terça-feira, 30 de abril de 2024

POR QUANTO TEMPO O SACERDOTE PODE FICAR NA PARÓQUIA?

Alberto Andrade, Redação A12

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m nossa vida na Igreja, é comum acontecer mudanças e nomeações dos padres nas dioceses pelo Brasil.

Todos os anos, as comunidades têm novos párocos, outras recebem vigários. E claro, existe aquele misto de alegria em receber um sacerdote na paróquia e a saudade deixada por aqueles que partem para uma nova missão.

Mas geralmente nos perguntamos: "Tem um tempo determinado para cada padre ficar na paróquia?" , "Por que um padre fica mais anos do que outros?" , "Na hora que nos acostumamos com um sacerdote, ele é transferido, por quê? ".

O cânon 522 do Código de Direito Canônico fala exatamente como a Igreja determina o tempo de cada pároco.

"Importa que o pároco goze de estabilidade, e por isso seja nomeado por tempo indeterminado; só pode ser nomeado pelo Bispo diocesano por um prazo determinado, se isto tiver sido admitido pela Conferência episcopal, mediante decreto".

Sobre este assunto, o Padre José Carlos de Melo, o Padre Carlinhos da Arquidiocese de Aparecida, explicou que  essa quantidade de tempo de um padre na paróquia pode variar dependendo da Diocese.

"O Direito Canônico fala de uma estabilidade ao pároco (seis anos e mais seis), mas isso não significa que não possa sair antes (ou depois) disso. Neste período, podem aparecer outras necessidades ou situações que levam o Conselho Presbiteral a compensar a presença do sacerdote naquele mesmo lugar. Os motivos muitas vezes não precisam ser trazidos ao conhecimento de todos.

O Conselho Presbiteral é formado pelos bispos e alguns padres, onde as decisões sobre as transferências são pensadas e construídas.

"Essas reuniões exigem longas conversas e, às vezes, várias reuniões. Porém é importante elencar que as transferências de padres fazem parte da autoridade episcopal, é o múnus (fundamentação legal) do qual ele é revestido através do sacramento da Ordem no grau do episcopado, pela autoridade do Papa e da Igreja, mas também por sua paternidade espiritual”, diz o Padre Carlinhos.

As leis da Igreja esclarecem a necessidade de transferir os sacerdotes.

“Se o bem das almas ou a necessidade ou utilidade da Igreja já exigiu que o pároco seja transferido de sua paróquia, que dirige com eficiência, para outra paróquia ou outro ofício, o bispo proponha-lhe a transferência por escrito e o aconselhe a consentir, por amor a Deus e das almas”, está no cânon 1748 do Código de Direito Canônico.

As necessidades da Diocese, as ponderações do Conselho Presbiteral, a confiança na graça de Deus e a força da oração. Tudo isso sustenta o Bispo e o coloca em posição de certeza para promover as transferências. Claro que de acordo com seu discernimento, estes devem ser marcados pela missão de colaboração.

Padre Carlinhos nos fala também da riqueza nesse processo, em que um novo padre chega a uma comunidade.

"Antes da ordenação sacerdotal foram feitas várias perguntas ao candidato e através delas fez várias promessas para realizar bem a sua missão. Um sim dado um dia, somente se mantém como sim, se for reafirmado frequentemente. Neste contexto o novo pároco renova diante da comunidade o que prometeu na ordenação. Ao novo pároco é entregue a chave da Igreja. Colocado à frente de uma comunidade que ele tem a missão de governar .

O próprio sacerdote pode "controlar" esse tempo de permanência na paróquia, pedindo para sair ou ficar na comunidade?

Segundo as leis da Igreja, as transferências podem ser voluntárias ou por conformidade, isto é, com o consentimento do sacerdote ou pelo voto de obediência ao Bispo da igreja e seus sucessores , juramento proferido durante o ato de sua ordenação.

O padre Carlinhos novamente nos esclarece, enfatizando que as transferências sempre são oportunidade de renovação para os próprios sacerdotes, mas também para as comunidades paroquiais, exigindo por vezes um espírito de sacrifício e obediência.

"É o Senhor, que por meio do Espírito Santo indica este caminho, iluminando e abençoando os irmãos na nova missão que lhes é confiada. Outro motivo que leva o sacerdote a acolher com amor a nova missão é o “desapego”, e isso é humano e bom, embora se chore amizades fortes e importantes durante o tempo, curto ou longo, de permanência na paróquia , mas não se esqueça que o padre não é “seu” ou “nosso”, mas é da Igreja, da Arquidiocese e colaborador dos bispos. Isso não é arbitrário, é da natureza da vocação sacerdotal e episcopal. Não que se refere aos clérigos aceitam as transferências, este é um sinal de maturidade vocacional, como também de unidade. Toda mudança gera insegurança, oportunidade de crescimento. Quem não se desafia ou é desafiado também não cresce", concluiu o sacerdote.

Mensagem do dia... 30/04/2024

 


domingo, 28 de abril de 2024

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 5º DOMINGO DA PÁSCOA – 28/04/2024

Reflexão Dominical – Milicia da Imaculada

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este 5º DOMINGO DA PÁSCOA, Jesus nos fala da videira e dos seus ramos. Um exemplo muito fácil de ser entendido, principalmente porque Jesus estava falando para agricultores, pessoas que sabiam muito bem por que a videira devia ser podada. Eles sabiam o quanto a poda é benéfica para a planta.

Ao podar a planta, o agricultor não corta somente os galhos secos, ele corta também galhos sadios, vistosos e verdinhos. Ramos que têm tudo para produzir muitos frutos, mas que não estão dispostos a fazê-lo. Esses são cortados e queimados.

Jesus é a Videira e nós, somos os ramos. O agricultor, aquele que cultiva a videira e que também a poda, é o Pai. Jesus repete isso muitas vezes, só não entende essa comparação quem não quer, pois ela é muito clara.

A nossa união com Jesus é sinal de vida. Não existe vida estando separado do tronco. O ramo que se separa da cepa, seca e morre sem produzir frutos. É então, lançado ao fogo como qualquer lenha inútil.

Em compensação, os ramos que se mantêm unidos ao tronco recebem a seiva da vida que os torna fortes, vigorosos e férteis. Produzem muitos frutos e de excelente qualidade.

Essa é a proposta do Evangelho de hoje. Jesus ressalta a união. Por mais dolorido que possa parecer, esse é o único caminho para a felicidade. A poda por si só é algo que machuca, é um corte que deixa suas cicatrizes.

Se a parreira fosse humana e pudesse falar, certamente reclamaria e não entenderia o porquê da poda quando está sendo podada. Assim como, nós não entendemos a dor no momento da dor.

Só mais tarde, muito mais tarde, a parreira entenderia a importância da poda. Ao ver-se toda florida, ao presenciar seus lindos e preciosos frutos, certamente agradeceria a Deus pelos sofrimentos daquele dia.

Assim é o nosso dia a dia. Os obstáculos, os sofrimentos e a luta pela sobrevivência nos fazem crescer, são as podas que nos tornam férteis. Em geral choramos de dor, não compreendemos e não os aceitamos, mas um dia veremos os frutos. Os frutos da verdade e da partilha.

É preciso resignação para aceitar e tentar encobrir as cicatrizes. Toda dor é amenizada pelo amor. O amor mantém o ramo unido ao Tronco, o amor é a flor mais bela, é o fruto maior, o mais colorido e o mais perfumado.

O amor frutifica através de obras, ele é produto de quem se deixa alimentar pela Seiva da Vida que é o próprio Jesus.

Mensagem do dia... 28/04/2024

 


sábado, 27 de abril de 2024

PAPA FRANCISCO: “DEVEMOS VIVER A FÉ, A ESPERANÇA E A CARIDADE”.

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 Santo Padre realizou mais uma catequese na última quarta-feira (24),  durante a Audiência Geral na Praça de São Pedro no Vaticano. Foi uma continuação do ciclo de reflexões sobre vícios e virtudes , onde Francisco lembrou o que foi abordado nas audiências passadas, sobre as virtudes cardeais: prudência, justiça, fortaleza e temperança.

“Estas virtudes pertencem a uma sabedoria muito antiga, precedente até o cristianismo. Já antes de Cristo, a honestidade era aconselhada como dever cívico, a sabedoria como regra das ações , a coragem como ingrediente fundamental para uma vida que tende para o bem, e a moderação como medida necessária para não se deixar dominar pelos excessos ” , disse o Papa.

Neste ensino, o pontífice ressalta que no coração de cada homem e mulher existe uma capacidade de procurar o bem . O Espírito Santo é concedido para que quantos o obter possam distinguir claramente o bem do mal, ter a força de adesão ao bem, evitando o mal e, Agindo assim, alcançar a plenitude da realização pessoal.

FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE

Francisco enfatizou que neste caminho rumo à plenitude da vida, nós temos uma assistência particular do Espírito de Jesus Cristo , que se realiza com o dom de três outras virtudes, puramente cristãs, que são frequentemente mencionadas juntas nos escritos do Novo Testamento.

“Estas atitudes fundamentais, que caracterizam a vida dos cristãos, são a fé, a esperança e a caridade. Os escritores cristãos logo as chamaram de 'teologais', pois são recebidos e vividas na relação com Deus , para diferenciá-las das demais chamadas de 'cardeais', pois especificamente o 'pivô' de uma vida boa . Essas três são recebidas no Batismo e vêm do Espírito Santo ”.

VIRTUDES QUE CURAM O ISOLAMENTO PESSOAL

Através da existência vívida pelo Espírito, o Papa nos orienta que a partir da experiência com Jesus nos deixa de ser presunçosos, arrogantes e egoístas. “O cristão nunca está sozinho. Pratica o bem não por um esforço titânico de empenhamento pessoal, mas porque, como discípulo humilde, caminha atrás do Mestre Jesus. Ele vai à frente ao longo do caminho. O cristão possui as virtudes teológicas que são o grande antídoto contra a autossuficiência ”.

ABRIR O CORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

O Santo Padre finalizou a catequese nos ensinando que as virtudes teológicas são de grande ajuda para essas situações dolorosas , nos momentos de queda quando pecamos, pois todos erramos na vida e a inteligência nem sempre é clara , a vontade nem sempre é firme, as paixões nem sempre são governadas, a coragem nem sempre supera o medo.

“Mas se abrirmos o coração ao Espírito Santo — Mestre interior —  Ele reaviva em nós as virtudes teológicas: assim, se perdemos a confiança, Deus reabre-nos à fé —  com a força do Espírito; se estamos desanimados, Deus nos reabre à fé, se estamos desencorajados Deus desperta em nós a esperança ; e se o nosso coração está inflexível, Deus suaviza-o com o seu amor”.



Com informações A12

Mensagem do dia... 27/04/2024

 


terça-feira, 23 de abril de 2024

ARQUIDIOCESE DE MACEIÓ REALIZARÁ O ENCONTRO DE PENTECOSTES 2024

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 comunidade católica da Arquidiocese de Maceió, vivenciará a alegria transformadora do grande ENCONTRO DE PENTECOSTES 2024, em sua 41ª edição, com o tema: “Soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22).

O Encontro de Pentecostes acontecerá no dia 19 de maio, das 08h às 18h, no Ginásio Lauthenay Perdigão (Antigo Ginásio do Sesi – Trapiche), momento de vivenciar a alegria transformadora derramada sobre toda a comunidade arquidiocesana.

O evento contará com Oração, Louvor, Pregação, Animação, Momento Mariano, Adoração ao Santíssimo, Confissões, Santa Missa, Pentecostes Kids e com a presença das Relíquias de Santa Terezinha do Menino Jesus. Estes são alguns dos diversos momentos que serão vivenciados.

É aguardado caravanas de todas as Paróquias, Movimentos e Pastorais de Maceió e das diversas cidades da Arquidiocese de Maceió.

Para ajudar as entidades filantrópicas assistidas pela Arquidiocese de  Maceió, será solicitado a doação de 1 Kg de Alimento não perecível.

#pentecostes #recebeioespiritosanto #arquidiocesedemaceio #igrejacatolica #alegria #alagoas #maceio #vemespiritosanto


Mensagem do dia... 23/04/2024

 


domingo, 21 de abril de 2024

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 4º DOMINGO DA PÁSCOA – 21/04/2024

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

“O BOM PASTOR SE DESPOJA DE SI MESMO”

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o Evangelho deste 4º Domingo da Páscoa, Jesus diz que Ele é o Bom Pastor, aquele que dá a vida, se despoja dela em favor do rebanho. Isso ele o fez de fato na cruz. Mas Jesus chegou à cruz porque sua vida foi um constante despojar-se de si mesmo em favor do outro, daqueles que havia recebido do Pai, com a missão de levá-los até Ele.

Jesus realiza essa sua missão onde estão os filhos de Deus: no Templo e na sociedade.

No Templo, Jesus os liberta do jugo dos sacerdotes, que se preocupam mais com a legalidade dos fatos, do que com o bem-estar das pessoas. Aqueles que encontram Jesus,  encontram a porta para se libertar de uma religião sufocante e essa mesma porta os conduz para o convívio amoroso e, por isso, libertador com o Pai. Nesse gesto de libertar, Jesus contraria os interesses dos opressores e é condenado à morte. Ele se despoja da vida para que a tenhamos. Por isso, JESUS É O BOM PASTOR!     

Na sociedade Jesus liberta enquanto indistintamente faz o bem. Ele é o pastor universal!

Podemos refletir e ver como vivemos esse carisma de Jesus que, pelo batismo, também se tornou nosso. Como pastoreamos nossa família, nossos amigos, nossos colegas e nós mesmos? Somos portas libertadoras, que se abrem para que o outro passe para o encontro com a felicidade? Ou somos porta de uma armadilha, que prende quem se aproxima da gente?

Sejamos como Jesus. Sejamos bons pastores a ponto de nos despojarmos de tudo em favor da felicidade, da salvação eterna de nossos próximos!

Mensagem do dia... 21/04/2024

 


sábado, 20 de abril de 2024

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA ENCERRA A 61ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB

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om a Celebração Eucarística com Laudes realizada no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte (SP), foi encerrada nesta sexta-feira, 19 de abril de 2024, a 61ª ASSEMBLEIA GERAL DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB), com a presença do Núncio Apostólico no Brasil, e de cardeais, arcebispos e bispos de diversas circunscrições eclesiásticas de todo o território brasileiro.

A cerimônia foi presidida pelo arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, e teve como concelebrantes os demais membros da presidência da Conferência: dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Goiânia (GO) e primeiro vice-presidente; dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, arcebispo de Olinda e Recife (PE) e segundo vice-presidente; e dom Ricardo Hoerpers, bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral.

Os presidentes dos 19 regionais da CNBB, que também compõem o Conselho Permanente da Conferência, participaram da procissão de entrada, juntamente com os membros da presidência, fortalecendo a união e representatividade das diferentes regiões do Brasil na assembleia.

Durante sua homilia, dom Jaime destacou pontos importantes para os bispos presentes e para a comunidade católica em geral. Ele iniciou com uma pergunta significativa: “QUEM ÉS TU, SENHOR?” Essa pergunta, segundo ele, continua a desafiar todos, especialmente aqueles que se consideram seguidores do Caminho.

O presidente da conferência ressaltou a importância de “caminhar pelo homem”, afirmando que essa é a razão e a motivação de todas as atividades pastorais e do cotidiano das comunidades e da CNBB. Ele citou que “caminhar pelo homem” é a essência de nossas atividades, empenho e dedicação, enfatizando o compromisso com a causa humana, guiados pelo Evangelho.

“Caminhar pelo homem! Eis a razão, a motivação de todas as nossas atividades, empenho, dedicação. Pela causa do humano, iluminados pelo Evangelho, empenhamos nossa juventude, forças, a vida! Aqui está a razão de ser das diversas iniciativas, pastorais que caracterizam nossas iniciativas, o cotidiano de nossas comunidades, de nossa Conferência.”

Além disso, o arcebispo destacou que a encarnação de Deus entre os homens cria uma íntima união entre o divino e o humano, tornando-nos participantes do mistério divino. Enfatizou que “não se pode separar a fé da defesa da dignidade humana, a evangelização da promoção de uma vida digna, a espiritualidade do empenho pela dignidade de todos os seres humanos”.

Ao final de sua homilia, dom Jaime agradeceu a todos os participantes e colaboradores da Assembleia, reconhecendo sua dedicação e empenho. Ele também incentivou os bispos a dar continuidade ao trabalho iniciado na Assembleia, estimulando as comunidades a participarem ativamente dos processos vivenciados durante o evento.

Sob a materna intercessão da Padroeira do Brasil, os bispos reunidos ao redor da imagem de Nossa Senhora Aparecida agradeceram os dias de convivência, oração, diálogos e trabalhos da assembleia, consagrando o ministério episcopal, as dioceses, os regionais, os presbíteros e todos os agentes pastorais que colaboram na evangelização da Igreja no Brasil.

Os Bispos consagraram as Igrejas Locais à Mãe Aparecida e agradeceram o bom andamento da 61ª Assembleia Geral da CNBB.

MAIS DE MIL PESSOAS PARTICIPARAM DA 61ª ASSEMBLEIA GERAL

Desde o último dia 10, até a manhã de desta sexta-feira, dia 19, o episcopado brasileiro esteve em Aparecida (SP) para a realização da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

“O Caminho Sinodal” foi o tema do retiro espiritual que iniciou a 61ª Edição da AG e contou com a assessoria do secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.

Ao todo, ao longo das duas semanas, o encontro de comunhão eclesial teve 27 sessões que trataram assuntos variados em prol da ação evangelizadora nos quatro cantos do país.

Em clima de comunhão, os bispos emitiram quatro textos: uma mensagem ao povo brasileiro e outra aos cristãos católicos; e duas cartas, uma ao Papa Francisco; e a outra ao prefeito do Dicastério para os Bispos.

ESCUTA DE DEUS E DOS IRMÃOS

Divididos em 19 regionais, mais de 400 bispos participaram do evento eclesial que, com silêncio orante e reflexão comum, o episcopado contribuiu para a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) com o uso do método de discernimento comunitário intitulado de “Conversa no Espírito”. Em 45 pequenas comunidades, em diversos momentos, os bispos partilharam momentos de escuta de Deus e dos irmãos.

“O método de conversação no Espírito vai favorecer uma maior participação de todos nos processos de evangelização”, indicou o subsecretário pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá Santos, ao afirmar que o método adotado exige a interação de todos.

MINISTÉRIO DO CATEQUISTA

Em rito inédito no país, o arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin, em nome de todos os bispos, presidiu a Celebração de Instituição do Ministério do Catequista.

Ao todo, 19 catequistas, um de cada regional, receberam o ministério instituído pelo Papa Francisco através do Motu Próprio Antiquum Ministerium.

MARCA DO AMOR

Sobre os trabalhos da AG, o subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, que ajudou na logística do evento eclesial, sublinhou que foi um momento de graça. “Trabalhar na Assembleia, favorecendo estrutura e meios para que os bispos possam rezar e refletir, é contribuir com o anúncio do Evangelho na Igreja no Brasil”, comentou.

Ao trazer a frase de Santo Ambrósio, “Aquilo que o amor faz o medo jamais poderá realizá-lo”, o padre Patriky destacou que os serviços prestados pelas 637 pessoas envolvidas na concretização da Assembleia Geral, entre assessores e colaboradores da CNBB, e do Santuário Nacional, “tiveram a marca do amor: na preparação, na realização e nos encaminhamentos finais”, finalizou.

HINO EM LÍNGUA PORTUGUESA

No dia 16, durante a realização da AG, em Missa no Santuário Nacional, o Hino Oficial brasileiro do Ano Jubilar foi entoado pela primeira vez.

Com o tema “Peregrinos da Esperança”, escolhido pelo Papa Francisco, o Jubileu terá início no Natal deste ano e se estenderá durante 2025. A apresentação em língua portuguesa contou com a presença dos diretores musicais do hino, o maestro Delphim Porto e padre José Weber, da São Paulo Schola Cantorum, assessores e colaborados da Conferência Episcopal. A execução do hino também se repetiu na 16ª sessão da Assembleia quando os bispos aprofundaram o tema do Jubileu 2025.

ENGAJAMENTO NA COMUNICAÇÃO

Em um trabalho de comunicação integrada, 9 coletivas de imprensa informaram os principais temas refletidos nos dias da Assembleia. Com transmissões, programas, podcasts e publicações, as redes sociais da Conferência Episcopal tiveram um aumento de 80% no engajamento. Programas de rádio também foram produzidos pela Assessoria de Comunicação da CNBB durante os trabalhos da Assembleia.

Para proporcionar a integração dos fiéis com a entidade em todo o país por meio de notícias, formação e espiritualidade, ontem, dia 18, a presidência da CNBB e a assessoria de comunicação laçaram o aplicativo da Conferência Episcopal.

Com informações da Comissão para a Comunicação da CNBB - Comunicação 61ª AG CNBB.

Mensagem do dia... 20/04/2024

 


quarta-feira, 17 de abril de 2024

O QUE É O MFC – MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO?

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 MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, sem distinção racial, religiosa, política ou de qualquer natureza, declarada de Utilidade Pública Federal (Dec. 1400 de 26/9/62), possuindo Estatuto próprio registrado no Livro A n. 5, nº 8124, do Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Tem também seu Regimento e seu registro no CNPJ do Ministério da Fazenda.

Fundado em 1950 no Uruguai, trazia em seu bojo novas ideias que incentivavam uma maior e mais efetiva participação dos laicos (leigos) na Igreja, inquietando grupos de famílias e pessoas, colocando-as em atitude de busca de fraternidade. Sua principal força estava na criação de um movimento de laicos com unidade latino-americana, que nasceria e cresceria com força própria em cada país, respeitando a realidade de cada povo e de cada grupo familiar. Sua expansão pela América Latina se daria graças ao carisma apostólico e ao esforço missionário de três casais uruguaios, os Soneira, os Gelsi e os Gallinal, e de um sacerdote argentino, Padre Pedro Richards.

Foi introduzido no Brasil em 1955, aproveitando um momento de grande fertilidade: o XXXVI Congresso Eucarístico Internacional. Logo se expandiu entre nós, pela ação eficaz de Lya e Sollero, Jean e Neusa, Júlio e Madalena que logo articularam encontros de casais com Dom Hélder Câmara e Padre Távora.

     Coincidentemente, aquele momento histórico revelava o nascimento da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e do CELAM - Conselho Episcopal da América Latina.

O MFC BRASIL está vinculado ao SPLA - Secretariado para Latino-americano, e, por extensão, ligado juridicamente à CIMFC - Confederação Internacional do Movimento Familiar Cristão, entidade mundial que filia o MFC de todos os Continentes, e que é reconhecida pelo Vaticano, dentro do Pontifício Conselho para Leigos, como Associação Internacional de Fiéis de Direito Privado. Participa o MFC também do Organismo Consultivo na Categoria II do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. O MFC brasileiro integra o CNL - Conselho Nacional dos Leigos e a Comissão Nacional de Pastoral Familiar, colegiados vinculados à CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Por ser um movimento peregrino, as Coordenações do MFC em todos os níveis possuem sempre sedes episódicas, uma vez que se deslocam consoante as residências das suas Coordenações eleitas.

O Padre Pedro Richards foi o fundador do Movimento Familiar Cristão.

OBJETIVOS

 Missionar, evangelizando através da humanização. Para tanto privilegia a Comunidade Familiar como veículo, não único, mas principal, com vistas à construção do Reino de Deus, já iniciado entre nós, vivenciando a solidariedade e a justiça. Incluída na proposta do MFC, portanto, a missão de formar pessoas, educar na fé e promover o bem comum (cf. Documento de Medellin 3.4).

Das suas principais propostas: buscar sempre a expressão religiosa e o dado da Fé que correspondam à realidade da América Latina, fugindo assim do modelo euro católico trazido para o nosso Continente pelos colonizadores.

Com isto, uma outra busca: a UNIDADE da Igreja, fugindo assim da UNIFORMIDADE que tanto atendeu a uma realidade passada, mas que não se identifica mais com as propostas do Concílio Vaticano II, momento forte iniciado no tempo 1962-1965.

Passar de refúgio para salvar as famílias, para família salvadora da comunidade, como melhor meio de salvar-se a si mesma, abrir-se ao mais amplo conceito de família, acolhendo a família incompleta e todos os outros tipos de família, ultrapassando o ideal de famílias perfeitas, aceitando a existência de autênticas famílias humanas, eis o grande desafio e o objetivo maior do MFC nos dias de hoje (cf. Eis o MFC 13, 19, 22).

Mensagem do dia... 17/04/2024

 


domingo, 14 de abril de 2024

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 3º DOMINGO DA PÁSCOA – 14/04/2024

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

“ANUNCIAR A RESSURREIÇÃO

E A REDENÇÃO DE JESUS”

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 Evangelho deste 3º Domingo da Páscoa – Ano B, relata a dificuldade dos Apóstolos em crer na ressurreição. A influência da dualidade grega, da separação entre corpo e espírito e a superioridade deste em relação à matéria que era considerada como fadada a desaparecer, leva os membros da primeira comunidade cristã a terem dificuldades em crer na ressurreição da carne.

Do mesmo modo que em João, podemos entender a precisão de Lucas, ao falar que a aparição de Jesus aconteceu de noite, como não apenas a noite física da natureza, mas a noite da alma, que está repleta de angústias, de perturbações, de dúvidas.

Jesus aparece no meio deles e faz questão de provar que possui um corpo, o mesmo que traz as marcas da paixão, que se alimenta, que é tangível.

É necessário que o Senhor abra nossos corações e nossas inteligências para podermos crer em sua ressurreição. Não basta vermos e sentirmos, é preciso a graça, o dom de Deus para entendermos as Escrituras.

Em seguida, o Senhor dá aos seus amigos a missão de serem suas testemunhas. Isso nos leva aos Atos dos Apóstolos, onde a ação de Pedro deixa claro o que é viver esse mandato. Pedro faz o anúncio do querigma, ou seja, da novidade eterna: Jesus, o Filho de Deus, morreu e ressuscitou para nos redimir.

O evangelista João, em sua carta, nos ensina que conhecer Deus, conhecer Jesus, é guardar seus mandamentos e sabemos que seu mandamento maior é amar.

Portanto, nossa missão como batizados é anunciar a redenção de Jesus, sua ressurreição e amar a todos sem limites.

Mensagem do dia... 14/04/2024

 


sábado, 13 de abril de 2024

SÃO FRANCISCO DE ASSIS CONVIDA A AMADURECER O DEVER DE CUIDAR E PRESERVAR A TERRA, A CASA COMUM.

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a memória de São Francisco de Assis, a Igreja no Brasil é motivada a amadurecer sua consciência missionária, seu dever de cuidar e de preservar a terra, a casa comum, e fazer crescer no amor aos pobres e pequeninos.

A relação de São Francisco com a Criação é presente na sua história de vida, no testemunho que o levou aos altares. E, na atualidade, ganhou novo impulso com as reflexões do Papa Francisco contidas na encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum.

O arcebispo da Paraíba, dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, afirmou em artigo publicado no Portal da CNBB que “o grande Santo da Igreja, São Francisco, nos coloca diante do testemunho irrefutável do cuidado com a casa comum que nos cerca, isto é, a mãe terra que nos acolhe”. E que o Papa Francisco escreveu a encíclica Laudato Si’, “que chama a nossa atenção para este cuidado”.

Dom Delson destaca o desejo do Papa e o valor inerente à consciência ecológica, os quais indicam “a necessidade de guardar os bens que Deus colocou em nossas mãos, e não agirmos como proprietários e dominadores dos mesmos”.

“O testemunho existencial de São Francisco diz-nos não somente de uma ecologia pontual, mas leva-nos à preocupação com uma consciência ecológica integral, pondo-nos para dentro da ética fraterna, colocando o homem no centro e diante do cuidado com o mundo”, ensina dom Manoel.

Também, o então bispo de Juazeiro (BA), atual arcebispo de Maceió (AL), dom Carlos Alberto Breis Pereira (dom Beto Breis), de sua experiência franciscana, traz uma reflexão sobre essa relação de São Francisco de Assis com a ecologia integral.

“A ação ecológica que se inspira no Irmão de Assis precisa ir além de atividades pontuais como reciclar materiais, plantar árvores e flores, bem como lutar pela preservação de determinadas espécies ameaçadas. É preciso mudar o jeito de viver e conviver, de olhar e de se relacionar. Urge denunciar um modelo econômico e social que privilegia poucos em detrimento de graves impactos sociais e ecológicos”, lembra.

Para dom Beto Breis, a Laudato Si’ é uma encíclica “revolucionária”. Nela estão acolhidas e recolhidas “as intuições do Pobrezinho e as grandes inquietações dos homens e mulheres do nosso tempo e desta Casa Comum, acenando que tudo está interligado e que as grandes questões sociais estão profundamente relacionadas às interpelações ecológicas. Uma ecologia integral, que exige um processo comum de conversão de mentalidade e de ações cotidianas”.

“Com o Francisco de Roma em sua inovadora Laudato Si’, é oportuno olhar para Francisco de Assis neste tempo de aquecimento global, exclusão social gritante e outros tantos efeitos do descuidado humano com a Mãe-Terra, Casa Comum. Deixemo-nos impactar pelo seu atualíssimo testemunho para sermos, também nós, profetas da vida e defensores da criação, num modo radicalmente novo de viver e conviver com os irmãos e irmãs que partilham conosco esse habitat comum ainda tão belo e encantador”, motiva dom Beto Breis.


Artigo postado no Portal da CNBB em 04/10/2022

Mensagem do dia... 13/04/2024

 


quinta-feira, 11 de abril de 2024

MISSA NO SANTUÁRIO NACIONAL DE NOSSA SENHORA APARECIDA ABRE A 61ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB

 

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 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, cuja temática principal está voltada à realidade da Igreja no Brasil e a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil - DGAE, teve início na quarta-feira, 10 de abril, às 7h, com a Missa com Laudes, presidida pelo arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo.

O encontro reúne os cardeais, arcebispos, bispos diocesanos, auxiliares e coadjutores, bispos eméritos, administradores diocesanos e representantes de organismos e pastorais da Igreja, que são convidados.

Atualmente, a Igreja Católica no Brasil possui 279 circunscrições eclesiásticas. O número de bispos no país é de 486, dos quais 318 estão no exercício do governo pastoral de alguma Igreja Particular e outros 168 são bispos eméritos.

Este ano, a programação da 61ª Assembleia Geral da CNBB está dividida em quatro sessões diárias, totalizando 27 ao longo das duas semanas. A primeira sessão, a de abertura, aconteceu no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, às 8h30, com a presença do Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquattro; os membros da presidência da CNBB: dom Jaime Spengler (presidente), dom João Justino de Medeiros Silva (primeiro vice-presidente), dom Paulo Jackson Nóbrega (segundo vice-presidente) e dom Ricardo Hoepers (secretário-geral), e o reitor do Santuário Nacional, padre Eduardo Catalfo. 

A pauta da 61ª Assembleia Geral da CNBB inclui o tema central (A realidade da Igreja no Brasil e a atualização de suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora), quatro temas prioritários (Sínodo dos Bispos 2021-2024, Jubileu 2025, Relatório da Presidência e Juventude) e assuntos a serem tratados em razão da previsão estatutária da Conferência (Doutrina da Fé, Liturgia, Relatório do anual da presidência, relatório econômico, Textos Litúrgicos – CETEL) e outros temas e informes diversos sobre a vida da Igreja Católica no Brasil.

As coletivas de imprensa, este ano, estão sendo promovidas na parte da manhã. No primeiro dia, 10 de abril, às 10h30, na Sala de Coletivas, no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida. Dessa primeira coletiva participam os membros da presidência da CNBB e o assunto tratado foram os temas da Assembleia. O retiro espiritual dos bispos terá início também neste primeiro dia, 10, às 16h, com a pregação do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

Com informações da CNBB.