sábado, 29 de novembro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 1º DOMINGO DO ADVENTO, ANO A – 30/11/2025

 

I

niciamos um novo ciclo na vida da Igreja: o Tempo do Advento. Este período, que culmina na celebração do Natal, não é apenas uma contagem regressiva para uma festa, mas um convite profundo à vigilância e à esperança em meio às distrações do nosso dia a dia.

As leituras do Primeiro Domingo do Advento (Ano A) nos oferecem um roteiro claro para este despertar espiritual, contrastando a sonolência do mundo com a urgência do Reino de Deus.

O Evangelho de Mateus utiliza a imagem perturbadora do dilúvio: "como nos dias de Noé [...] comiam, bebiam [...] e não perceberam nada". Jesus alerta que Sua vinda — seja no fim dos tempos, seja no fim de nossas próprias vidas — será súbita.

Esta passagem não busca nos amedrontar, mas nos fazer refletir: Com o que estamos realmente ocupados? Nossas rotinas diárias, embora necessárias, podem nos anestesiar para a realidade maior da nossa existência e do nosso destino eterno. A vigilância cristã não é ansiedade, mas sim uma prontidão alegre e consciente, que se manifesta em viver com propósito, amor e caridade agora, e não amanhã.

Em contrapartida à sobriedade do Evangelho, a profecia de Isaías nos inunda de esperança. Ele vislumbra um futuro glorioso onde as nações afluem ao monte do Senhor. O mais impactante é a imagem das armas de guerra transformadas em ferramentas de paz: "Transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices".

Este texto é um poderoso lembrete de que o Advento é um tempo de conversão ativa. Somos chamados a ser agentes dessa transformação, começando em nossos próprios corações e lares, buscando a paz onde há conflito e a justiça onde há opressão.

São Paulo na Carta aos Romanos é direto e pragmático: "Já é hora de despertar". Ele nos desafia a abandonar "as obras das trevas" (bebedeiras, desonestidade, ciúmes) e a "revestir-nos do Senhor Jesus Cristo".

O Advento é, essencialmente, uma "troca de roupa" espiritual. É deixar de lado o que nos afasta de Deus e do próximo, e assumir a identidade de Cristo.

 Neste Primeiro Domingo do Advento, a mensagem é clara: Acorde! O Senhor está vindo. Que aproveitemos este tempo para alinhar nossas vidas à esperança que celebramos. Que nossa vigilância se traduza em ações concretas de paz e nossa esperança nos inspire a "caminhar na luz do Senhor". É tempo de preparar o caminho, não apenas para o bebê na manjedoura, mas para o Cristo que vive e reina em nosso meio.

Mensagem do dia... 29/11/2025

 

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

FARTURA, SUCESSO E AMOR!

 

C

erta vez, um senhor, que morava na roça, ao sair de sua casa, viu três pessoas passando na estrada. Eram dois homens e uma mulher. Como estavam com aparência de cansados, o homem foi até eles e disse:

        - Entrem na minha casa. Assim vocês poderão tomar uma água e descansar um pouco.

Um deles respondeu:

- Acontece que só pode entrar um de nós. Qual o senhor convida?

O homem perguntou:

- Quem são vocês?

A mulher disse:

- Eu sou a fartura.

Um dos homens falou:

- Eu sou o sucesso.

E o outro:

- E eu sou o amor.

O homem ficou em dúvida. Convidar a fartura para sua casa seria ótimo. O sucesso, também. E o amor, nem se fala. Pediu licença aos três e entrou em casa para consultar a esposa.

Ela pensou, e disse:

- Convide o amor! Nossa casa cheia de amor ficará linda!

O homem voltou e convidou o amor para entrar.

Entretanto, olhando para trás, viu que os outros dois vinham também.

Então perguntou:

- Mas não era só um de vocês que poderia entrar?

Um deles respondeu:

- Se o senhor convidasse a fartura, só iria ela. Se convidasse o sucesso, os outros dois iriam embora. Mas quando alguém convida o amor, vamos nós três. O Amor nunca fica sozinho. Onde o Amor está presente, sempre haverá Fartura e Sucesso!

REFLEXÃO:

O amor é a base de todos os relacionamentos. As amizades e a família existem na presença do amor. Quando amamos com sinceridade, todos os problemas são resolvidos, as dificuldades diminuem. Quando nossa vida tem amor, sentimo-nos mais fortes, mais unidos, mais vivos!

O amor definitivamente nunca ficará só. Onde ele está, estão também a fartura, o sucesso e muitas outras maravilhas. Cultive o amor e você comprovará que isso é verdade!

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*Autor desconhecido.

Mensagem do dia... 26/11/2025

 

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Festa da Medalha Milagrosa começa nesta segunda no Aldebaran; programação segue até domingo.

A

 Paróquia de Santa Catarina Labouré, localizada no Aldebaran, em Maceió-AL, inicia nesta segunda-feira (24) as celebrações em homenagem a Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Com o tema "Mãe da Esperança e Peregrina na Fé", a festa promete uma semana de intensa programação religiosa e social, que se estende até o próximo domingo, dia 30 de novembro.

O evento, um dos mais tradicionais da região e que neste ano celebra o Ano Jubilar, tem à frente o pároco Padre Edvaldo Afrânio dos Santos. A programação diária inclui o Setenário da Medalha Milagrosa e a Santa Missa, com a participação de diversos celebrantes convidados.

DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO

As atividades têm início hoje, às 18h30, com o Setenário, seguido pelo hasteamento da bandeira da Paróquia às 19h10 e a primeira Santa Missa às 19h30, presidida pelo Padre Ernesto Amynthas.

Um dos pontos altos da festa será na próxima quinta-feira, 27 de novembro, data dedicada a Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Neste dia, ocorrerá a "Missa da Graça", um momento especial de bênção e distribuição das medalhas milagrosas aos fiéis.

No sábado (29), a missa das 17h30 será marcada pela instituição dos novos Ministros da Sagrada Comunhão Eucarística.

O encerramento, no domingo (30), contará com duas missas às 9h e 17h30 - seguida de uma procissão e a bênção do Santíssimo Sacramento.

PROGRAMAÇÃO SOCIAL E

SORTEIO Da MOTO

Além das celebrações religiosas, a festa também terá momentos de confraternização. Durante todos os dias, após as missas, haverá shows musicais e culturais, além de barracas de lanches com comidas típicas, cuja renda será revertida para as despesas do evento.

Para os fiéis que adquiriram o bilhete, o domingo será o dia do sorteio de uma moto zero quilômetro, que acontecerá após o encerramento da procissão e a bênção do Santíssimo.

A comunidade é convidada a participar e acolher Maria como Medianeira de todas as graças, acreditando que suas bênçãos continuam a ser derramadas sobre todos que a Ela recorrem com confiança, como revelado a Santa Catarina Labouré em 1830.

Mensagem do dia... 24/11/2025

 

sábado, 22 de novembro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA A SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO - ANO C - 23/11/2025

 

A

 reflexão litúrgica para a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, centra-se na realeza de Cristo, que não é de poder mundano, mas de amor, serviço e salvação, culminando no final do ano litúrgico.

A celebração convida a refletir que o Reino de Jesus é eterno e baseado na verdade e no amor, contrastando com os reinos terrenos. Isso implica um chamado para transformar nossas vidas, permitindo que Cristo reine em nossos corações, e não para buscar poder ou status mundanos.

A solenidade também destaca a importância do serviço ao próximo, refletido no Evangelho, que enfatiza a misericórdia e a acolhida aos necessitados como o verdadeiro critério do Reino.

O reino de Jesus não é deste mundo, o que significa que não se baseia em poder ou violência, mas em amor, verdade e serviço. É um reino que liberta e transforma a alma.

Celebrar Cristo como Rei exige que vivamos como cidadãos do seu Reino, permitindo que Ele reine em nosso coração, em nossa casa e em nossa vida. Isso implica viver a justiça, a verdade e a paz.

O Evangelho (do ano C, baseado em São Lucas) nos mostra que o Reino é construído por meio de corações que amam e vidas que servem, especialmente acolhendo os "menores" (os necessitados). Ajudar quem tem fome, sede, os que estão nus, doentes ou presos é servir o próprio Cristo.

A reflexão litúrgica do Ano C, que se concentra em Lucas, nos encoraja a não ficar presos a um passado de conformismo, mas a olhar para a frente, acolhendo os desafios e dons de Deus para o tempo presente, abrindo "um caminho no deserto".

A solenidade reafirma que Jesus é o centro e o Senhor de toda a criação, o princípio e o fim de todas as coisas, e que Seu reino é eterno.

A festa sublinha a dimensão escatológica de Cristo, o Rei que vem à plenitude na eternidade.

    Fé no poder transformador de Jesus: A liturgia nos lembra que a fé em Jesus não se prende ao passado, mas se fundamenta na esperança de Sua vitória, como a reflexão sobre a fé do bom ladrão, que reconhece que Jesus é um Rei de amor que nos acolhe e nos leva ao paraíso.

Mensagem do dia... 22/11/2025

 

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

FESTA DA MEDALHA MILAGROSA 2025, NO ALDEBARAN: "Mãe da Esperança e Peregrina na Fé!"

 

A

 Festa da Medalha Milagrosa na Paróquia de Santa Catarina Labouré, no Aldebaran, em Maceió-AL, transcende a simples celebração religiosa e se estabelece como um dos momentos mais significativos do calendário local. O evento, que homenageia Santa Catarina Labouré e Nossa Senhora das Graças, funciona como um poderoso acelerador de fé, união comunitária e expressão cultural da região.

Para os paroquianos, a Festa da Medalha Milagrosa é vista como uma oportunidade ímpar de renovação espiritual. Através de missas solenes, procissão e momentos de oração, os fiéis buscam aprofundar a espiritualidade, pedir graças e a intercessão da padroeira para questões pessoais, familiares, de saúde e trabalho. A vivência coletiva da fé proporciona um senso de pertencimento e fortalece os laços entre os membros da comunidade.

Do ponto de vista paroquial, o evento é estratégico para a evangelização e ação pastoral. A festividade serve como "porta de entrada" para reunir a comunidade em torno de um objetivo comum e manifestando a alegria cristã de forma vibrante.

Além do aspecto espiritual, a Festa da Medalha Milagrosa tem um papel crucial na integração social. As atividades, que frequentemente incluem quermesses com shows e apresentações culturais, promovem a interação entre famílias de diferentes setores da sociedade, reforçando a identidade cultural e social da paróquia. É um período em que a paróquia intensifica suas atividades, celebrando a vida da comunidade e a esperança de renovação.

A Festa da Medalha Milagrosa na Padroeira da Paróquia de Santa Catarina Labouré é uma expressão viva da religiosidade, combinando elementos tradicionais e religiosos que fortalecem a fé, promovem a solidariedade e celebram a identidade local.

A Festa da Medalha Milagrosa – Nossa Senhora das Graças e Santa Catarina Labouré tem início na segunda-feira, 24 de novembro e terá seu término no domingo, 30 de novembro. Diariamente de segunda a sexta-feira, haverá Missas às 19h30. No sábado, às 17h30 e no domingo, às 9h e 17h30. Após a última Missa, encerramento com a procissão pelas ruas próximas a Igreja Matriz.

A Paróquia de Santa Catarina Labouré tem como pároco o padre Edvaldo Afrânio dos Santos.


Mensagem do dia... 20/11/2025


sábado, 15 de novembro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C - 16/11/2025

 

A

 liturgia para o 33º Domingo do Tempo Comum foca na perseverança na fé diante das tribulações e a vigilância para o fim dos tempos.

O Evangelho de Lucas aborda a profecia da destruição de Jerusalém e os sinais que precedem o fim do mundo, exortando os fiéis a não se apavorarem e a permanecerem firmes em Cristo.

A reflexão também destaca a importância da responsabilidade pessoal e do trabalho no serviço da comunidade, como ensina a Segunda Leitura, e a necessidade de celebrar a justiça de Deus que julgará a terra com equidade, conforme o Salmo 97.

Jesus adverte sobre perseguições, guerras e desastres naturais, mas o convite principal é a manter a firmeza na fé, pois é através dessa perseverança que se ganha a vida.

Somos chamados a estar vigilantes e preparados para a vinda do Senhor, sem nos assustarmos com os sinais do fim, mas confiando que a história está sob o controle de Deus.

É fundamental não seguir aqueles que se aproveitam do nome de Jesus para enganar, como os que anunciam falsamente o "tempo próximo".

A reflexão enfatiza a importância do trabalho e da responsabilidade individual no serviço à comunidade, contrapondo-se à passividade.

Os momentos de perseguição e aflição se tornam ocasiões para dar testemunho da fé, confiando que Deus dará as palavras necessárias para resistir.

Apesar das dificuldades, o Salmo 97(98) convida a celebrar a justiça de Deus, que virá julgar a terra com equidade.

Mensagem do dia... 15/11/2025

 

sábado, 8 de novembro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA A FESTA DA DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DO LATRÃO – 09/11/2025

 

A

 reflexão litúrgica para a Festa da Dedicação da Basílica do Latrão foca em dois pontos principais: a Igreja como santuário de Deus e a centralidade de Cristo em nossas vidas.

Os textos bíblicos da celebração destacam que, enquanto a Basílica do Latrão é o símbolo da morada de Deus na terra, nós, como cristãos, somos o "santuário de Deus" onde o Espírito Santo habita. Portanto, somos chamados a construir nossas vidas sobre o único alicerce que é Jesus Cristo, buscando a santidade e agindo com caridade e justiça. 

As leituras, especialmente a segunda leitura de 1Coríntios, ressaltam que não somos apenas fiéis, mas o próprio santuário de Deus. Essa compreensão nos convida a viver de maneira digna da presença do Espírito Santo que habita em nós.

A festa nos lembra que Jesus Cristo é o alicerce da Igreja. É crucial que Ele ocupe o lugar central em nossas vidas e que não permitamos que outras coisas (como o lucro, a exploração ou outros "alicerces") o substituam.

Assim como o Apóstolo Paulo alerta, precisamos ter cuidado com o que construímos em nossas vidas, pois o único alicerce seguro é Cristo. Essa reflexão nos convida a examinar nossas atitudes e a viver de acordo com o Evangelho.

A Basílica do Latrão, como catedral de Roma, é um símbolo do testemunho da presença de Deus ao longo da história. Através dela, somos lembrados da união de todas as Igrejas e de nossa missão de sermos "morada de Deus" no mundo.

A reflexão pode culminar em um pedido ao Senhor para que sejamos guiados pelo Seu Espírito, traduzindo nossa fé em atitudes de encontro com o próximo, promovendo a paz e a justiça em nosso mundo.

Mensagem do dia... 08/11/2025

 

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

O PODER DA FÉ!

 

O

 poder da fé reside em ser um dom sobrenatural de Deus e o fundamento da vida cristã, que permite ao ser humano aderir-se livre e totalmente a Deus, alcançando a salvação e a capacidade de realizar a Sua vontade. 

A fé é a virtude teologal pela qual se crê em Deus e em tudo o que Ele revelou, e que a Igreja propõe a crer, baseando-se na confiança de que Deus não erra e não pode enganar.

A fé é essencial para a salvação, pois é o meio pelo qual os crentes se unem a Cristo e acolhem a graça redentora. O próprio Senhor afirmou: "Quem acreditar e for batizado salvar-se-á, mas quem não acreditar será condenado" (Mc 16, 16).

A fé viva se manifesta pela caridade (amor) e motiva o crente a conhecer e fazer a vontade de Deus, seguindo o exemplo de Cristo. Ela oferece uma estrutura moral e espiritual para enfrentar os desafios da vida.

A fé tem o poder de transformar realidades e superar obstáculos. Pela fé, milagres podem acontecer, pois ela "desencadeia" a graça e abre a mente ao mistério de Deus. Como a Escritura afirma, se houver fé, será possível "fazer tudo quanto me parecer conveniente" (Morôni 7:33, citado em 1.1.6, 1.3.3).

Sendo um dom sobrenatural, a fé requer o auxílio interior do Espírito Santo para ser cultivada e fortalecida na vida do crente.

A fé não é apenas um ato individual, mas também um ato eclesial. A fé da Igreja (presente na Escritura, Tradição e Magistério) precede, gera e sustenta a fé pessoal, oferecendo uma âncora contra dúvidas.

A fé católica se baseia em um só Deus em três pessoas (a Santíssima Trindade), na crença em Jesus Cristo como Filho de Deus, que morreu e ressuscitou para a salvação da humanidade. Os católicos seguem os ensinamentos de Cristo, expressos nos mandamentos e no amor ao próximo, e a Igreja é vista como a continuação da comunidade cristã primitiva fundada por Ele. Os sacramentos, como o Batismo e a Eucaristia, são centrais, e a fé é guiada pela Sagrada Escritura, a Tradição e o Magistério da Igreja.

Os católicos vivem sua fé seguindo os ensinamentos de Cristo, expressos principalmente nos mandamentos e no mandamento novo do amor ao próximo.

  Fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja Católica é a continuação da igreja primitiva e tem como missão a guarda e transmissão da fé.

   No Brasil, a Igreja Católica chegou com os portugueses em 1500 e desempenhou um papel central na evangelização e formação de instituições.

Mensagem do dia... 05/11/2025

 

sábado, 1 de novembro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA A COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS – 02/11/2025

 

A

 liturgia da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, neste 2 de novembro de 2025, nos convida a meditar sobre a morte com o olhar da fé e da esperança, que têm seu fundamento na ressurreição de Jesus Cristo.

As leituras bíblicas escolhidas para este dia nos ajudam a ver a morte não como um ponto final, mas como uma passagem para o encontro definitivo com Deus. As leituras oferecem uma rica fonte de reflexão sobre a vida eterna e a vitória de Cristo sobre a morte.

Na Primeira Leitura (Jó 19,1.23-27a), o livro de Jó, no Antigo Testamento, nos apresenta um clamor de fé em meio ao sofrimento extremo. Jó, mesmo na dor e na injustiça, manifesta sua profunda certeza na ressurreição: "Eu sei que o meu Redentor está vivo e, por fim, se levantará sobre a terra". Sua fala representa a esperança de todos que enfrentam as perdas da vida sem perder a confiança em Deus, que é Senhor da vida e da morte.

Na Segunda Leitura (1Cor 15,20-24a.25-28), São Paulo, na sua carta aos Coríntios, explica que a morte de Adão trouxe a morte para todos, mas a ressurreição de Cristo trouxe a vida eterna para todos os que creem. Cristo é as "primícias dos que morreram", o que significa que ele é o primeiro a ressuscitar para a vida plena, garantindo a mesma esperança para os fiéis. Ao final, Cristo destruirá o último inimigo, a morte, para que Deus seja tudo em todos.

No Evangelho (Lc 12,35-40), Jesus nos exorta a estar vigilantes, como servos que esperam seu senhor voltar de uma festa de casamento. A vigilância, aqui, não é um medo, mas uma atitude de vida com sentido e propósito, vivendo como quem crê na eternidade. O Senhor virá em hora inesperada, mas os servos que forem encontrados acordados serão felizes e serão servidos por ele.

A celebração dos fiéis defuntos não é apenas um dia de saudade, mas um convite a renovar a fé na vitória de Cristo. A Igreja, ao longo de sua história, cultiva a memória dos que já partiram, visitando seus túmulos e oferecendo orações por eles.

A reflexão neste dia nos lembra que a nossa existência é frágil e necessita da graça divina. Rezamos em comunhão com aqueles que já se foram, fortalecendo a esperança na ressurreição e na vida eterna.

A fé nos ensina que podemos ser úteis aos que já faleceram por meio da oração, pedindo a Deus que os acolha em sua glória. Além disso, a vida é uma preparação para o encontro final com Deus, e a maneira como vivemos importa. Somos chamados a viver como ressuscitados, transformando o luto em compromisso de vida, fidelidade e solidariedade, mantendo as lâmpadas acesas até a vinda do Senhor.

Nesta solenidade, somos desafiados a refletir sobre a própria mortalidade e a viver com a certeza de que a morte não tem a última palavra. A ressurreição de Cristo transforma o medo da morte em esperança e a saudade em uma memória que se nutre da oração. A vida, como dizia São Josemaria Escrivá, é uma viagem e a morte, uma passagem para o último e definitivo encontro com Deus.


REFLEXÃO LITÚRGICA PARA A SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS – 01/11/2025

 

A

 reflexão para a Solenidade de Todos os Santos em 2025 foca na santidade como um chamado a todos, exemplificado pelos Santos que vivem as Bem-aventuranças, especialmente sendo "pobres em espírito" e "perseguidos por causa da justiça". A celebração nos lembra que a santidade é um processo de transformação pela graça de Deus e que os Santos, conhecidos e desconhecidos, são modelos e intercessores em nossa jornada para a eternidade.

No Evangelho (Mateus 5, 1-12a), as Bem-aventuranças são a essência da santidade, mostrando que a verdadeira felicidade está em viver uma vida segundo os valores do Reino de Deus, mesmo em meio às dificuldades. A santidade não é para os perfeitos, mas para os que buscam a justiça, a misericórdia e a paz, e que se alegram mesmo quando são perseguidos por causa de Jesus.

Na Primeira Leitura (1João 3,1-3), somos chamados de "filhos de Deus" e essa identidade é o presente mais valioso que recebemos. Embora nossa santidade plena ainda não tenha se manifestado, sabemos que, ao vermos Jesus, seremos semelhantes a Ele. Essa esperança nos purifica e nos motiva a viver de forma digna de nossa filiação divina.

Na Segunda Leitura (Apocalipse 7, 9-17), a visão de uma multidão inumerável de todas as nações no céu, em constante louvor a Deus, representa a Igreja triunfante. Ela nos mostra o resultado de viver as Bem-aventuranças e reforça a ideia de que a santidade é o destino final de todos os que seguem Cristo, um banquete celeste de alegria e paz.

Irmãos e irmãs, a festa de Todos os Santos não celebra apenas os Santos canonizados, mas todos os fiéis, conhecidos e desconhecidos, que vivem o Evangelho em seu dia a dia.

Os Santos servem como modelos de perseverança em suas diferentes vocações e situações de vida, mostrando que a santidade é uma jornada contínua e realizável para todos.

A certeza de que somos filhos de Deus e de que um dia seremos semelhantes a Ele nos motiva a viver a santidade aqui e agora, com a graça de Deus.

A celebração reforça a nossa união com os Santos do céu, que intercedem por nós e nos dão força e inspiração para continuarmos nossa caminhada de fé.

A vida dos Santos é um convite a imitar suas virtudes na vida cotidiana, através de pequenos atos de bondade, paciência, compaixão e perdão, buscando a perfeição do amor.

Mensagem do dia... 01/11/2025

 

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

HALLOWEEN É INAPROPRIADO PARA A FÉ CRISTÃ

 

A

 Igreja Católica se opõe à prática do Halloween por considerar que ela celebra e banaliza temas como a morte, o medo e o mal, o que conflita com a sua doutrina. A Igreja entende que essa festividade pode ter impactos negativos, especialmente em crianças, e incentiva alternativas que promovam a virtude, a luz e a fé cristã. 

    A tradição do Halloween tem raízes em costumes pagãos celtas, que incluíam rituais para afastar espíritos e celebrar o início do inverno, associados à morte e ao sobrenatural. A Igreja vê isso como um afastamento das crenças cristãs. 

    Os símbolos e temas do Halloween, como fantasmas, monstros e bruxaria, são vistos como contrários à fé cristã, que prega o amor, a luz, o poder de Deus e a vitória sobre o mal. 

    A Igreja condena a celebração de coisas assustadoras, pois o medo não vem de Deus, que nos deu um espírito de poder e amor, e não de medo. 

      A festa pode distorcer realidades sérias como a morte e os demônios, e introduzir o imaginário infantil a conteúdos negativos. Em vez disso, a Igreja prefere incentivar o imaginário das crianças com temas edificantes e positivos, como os santos e a criação de Deus. 

    Há preocupações de que a festa possa ser vista como uma forma de fazer apologia ao mal ou aos maus espíritos. Relatos de exorcistas apontam que o contato com as práticas pagãs do Halloween pode ter consequências espirituais negativas. 

       A data de 31 de outubro é a véspera do Dia de Todos os Santos (1º de novembro), uma festa litúrgica católica que celebra todos os santos. Historicamente, o Halloween, ou "All Hallows' Eve", pode ser visto como a preparação para esta festa. 

    A Igreja propõe que a data seja usada para celebrar a luz de Cristo e a vitória dos santos sobre o mal, em vez de temas ligados às trevas. 

    Os festejos de Halloween merecem o repúdio de todos os cristãos, devido às suas origens pagãs e símbolos inapropriados para a fé cristã.

Mensagem do dia... 31/10/2025

 

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

DOM LUCAS MOREIRA NEVES: UM PASTOR E PROFETA PARA O NOSSO TEMPO

Cardeal Lucas Moreira Neves

Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro, RJ

A

o comemorarmos no dia 10 de outubro, o centenário de nascimento do Eminentíssimo Cardeal Lucas Moreira Neves, OP, recordamos a trajetória de um homem cuja vida se confunde com a história da Igreja no Brasil e do mundo na segunda metade do século XX. Refletimos sobre a vida de um pastor zeloso, um intelectual de fina argúcia e um homem de fé inabalável. Sua voz ressoou dos púlpitos da Bahia aos corredores da Cúria Romana, sempre em defesa da verdade do Evangelho e da dignidade do ser humano.

Nascido em São João del-Rei, Minas Gerais, no seio de uma família onde a cultura e a fé se entrelaçavam, o jovem Luís Moreira Neves sentiu cedo o chamado à vida religiosa. Seu pai era bibliotecário e músico e sua mãe, professora primária. A vocação o conduziu à Ordem dos Pregadores, os Dominicanos, onde, agora como Frei Lucas, forjou sua identidade espiritual e intelectual. Encontrou a harmonia entre a contemplação e a pregação, ideal de São Domingos de Gusmão. Essa formação, aprofundada na França, berço da Ordem, marcou indelevelmente seu ministério e lhe conferiu uma sólida base teológica e uma abertura ao diálogo com o pensamento contemporâneo.

Seu retorno ao Brasil foi o início de uma intensa atividade pastoral e intelectual. Como sacerdote, dedicou-se com especial carinho à juventude, atuando como assistente da Juventude Estudantil Católica (JEC) e da Juventude Universitária Católica (JUC). Ele compreendia os anseios, as dúvidas e o potencial dos jovens, buscando apresentar-lhes um Cristo vivo e relevante. Dedicou-se também à Pastoral Familiar através do MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO (MFC), consciente de que a família é o santuário da vida e a primeira escola da fé. Seu trabalho como diretor da revista “Mensageiro do Santo Rosário” por oito anos revela seu empenho em utilizar os meios de comunicação como ferramentas de evangelização.

Chamado ao episcopado por São Paulo VI foi sagrado Bispo Auxiliar de São Paulo em 1967, num período de grandes transformações sociais e eclesiais, Dom Lucas colocou-se a serviço da vasta arquidiocese paulistana. Ali, foi vigário episcopal para a Pastoral da Família e para os Meios de Comunicação Social, áreas que sempre lhe foram caras. Sua sensibilidade pastoral e sua capacidade de diálogo foram dons preciosos em um tempo de tensões e desafios.

Sua competência e fidelidade à Igreja o levaram a Roma, onde serviu aos Papas São Paulo VI e São João Paulo II. No Vaticano, foi nomeado Vice-Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, um campo pastoral que conhecia profundamente. Posteriormente, como Secretário da Congregação para os Bispos, teve a delicada missão de colaborar com o Santo Padre na escolha dos pastores para as dioceses do mundo inteiro. Este período em Roma ampliou sua visão da Igreja universal e aprofundou seu amor e serviço ao Sucessor de Pedro.

Em 1987, São João Paulo II o nomeou Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil. Na Sede Primacial, Dom Lucas exerceu seu ministério episcopal com a autoridade de um pai e a sabedoria de um mestre. Sua chegada a Salvador foi um marco, e sua atuação pastoral se mostrou intensa e multifacetada. Ele compreendia a riqueza da cultura e da religiosidade do povo baiano, buscando inculturar o Evangelho com discernimento e zelo pela sã doutrina. Como pastor, estava atento às necessidades espirituais e materiais de seu rebanho, especialmente dos mais pobres e dos "meninos de rua", uma preocupação que manifestou em diversas ocasiões.

Criado Cardeal em 1988, sua voz ganhou ainda mais ressonância. Presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 1995 a 1998, período em que trabalhou incansavelmente pela comunhão do episcopado brasileiro e pelo fortalecimento da missão evangelizadora da Igreja no país. Sua gestão foi marcada por um profundo senso de eclesialidade e fidelidade ao magistério. Buscou sempre a unidade na diversidade e a superação de polarizações. Sua participação nas Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano, como em Medellín e Puebla, demonstra seu compromisso com os rumos da Igreja no continente da esperança.

A vida de Dom Lucas foi um contínuo serviço à Palavra de Deus. Intelectual de renome e membro da Academia Brasileira de Letras, soube como poucos aliar a profundidade do pensamento à clareza da comunicação. Seus inúmeros artigos, publicados nos principais jornais do país, e seus livros são um testamento de sua capacidade de traduzir as verdades da fé para a linguagem do homem contemporâneo. Não temia abordar temas complexos da atualidade e oferecia sempre a luz do Evangelho como critério de discernimento. Em seus escritos, encontramos a reflexão de um teólogo, a preocupação de um pastor e a alma de um poeta.

Seu lema episcopal, “Veritatem in Caritate” (A Verdade na Caridade), resume a essência de seu ministério. Para Dom Lucas, a verdade do Evangelho não podia ser anunciada sem o bálsamo da caridade. A caridade, para ser autêntica, devia estar alicerçada na verdade revelada por Cristo. Foi um defensor intrépido da verdade, mas sua firmeza era sempre acompanhada pela mansidão e pela compaixão de um pastor que busca a ovelha perdida.

A amizade e a profunda sintonia espiritual com São João Paulo II marcaram os últimos anos de sua vida. Chamado novamente a Roma em 1998 para assumir o cargo de Prefeito da Congregação para os Bispos, colocou sua vasta experiência a serviço da Igreja universal. Sua renúncia em 2000, por motivos de saúde, foi aceita com pesar pelo Santo Padre, que em carta destacou seu “devotamento ao Papa, à Igreja e às almas”.

Ao comemorar o centenário de seu nascimento, a Igreja no Brasil eleva a Deus um hino de ação de graças pela vida e pelo testemunho do Cardeal Lucas Moreira Neves. Ele foi um homem de Deus, um pastor que amou a Igreja com paixão e a serviu com total dedicação. Seu legado espiritual, pastoral e intelectual continua a inspirar as novas gerações. Que seu exemplo de fidelidade a Cristo e de amor à Igreja nos impulsione a sermos também nós, no nosso tempo, testemunhas da “Verdade na Caridade”.