Pe. Fábio Evaristo da
Silva, C.Ss.R.
Folheto Litúrgico Deus Conosco
R
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eunidos para a
Eucaristia, neste último domingo do Advento, somos convidados a abrir nosso
coração ao Príncipe da Paz, que está para chegar. É Jesus que vem ao nosso
encontro. Ele é Deus Conosco para iluminar nossa existência e trazer alegria
aos pobres que não desacreditam das promessas e da ação de Deus em sua vida, a
exemplo de Maria e Isabel. Façamos como Jesus e com Jesus a vontade do Pai, que
volta para nós sua face e nos dá a vida.
PROFETAS DA ESPERANÇA
Eis que já estamos
às vésperas de celebrarmos a festa do nascimento de Jesus. Neste último domingo
do Advento, a liturgia da Palavra prepara nosso coração para participarmos da
grande alegria do Natal. O motivo dessa alegria é a recordação de que Deus cumpre
sua promessa, enviando a seu povo, tantas vezes oprimido, o instrumento de sua
paz. A tradição cristã viu na missão dada ao chefe anunciado por Miquéias, a
figura de Jesus. Identificou, assim, a parturiente com Maria (Mq 5,1). As
Comunidades de hoje também são chamadas a serem profetas da esperança,
comunicando ao mundo a paz e a vida plena.
JESUS, UM DE NÓS
Paulo, na passagem
da Carta aos Hebreus que hoje meditamos, nos relembra que aquele menino, cujo
nascimento celebraremos, é o Filho de Deus. Ele se tornou um de nós para
oferecer ao Pai a consumação de seu plano de salvação. Jesus vem ao mundo para
reestabelecer com sua entrega a vida e a comunhão quebradas.
Ele, com sua própria
vida, oferece-nos de maneira consciente a capacidade de sermos também protagonistas
de nossa salvação. Agora não são mais os sacrifícios e holocaustos que nos
salvam, mas nosso engajamento e nosso esforço na construção do Reino de Deus
(Hb 10,6). É nesse sentido que também podemos nos reconhecer como responsáveis
pelo acontecimento no Natal, em nosso tempo e na vida de nossos irmãos.
AQUELA QUE ACREDITOU
No Evangelho vemos o
encontro profético de duas mulheres grávidas: Maria, a virgem, e Isabel, a
estéril. São duas inegáveis provas da grandeza e da força de Deus, que claramente
se põe ao lado dos pequenos e humildes. Nos ventres das duas mulheres estão a
esperança de um novo tempo e salvação do mundo. Isabel sente pular em seu
ventre o filho que, como nós hoje, também se alegrou ao perceber que a vinda do
Senhor estava próxima.
Isabel reconhece que
aquilo foi possível porque Maria acreditou e aceitou a Palavra que lhe foi
anunciada pelo anjo. A fé é entrega à Palavra que compromete por inteiro nossa
vida. A partir do momento em que acreditamos e confiamos em Deus toda a nossa
vida ganha um novo sentido, nos tornamos capazes de perceber e realizar coisas
que nunca nos demos conta antes. Para Maria foi o fato de acreditar que mudou
todas as coisas. É por isso que ela se tornou ícone para os crentes de todos os
tempos, verdadeira mãe na fé.
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