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primeira leitura nos fala
de como um rei estrangeiro, não pertencente ao povo judeu, recebe de Deus a
missão de salvá-lo.
Ciro, o rei persa, sente-se imbuído de justiça e realiza a missão
messiânica de libertar os judeus. Isso, à luz do Evangelho que veremos em
seguida, significou dar a Deus o que é de Deus, ou seja a seu Povo. Os judeus,
sendo libertados, poderão voltar para casa, para o Templo e, com mais
facilidade prestarão culto a Javé.
Deus é o Senhor da História, por isso pode tocar no coração de
quem não O conhece, para que exerça a missão confiada por Ele, na História da
Salvação.
No Evangelho, os judeus para apanharem Jesus em algum erro
desastroso, preparam-lhe uma armadilha. Seja qual for a resposta do Senhor, ele
se dará mal. Mas Jesus, conhecendo os corações das pessoas, intuiu a malícia e
devolveu a pergunta com outra, altamente inteligente, que eles poderão, caindo
na própria armadilha, só o perceberão depois.
Para os judeus, por causa da proibição de fazer imagem de criatura
alguma, a moeda com o retrato do imperador era uma transgressão, no entanto,
certamente por causa das necessidades econômicas, se esqueciam disso e a
utilizavam normalmente.
Jesus lhes pergunta de quem é a efígie, ou seja, quem está
retratado na moeda. Ingenuamente colocam a mão no bolso, tiram uma moeda e
dizem que o retrato é de César, do imperador. Ora, só o fato de trazerem
consigo um objeto, no caso a moeda, com o retrato de alguém, demonstra a
conivência deles em relação ao preceito de não fazer imagens ou outros objetos
que retratam criaturas. Jesus nada fala a esse respeito, pois o constrangimento
é geral.
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