagiar pela nossa fé na Eucaristia que faz a Igreja e transforma
o mundo.
Fonte: Site da CNBB
segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
domingo, 19 de janeiro de 2025
sábado, 18 de janeiro de 2025
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 2º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 19/01/2025
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
O |
Senhor restaura Jerusalém e faz surgir nela a
justiça. Toma-a como sua esposa. Ele é o esposo apaixonado por ela e ao dar-lhe
um nome novo ela se torna importante em meio a todos os povos. Sua ação a faz
Povo de Deus.
No
Evangelho, João descreve o início dos sinais de Jesus realizados em uma festa
de casamento. O casamento celebra a doação, a entrega recíproca de duas
pessoas, para sempre.
Do
mesmo modo dá-se a entrega de Jesus pela Igreja, sua esposa e, como tal, é o
que se espera dela, que seja fiel e honre o amor recebido. Essa cerimônia é
realizada três dias depois do encontro de Jesus com seus discípulos, o que nos
recorda a ressurreição de Jesus três dias após sua entrega redentora por sua
esposa, a Igreja.
A
presença de Maria é citada fora do grupo dos discípulos de Jesus e o Senhor a
chama de mulher. João quer dizer que Maria estava na festa, mas representava a
Humanidade, os filhos de Eva que aguardavam a chegada do Esposo, Jesus. Na sala
estão seis talhas de pedra para a purificação ritual.
Ora,
essa informação nos fala da imperfeição da purificação antiga. São seis e não
sete, que, na simbologia bíblica representa o número perfeito, e fala também da
abundância de água, que se tornará abundância de vinho.
A
presença do Mestre plenifica a purificação, pois ela se dará com seu sangue,
sinalizado pela abundância de vinho. Do mesmo modo a excelência do vinho novo,
advindo pós ação de Jesus. Finalmente vejamos os diálogos. Jesus diz que sua
hora ainda não chegou. Ele se refere à hora em que redimirá a Humanidade, com
sua paixão. Maria diz: “Fazei tudo o que ele vos disser!” É a Humanidade
convertida que aceita obedecer a Deus, reconhece-o como Senhor, diferentemente
do filhos de Eva.
Portanto,
João quer nos dizer que nessa cena de casamento foram realizadas, antecipadamente,
as núpcias entre Cristo e a Humanidade. A profecia de Isaías se realiza. O
Senhor torna a Humanidade sua predileta, a desposa na cruz e lhe dá um nome
novo: Meu Povo!
A
liturgia de hoje nos diz que o amor de Jesus por nós é radical e seu amor é
comparado ao de um esposo que ama tanto a ponto de dar a vida por sua amada.
Sejamos fiéis ao nosso batismo. Nele demos nosso sim ao Senhor e a aliança que
foi selada com seu sangue redentor. Vivamos o amor e aguardemos o dia feliz das
núpcias eternas!
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
CREMAÇÃO: O que diz a Igreja Católica Apostólica Romana
E |
m outubro
de 2016 o Vaticano divulgou regras para a CREMAÇÃO DE CATÓLICOS, que
incluem a proibição à conservação das cinzas do morto em casa, evitando que
elas se tornem lembranças comemorativas.
As
normas estão presentes em uma instrução da Congregação para a Doutrina da Fé
aprovada pelo papa Francisco. De acordo com o documento, se for escolhida a
cremação, as "cinzas do defunto devem ser mantidas em um lugar
sacro, ou seja, nos cemitérios, e a conservação das cinzas no ambiente
doméstico não é permitida".
O
Vaticano abre exceção apenas para casos envolvendo circunstâncias graves e
excepcionais, dependendo das condições culturais de caráter local. "No
entanto, as cinzas não podem ser divididas entre os membros da família e devem
ser respeitadas as condições adequadas de conservação", acrescenta
a instrução.
A
Igreja Católica também proíbe que o resultado da cremação seja transformado em lembranças
comemorativas e objetos de joalheria, indo contra a prática de colocar as
cinzas em adereços como colares, para recordar o ente querido.
Outro
hábito comum, o de espalhar as cinzas no mar ou em qualquer outro tipo de
ambiente, também foi vetado pela Congregação para a Doutrina da Fé. "Para
evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não é
permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra, na água ou de outro
modo", afirma o documento.
Caso
o morto tenha expressado em vida o desejo de ser cremado por razões contrárias
à fé cristã, a Igreja deve negar a realização de seu funeral. "A Igreja
não pode permitir abordagens e ritos que envolvam concepções erradas da morte,
como a anulação definitiva da pessoa, o momento de sua fusão com a mãe
natureza ou com o universo, uma etapa no processo de reencarnação ou a
libertação definitiva da prisão do corpo", indica a instrução aprovada
pelo papa.
Embora
diga que a cremação de um cadáver não é por si só a negação da fé cristã, o
documento ressalta que a preferência continua sendo pelo sepultamento dos
corpos. As regras são uma forma encontrada pelo Vaticano de regulamentar uma
prática difundida em muitos países, mas que em alguns casos está baseada em
ideias que contrariam a doutrina católica.
A cremação é permitida pela Santa Sé desde 1963, desde que não seja um ato de contestação da fé. "A Igreja não tem razões doutrinárias para impedir tal praxe, já que a cremação do cadáver não atinge a alma e não impede a onipotência divina de ressuscitar o corpo. Mas a Igreja continua preferindo o sepultamento porque assim se mostra uma estima maior em relação aos mortos", diz o documento.
terça-feira, 14 de janeiro de 2025
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
domingo, 12 de janeiro de 2025
sábado, 11 de janeiro de 2025
REFLEXÃO LITÚRGICA DA FESTA DO BATISMO DO SENHOR – 12/01/2025
Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News
J |
esus vai
a João para ser batizado. Quando se encontra em meio a tantas pessoas que
buscam o Batista, Jesus passa a ser mais um que deseja reiniciar a vida através
de um banho que simbolizava a mudança de vida. O Mestre quis ser sempre igual a
nós e também nesse momento ele se iguala a qualquer pessoa de boa vontade que
aceita o discurso regenerador de João, o Batista.
Acontece
que quando o vê, João - reconhece - nele o
Messias, o verdadeiro Batista!
Ele
já o havia conhecido e nele detectado o Deus Conosco, quando da visita de Maria
de Nazaré à sua mãe. Ali, ele João Batista, estremeceu no seio de Isabel e ela
pode entender o que acontecia. Agora, a mesma luz interior que o iluminou
durante a visita, 30 anos atrás, voltou e fez com que reconhecesse naquele
homem, não apenas o seu primo, mas o Redentor da Humanidade.
Nesse
momento, segundo São Lucas, o céu se abriu, ou seja, o Pai voltou a falar não
mais através dos profetas, mas por seu Filho unigênito. Deus voltou a se
- revelar – em Jesus de Nazaré.
A
pomba que aparece é sinal da morada de Deus, de sua presença. É o Espírito de
Deus que desceu sobre Jesus. Ele é a morada do Pai, é a nova e eterna aliança,
é a tenda armada de Deus em nosso meio, é o próprio Deus!
As
palavras, que se fazem escutar, vindas do céu, dizem: “Tu és o meu Filho
bem-amado; em ti ponho minha afeição.” Aí passamos a entender melhor a
primeira leitura onde Isaías diz: “Eis o meu servo, o meu eleito, ele trará o
julgamento às nações. Eu te constituí como o centro de aliança do povo, luz das
nações, para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do
cárcere os que vivem nas trevas”.
A
missão de Jesus será a de mostrar a proximidade do amor do Pai, e recuperar o
projeto de Deus para o homem. Por isso, suas mensagens serão chamadas Boa Nova,
Evangelho, o que em português pode ser traduzido como alvíssaras.
Ao
celebrarmos a festa do Batismo do Senhor, ocasião propícia para renovarmos
nossos compromissos batismais, voltemo-nos para nós mesmos e façamos um exame
sobre nossa conduta, sobre nossa presença no meio da sociedade.
Até
que ponto somos pessoas libertadoras, pessoas que podem ser reconhecidas como
abertas à ação de Deus, fautoras do bem, portadoras de vida, moradas de Deus em
meio aos homens?
Louvado
seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
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sábado, 4 de janeiro de 2025
REFLEXÃO LITÚRGICA DA SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR – 05/01/2025
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
C |
elebramos,
nesta festa, a abertura do Reino de Deus para todos os povos, para todos
aqueles que possuem sentimentos de paz, que buscam fazer o bem e evitar o mal.
Deus acolhe em sua casa todos os homens de boa vontade. É o redimensionamento
da História da Salvação, ou melhor, é a plenificação de seus objetivos.
No
presépio eram os pastores judeus a adorarem o Menino Jesus, a verem cumpridas
as profecias da vinda do Messias, agora, representando toda a Humanidade, temos
os Magos adorando o Redentor de todos os homens.
A
festa da Epifania mostra a saída dos judeus do protagonismo da Economia da
Salvação e tomada de posse do novo povo de Deus, ou seja, de todos aqueles que
aceitam o Menino Deus, o Príncipe da Paz, como o Cristo Redentor!
Na
primeira leitura, extraída do Livro de Isaías, temos o anúncio da manifestação
a glória do Senhor sobre Jerusalém e a consequente vinda para ela dos outros
povos, para também serem iluminados pela luz divina.
Como
segunda leitura, temos um trecho da Carta de Paulo aos Efésios. Lá ele nos diz
que essa glória que ilumina Jerusalém e atrai para ela os demais povos, é Jesus
Cristo. Através dele todos os povos “são admitidos à mesma herança, são membros
do mesmo corpo, são associados à mesma promessa”.
Já
no Evangelho, São Mateus clarifica, com a vinda dos Magos, a atração dos povos
pela luz que ilumina Jerusalém. E ela os conduz à casa da luz, à casa onde
habita a Luz do Mundo, Jesus Cristo.
Paradoxalmente,
São Mateus fala que os doutores da Lei, aqueles que deveriam possibilitar a Luz
iluminar, não querem ser incomodados pela luz e preferem permanecer na
escuridão.
Ao
contrário, os magos, representando aqueles que não receberam a Revelação, como
a receberam os judeus, usaram suas inteligências, cultura, todos os recursos
que possuíam e intuíram o nascimento do Messias através do surgimento de uma
estrela com um brilho extraordinário, a estrela guia. Por isso passaram a fazer
parte do novo Povo de Deus, aceitando os ditames do Menino Deus, da aliança
feita por ele através do derramamento de seu sangue, e vivendo o amor, o
perdão, a simplicidade de vida, a generosidade, entre outros valores.
Nas
festas de Natal demonstramos nosso poder aquisitivo na compra de presentes e no
preparo de uma ceia faustosa, contudo a comida já foi para um lugar escuso e os
presentes começaram a perder o seu valor e poderão ir parar nas mãos de quem
não amamos. O tempo corrói! Mas as esmolas que demos, as visitas que fizemos,
os moradores de rua que levamos para cear conosco, o tempo gasto com pessoas
marginalizadas pela sociedade e também o tempo dedicado à oração foram
contabilizados na economia da salvação, se transformaram em bens de eternidade,
de acordo com os valores do grande rei, o menino que nasceu no presépio e
morreu na cruz, após lavar os pés de seus discípulos.
Como
foi o nosso Natal? Como encaramos as exigências da revelação? Se temos
dificuldades, peçamos a intercessão da Virgem Maria e de São José para mudarmos
o nosso modo de pensar e de agir. Sabemos que o velho e viciado modo de pensar
e de agir fala mais alto na hora das decisões. A salvação não virá dos
poderosos, nem do dinheiro, nem da sociedade consumista. Será de um coração
despojado, fraterno, pobre, que confia em Deus e nele tem sua única riqueza que
o Senhor se servirá para fazer o bem.
Como
os Magos, desviemos nossa caminhada daquelas pessoas ou situações que nos
afastam de Deus, que optam pelo Mal, que preferem o acomodamento à prática do
bem.
A
Igreja tem a missão de ser farol porque nela está a Luz Verdadeira. Como
batizado faço parte da Igreja e a vela acesa que recebi logo após ter sido
lavado no sangue de Jesus, me leva a manifestar a misericórdia de Deus a todos os
homens, façam já parte da Igreja, ou ainda não.
Tenhamos a coragem de romper com os vícios do passado e vivamos a autenticidade do Evangelho. Permitamos que o Senhor faça sua Epifania através de nós, como a fez através de Teresa de Calcutá e de tantos homens e mulheres de todos os tempos. É preciso coragem! Coragem! Ele venceu o mundo!