domingo, 23 de dezembro de 2018

4º Domingo do Advento: "A alegria dos pobres do Reino!"




Pe. Fábio Evaristo da Silva, C.Ss.R.
Folheto Litúrgico Deus Conosco

R
eunidos para a Eucaristia, neste último domingo do Advento, somos convidados a abrir nosso coração ao Príncipe da Paz, que está para chegar. É Jesus que vem ao nosso encontro. Ele é Deus Conosco para iluminar nossa existência e trazer alegria aos pobres que não desacreditam das promessas e da ação de Deus em sua vida, a exemplo de Maria e Isabel. Façamos como Jesus e com Jesus a vontade do Pai, que volta para nós sua face e nos dá a vida.

PROFETAS DA ESPERANÇA
Eis que já estamos às vésperas de celebrarmos a festa do nascimento de Jesus. Neste último domingo do Advento, a liturgia da Palavra prepara nosso coração para participarmos da grande alegria do Natal. O motivo dessa alegria é a recordação de que Deus cumpre sua promessa, enviando a seu povo, tantas vezes oprimido, o instrumento de sua paz. A tradição cristã viu na missão dada ao chefe anunciado por Miquéias, a figura de Jesus. Identificou, assim, a parturiente com Maria (Mq 5,1). As Comunidades de hoje também são chamadas a serem profetas da esperança, comunicando ao mundo a paz e a vida plena.

JESUS, UM DE NÓS
Paulo, na passagem da Carta aos Hebreus que hoje meditamos, nos relembra que aquele menino, cujo nascimento celebraremos, é o Filho de Deus. Ele se tornou um de nós para oferecer ao Pai a consumação de seu plano de salvação. Jesus vem ao mundo para reestabelecer com sua entrega a vida e a comunhão quebradas.

Ele, com sua própria vida, oferece-nos de maneira consciente a capacidade de sermos também protagonistas de nossa salvação. Agora não são mais os sacrifícios e holocaustos que nos salvam, mas nosso engajamento e nosso esforço na construção do Reino de Deus (Hb 10,6). É nesse sentido que também podemos nos reconhecer como responsáveis pelo acontecimento no Natal, em nosso tempo e na vida de nossos irmãos.

AQUELA QUE ACREDITOU
No Evangelho vemos o encontro profético de duas mulheres grávidas: Maria, a virgem, e Isabel, a estéril. São duas inegáveis provas da grandeza e da força de Deus, que claramente se põe ao lado dos pequenos e humildes. Nos ventres das duas mulheres estão a esperança de um novo tempo e salvação do mundo. Isabel sente pular em seu ventre o filho que, como nós hoje, também se alegrou ao perceber que a vinda do Senhor estava próxima.

Isabel reconhece que aquilo foi possível porque Maria acreditou e aceitou a Palavra que lhe foi anunciada pelo anjo. A fé é entrega à Palavra que compromete por inteiro nossa vida. A partir do momento em que acreditamos e confiamos em Deus toda a nossa vida ganha um novo sentido, nos tornamos capazes de perceber e realizar coisas que nunca nos demos conta antes. Para Maria foi o fato de acreditar que mudou todas as coisas. É por isso que ela se tornou ícone para os crentes de todos os tempos, verdadeira mãe na fé.

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