quinta-feira, 20 de novembro de 2025

FESTA DA MEDALHA MILAGROSA 2025, NO ALDEBARAN: "Mãe da Esperança e Peregrina na Fé!"

 

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 Festa da Medalha Milagrosa na Paróquia de Santa Catarina Labouré, no Aldebaran, em Maceió-AL, transcende a simples celebração religiosa e se estabelece como um dos momentos mais significativos do calendário local. O evento, que homenageia Santa Catarina Labouré e Nossa Senhora das Graças, funciona como um poderoso acelerador de fé, união comunitária e expressão cultural da região.

Para os paroquianos, a Festa da Medalha Milagrosa é vista como uma oportunidade ímpar de renovação espiritual. Através de missas solenes, procissão e momentos de oração, os fiéis buscam aprofundar a espiritualidade, pedir graças e a intercessão da padroeira para questões pessoais, familiares, de saúde e trabalho. A vivência coletiva da fé proporciona um senso de pertencimento e fortalece os laços entre os membros da comunidade.

Do ponto de vista paroquial, o evento é estratégico para a evangelização e ação pastoral. A festividade serve como "porta de entrada" para reunir a comunidade em torno de um objetivo comum e manifestando a alegria cristã de forma vibrante.

Além do aspecto espiritual, a Festa da Medalha Milagrosa tem um papel crucial na integração social. As atividades, que frequentemente incluem quermesses com shows e apresentações culturais, promovem a interação entre famílias de diferentes setores da sociedade, reforçando a identidade cultural e social da paróquia. É um período em que a paróquia intensifica suas atividades, celebrando a vida da comunidade e a esperança de renovação.

A Festa da Medalha Milagrosa na Padroeira da Paróquia de Santa Catarina Labouré é uma expressão viva da religiosidade, combinando elementos tradicionais e religiosos que fortalecem a fé, promovem a solidariedade e celebram a identidade local.

A Festa da Medalha Milagrosa – Nossa Senhora das Graças e Santa Catarina Labouré tem início na segunda-feira, 24 de novembro e terá seu término no domingo, 30 de novembro. Diariamente de segunda a sexta-feira, haverá Missas às 19h30. No sábado, às 17h30 e no domingo, às 9h e 17h30. Após a última Missa, encerramento com a procissão pelas ruas próximas a Igreja Matriz.

A Paróquia de Santa Catarina Labouré tem como pároco o padre Edvaldo Afrânio dos Santos.


Mensagem do dia... 20/11/2025


sábado, 15 de novembro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C - 16/11/2025

 

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 liturgia para o 33º Domingo do Tempo Comum foca na perseverança na fé diante das tribulações e a vigilância para o fim dos tempos.

O Evangelho de Lucas aborda a profecia da destruição de Jerusalém e os sinais que precedem o fim do mundo, exortando os fiéis a não se apavorarem e a permanecerem firmes em Cristo.

A reflexão também destaca a importância da responsabilidade pessoal e do trabalho no serviço da comunidade, como ensina a Segunda Leitura, e a necessidade de celebrar a justiça de Deus que julgará a terra com equidade, conforme o Salmo 97.

Jesus adverte sobre perseguições, guerras e desastres naturais, mas o convite principal é a manter a firmeza na fé, pois é através dessa perseverança que se ganha a vida.

Somos chamados a estar vigilantes e preparados para a vinda do Senhor, sem nos assustarmos com os sinais do fim, mas confiando que a história está sob o controle de Deus.

É fundamental não seguir aqueles que se aproveitam do nome de Jesus para enganar, como os que anunciam falsamente o "tempo próximo".

A reflexão enfatiza a importância do trabalho e da responsabilidade individual no serviço à comunidade, contrapondo-se à passividade.

Os momentos de perseguição e aflição se tornam ocasiões para dar testemunho da fé, confiando que Deus dará as palavras necessárias para resistir.

Apesar das dificuldades, o Salmo 97(98) convida a celebrar a justiça de Deus, que virá julgar a terra com equidade.

Mensagem do dia... 15/11/2025

 

sábado, 8 de novembro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA A FESTA DA DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DO LATRÃO – 09/11/2025

 

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 reflexão litúrgica para a Festa da Dedicação da Basílica do Latrão foca em dois pontos principais: a Igreja como santuário de Deus e a centralidade de Cristo em nossas vidas.

Os textos bíblicos da celebração destacam que, enquanto a Basílica do Latrão é o símbolo da morada de Deus na terra, nós, como cristãos, somos o "santuário de Deus" onde o Espírito Santo habita. Portanto, somos chamados a construir nossas vidas sobre o único alicerce que é Jesus Cristo, buscando a santidade e agindo com caridade e justiça. 

As leituras, especialmente a segunda leitura de 1Coríntios, ressaltam que não somos apenas fiéis, mas o próprio santuário de Deus. Essa compreensão nos convida a viver de maneira digna da presença do Espírito Santo que habita em nós.

A festa nos lembra que Jesus Cristo é o alicerce da Igreja. É crucial que Ele ocupe o lugar central em nossas vidas e que não permitamos que outras coisas (como o lucro, a exploração ou outros "alicerces") o substituam.

Assim como o Apóstolo Paulo alerta, precisamos ter cuidado com o que construímos em nossas vidas, pois o único alicerce seguro é Cristo. Essa reflexão nos convida a examinar nossas atitudes e a viver de acordo com o Evangelho.

A Basílica do Latrão, como catedral de Roma, é um símbolo do testemunho da presença de Deus ao longo da história. Através dela, somos lembrados da união de todas as Igrejas e de nossa missão de sermos "morada de Deus" no mundo.

A reflexão pode culminar em um pedido ao Senhor para que sejamos guiados pelo Seu Espírito, traduzindo nossa fé em atitudes de encontro com o próximo, promovendo a paz e a justiça em nosso mundo.

Mensagem do dia... 08/11/2025

 

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

O PODER DA FÉ!

 

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 poder da fé reside em ser um dom sobrenatural de Deus e o fundamento da vida cristã, que permite ao ser humano aderir-se livre e totalmente a Deus, alcançando a salvação e a capacidade de realizar a Sua vontade. 

A fé é a virtude teologal pela qual se crê em Deus e em tudo o que Ele revelou, e que a Igreja propõe a crer, baseando-se na confiança de que Deus não erra e não pode enganar.

A fé é essencial para a salvação, pois é o meio pelo qual os crentes se unem a Cristo e acolhem a graça redentora. O próprio Senhor afirmou: "Quem acreditar e for batizado salvar-se-á, mas quem não acreditar será condenado" (Mc 16, 16).

A fé viva se manifesta pela caridade (amor) e motiva o crente a conhecer e fazer a vontade de Deus, seguindo o exemplo de Cristo. Ela oferece uma estrutura moral e espiritual para enfrentar os desafios da vida.

A fé tem o poder de transformar realidades e superar obstáculos. Pela fé, milagres podem acontecer, pois ela "desencadeia" a graça e abre a mente ao mistério de Deus. Como a Escritura afirma, se houver fé, será possível "fazer tudo quanto me parecer conveniente" (Morôni 7:33, citado em 1.1.6, 1.3.3).

Sendo um dom sobrenatural, a fé requer o auxílio interior do Espírito Santo para ser cultivada e fortalecida na vida do crente.

A fé não é apenas um ato individual, mas também um ato eclesial. A fé da Igreja (presente na Escritura, Tradição e Magistério) precede, gera e sustenta a fé pessoal, oferecendo uma âncora contra dúvidas.

A fé católica se baseia em um só Deus em três pessoas (a Santíssima Trindade), na crença em Jesus Cristo como Filho de Deus, que morreu e ressuscitou para a salvação da humanidade. Os católicos seguem os ensinamentos de Cristo, expressos nos mandamentos e no amor ao próximo, e a Igreja é vista como a continuação da comunidade cristã primitiva fundada por Ele. Os sacramentos, como o Batismo e a Eucaristia, são centrais, e a fé é guiada pela Sagrada Escritura, a Tradição e o Magistério da Igreja.

Os católicos vivem sua fé seguindo os ensinamentos de Cristo, expressos principalmente nos mandamentos e no mandamento novo do amor ao próximo.

  Fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja Católica é a continuação da igreja primitiva e tem como missão a guarda e transmissão da fé.

   No Brasil, a Igreja Católica chegou com os portugueses em 1500 e desempenhou um papel central na evangelização e formação de instituições.

Mensagem do dia... 05/11/2025

 

sábado, 1 de novembro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA A COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS – 02/11/2025

 

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 liturgia da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, neste 2 de novembro de 2025, nos convida a meditar sobre a morte com o olhar da fé e da esperança, que têm seu fundamento na ressurreição de Jesus Cristo.

As leituras bíblicas escolhidas para este dia nos ajudam a ver a morte não como um ponto final, mas como uma passagem para o encontro definitivo com Deus. As leituras oferecem uma rica fonte de reflexão sobre a vida eterna e a vitória de Cristo sobre a morte.

Na Primeira Leitura (Jó 19,1.23-27a), o livro de Jó, no Antigo Testamento, nos apresenta um clamor de fé em meio ao sofrimento extremo. Jó, mesmo na dor e na injustiça, manifesta sua profunda certeza na ressurreição: "Eu sei que o meu Redentor está vivo e, por fim, se levantará sobre a terra". Sua fala representa a esperança de todos que enfrentam as perdas da vida sem perder a confiança em Deus, que é Senhor da vida e da morte.

Na Segunda Leitura (1Cor 15,20-24a.25-28), São Paulo, na sua carta aos Coríntios, explica que a morte de Adão trouxe a morte para todos, mas a ressurreição de Cristo trouxe a vida eterna para todos os que creem. Cristo é as "primícias dos que morreram", o que significa que ele é o primeiro a ressuscitar para a vida plena, garantindo a mesma esperança para os fiéis. Ao final, Cristo destruirá o último inimigo, a morte, para que Deus seja tudo em todos.

No Evangelho (Lc 12,35-40), Jesus nos exorta a estar vigilantes, como servos que esperam seu senhor voltar de uma festa de casamento. A vigilância, aqui, não é um medo, mas uma atitude de vida com sentido e propósito, vivendo como quem crê na eternidade. O Senhor virá em hora inesperada, mas os servos que forem encontrados acordados serão felizes e serão servidos por ele.

A celebração dos fiéis defuntos não é apenas um dia de saudade, mas um convite a renovar a fé na vitória de Cristo. A Igreja, ao longo de sua história, cultiva a memória dos que já partiram, visitando seus túmulos e oferecendo orações por eles.

A reflexão neste dia nos lembra que a nossa existência é frágil e necessita da graça divina. Rezamos em comunhão com aqueles que já se foram, fortalecendo a esperança na ressurreição e na vida eterna.

A fé nos ensina que podemos ser úteis aos que já faleceram por meio da oração, pedindo a Deus que os acolha em sua glória. Além disso, a vida é uma preparação para o encontro final com Deus, e a maneira como vivemos importa. Somos chamados a viver como ressuscitados, transformando o luto em compromisso de vida, fidelidade e solidariedade, mantendo as lâmpadas acesas até a vinda do Senhor.

Nesta solenidade, somos desafiados a refletir sobre a própria mortalidade e a viver com a certeza de que a morte não tem a última palavra. A ressurreição de Cristo transforma o medo da morte em esperança e a saudade em uma memória que se nutre da oração. A vida, como dizia São Josemaria Escrivá, é uma viagem e a morte, uma passagem para o último e definitivo encontro com Deus.


REFLEXÃO LITÚRGICA PARA A SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS – 01/11/2025

 

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 reflexão para a Solenidade de Todos os Santos em 2025 foca na santidade como um chamado a todos, exemplificado pelos Santos que vivem as Bem-aventuranças, especialmente sendo "pobres em espírito" e "perseguidos por causa da justiça". A celebração nos lembra que a santidade é um processo de transformação pela graça de Deus e que os Santos, conhecidos e desconhecidos, são modelos e intercessores em nossa jornada para a eternidade.

No Evangelho (Mateus 5, 1-12a), as Bem-aventuranças são a essência da santidade, mostrando que a verdadeira felicidade está em viver uma vida segundo os valores do Reino de Deus, mesmo em meio às dificuldades. A santidade não é para os perfeitos, mas para os que buscam a justiça, a misericórdia e a paz, e que se alegram mesmo quando são perseguidos por causa de Jesus.

Na Primeira Leitura (1João 3,1-3), somos chamados de "filhos de Deus" e essa identidade é o presente mais valioso que recebemos. Embora nossa santidade plena ainda não tenha se manifestado, sabemos que, ao vermos Jesus, seremos semelhantes a Ele. Essa esperança nos purifica e nos motiva a viver de forma digna de nossa filiação divina.

Na Segunda Leitura (Apocalipse 7, 9-17), a visão de uma multidão inumerável de todas as nações no céu, em constante louvor a Deus, representa a Igreja triunfante. Ela nos mostra o resultado de viver as Bem-aventuranças e reforça a ideia de que a santidade é o destino final de todos os que seguem Cristo, um banquete celeste de alegria e paz.

Irmãos e irmãs, a festa de Todos os Santos não celebra apenas os Santos canonizados, mas todos os fiéis, conhecidos e desconhecidos, que vivem o Evangelho em seu dia a dia.

Os Santos servem como modelos de perseverança em suas diferentes vocações e situações de vida, mostrando que a santidade é uma jornada contínua e realizável para todos.

A certeza de que somos filhos de Deus e de que um dia seremos semelhantes a Ele nos motiva a viver a santidade aqui e agora, com a graça de Deus.

A celebração reforça a nossa união com os Santos do céu, que intercedem por nós e nos dão força e inspiração para continuarmos nossa caminhada de fé.

A vida dos Santos é um convite a imitar suas virtudes na vida cotidiana, através de pequenos atos de bondade, paciência, compaixão e perdão, buscando a perfeição do amor.

Mensagem do dia... 01/11/2025

 

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

HALLOWEEN É INAPROPRIADO PARA A FÉ CRISTÃ

 

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 Igreja Católica se opõe à prática do Halloween por considerar que ela celebra e banaliza temas como a morte, o medo e o mal, o que conflita com a sua doutrina. A Igreja entende que essa festividade pode ter impactos negativos, especialmente em crianças, e incentiva alternativas que promovam a virtude, a luz e a fé cristã. 

    A tradição do Halloween tem raízes em costumes pagãos celtas, que incluíam rituais para afastar espíritos e celebrar o início do inverno, associados à morte e ao sobrenatural. A Igreja vê isso como um afastamento das crenças cristãs. 

    Os símbolos e temas do Halloween, como fantasmas, monstros e bruxaria, são vistos como contrários à fé cristã, que prega o amor, a luz, o poder de Deus e a vitória sobre o mal. 

    A Igreja condena a celebração de coisas assustadoras, pois o medo não vem de Deus, que nos deu um espírito de poder e amor, e não de medo. 

      A festa pode distorcer realidades sérias como a morte e os demônios, e introduzir o imaginário infantil a conteúdos negativos. Em vez disso, a Igreja prefere incentivar o imaginário das crianças com temas edificantes e positivos, como os santos e a criação de Deus. 

    Há preocupações de que a festa possa ser vista como uma forma de fazer apologia ao mal ou aos maus espíritos. Relatos de exorcistas apontam que o contato com as práticas pagãs do Halloween pode ter consequências espirituais negativas. 

       A data de 31 de outubro é a véspera do Dia de Todos os Santos (1º de novembro), uma festa litúrgica católica que celebra todos os santos. Historicamente, o Halloween, ou "All Hallows' Eve", pode ser visto como a preparação para esta festa. 

    A Igreja propõe que a data seja usada para celebrar a luz de Cristo e a vitória dos santos sobre o mal, em vez de temas ligados às trevas. 

    Os festejos de Halloween merecem o repúdio de todos os cristãos, devido às suas origens pagãs e símbolos inapropriados para a fé cristã.

Mensagem do dia... 31/10/2025

 

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

DOM LUCAS MOREIRA NEVES: UM PASTOR E PROFETA PARA O NOSSO TEMPO

Cardeal Lucas Moreira Neves

Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro, RJ

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o comemorarmos no dia 10 de outubro, o centenário de nascimento do Eminentíssimo Cardeal Lucas Moreira Neves, OP, recordamos a trajetória de um homem cuja vida se confunde com a história da Igreja no Brasil e do mundo na segunda metade do século XX. Refletimos sobre a vida de um pastor zeloso, um intelectual de fina argúcia e um homem de fé inabalável. Sua voz ressoou dos púlpitos da Bahia aos corredores da Cúria Romana, sempre em defesa da verdade do Evangelho e da dignidade do ser humano.

Nascido em São João del-Rei, Minas Gerais, no seio de uma família onde a cultura e a fé se entrelaçavam, o jovem Luís Moreira Neves sentiu cedo o chamado à vida religiosa. Seu pai era bibliotecário e músico e sua mãe, professora primária. A vocação o conduziu à Ordem dos Pregadores, os Dominicanos, onde, agora como Frei Lucas, forjou sua identidade espiritual e intelectual. Encontrou a harmonia entre a contemplação e a pregação, ideal de São Domingos de Gusmão. Essa formação, aprofundada na França, berço da Ordem, marcou indelevelmente seu ministério e lhe conferiu uma sólida base teológica e uma abertura ao diálogo com o pensamento contemporâneo.

Seu retorno ao Brasil foi o início de uma intensa atividade pastoral e intelectual. Como sacerdote, dedicou-se com especial carinho à juventude, atuando como assistente da Juventude Estudantil Católica (JEC) e da Juventude Universitária Católica (JUC). Ele compreendia os anseios, as dúvidas e o potencial dos jovens, buscando apresentar-lhes um Cristo vivo e relevante. Dedicou-se também à Pastoral Familiar através do MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO (MFC), consciente de que a família é o santuário da vida e a primeira escola da fé. Seu trabalho como diretor da revista “Mensageiro do Santo Rosário” por oito anos revela seu empenho em utilizar os meios de comunicação como ferramentas de evangelização.

Chamado ao episcopado por São Paulo VI foi sagrado Bispo Auxiliar de São Paulo em 1967, num período de grandes transformações sociais e eclesiais, Dom Lucas colocou-se a serviço da vasta arquidiocese paulistana. Ali, foi vigário episcopal para a Pastoral da Família e para os Meios de Comunicação Social, áreas que sempre lhe foram caras. Sua sensibilidade pastoral e sua capacidade de diálogo foram dons preciosos em um tempo de tensões e desafios.

Sua competência e fidelidade à Igreja o levaram a Roma, onde serviu aos Papas São Paulo VI e São João Paulo II. No Vaticano, foi nomeado Vice-Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, um campo pastoral que conhecia profundamente. Posteriormente, como Secretário da Congregação para os Bispos, teve a delicada missão de colaborar com o Santo Padre na escolha dos pastores para as dioceses do mundo inteiro. Este período em Roma ampliou sua visão da Igreja universal e aprofundou seu amor e serviço ao Sucessor de Pedro.

Em 1987, São João Paulo II o nomeou Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil. Na Sede Primacial, Dom Lucas exerceu seu ministério episcopal com a autoridade de um pai e a sabedoria de um mestre. Sua chegada a Salvador foi um marco, e sua atuação pastoral se mostrou intensa e multifacetada. Ele compreendia a riqueza da cultura e da religiosidade do povo baiano, buscando inculturar o Evangelho com discernimento e zelo pela sã doutrina. Como pastor, estava atento às necessidades espirituais e materiais de seu rebanho, especialmente dos mais pobres e dos "meninos de rua", uma preocupação que manifestou em diversas ocasiões.

Criado Cardeal em 1988, sua voz ganhou ainda mais ressonância. Presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 1995 a 1998, período em que trabalhou incansavelmente pela comunhão do episcopado brasileiro e pelo fortalecimento da missão evangelizadora da Igreja no país. Sua gestão foi marcada por um profundo senso de eclesialidade e fidelidade ao magistério. Buscou sempre a unidade na diversidade e a superação de polarizações. Sua participação nas Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano, como em Medellín e Puebla, demonstra seu compromisso com os rumos da Igreja no continente da esperança.

A vida de Dom Lucas foi um contínuo serviço à Palavra de Deus. Intelectual de renome e membro da Academia Brasileira de Letras, soube como poucos aliar a profundidade do pensamento à clareza da comunicação. Seus inúmeros artigos, publicados nos principais jornais do país, e seus livros são um testamento de sua capacidade de traduzir as verdades da fé para a linguagem do homem contemporâneo. Não temia abordar temas complexos da atualidade e oferecia sempre a luz do Evangelho como critério de discernimento. Em seus escritos, encontramos a reflexão de um teólogo, a preocupação de um pastor e a alma de um poeta.

Seu lema episcopal, “Veritatem in Caritate” (A Verdade na Caridade), resume a essência de seu ministério. Para Dom Lucas, a verdade do Evangelho não podia ser anunciada sem o bálsamo da caridade. A caridade, para ser autêntica, devia estar alicerçada na verdade revelada por Cristo. Foi um defensor intrépido da verdade, mas sua firmeza era sempre acompanhada pela mansidão e pela compaixão de um pastor que busca a ovelha perdida.

A amizade e a profunda sintonia espiritual com São João Paulo II marcaram os últimos anos de sua vida. Chamado novamente a Roma em 1998 para assumir o cargo de Prefeito da Congregação para os Bispos, colocou sua vasta experiência a serviço da Igreja universal. Sua renúncia em 2000, por motivos de saúde, foi aceita com pesar pelo Santo Padre, que em carta destacou seu “devotamento ao Papa, à Igreja e às almas”.

Ao comemorar o centenário de seu nascimento, a Igreja no Brasil eleva a Deus um hino de ação de graças pela vida e pelo testemunho do Cardeal Lucas Moreira Neves. Ele foi um homem de Deus, um pastor que amou a Igreja com paixão e a serviu com total dedicação. Seu legado espiritual, pastoral e intelectual continua a inspirar as novas gerações. Que seu exemplo de fidelidade a Cristo e de amor à Igreja nos impulsione a sermos também nós, no nosso tempo, testemunhas da “Verdade na Caridade”.


Mensagem do dia... 29/10/2025

 


sábado, 25 de outubro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 26/10/2025

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 liturgia para este 30º Domingo do Tempo Comum, foca na parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18, 9-14), destacando a importância da humildade na oração. Ao invés da autojustificação do fariseu, a verdadeira oração é a do publicano, que reconhece a sua miséria e se entrega à misericórdia de Deus, mostrando que a confiança no Senhor é mais importante que qualquer mérito próprio.

O fariseu se apresenta a Deus com base em seus próprios méritos, como se não precisasse Dele. Sua oração é cheia de "eu" e foca em se comparar com os outros, desqualificando-os. Ele confia mais em si mesmo do que em Deus, mostrando uma atitude de vanglória.

O publicano, por outro lado, reconhece a sua condição de pecador e, sem desculpas, entrega-se à misericórdia de Deus, batendo no peito e pedindo perdão. A oração dele é a do "humilde que sabe de sua pequenez" e confia na graça divina.

A humildade não é alienação, mas a consciência de que não somos autossuficientes e que tudo o que temos e fazemos de bom é resultado da graça de Deus. A oração do humilde agrada a Deus porque é sincera e se fundamenta na verdade do seu ser.

A fé é a porta de entrada para o Reino de Deus, e a oração, junto com a humildade, são as soleiras que a sustentam. Sem humildade, a oração se torna presunção, e sem oração, a fé morre sufocada.

A lição da parábola é um convite para que a nossa oração não seja um ato de soberba, mas um desabrochar da humildade e da confiança. É preciso descer à verdade de nós mesmos e não apenas "subir" ao Templo, mas verdadeiramente nos colocar nas mãos de Deus.

No final, a atitude do publicano é o que Jesus elogiou, pois mostra a gramática da oração que deve ser sempre sustentada pela humildade. A parábola nos convida a confiar mais em Deus do que em nós mesmos.

Mensagem do dia... 25/10/2025

 

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

MISSA DA GRAÇA, NA IGREJA DO ALDEBARAN

 

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 Paróquia de Santa Catarina Labouré, no Aldebaran, em Maceió - Alagoas, celebra mensalmente na quarta quarta-feira de cada mês a “Missa da Graça”, em honra a Nossa Senhora das Graças e a Santa Catarina Labouré.

É uma celebração eucarística que venera a Virgem Maria, é um momento de oração, gratidão pelas graças recebidas e súplica por novas bênçãos, além de um convite à reflexão sobre a importância da fé e da intercessão de Maria para se aproximar de Deus. 

A celebração começa com cânticos de entrada e um convite para agradecer a Deus e a Nossa Senhora pelas graças recebidas. 

Os fiéis são encorajados a rezar pessoalmente, fazer seus pedidos e agradecer a Deus e a Nossa Senhora das Graças por suas bênçãos, que podem incluir pedidos por paz, saúde, perdão e pelas famílias. É um momento de união com Cristo através da Eucaristia. 

A Missa serve para expressar gratidão pelas bênçãos e graças recebidas através da intercessão de Nossa Senhora das Graças e Santa Catarina Labouré, também conhecida como a "Medalha Milagrosa".

A celebração tem como finalidade destacar o papel de Maria como intercessora junto a Deus, aproximando os fiéis D’Ele e buscando sua proteção e misericórdia.

Durante a “Missa da Graça” o Santíssimo Sacramento circula entre os fiéis, é dado a bênção dos objeto e após a bênção final, a bênção dos óleos.

A “Missa da Graça” reitera os ensinamentos de Maria, como o amor ao próximo, a fé, a humildade e a importância de se entregar a Deus. 

A celebração termina com o pedido para que saiam em paz para partilhar a fé e as graças recebidas.

A Paróquia de Santa Catarina Labouré tem como pároco o padre Edvaldo Afrânio dos Santos.


Mensagem do dia... 22/10/2025

 

sábado, 18 de outubro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 29º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 19/10/2025

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 liturgia deste 29º Domingo do Tempo Comum centra-se na perseverança na oração e da confiança no amor e na justiça de Deus, temas centrais presentes em São Lucas, São Paulo e Isaías.

As leituras nos convidam a persistir em nossas súplicas, mesmo diante das adversidades e injustiças, confiando que o Senhor ouve e age em seu tempo, agindo como o auxílio e a proteção.

A parábola da viúva persistente (Lucas 18,1-8) nos ensina que a oração constante é fundamental para a vida cristã. A perseverança na oração não garante uma resposta imediata, mas fortalece a fé e nos aproxima de Deus.

A fé é a chave para superar as dificuldades. A confiança em Deus nos protege em tempos de penúria e injustiça, pois Ele é o nosso auxílio e proteção.

A Primeira Carta aos Tessalonicenses (4,1-8) nos exorta a viver a fé com empenho, caridade e esperança, por meio de uma vida que seja testemunha do Evangelho.

A reflexão para este domingo deve nos levar a refletir sobre a nossa própria prática de oração: Como temos perseverado em nossas súplicas? Temos agido com a mesma persistência da viúva? Diante de injustiças, é preciso ter fé que Deus não nos abandona e fará justiça em seu tempo.

O Evangelho não é só palavra, mas força que se manifesta na prática. Devemos viver a nossa fé em todos os momentos, especialmente quando somos desafiados pela sociedade.

As pessoas mais humildes, que não são celebradas pelo mundo, são aquelas que mais se aproximam do Reino de Deus.

    Somos chamados à confiança e perseverança na fé, lembrando que a nossa oração é o reflexo do nosso compromisso com o Evangelho, especialmente em um mundo que nos convida à justiça e à compaixão.

Mensagem do dia... 18/10/2025

 

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

O MFC E AS FAMÍLIAS NA IGREJA CATÓLICA


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 família na Igreja Católica é vista como a "célula mater" da sociedade e o primeiro espaço de vivência da fé, onde a Palavra de Deus é ensinada e a oração se pratica.

Através do sacramento do matrimônio, a família se torna um reflexo do amor de Cristo pela Igreja, sendo um santuário doméstico que forma o indivíduo na fé e o prepara para a vida eterna.

É na família onde os filhos aprendem a conhecer a Palavra de Deus, a rezar, a partilhar e a perdoar, sendo o primeiro lugar onde o amor é praticado. 

Os pais são os primeiros catequistas, ensinando a fé em casa através da oração, do bom exemplo, da meditação da Palavra de Deus e da participação na Missa. 

A família formada pelo matrimônio deve ser um sinal visível do amor de Deus, guiada para a fecundidade e a fidelidade no amor. 

A família é chamada a ser um reflexo vivo do amor de Deus pela humanidade, guardando, revelando e comunicando a vida e o amor. 

O Movimento Familiar Cristão (MFC) é vital na Igreja Católica por promover a fé centrada em Cristo, a formação de casais e famílias, a educação para o matrimônio e a atuação social transformadora através de encontros e do método "Observar-Julgar-Agir". Sua importância se reflete no fortalecimento da família como "igreja doméstica" e no serviço à comunidade, capacitando os membros a viverem sua fé no dia a dia e a serem agentes de mudança. 

O MFC busca, acima de tudo, centrar o matrimônio e a vida familiar em Cristo, incentivando os membros a viverem a fé cristã em suas realidades cotidianas. 

Os encontros promovidos pelo MFC utilizam um método para que as famílias observem a realidade, a julguem à luz dos ensinamentos de Jesus e, a partir daí, planejem e executem ações transformadoras na sociedade. 

O MFC atua na preparação de noivos e no acompanhamento de casais, oferecendo formação humana e cristã para fortalecer a vida conjugal. 

A dinâmica de pequenos grupos permite a partilha da vida e a troca de experiências, criando uma rede de apoio, perdão e reconciliação entre as famílias. 

O Movimento Familiar Cristão envolve os membros em ações concretas de amor, serviço e educação. Ao se reunir em "Equipes Base", o MFC fortalece a dimensão eclesial da fé, promovendo a solidariedade e o testemunho da fé em comunidade. 

As reuniões e os encontros nacionais e internacionais proporcionam formação e reflexão que levam a uma fé mais adulta e um maior compromisso com a comunidade. 

O MFC incentiva a família a ser o lugar onde a fé é vivida e compartilhada, onde a presença de Deus se manifesta na autenticidade das relações.

    Em Maceió (AL), o MFC tem sede na Rua Araújo Bivar, 580, Pajuçara e seu endereço para contato por E-mail é mfcmaceio@gmail.com

Mensagem do dia... 15/10/2025