O público lotou o plenário da Câmara de Vereadores |
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epresentantes do Movimento Familiar Cristão de Maceió estiveram nesta sexta-feira
(19), na Câmara de Vereadores de Maceió para protocolar uma Carta aos
Vereadores, dizendo que é contrario que a discussão a respeito de identidade de gênero seja
realizada no âmbito escolar, por entender que o Estado deve deixar a temática
do gênero para ser tratada na família, que é o fórum correto para essas
discussões.
O Movimento
Familiar Cristão de Maceió também participou na manhã e tarde desta sexta-feira
(19), da audiência pública na Câmara de Vereadores de Maceió, para discutir o
Plano Municipal de Educação, que traça os rumos da educação no município para
os próximos 10 anos.
A sessão aconteceu por uma proposição do
vereador Dudu Ronalsa, após a circulação de boatos de que o Poder Legislativo
de Maceió estava por aprovar o Plano Municipal de Educação com a inclusão da
Ideologia de Gênero. Nas redes sociais, foram disponibilizadas imagens de uma
suposta cartilha que seria o material didático a ser utilizados nas escolas e
que vão de encontro a valores éticos, morais e religiosos. Os fatos divulgados
causaram uma grande mobilização e revolta entre as famílias.
A audiência pública abriu espaço de
manifestação para todas as vozes. A tribuna contou com vereadores,
representantes de entidades públicas e representativas da sociedade civil
organizada. Alguns poucos cartazes defendendo a discussão sobre ideologia de
gênero dividiam espaço com faixas e cartazes que traziam a palavra NÃO A
IDEOLOGIA DE GÊNERO. Logo nos primeiros minutos o clima de torcida quase causou
a interrupção da audiência, com gritos dos dois lados. A maioria do público
contrário à proposta vaiou de maneira mais intensa os discursos dos poucos que
apoiavam a discussão.
Defronte a Câmara de Vereadores, um bom número de pessoas acompanhou a Sessão Pública através de um carro de som. |
Pelo texto do Plano, que possui
aproximadamente 200 páginas, a polêmica visa estabelecer ações fortalecedoras
que contribuam para uma prática educativa com ênfase na promoção da igualdade
étnico-racial, de gênero, de orientação sexual, religiosidade e na garantia de
acessibilidade atitudinal, conforme o artigo 26 da Declaração Universal dos
Direitos Humanos de 1948, e os Princípios de Yogyakarta de 2007.
Para os opositores do projeto, o termo
gênero, faz referência à ideologia de gênero, conjunto de teorias que sugerem
que ninguém nasce homem ou mulher, mas que seu gênero é construído com base em
suas relações sociais.
Mesmo não havendo citação clara da ideologia
no documento, mas propostas como a de adoção de políticas públicas para a
formação de equipes multidisciplinares na rede municipal de ensino para
acolher, atender e orientar estudantes LGBT’s (lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais), além de outros grupos que sofrem preconceito e
discriminação, o assunto ficou polêmico. A IDEOLOGIA DE GÊNERO traz diversos
inconvenientes para a educação.
O MFC, na defesa da família, permaneceu atento aos discursos. |
Entre esses inconvenientes estariam à
confusão criada nas crianças no processo de formação de sua identidade,
fazendo-as perder as referências, além da sexualização precoce, na medida em
que, a ideologia de gênero promove diversidade de experiências sexuais para
formação do gênero. Abre um perigoso caminho para legitimação da pedofilia, uma
vez que a orientação pedófila é um tipo de gênero.
O doutor em Teologia Moral, pela Universidade
de Santa Cruz (Itália), padre Jose
Eduardo, criticou oradores que citaram Jesus e o Papa Francisco, ele
afirmou que os construtores do Plano não queriam que a sociedade conhecesse o
documento. Eles devem estar desapontados, pois não contavam que essa discussão
chegasse à família. Eles não acreditavam que vocês viessem, deixassem suas
casas para estarem aqui nesta audiência. Erraram. Nós vamos continuar lutando,
afirmou o padre José Eduardo.
A Secretaria Municipal de Educação, através
da diretora de Ensino, Sônia Morais, disse que o plano está sendo finalizado e quando
concluído, será enviado a Câmara de Vereadores para a fase de debate e
discussão, antes de sua votação final. Segundo ela, haverá ainda a realização
de audiências públicas, onde a população poderá participar efetivamente, dando
sugestões, fazendo críticas e indicações de trechos que devem ser alterados. Segundo
Sônia Morais, a Prefeitura, tem a preocupação com as famílias e não iria adotar
políticas que fossem de encontro a esta importante instituição.
O Movimento
Familiar Cristão de Maceió deseja tão somente que a família, célula-mater
da sociedade, continue com seu papel ativo na educação de seus filhos,
estimulando, orientando e informando, desenvolvendo o comportamento, o
conhecimento e os valores fundamentais das futuras gerações, restando à escola
o desenvolvimento acadêmico, cientifico e cultural de nossas crianças.
Durante a audiência os religiosos católicos,
juntamente com evangélicos, sugeriram que o termo gênero e suas consequências fossem
retirados do referido projeto.
Quero parabenizar o blog pela reportagem e o Movimento Familiar Cristão de Maceió pela posição em defesa da família. Deus é mais e não vai deixar que esse projeto seja aprovado.
ResponderExcluirEdna Mendes
Mãe e avó
Parabéns, Jorginho. Você fez um resumo fidedigno da Sessão da Câmara de Vereadores do dia 19/06 que debateu com a sociedade sobre a ideologia de gênero. Sugerimos que esse material seja dibulgado nos mais variados veículos de comunicação do nosso Estado de Alagoas.
ResponderExcluirPéricles Argolo Pinto
Coordenador do MFC / Maceió / AL
Pai e avô de 5 netos.