quinta-feira, 30 de junho de 2022
quarta-feira, 29 de junho de 2022
terça-feira, 28 de junho de 2022
segunda-feira, 27 de junho de 2022
domingo, 26 de junho de 2022
sábado, 25 de junho de 2022
REFLEXÃO LITÚRGICA DO XIII DOMINGO DO TEMPO COMUM – 26/06/2022
O Filho do Homem não tem
onde reclinar a cabeça
Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília
N |
este
domingo, temos como Evangelho um texto no qual Jesus toma resolutamente o
caminho de Jerusalém. Jerusalém é a cidade onde Jesus
deverá viver o mistério da sua morte e ressurreição e é a partir de Jerusalém
que o Evangelho deve ser difundido para o mundo. Os mensageiros que vão à
frente de Jesus e entram numa cidade de samaritanos para preparar hospedagem
para Jesus. Mas os samaritanos não os receberam, pois Jesus dava a impressão de
ir para Jerusalém. Os discípulos têm, em resposta, uma reação humana, ou seja,
querem mandar fogo do céu para destruí-los; mas Jesus, não. Eis aqui o perigo
das reações meramente humanas, que não partem do horizonte de Deus, mas
simplesmente da nossa forma de pensar. Agora, no caminho, há o encontro de três
personagens com Jesus. E o Papa Francisco assim os comenta:
“O
primeiro personagem promete-lhe: «Seguir-te-ei para onde quer que vás» (v. 57).
Generoso! Mas Jesus responde que o Filho do Homem, contrariamente às raposas
que têm as suas tocas e aos passarinhos que têm os seus ninhos, «não tem onde
reclinar a cabeça» (v. 58). A pobreza absoluta de Jesus! Com efeito,
Jesus deixou a casa paterna e renunciou a qualquer segurança para anunciar o
Reino de Deus às ovelhas perdidas do seu povo. Assim, Jesus nos indicou, a nós,
seus discípulos, que a nossa missão no mundo não pode ser estática, mas é
itinerante. O cristão é um itinerante. A Igreja está, por sua natureza, em
movimento, não permanece sedentária nem tranquila no próprio recinto. Está
aberta aos horizontes mais vastos, enviada — a Igreja é enviada! — para levar o
Evangelho pelas estradas e alcançar as periferias humanas e existenciais. É
assim o primeiro personagem. O segundo, que Jesus encontra, recebe diretamente
d’Ele o chamado, mas responde: «Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar o meu
pai» (v. 59). Trata-se de um pedido legítimo, fundado no mandamento de
honrar o pai e a mãe (cf. Ex 20, 12). Todavia Jesus responde: «Deixa que
os mortos sepultem os seus mortos» (v. 60). Com estas palavras,
deliberadamente provocadoras, Ele tenciona afirmar o primado do seguimento e do
anúncio do Reino de Deus também sobre as realidades mais importantes como a
família. A urgência de comunicar o Evangelho, que rompe a cadeia da morte e
inaugura a vida eterna, não admite atrasos, mas requer prontidão e
disponibilidade. Portanto, a Igreja é itinerante, e aqui a Igreja é decidida,
age imediatamente, no momento, sem esperar. Também o terceiro personagem quer
seguir Jesus, mas com uma condição: fá-lo-á depois de se ter despedido dos
parentes. Eis o que o Mestre lhe diz: «Aquele que põe a mão no arado e olha
para trás não é apto para o Reino de Deus» (v. 62). O seguimento de
Jesus exclui arrependimentos e que se olhe para trás, mas exige a virtude da decisão”
(Papa Francisco, Angelus de 30 de junho de 2019).
Este
Evangelho nos relembra que seguir Jesus implica ir com Ele até as últimas
consequências, não segundo os nossos critérios, mas segundo os de Jesus, não
fazendo justiça com as próprias mãos. Os três personagens que quiseram seguir
Jesus pelo caminho nos mostram que, sem radicalidade, não há verdadeiro
discipulado: “quem põe a mão no arado e olha pata trás não está apto para o
Reino de Deus”.
sexta-feira, 24 de junho de 2022
quinta-feira, 23 de junho de 2022
quarta-feira, 22 de junho de 2022
terça-feira, 21 de junho de 2022
segunda-feira, 20 de junho de 2022
TRÍDUO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
domingo, 19 de junho de 2022
sábado, 18 de junho de 2022
REFLEXÃO LITÚRGICA DO XII DOMINGO DO TEMPO COMUM – 19/06/2022
“TOMA A TUA CRUZ E SEGUE-ME”
Pe. Rui José de Barros Guerreiro
C |
elebramos
o 12º DOMINGO DO TEMPO COMUM e a liturgia da palavra oferece-nos duas
questões às quais teremos, cada um de nós, de dar a sua resposta. Não é nenhuma
sondagem ou avaliação, mas Jesus procura saber em que ponto do caminho é que
cada um de nós se encontra.
O
Evangelho deste domingo começa com a indicação de que Jesus se encontrava a orar,
sendo Ele, por excelência, o grande orante. O evangelista Lucas dá muita
importância aos momentos de oração de Jesus, momentos que costumam preceder as
viragens decisivas da sua vida, escolhendo um local isolado, entra em oração e diálogo
com o Pai. Na verdade, como a oração é um momento de encontro com Deus, a
mensagem que Jesus transmite aos discípulos, depois desses momentos, é uma
mensagem importante pois nasce da sua íntima relação com o Pai.
Depois
de ter rezado, Jesus chama os seus discípulos e pergunta o que as pessoas
pensam d’Ele e como O veem eles mesmos. Face às perguntas subtilmente
provocatórias de Jesus, Pedro responde em nome dos doze.
Numa espécie de sondagem, Jesus
interroga os discípulos sobre o que a multidão dizia d’Ele. Os discípulos, um
pouco atrapalhados ou surpreendidos com esta questão, respondem que “uns dizem
que és João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos
profetas que ressuscitou”. Com esta resposta, os contemporâneos de Jesus veem-no
como um homem em continuação com o passado, um simples homem bom e justo, um
profeta. No fundo, os contemporâneos de Jesus ainda não descobriram a
verdadeira originalidade e novidade de Jesus, ainda não descobriram em Jesus o
Salvador prometido. Situação semelhante também acontece hoje. Para muitos Jesus
é só um homem bom e justo e nada mais do que isso. Muitas das opiniões que
ouvimos sobre Jesus reduzem-no a muito pouco, não captam a verdadeira
identidade de Jesus. No entanto, Jesus não se apoia apenas naquilo que a
multidão pensa, mas, de forma direta, explícita e sem qualquer hesitação,
deseja saber quem é Ele para cada um dos discípulos.
Para
Jesus não basta dizer o que os outros pensam de d’Ele, pois é fácil dizer a
opinião dos outros e não nos comprometemos com a resposta dada, porque, afinal
de contas, a opinião é dos outros e não minha. Jesus interroga aqueles que lhe
são mais íntimos, aqueles que o seguem e que compartem a vida com Ele sobre o
lugar que ocupa nas suas vidas. Não quer nenhuma resposta abstrata, retirada do
melhor dicionário ou do melhor livro. Cada qual deve dar a sua resposta, sem
fórmulas aprendidas de memória, sem pensamentos pensados por outros. Quer uma
resposta pessoal, que brote do coração e da vida de cada um. Quem é, para mim,
Jesus Cristo? Um irmão? Um amigo? Um Mestre? Um profeta? Um Deus? Quem sou Eu
para ti?
Depois
de Pedro ter professado que Jesus era o Messias de Deus, Ele ordena aos
discípulos para não revelarem a sua identidade a ninguém. Na verdade, Jesus é o
Messias, mas não o messias político e vitorioso que a multidão esperava. Jesus
é o Messias, o enviado de Deus que oferece a salvação ao seu povo, pela doação
da sua vida na cruz e onde O irão trespassar (primeira leitura). Todos e
cada um dos discípulos de Jesus de Nazaré devem confrontar a sua imagem de
Jesus com o Senhor Crucificado, e por isso, e a exemplo de Jesus, devem seguir
o caminho da entrega da sua vida por amor: “Se alguém quiser vir comigo,
renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me”.
sexta-feira, 17 de junho de 2022
quinta-feira, 16 de junho de 2022
Corpus Christi! Adoramos, agradecemos, louvamos e nos alegramos no Senhor.
Tão sublime Sacramento!
Reflexão do Cardeal Odilo Scherer
A |
solenidade de Corpus Christi nos coloca diante
do grande tesouro da Igreja, a Eucaristia. Todos os domingos celebramos, e
também todos os dias; desta vez, porém, nossa atenção concentra-se sobre o
próprio Mistério da Eucaristia; acolhendo mais uma vez este dom inefável, adoramos,
agradecemos, louvamos e nos alegramos no Senhor.
Os
textos da liturgia de Corpus Christi fazem menção a diversos significados e
percepções da fé da Igreja na Eucaristia. É “memorial” da paixão, instituída
por Cristo na última ceia, pouco antes de padecer a cruz. As palavras de Jesus
dão significado ao gesto da entrega do pão e do vinho aos apóstolos: “é meu
corpo entregue por vós; é meu sangue, derramado por vós”.
Jesus
refere-se àquilo que aconteceria logo em seguida: ele se entregou “por” nós
sobre a cruz, em nosso favor; seu sangue derramado é redentor, como para os
hebreus, no Egito, foi o sangue dos cordeiros pascais, untado nos umbrais das
portas. A última ceia de Jesus com os apóstolos era a ceia da Páscoa judaica,
na qual se comia o cordeiro pascal. Jesus lhe dá novo significado, como “ceia
da nova e eterna aliança”, selada no seu próprio sangue.
A
Liturgia faz constantes referências a este aspecto “sacrifical” da Eucaristia,
ceia pascal dos cristãos. Antes da comunhão, a Eucaristia é apresentada ao povo
com estas palavras: “eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Na
cruz, Jesus é o “cordeiro imolado” entregue inteiramente pela nossa redenção,
“para que não pereça todo aquele que nele crê”. Por esta “entrega por nós”,
alcançamos misericórdia, perdão e vida sem fim.
A
Eucaristia é também “sinal de unidade e vínculo da caridade” (S. Agostinho).
Chamando a atenção da comunidade de Corinto para a dignidade da celebração
Eucarística, Paulo recorda que “o pão que partimos é comunhão com o corpo e o
sangue de Cristo” e, portanto, “nós todos somos um só corpo”, em Cristo (cf
1Cor 10,16-17).
No
Prefácio da Santa Eucaristia, o celebrante proclama: “fazeis de todos nós um só
coração, iluminais os povos com a luz da mesma fé e congregais os cristãos numa
mesma caridade”. A Eucaristia é banquete de irmãos à mesma mesa, unidos todos
numa só família, “em Cristo”. Nela, nossa comunhão no amor de Cristo e na mesma
fé da Igreja é significada e realizada. Por isso, o dissenso da fé eclesial e a
orientação individualista e egoísta da vida são atitudes contrárias à
participação neste sacramento.
A
Eucaristia é também “pão da vida eterna”. Após o milagre da multiplicação dos
pães e dos peixes, Jesus convida as pessoas a procurarem “o pão vivo descido do
céu”, que é ele próprio: “eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste
pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne para a vida do
mundo” (Jo. 6,51). Cristo quer continuar a ser o alimento da nossa fé. E quem
dele se nutre, “viverá para sempre” (cf Jo.6,58).
A
Eucaristia é celebrada aqui na terra “até que Ele venha”. Por isso, ela também
é sinal e anúncio profético da grande esperança que vem da nossa fé: aquilo que
acolhemos na penumbra da fé e celebramos por sinais na terra, é o mesmo que
ainda esperamos e se tornará plenamente manifesto na vida eterna: “anunciamos,
Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor
Jesus!”.
Quanta
riqueza, na Eucaristia! Não é sem razão que, em Corpus Christi, a Igreja adora
e aclama este “sublime Sacramento” – “Sacramento de Jesus Cristo e da sua
Igreja”! Vinde, todos, adoremos e rendamos graças ao Senhor!
quarta-feira, 15 de junho de 2022
terça-feira, 14 de junho de 2022
segunda-feira, 13 de junho de 2022
domingo, 12 de junho de 2022
sábado, 11 de junho de 2022
REFLEXÃO LITÚRGICA DA SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE – 12/06/2022
Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília
E VÓS, QUEM DIZEIS QUE EU SOU?
A |
Palavra de Deus, no Evangelho deste domingo (Lc
9, 18-24), apresenta-nos a pergunta fundamental que Jesus faz aos
discípulos: E vós, quem dizeis que eu sou? Este texto nos apresenta um
itinerário de fé, no qual vamos amadurecendo o nosso conhecimento sobre Jesus
Cristo. Jesus está rezando. O evangelista quer dizer que este é um momento
importante no ministério de Jesus, pois, nos momentos centrais do seu
ministério, Jesus está rezando. Agora, Jesus pergunta aos discípulos o que o
povo pensa d’Ele: Quem diz o povo que eu sou? Os discípulos respondem
com uma percepção elevada de Jesus: “Uns dizem que és João Batista, outros,
que és Elias, mas outros acham que és algum dos antigos profetas que
ressuscitou.” O povo tem uma percepção elevada sobre Jesus, mas que ainda
distante da realidade sobre Jesus, muito distante da verdade. “O povo chega
a pressentir a dimensão religiosa, absolutamente excepcional, deste Rabbi,
cujas palavras o deixa fascinado, mas ainda não consegue colocá-Lo acima dos
homens de Deus que apareceram ao longo da história de Israel. Ora, Jesus é
realmente muito mais. É precisamente este passo sucessivo de conhecimento, que
diz respeito ao nível profundo da sua pessoa, que Ele espera dos seus
discípulos” (Novo Millennio Ineunte, 19).
Jesus,
agora, pergunta aos discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro
responde: “O Cristo de Deus”. Pedro dá um salto com esta resposta. O
povo coloca Jesus na dimensão de um grande profeta; Pedro insere Jesus no mundo
da divindade. Afirma que Jesus é o Messias esperado e que este Messias vem da
parte de Deus, que Ele é Deus, que Ele é o Filho de Deus.
Mas Jesus
vai mostrar que Ele é o Messias, mas o Messias servidor, o Messias servo. O
título de Messias trazia consigo uma forte conotação política, pois Israel
encontrava-se sobre o domínio romano e esperava alguém que viesse libertá-lo.
Por isso, Jesus proíbe os discípulos de contarem que Ele é o Messias e revela
que Seu caminho é de sofrimento, cruz e ressurreição: “O Filho do Homem deve
sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da
Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. Jesus é o Messias, mas
é o Messias que deve fazer da sua vida um dom de serviço e de amor pela
salvação de todos. E agora, Jesus mostra que o seu caminho é o do discípulo: “se
alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e me
siga-me”.
O caminho
de Jesus é o caminho do discípulo. O discípulo é aquele que toma a sua cruz e
segue Jesus pelos caminhos da vida. Hoje, cada um de nós deve responder à
pergunta: E vós, quem dizeis que eu sou? Jesus é para mim o Filho de
Deus, meu Salvador, meu Senhor? Minha vida é um seguimento a Jesus
Cristo? A nossa identidade é aquela de discípulos missionários de Jesus
Cristo.
O discípulo é aquele que se encontrou com Jesus e segue Jesus, que busca moldar a vida, a existência segundo Jesus. Que esta Palavra de Deus nos ajude a termos uma fé mais profunda em Jesus Cristo e a anunciá-Lo com beleza.
sexta-feira, 10 de junho de 2022
quinta-feira, 9 de junho de 2022
quarta-feira, 8 de junho de 2022
terça-feira, 7 de junho de 2022
segunda-feira, 6 de junho de 2022
domingo, 5 de junho de 2022
sábado, 4 de junho de 2022
REFLEXÃO LITURGICA DA SOLENIDADE DE PENTECOSTES - 05/06/2022
Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília
RECEBEI O ESPÍRITO SANTO
E |
stamos
celebrando a SOLENIDADE DE PENTECOSTES, festa da Torah para o mundo
judaico e, para nós cristãos, é o dom do Espírito Santo. O ressuscitado vai ao
Pai e manda sobre os seus o dom do Espírito santo. O Espírito Santo agiu no
ministério de Jesus e na vida da Igreja. O relacionamento de Jesus com o
Espírito é sublinhado desde o seu nascimento (Lc 1,35). No batismo de
Jesus, no Jordão, o Espírito desce sobre Jesus (Mc 1,9-11; os sinóticos
narram o batismo de Jesus, porém João não narra, mas diz que viu o Espírito
descer sobre Ele em forma de pomba [Jo 1,32-34]). Lucas, no texto das
tentações, diz que Jesus foi conduzido pelo Espírito para o deserto (recebido
no Jordão); depois, na sinagoga de Nazaré, Ele lê o profeta Isaías 61 e
recorda a descida do Espírito sobre Ele, que O consagrou com a unção (no
batismo). Na morte na cruz, Jesus entregou o Espírito (Jo 19,30).
Tal entrega há um profundo significado teológico. É o ato pelo qual Jesus
consumou o seu sacrifício. A carta aos Hebreus diz “por um Espírito
eterno, se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha”.
Pentecostes é o ressuscitado que, indo ao Pai, manda sobre os
seus o Espírito Santo, unge os discípulos com o Espírito Santo (At 2, 1-11).
O espírito transformará a vida dos discípulos e a vida da Igreja. A vida dos discípulos, “que parecia
ter chegado ao fim, é renovada pela juventude do Espírito: aqueles jovens que,
dominados pela incerteza se sentiam no fim, foram transformados por uma alegria
que os fez renascer. Foi o Espírito Santo que fez isto. O Espírito não é, como
poderia parecer, uma coisa abstrata; é a Pessoa mais concreta, mais próxima,
aquela que muda a nossa vida” (Papa Francisco, homilia de 9 de junho
de 2019). O Espírito age na vida de
cada pessoa. É o Espírito que nos faz crer em Jesus: “Ninguém pode dizer
que Jesus é o Senhor, a não ser por obra do Espírito” (1Cor 12, 3).
A fé é obra do Espírito. Se somos pessoas de fé, isto é dom do Espírito.
O Espírito age constantemente na vida da Igreja enriquecendo-a
com ministérios, carismas e dons. É ele quem vai suscitando a riqueza e beleza
do corpo eclesial (1 Cor 12, 3-7. 12-13).
A teologia católica contemporânea sublinha que o Espírito Santo
é esta Pessoa-Amor que se comunica, manifesta o ser mais profundo de Deus, que
se autocomunica exteriormente (ad extra) como dom. Se, por um lado, este
amor é a expressão mais íntima de Deus – da união do Pai e do Filho -, por
outro lado, é a expressão da autocomunicação ad extra deste amor
superabundante, ao tempo em que é o cumprimento da obra redentora. O Espírito
Santo é, também, por uma parte, a união entre o Pai e o Filho, e, por outra
parte, o amor de Deus que se comunica. Ele é a Pessoa escondida, muitas vezes
desconhecida, que se revela na sua ação.
Sergio Bulgakov (filósofo e teólogo cristão) diz que “o
Espírito Santo é a união do Pai e do Filho na terceira pessoa; o Pai é sinal do
amor sacrifical paterno, o Filho do amor sacrifical filial e o Espírito Santo é
o amor exultante da gratidão”.
sexta-feira, 3 de junho de 2022
quinta-feira, 2 de junho de 2022
TAPETE DE CORPUS CHRISTI
A |
O sentido do tapete é de honrar a devoção à Santíssima Eucaristia, homenageando Nosso Senhor Jesus Cristo com a produção do caminho pelo qual ele passará, conduzido pelo arcebispo ou sacerdote no ostensório, fazendo memória, também, da multidão que estendia ramos e mantos para que Jesus passasse em sua entrada em Jerusalém na Semana Santa.
O primeiro a passar sobre o tapete é o arcebispo ou padre que porta Jesus Eucarístico e somente depois outras pessoas podem pisar. Tanto é que, na procissão de entrada da Missa, todos aqueles que a compõe, passam nas laterais do tapete, reservando-o para Jesus que passará na procissão ao final da Celebração.
Por todo o Brasil, o tapete é confeccionado em quadros representando diversas passagens bíblicas, temas eucarísticos, e da vida da Igreja.
Há anos a montagem do tapete é realizada por diversos movimentos e pastorais que iniciam os trabalhos no início da manhã com a oração de abertura e a bênção dos trabalhos com previsão de conclusão para antes do início da procissão da solenidade de Corpus Christi, que acontece na quinta-feira, após o domingo da Santíssima Trindade, que ocorre, por sua vez, no domingo seguinte ao de Pentecostes.