domingo, 9 de março de 2025
sábado, 8 de março de 2025
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 1º DOMINGO DA QUARESMA – 09/03/2025
Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News
I |
niciamos
nosso tempo quaresmal com a reflexão sobre a gratidão a Deus pelos frutos
recebidos, expressada pela restituição ao Senhor, através de seus pobres, das
primícias dos frutos do trabalho. Essa atitude reconhecedora de que tudo o que
temos vem de Deus, reafirma nossa absoluta dependência d'Ele.
No
passado, as primícias eram entregues aos representantes de Deus: os levitas, os
estrangeiros, os órfãos, as viúvas, enfim a todos aqueles que não possuíam
terras, que eram socialmente pobres.
Não
basta a profissão de fé, mas é imperiosa a solidariedade e a generosidade em
favor dos necessitados. Reconheço a bondade de Deus, sua generosidade para
comigo, partilhando com os pobres o que d’Ele recebi.
O
Evangelho nos fala das tentações a que o ser humano é exposto. Lucas nos mostra
Jesus, o Homem por excelência, vivenciando essas tentações e saindo imune
dessas ações demoníacas.
A
primeira tentação é em relação à comida, à subsistência. Todos precisamos nos
alimentar para viver. Todavia Jesus passa um longo tempo sem se alimentar e,
apesar da fome, não dá vazão aos apelos do próprio corpo para que se alimente e
se mantém fiel a Deus.
Se
tivesse usado seus poderes para saciar suas necessidades, teria sido um
vencedor aos olhos do mundo, mas um derrotado aos olhos do Pai. Jesus rebate o
Mal com um pequeno texto da Sagrada Escritura: “Não só de pão viverá o
homem!”
Somente
aquele que considera sua vida à luz da Palavra de Deus está em condições de
atribuir às realidades terrenas seu exato valor!
A
segunda tentação está voltada ao modo de nos relacionarmos com as pessoas.
Somos levados a uma escolha entre dominar ou servir, competir ou solidarizar,
explorar ou disponibilizar-se. O intelectual, o rico, o mais forte, todos esses
podem se transformar em opressores daqueles que não tiveram oportunidades.
Onde
quer que se espezinhe a dignidade humana, aí entra a lógica do diabo. Para
Jesus, grande não é o bem-sucedido, aquele perante a quem o mundo se ajoelha,
mas aquele que se ajoelha para lavar os pés do irmão mais pobre.
A
terceira tentação, a que deturpa o relacionamento entre o homem e Deus. Satanás
usa a palavra de Deus, o famoso “Está escrito ...” para desviar Jesus do caminho. Com isso o Mal
corrói os fundamentos da relação com Deus. Colocar Deus à prova, incutir no ser
humano a dúvida quanto à fidelidade do Senhor, fazer o homem desejar ter provas
da existência e da bondade do Pai. Jesus se mantêm firme em toda e qualquer
situação, inclusive no momento final da grande provação, a da agonia no horto e crucifixão.
Somos
tentados cotidianamente e o seremos também no final de nossa vida, como foi o
Mestre.
A
segunda leitura nos alenta diante desses espinhos diários, Diz-nos o Apóstolo: “Se,
pois, com tua boca confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que
Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo!” As obras só têm valor em virtude da união com
Cristo. É ele quem dá a dimensão transformadora dos bens materiais em
espirituais.
Nossa
relação com Deus é expressada em relacionamentos fraternos com os homens e no bom uso dos bens materiais. Se formos
livres, já ressuscitados, a maturidade espiritual falará mais alto, mas se
formos imaturos, escravos de nossos desejos, o egocentrismo ditará nossas
escolhas.
Que esta Quaresma, tempo de conversão, seja uma caminhada feliz, alegre que purifique e intensifique nosso relacionamento com Deus!
sexta-feira, 7 de março de 2025
quinta-feira, 6 de março de 2025
quarta-feira, 5 de março de 2025
QUARTA-FEIRA DE CINZAS, INÍCIO DO TEMPO DA QUARESMA
Dom Sérgio Manuel Ribeiro Dinis
Bispo Ordinário Militar de Portugal
A |
cada ano, na QUARTA-FEIRA DE CINZAS,
os católicos iniciam o tempo da QUARESMA, tempo no qual a liturgia da Igreja Católica
nos convida a uma reflexão e atuação sobre as nossas vidas, sobre o seu
sentido, a sua origem, a sua missão, o seu destino último.
Trata-se,
portanto, de um tempo forte para a conversão que, em teologia e vida cristã,
significa uma adequação de nosso ser, existir e atuar à própria vida de Jesus
Cristo, ao seu evangelho, aos seus valores, às suas convicções, à sua proposta
de vida: gastar a vida ao serviço do evangelho, ou seja, a favor dos outros,
especialmente dos mais necessitados, para obter a vida eterna, a vida feliz, a
vida plena.
Por
isso, a Quaresma é um caminho bíblico, pastoral, litúrgico e existencial, para
cada crente, pessoalmente, e para a comunidade cristã em geral, que começa com
as cinzas e conclui com a noite da luz, a noite do fogo e da luz: a noite santa
da Páscoa de Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A
Quaresma simboliza, assinala e recorda um passo, uma Páscoa, um itinerário a
seguir de maneira permanente: a passagem do nada à existência, das trevas à
luz, da morte à vida, do insignificante à vida abundante em Deus, por meio de
seu Filho Jesus Cristo. E é que converter-nos significa destruir, abandonar,
queimar, tornar cinzas o homem velho, o homem-sem-Cristo, para revestir-nos do
homem novo, o homem-no-espírito, que é fogo novo no mundo.
Na
Quarta-Feira de Cinzas, enquanto o sacerdote impõe as cinzas ao penitente, diz
estas duas expressões alternadamente: "Convertei-vos e acreditai no Evangelho" e/ou "Lembra-te, que és pó e ao pó hás de voltar". Sinal e palavras que expressam
a nossa condição de criaturas, a nossa absoluta dependência de Deus, o nosso
peregrinar rumo a uma pátria definitiva, a nossa caducidade…
A
Quarta-Feira de Cinzas em particular e a Quaresma em geral, são um tempo
litúrgico e um convite a voltar nosso olhar e vida para Deus e aos princípios
do Evangelho. Assim, se a Quaresma é tempo para a conversão, para melhorar no
processo de humanização pessoal e comunitário, então a Quaresma coincide com a
própria vida de todo crente, com o ser e missão de toda a Igreja e com a
vocação da comunidade humana inteira.
A
Quaresma é um convite a mudar aquilo que temos de mudar, na busca de ser melhor
e mais feliz, um convite a construir em vez de destruir e a olhar e voltar para
formas de vida mais justas, mais solidárias, mais humanas. A Quaresma é um
convite a buscar diligentemente novas formas de ser e fazer Igreja, sendo
melhores e mais autênticos discípulos do Crucificado Ressuscitado.
O
tempo litúrgico da Quaresma, como a nossa própria existência, é percorrido com
o olhar dirigido para a Páscoa da Ressurreição e para a Páscoa definitiva em
Deus. Páscoa de vida abundante que se opõe a toda forma de discriminação e de
envelhecimento do ser humano, da sua dignidade, a toda forma de atropelo e
violência, a toda forma de mentira, maldade e morte, a toda forma de corrupção
e divisão, a toda forma de marginalização e opressão. Porque a Páscoa, como
ponto de chegada, cume e superação da Quaresma, é absoluta novidade de vida, da
vida abundante que Deus nos oferece e à qual Deus nos convida neste tempo e em
todo momento.
terça-feira, 4 de março de 2025
segunda-feira, 3 de março de 2025
CAFÉ DA MANHÃ É A REFEIÇÃO MAIS IMPORTANTE DO DIA
T |
odo mundo
já está cansado de saber que o café da manhã é a refeição mais importante do
dia. Este é o momento em que o seu organismo mais necessita de alimentos
saudáveis para adquirir força e resistência para encarar, sem restrições,
qualquer que seja a sua rotina. Mas, parece que muitas pessoas ainda não estão
levando o assunto a sério, o que, além de prejudicar a saúde, pode levar ao
ganho de peso. O mais alarmante é que cada vez mais, crianças e adolescentes
vêm adquirindo o hábito de pular o café da manhã, muito provavelmente
influenciados pelos péssimos hábitos dos pais.
"Sem comer pela manhã, as pessoas
chegam ao lanche do intervalo da escola, da faculdade ou do trabalho com fome e
abusam de alimentos calóricos, ricos em gorduras e carboidratos. Isso
condiciona o organismo de maneira errada. O ideal é se alimentar a cada três
horas, de forma equilibrada", alerta a nutricionista Adriane Alves
Marchisete, do Hospital Infantil Sabará (SP).
O
café da manhã é o momento ideal para que sejam consumidas fibras, através da
ingestão de cereais, frutas frescas e sucos naturais. De acordo com a
especialista, as fibras são essenciais para manter o bom funcionamento do
intestino e evitar problemas de constipação.
A
nutricionista Adriane Alves Marchisete ainda lembra que esta refeição é também
um momento oportuno para ingestão de leite e seus derivados, fontes de cálcio e
vitamina D: "O cálcio é essencial para a formação dos ossos e prevenção
de osteoporose. Já a vitamina D auxilia na absorção deste nutriente".
Porém, cuidado com o abuso! Durante o café da manhã devem ser ingeridas 25% das
calorias que serão consumidas ao longo de todo o dia.
Muita
gente não sabe, mas, ao dormir, o nosso organismo precisa gastar energia para
manter as suas funções básicas, como controle cardíaco, respiração, equilíbrio
de temperatura, dentre outros. Algumas pesquisas sobre o assunto revelaram até
que deixar de comer durante as primeiras horas do dia pode afetar a capacidade
de concentração do indivíduo. Ou seja, ele rende menos do que poderia nas suas
tarefas diárias. Por isso, ao acordar, não deixe de tomar um belo café da
manhã!
O QUE NÃO PODE FALTAR NO SEU CAFÉ DA MANHÃ
-
LEITE. De preferência o desnatado, que tem menos quantidade de gorduras.
-
CEREAIS. Prefira os que não têm adição de açúcar e coma-os misturados a
iogurtes e frutas.
-
FRUTAS. Escolha as mais leves. Maçã, mamão, melão...
-
SUCOS. Prefira os naturais. Hoje, existem diversas marcas no mercado
que, certamente, facilitam a nossa rotina. Mas, nada melhor do que um suco
preparado na hora.
-
PÃES E BISCOITOS. Nada de consumir em excesso! Além disso, você deve
preferir as versões integrais.
domingo, 2 de março de 2025
sábado, 1 de março de 2025
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 8° DOMINGO DO TEMPO COMUM – 02/03/2025
Cardeal Orani João
Tempesta
Arcebispo do Rio de
Janeiro - RJ
C |
elebramos
neste domingo o 8º do Tempo Comum. Na próxima terça-feira, o Tempo Comum fará
uma pausa, e, na Quarta-Feira de Cinzas, iniciaremos o Tempo da Quaresma. O
Tempo Comum retomará após a Solenidade de Pentecostes e permanecerá até o fim
do ano litúrgico, na Solenidade de Cristo Rei do Universo.
A
liturgia de hoje nos diz que, antes de olharmos o erro do outro e buscarmos
corrigi-lo, temos que observar como está a nossa vida, olhar primeiramente os
nossos atos para depois corrigir o outro. Infelizmente, no mundo de hoje,
muitas pessoas são muito boas para apontar o dedo para o outro e indicar-lhe
seus defeitos, mas essa pessoa que faz isso não olha primeiro para o seu
interior. Portanto, irmãos, olhemos antes para nós do que para os outros.
A
primeira leitura da missa deste domingo é do livro do Eclesiástico (Eclo
27,5-8). Esse trecho do livro do Eclesiástico nos diz para tomarmos cuidado
antes de elogiarmos alguém, pois observaremos os defeitos dessa pessoa quando a
ouvirmos falar. Procuremos não fazer elogios antes de conhecer alguém
profundamente, pois a nossa confiança, em primeiro lugar, deve estar em Deus.
Até
mesmo dentro da comunidade, no trabalho, na escola ou no bairro, antes de
elogiarmos alguém ou de expormos a nossa vida para alguém que não conhecemos,
procuremos primeiro conhecer essa pessoa, criar uma intimidade com ela e
ouvi-la antes de falarmos de nós.
O
Salmo responsorial é o 91(92), que diz em seu refrão: “Como é bom
agradecermos, agradecermos ao Senhor!” Sejamos sempre gratos ao Senhor por
tudo de bom que acontece em nossa vida e por aquilo que não seja tão bom
também. O Senhor saberá conduzir a nossa vida, por isso, procuremos trilhar o
caminho da justiça e da paz para que as coisas boas aconteçam em nossa vida e
sejamos merecedores da vida eterna.
A
segunda leitura da missa deste domingo é da primeira carta de São Paulo aos
Coríntios (1Cor 15,54-58). Nesse trecho da leitura, Paulo vai dizer que
a vida venceu a morte, ou seja, a vida não termina aqui, mas continua na vida
eterna. Por mais que o corpo mortal se corrompa, a nossa alma, com o corpo
glorioso, vai para junto de Deus. Tudo aquilo que passamos nesta vida, tanto as
dores como as alegrias, serão levados em conta na vida eterna. Por isso,
trilhemos o caminho da justiça, respeitando e amando os nossos semelhantes.
Tenhamos a certeza de que, ao final da nossa vida terrena, seremos merecedores
da vida eterna e que tudo aquilo que passamos aqui será recompensado.
O
Evangelho da missa deste domingo é de Lucas (Lc 6,39-45). Nesse trecho
do Evangelho, Lucas narra um ensinamento de Jesus, dizendo que, antes de
querermos corrigir o nosso semelhante, temos que analisar os nossos próprios
erros. Infelizmente, no mundo de hoje, muitos querem apontar o dedo para os
defeitos dos outros, julgar ou condenar o próximo, mas, muitas vezes, aqueles
que fazem isso têm “pecados” piores.
Portanto,
antes de corrigirmos alguém, vejamos as nossas atitudes e se elas condizem com
aquilo que nos diz o Evangelho ou com aquilo pelo qual estamos corrigindo o
próximo. Somente Deus pode julgar o outro; é a consciência dele com Deus que
fará com que durma ou não tranquilamente. Que cada um de nós possa produzir
frutos bons de justiça, paz, amor e misericórdia e que não sejamos árvores
secas, mas árvores verdes que produzam bons frutos e, dessa forma, possam
ajudar o próximo.
Que
possamos tirar palavras boas do nosso coração, palavras que confortem o
próximo, e não palavras más que o destrua. Em nosso coração deve estar aquilo
que recebemos da Palavra de Deus, e o que recebemos da Palavra devemos
transmitir ao próximo. Agora, se não guardarmos no coração aquilo que recebemos
da Palavra, não transmitiremos ao próximo palavras boas.
Celebremos
com alegria este 8º Domingo do Tempo Comum, e que possamos confiar somente em
Deus. Antes de corrigirmos o próximo, verifiquemos se as nossas atitudes
condizem com as do Evangelho. Sejamos ainda como árvores verdes que produzam
bons frutos e que ajudem o próximo a seguir no caminho do bem. Sejamos homens e
mulheres bons, e que possamos produzir palavras que edifiquem o nosso irmão.