domingo, 8 de março de 2015

Liturgia do 3º Domingo da Quaresma - 08/03/2015


 3º DOMINGO DA QUARESMA

PRIMEIRA LEITURA (Êx 20,1-3.7-8.12-17)

Leitura do Livro do Êxodo:
Naqueles dias, 1Deus pronunciou todas estas palavras:

2Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou do Egito, da casa da escravidão.

3Não terás outros deuses além de mim.

7Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não deixará sem castigo quem pronunciar seu nome em vão.

8Lembra-te de santificar o dia de sábado.

12Honra teu pai e tua mãe, para que vivas longos anos na terra que o Senhor teu Deus te dará.

13Não matarás.

14Não cometerás adultério.

15Não furtarás.

16Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.

17Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

RESPONSÓRIO (Sl 18)

— Senhor, tens palavras de vida eterna.

— A lei do Senhor Deus é perfeita,/ conforto para a alma!/ O testemunho do Senhor é fiel,/ sabedoria dos humildes.

— Os preceitos do Senhor são precisos,/ alegria ao coração./ O mandamento do Senhor é brilhante,/ para os olhos é uma luz.

— É puro o temor do Senhor,/ imutável para sempre./ Os julgamentos do Senhor são corretos/ e justos igualmente.

— Mais desejáveis do que o ouro são eles,/ do que o ouro refinado./ Suas palavras são mais doces que o mel,/ que o mel que sai dos favos.

SEGUNDA LEITURA (1Cor 1,22-25)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 22Os judeus pedem sinais milagrosos, os gregos procuram sabedoria; 23nós, porém, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos.

24Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, esse Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus.

25Pois o que é dito insensatez de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é dito fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

EVANGELHO (Jo 2,13-25)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

13Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 14No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!”

17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”.

18Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?”

19Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei”.

20Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?”

21Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. 22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.

23Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome. 24Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; 25e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!

HOMILIA
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília

A Liturgia da Palavra motiva e orienta a nossa vivência do Tempo da Quaresma, em preparação à Páscoa. Na narrativa do Evangelho proclamado (Jo 2,13-25), podemos destacar dois aspectos.

O primeiro é o zelo pela casa do Senhor, demonstrado por Jesus, ao expulsar do templo de Jerusalém os vendedores e os cambistas que lá estavam transformando-o em uma casa de comércio (Jo 2,16). Jesus restaura, assim, o verdadeiro sentido do templo. Os templos de hoje também devem ser espaços privilegiados de encontro pessoal e comunitário com Deus, por meio da oração e das celebrações litúrgicas. Ninguém pode deturpar o sentido do templo, por interesses políticos ou econômicos.

O segundo aspecto se refere à morte e ressurreição de Jesus, tema de especial importância neste tempo quaresmal. Diante do pedido de um sinal, Jesus fala da sua ressurreição. O próprio texto joanino esclarece que Jesus, ao falar em destruir e reconstruir o templo em três dias, estava falando do templo do seu corpo (Jo 2,20), acrescentando que mais tarde, os discípulos se lembraram disso e acreditaram na Palavra dele (Jo 2,22). O corpo ressuscitado de Jesus é o novo templo. Assim sendo, a resposta ao sinal pedido pelo povo é a própria ressurreição de Jesus que supera, em muito, o sinal representado pelo majestoso templo de Jerusalém.

Neste 3º Domingo da Quaresma, nós rezamos o Salmo 18, reconhecendo que o Senhor tem palavras de vida eterna. Tais palavras se encontram resumidas no Decálogo, recordado na primeira leitura, conforme o livro do Êxodo. Os Dez Mandamentos se situam no contexto do Êxodo e encontram a sua plenitude em Jesus Cristo, que os resume no amor a Deus e ao próximo.  Antes de começar a pronunciar os mandamentos, Deus afirma: Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou do Egito, da casa da escravidão (Ex. 20,2). Estas primeiras palavras são fundamentais para se compreender o que vem depois, pois pressupõem a experiência do Êxodo. A fé no verdadeiro Deus é a base do Decálogo, fundamentando uma nova vida, ao contrário da opressão sofrida no Egito, que era baseada nos ídolos. Os Mandamentos exprimem a sabedoria e o amor de Deus que liberta o seu povo da opressão, conduzindo-o para uma nova vida. Eles devem ser compreendidos como fonte de vida e de verdadeira liberdade e não como um peso a ser suportado. O Povo de Deus encontra neles palavras de vida eterna, critérios norteadores para o seu agir pessoal, familiar, comunitário e social. Seja o tempo da Quaresma, ocasião especial para vivência da Palavra do Senhor, no interior dos templos e fora deles, na vida cotidiana!

ORAÇÃO
                             
Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade, vós nos indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o pecado. Acolhei esta confissão da nossa fraqueza para que, humilhados pela consciência de nossas faltas, sejamos confortados pela vossa misericórdia. Amém!

Editado por JorgeMacielNews

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