sexta-feira, 19 de junho de 2015

MFC Maceió participa da Sessão Pública da Câmara de Vereadores que discutiu a Ideologia de Gênero no Plano Municipal de Educação

O público lotou o plenário da Câmara de Vereadores
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epresentantes do Movimento Familiar Cristão de Maceió estiveram nesta sexta-feira (19), na Câmara de Vereadores de Maceió para protocolar uma Carta aos Vereadores, dizendo que é contrario que a discussão a respeito de identidade de gênero seja realizada no âmbito escolar, por entender que o Estado deve deixar a temática do gênero para ser tratada na família, que é o fórum correto para essas discussões.

O Movimento Familiar Cristão de Maceió também participou na manhã e tarde desta sexta-feira (19), da audiência pública na Câmara de Vereadores de Maceió, para discutir o Plano Municipal de Educação, que traça os rumos da educação no município para os próximos 10 anos.

A sessão aconteceu por uma proposição do vereador Dudu Ronalsa, após a circulação de boatos de que o Poder Legislativo de Maceió estava por aprovar o Plano Municipal de Educação com a inclusão da Ideologia de Gênero. Nas redes sociais, foram disponibilizadas imagens de uma suposta cartilha que seria o material didático a ser utilizados nas escolas e que vão de encontro a valores éticos, morais e religiosos. Os fatos divulgados causaram uma grande mobilização e revolta entre as famílias.

A audiência pública abriu espaço de manifestação para todas as vozes. A tribuna contou com vereadores, representantes de entidades públicas e representativas da sociedade civil organizada. Alguns poucos cartazes defendendo a discussão sobre ideologia de gênero dividiam espaço com faixas e cartazes que traziam a palavra NÃO A IDEOLOGIA DE GÊNERO. Logo nos primeiros minutos o clima de torcida quase causou a interrupção da audiência, com gritos dos dois lados. A maioria do público contrário à proposta vaiou de maneira mais intensa os discursos dos poucos que apoiavam a discussão.
Defronte a Câmara de Vereadores, um bom número de pessoas
acompanhou a Sessão Pública através de um carro de som.

Pelo texto do Plano, que possui aproximadamente 200 páginas, a polêmica visa estabelecer ações fortalecedoras que contribuam para uma prática educativa com ênfase na promoção da igualdade étnico-racial, de gênero, de orientação sexual, religiosidade e na garantia de acessibilidade atitudinal, conforme o artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, e os Princípios de Yogyakarta de 2007.

Para os opositores do projeto, o termo gênero, faz referência à ideologia de gênero, conjunto de teorias que sugerem que ninguém nasce homem ou mulher, mas que seu gênero é construído com base em suas relações sociais.

Mesmo não havendo citação clara da ideologia no documento, mas propostas como a de adoção de políticas públicas para a formação de equipes multidisciplinares na rede municipal de ensino para acolher, atender e orientar estudantes LGBT’s (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), além de outros grupos que sofrem preconceito e discriminação, o assunto ficou polêmico. A IDEOLOGIA DE GÊNERO traz diversos inconvenientes para a educação.

O MFC, na defesa da família, permaneceu atento aos discursos.
Entre esses inconvenientes estariam à confusão criada nas crianças no processo de formação de sua identidade, fazendo-as perder as referências, além da sexualização precoce, na medida em que, a ideologia de gênero promove diversidade de experiências sexuais para formação do gênero. Abre um perigoso caminho para legitimação da pedofilia, uma vez que a orientação pedófila é um tipo de gênero.

O doutor em Teologia Moral, pela Universidade de Santa Cruz (Itália), padre Jose Eduardo, criticou oradores que citaram Jesus e o Papa Francisco, ele afirmou que os construtores do Plano não queriam que a sociedade conhecesse o documento. Eles devem estar desapontados, pois não contavam que essa discussão chegasse à família. Eles não acreditavam que vocês viessem, deixassem suas casas para estarem aqui nesta audiência. Erraram. Nós vamos continuar lutando, afirmou o padre José Eduardo.

A Secretaria Municipal de Educação, através da diretora de Ensino, Sônia Morais, disse que o plano está sendo finalizado e quando concluído, será enviado a Câmara de Vereadores para a fase de debate e discussão, antes de sua votação final. Segundo ela, haverá ainda a realização de audiências públicas, onde a população poderá participar efetivamente, dando sugestões, fazendo críticas e indicações de trechos que devem ser alterados. Segundo Sônia Morais, a Prefeitura, tem a preocupação com as famílias e não iria adotar políticas que fossem de encontro a esta importante instituição.

O Movimento Familiar Cristão de Maceió deseja tão somente que a família, célula-mater da sociedade, continue com seu papel ativo na educação de seus filhos, estimulando, orientando e informando, desenvolvendo o comportamento, o conhecimento e os valores fundamentais das futuras gerações, restando à escola o desenvolvimento acadêmico, cientifico e cultural de nossas crianças.

Durante a audiência os religiosos católicos, juntamente com evangélicos, sugeriram que o termo gênero e suas consequências fossem retirados do referido projeto.

2 comentários:

  1. Quero parabenizar o blog pela reportagem e o Movimento Familiar Cristão de Maceió pela posição em defesa da família. Deus é mais e não vai deixar que esse projeto seja aprovado.

    Edna Mendes
    Mãe e avó

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  2. Parabéns, Jorginho. Você fez um resumo fidedigno da Sessão da Câmara de Vereadores do dia 19/06 que debateu com a sociedade sobre a ideologia de gênero. Sugerimos que esse material seja dibulgado nos mais variados veículos de comunicação do nosso Estado de Alagoas.
    Péricles Argolo Pinto
    Coordenador do MFC / Maceió / AL
    Pai e avô de 5 netos.

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