Papa Francisco durante a Missa na Casa Santa Marta |
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Papa
Francisco presidiu na manhã desta quinta-feira (15), a Missa na Casa Santa
Marta onde assinalou que não se pode compreender um cristão sem história e que
caminha sozinho, pois como tal, precisa ser parte da Igreja para caminhar com
esperança ao encontro das promessas de Cristo.
“Não se pode compreender um cristão sozinho,
como não se pode compreender Jesus Cristo sozinho. Jesus Cristo não caiu do céu
como um herói que vem nos salvar e chega de repente. Não. Jesus Cristo tem
história. E podemos dizer – e é isto verdade: Deus tem história, porque quis
caminhar conosco”,
expressou. Portanto, “não se pode compreender Jesus Cristo sem
história. Assim como não se pode compreender um cristão sem história, um
cristão sem povo, um cristão sem Igreja. Seria uma coisa de laboratório, uma
coisa artificial, uma coisa que não pode dar vida”.
Francisco reiterou que “o povo de Deus caminha com uma
promessa”. “É importante que tenhamos presente em nossa vida esta dimensão: a
dimensão da memória”. Nesse sentido, explicou que “um cristão é um memorioso da
história de seu povo, é memorioso do caminho que o povo cumpriu, é memorioso de
sua Igreja. A memória... a memória de todo o passado... Depois, este povo aonde
vai? Caminha rumo à promessa definitiva”. “É um povo que caminha para a
plenitude; um povo eleito que tem uma promessa no futuro e caminha para esta
promessa, para o cumprimento desta promessa. E, por isso, um cristão na Igreja
é um homem, uma mulher com esperança: esperança na promessa. Que não é
expectativa: não, não! É outra coisa: é esperança. Essa que não defrauda!”
O Papa disse que “olhando para frente, o cristão é
um homem e uma mulher de esperança. E no presente, o cristão segue o caminho de
Deus e renova a Aliança com Deus. Diz continuamente ao Senhor: ‘Sim, eu quero
os mandamentos, eu quero sua vontade, eu quero te seguir’. É um homem de aliança
e a aliança a celebramos todos os dias na Missa”. O cristão, afirmou, é
“uma
mulher, um homem eucarístico”. “Pensemos – nos fará bem isto hoje – como é
nossa identidade cristã. Nossa identidade cristã é pertença a um povo: a
Igreja. Sem isto não somos cristãos. Entramos na Igreja com o batismo: ali
somos cristãos”.
“Por isso – acrescentou -, é importante ter o
costume de pedir a graça da memória, a memória do caminho que cumpriu o povo de
Deus. Também da memória pessoal: o que fez Deus comigo, em minha vida, como me
fez caminhar... Pedir a graça da esperança, que não é otimismo: não, não! É
outra coisa. E pedir a graça de renovar todos os dias a Aliança com o Senhor
que nos chamou. Que o Senhor não dê estas três graças, que são necessárias para
a identidade cristã”.
Fonte: Agência Católica de
Informações (ACI)
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