segunda-feira, 30 de setembro de 2024
domingo, 29 de setembro de 2024
sábado, 28 de setembro de 2024
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 26º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 29/09/2024
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
N |
este 26º Domingo do Tempo Comum a
liturgia nos fala sobre a liberdade do coração de Deus. Vivemos em um mundo
onde nos são exigidas carteirinhas, passaportes, enfim, tudo aquilo que
registra nossa pertença a alguma associação, a algum país e sem a apresentação
desse registro ficamos na rua, sem possibilidade alguma de ingressar no local
desejado.
Muitos
pensam desse modo em relação à religião e, pior ainda, também em relação a
Deus. Queremos enquadrar não apenas as pessoas, mas também Deus.
Tanto
o Livro dos Números quanto o Evangelho de Marcos comentam esse modo de ser
existente naqueles que foram chamados a ficar ao lado de Deus, a participar de
sua intimidade, e que se aborrecem porque outras pessoas, que não são do grupo
dos seguidores, de repente, estão na intimidade do Senhor.
Em
Números encontramos o caso de dois homens que não haviam acompanhado o grupo
dos escolhidos para receber o dom de profetizar, começaram a fazê-lo no
acampamento. Um jovem, preocupado com o fato, foi avisar Moisés, imediatamente.
O grande líder respondeu: “Quem dera que todo povo do Senhor fosse profeta,
e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!”
Em
São Marcos encontramos João dizendo a Jesus que ele e seus companheiros havia encontrado
um homem que estava expulsando demônios, e que o haviam proibido de fazê-lo,
por não ser do grupo dos discípulos.
Agindo do mesmo modo como Moisés, o Senhor discorda desse gesto e diz: “Não
o impeçais... Porque quem não é contra nós é por nós.”
O
Espírito de Deus - que sopra onde e quando quer - é dado a todos, pois cada um
dos seres humanos foi criado em um particular gesto de carinho de Deus, o Pai
de todos. Do mesmo modo, a redenção de Jesus foi feita em nome de todos e para
todos. Deus é livre para se revelar a quem quiser, e manifestar de modo
especial o seu amor.
Como
nos Atos dos Apóstolos, o Espírito Santo tocou a inteligência e o coração de um
pagão, e o fez desejar o Batismo. Nesse relato da conversão do etíope, vemos o
papel importantíssimo do Diácono Filipe ao obedecer à inspiração de Deus e se
aproximar do pagão.
Que
em nossa vida sejamos facilitadores do amor de Deus e não coloquemos empecilhos
à ação do Espírito Santo!
sexta-feira, 27 de setembro de 2024
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
quarta-feira, 25 de setembro de 2024
ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2024
Dom Mário Antonio - Arcebispo
de Cuiabá (MT)
E |
ste é um ano de eleições municipais e
todos temos o compromisso de comparecer às urnas para exercer a democracia, no
próximo dia 6 de outubro, escolhendo bons prefeitos e vereadores para nossos
municípios. O Papa Francisco, na sua carta encíclica Fratelli Tutti, lembra
qual a verdadeira missão dos políticos em nossa sociedade, e sugere
questionamentos importantes para os dias em que estamos vivenciando. Ele nos
lembra que a melhor política, inicialmente, é aquela que é um serviço ao bem
comum, assegura o respeito a dignidade humana e promove a justiça social.
Parece óbvio esse
discurso. Estamos há semanas ouvindo propostas nos veículos de comunicação e o
entendimento que temos é: todos estão envolvidos com o bem comum. Mas quem está
comprometido? Papa Francisco tem insistido, ardentemente, especificamente na Exortação
Laudate Deum, diante da crise climática, que tenhamos atenção e cuidado,
sabedoria e esperança em agir de acordo com a criação.
A melhor política é
aquela que promove o bem do povo com planejamento e acesso à saúde integral, a
uma educação de qualidade, ao saneamento básico, uma economia sustentável,
entre tantos outros pontos que faltam na vida de muitos de nossos irmãos e que,
no entanto, estão contemplados nos planos de muitos candidatos. Planos esses,
que precisam ser concretizados, mediante a política de equidade e caridade.
Já não é de hoje que
a Igreja Católica vem abordando esses temas e contribuindo, através da Doutrina
Social da Igreja, para a formação da consciência moral para uma política
cristã. E nesse ponto voltamos nossos olhares para a dignidade humana, do
Cristo que sofre em nossos irmãos e irmãs, do Cristo que passa e ninguém o vê.
Não é fácil. Hoje,
após dias de reflexão e levando em consideração tudo o que a Igreja nos pede,
creio que é possível fazer política com o compromisso de todos pelo bem comum.
Que tenhamos um coração esperançoso e que ele nos leve a priorizar a justiça social,
a caridade e a fé.
Rezemos para que nossos representantes sejam iluminados pela Luz de Cristo Vivo e Ressuscitado.
terça-feira, 24 de setembro de 2024
segunda-feira, 23 de setembro de 2024
domingo, 22 de setembro de 2024
sábado, 21 de setembro de 2024
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 22/09/2024
Padre Cesar Augusto,
SJ - Vatican News
|
Já havia
na Antiguidade uma presença muito grande de grupos de pessoas que não
acreditavam em nada. Eram formados principalmente pelos ricos e os
intelectuais. Evidentemente, nem todos os ricos e intelectuais eram
materialistas e descrentes, muitos acreditavam na vida após a morte.
Sua
lei era: “Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos!” (Is 22,13).
Junto a esses havia alguns judeus que deixaram a fé de seus antepassados e se
uniram aos grupos de infiéis.
Contudo,
a vida honesta e coerente dos crentes incomodava a consciência dos descrentes.
Esse incômodo está escrito na primeira frase da primeira leitura de hoje,
extraída do livro da Sabedoria. “Armemos ciladas ao justo, porque sua presença
nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as
transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina.”
Hoje
também temos esses grupos de materialistas e as perseguições, mesmo que
veladas, são reais. Também Jesus não escapou às garras dessa gente. A presença,
mesmo que silenciosa, de uma pessoa de vida exemplar, incomoda e agride aqueles
que optaram por viver desonestamente.
Quando
formos perseguidos, deveremos rezar por aqueles que nos perseguem e maltratam,
mas ao mesmo tempo nos alegrar porque nosso testemunho de fé em Deus é vivo e
incomoda. Mas se nada nos acontece, deveremos rever nossa vida, alguma coisa
está errada em nosso anúncio.
No
Evangelho acontece algo que se enquadra dentro desse espírito mundano. Os
judeus, com seus líderes, não entendem o messianismo de Jesus. Eles esperam um
messias triunfante, vitorioso nos moldes dos valores deste mundo. Contudo,
Jesus os desnorteia quando diz que ele irá “ser entregue nas mãos dos homens, e
eles o matarão”.
Para
seus discípulos, Cristo pede que o sigam no serviço a todos e em se colocarem
como últimos, exatamente contrário em relação ao pedido da mãe de João e de
Tiago, para que seus filhos ocupassem os primeiros lugares, ao lado de Jesus.
Também
em nosso mundo, inclusive no mundo religioso, quantas pessoas não aspiram e
lutam para uma posição de destaque na Igreja, na paróquia, na congregação
religiosa! Quantas pessoas que ocupam lugar de importância não o usam para
serem servidas e tirarem proveito para si e para seus interesses corporativos!
Lutemos
pela pureza de nossa fé. Ela será autêntica se vivermos o que nos diz São Tiago
na segunda leitura de hoje. ”Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens
e toda espécie de obras más. De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós?”
E
o Apóstolo ensina “... a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura,
depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos,
sem parcialidade e sem fingimento.”
Vivamos
nossa fé na pureza de sentimentos e na entrega total de nossa vida a Jesus
Cristo. Que ele viva em nós! Que nossa riqueza e nossa sabedoria sejam viver ao
máximo a fé cristã.
sexta-feira, 20 de setembro de 2024
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
O CRISTÃO NA POLÍTICA, SEGUNDO O PAPA BENTO XVI
por Reinaldo Gonçalves (*)
O |
Papa
Bento XVI exortou os cristãos a não terem medo de um compromisso político,
durante uma missa ao ar livre em Viterbo, cidade ao norte de Roma que foi sede
do papado durante 24 anos no século XIII. “Não tenham medo de demonstrar
vossa fé nos diferentes círculos sociais, nas múltiplas situações da
existência”, declarou o Sumo Pontífice, recordando ainda a vocação dos
cristãos “de viver o Evangelho”, destacando que isto corresponde
justamente ao “compromisso social, à ação política”.
Tal
declaração vem em boa hora, quando no limiar de mais um pleito político,
discute-se se a Igreja deve ter atuação política ou ser simplesmente
sacramental. Este tipo de questionamento até faz lembrar as ridículas
questiúnculas escolásticas. Adão tinha umbigo? O homem tinha uma
costela a menos que a mulher? Os anjos eram assexuados ou não? A mulher tinha
alma?
Aproveitemo-nos
de Santo Agostinho para questionar o problema: O grande doutor da
Igreja disse com muita propriedade “que a Igreja foi feita para o homem e
não o homem para a Igreja”, afirmação que se assemelha a que Cristo fez: “a
lei foi feita para o homem e não o homem para a lei”.
O homem
é o maior valor existente no mundo. Tudo foi criado por Deus em razão do homem
e para o homem, que é o centro nevrálgico de toda a ordem social, cósmica e
telúrica. O homem está inserido num contexto de universalidade, abrangente de
todos os valores existentes. Nada, portanto, existe no mundo fora do homem ou
que a ele não interesse.
O homem
é uma totalidade de valores imanentes, e anseios e conquistas, de caminhos a
percorrer, de mundos a criar. Da mesma maneira que se não podem estrangular as
palpitações de vida, que gravitam nas entranhas de uma semente, assim não se
pode emascular a inteligência, a vontade e a sensibilidade do homem. Ele é por
essência, por natureza, por destinação, por impulsos instintivos, um ser
social, um ser construtor e operário, um ser econômico, político, moral e
religioso.
A Igreja,
na sua missão evangelizadora, tem que proceder como Cristo, que tomou o
homem com a totalidade dos seus valores e das suas contingências. A Igreja não
vai retalhar o homem em pedaços: este é meu, esse do Estado, aquele da família.
Esta parte é religiosa mas aquela é política etc. O homem não é só corpo nem
somente espírito. É uma síntese. Não existe esta dicotomia entre a psicologia e
a fisiologia. Entre o espiritual e o material.
Negar
a igreja o direito de interessar-se pelos problemas sociais, econômicos e
políticos do homem, é estrangular e mutilar a sua missão de redentora do homem,
e ferir este homem nos direitos primaciais que constituem a sua personalidade e
os valores imanentes do seu ser.
O grande
mal é que os homens abastardaram tanto a política que julgam e apreciam o
comportamento da Igreja segundo essa visão míope e deformada. Sem
embargo, alguns cristãos olham às vezes a Igreja como se estivessem à
margem dela. Tomam distância da Igreja como se a relação dela
com Jesus Cristo, seu fundador, fosse acidental e ela tivesse surgido como
uma consequência ocasional de sua vida e de sua morte.
Portanto,
essa Igreja, com doutrina e exemplo, nos exorta a ocupar-nos não só das
coisas do espírito, mas também das realidades deste mundo e da sociedade humana
de que somos parte. Nos exorta a comprometermo-nos na eliminação das
injustiças, a trabalhar pela paz e a superação do ódio e das violências em
todos os sentidos. Nos exorta a promover a dignidade do homem, sentirmo-nos
responsáveis pelos pobres, os enfermos, os marginalizados e oprimidos, os
refugiados, os exilados e deslocados, assim como de tantos outros aos quais deve
chegar nossa solidariedade.
terça-feira, 17 de setembro de 2024
segunda-feira, 16 de setembro de 2024
domingo, 15 de setembro de 2024
sábado, 14 de setembro de 2024
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 24º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 15/09/2024
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
Mais uma vez Deus nos leva a uma revisão de nossos critérios, se estão de acordo com os de Jesus, o Homem Novo, ou se nos deixamos levar pelos do mundo e aceitamos os seus, tão diversos dos do Senhor.
A primeira leitura, extraída de Isaías nos apresenta a figura significativa do Servo Sofredor, a mesma da sexta-feira santa, onde lemos sobre o homem das dores que confia no Senhor. Esse relato nos conduz ao Evangelho deste domingo, em que Marcos faz o primeiro anúncio da paixão do Mestre. Ora, Jesus é aquele que nos salvou a partir do seu sofrimento, que foi rejeitado e hostilizado pelos grandes de Israel e, em seguida, enaltecido pelo Pai e, por Ele, ressuscitado. Por isso Jesus se tornou a força, a esperança, o referencial para aqueles que assumem, como missão, a luta por seus irmãos, pela justiça, para que eles sejam respeitados como filhos de Deus.
No Evangelho Cristo desnorteou seus discípulos ao falar que ele seria rejeitado e sofreria muito e que exatamente por causa dessa paixão é que sairia vitorioso. Jesus ensinou que a vitória virá através da morte, da derrota. Ele quebrou a lógica do mundo, virou a mesa.
Quando Pedro, que havia feito bela profissão de fé, mas ainda sem uma compreensão amadurecida, disse que impediria tal desastre acontecer, Jesus o repreendeu com um veemente “Afasta-te de mim Satanás!” E em seguida disse para todos:” Se alguém me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la”.
Renunciar a si mesmo significa renunciar a toda ambição pessoal, não pensar em si, em seus interesses, mas estar totalmente voltado para Deus e para os outros. Tomar a sua cruz é muito mais do que aceitar as durezas do dia a dia; é consequência do “renunciar a si mesmo,” quando nos sacrificamos pela felicidade de alguém e é, em diversas ocasiões, o preço pela fidelidade ao Evangelho.
Seguir Jesus é tomar parte em seu projeto redentor, na luta pela instauração do Reino de justiça e de paz e aceitar as consequências dessa participação; é perder a vida, como aconteceu com ele, nosso Mestre e Senhor.
Ser companheiro de Jesus em sua paixão, assumindo toda sua humilhação, trabalhos e lutas, nos proporcionará, depois, segui-lo na glória. Por isso, quem quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas quem a perder, irá salvá-la.
EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ - 14 DE SETEMBRO
sexta-feira, 13 de setembro de 2024
quinta-feira, 12 de setembro de 2024
quarta-feira, 11 de setembro de 2024
DISCRIMINAR NUNCA, TOLERAR SE POSSÍVEL!
N |
ão
discriminar não significa ter de tolerar as mesmas ideias, gostos, sentimentos,
opções sexuais, ideais políticos ou religiosos. Posso e devo discordar se penso
diferente. Isso é democracia, isso é pluralismo.
Para
o filósofo Tomás de Aquino, que criou o conceito de tolerância no século 13:
“Tolerar é permitir a existência de certos males menores para não provocar
outros males maiores e para não impedir certos bens maiores”. Tolerar é
permitir de forma bastante justificada certos males menores, não os autorizar.
Existe
uma diferença notável entre permitir e autorizar. Esse último é dar autoridade
a alguém para que faça algo. Seria autorizar o mal e converter, por um poder
arbitrário e pela “magia” da tolerância, o mal em bem. O autorizador, assim,
tornar-se-ia corresponsável pelo mal. O que não seria ético.
É
preciso ser consciente de que, quando se é tolerante, o mal continua sendo mal
na perspectiva de quem permite. E que, mesmo sendo tolerante alguma vez, nem
sempre será possível tolerá-lo. Nesses casos é preciso ser intransigente com o
erro e o mal, o que não é intolerância. Ora, numa sociedade em que a confiança
na razão como meio para descobrir a verdade foi aos poucos dando lugar ao
ceticismo, é fácil compreender por que as pessoas se confundem entre o bem e o
mal.
Os
conceitos de intransigência e discriminação acabam se confundindo, o que é um
grande erro.
Ser
intransigente é defender a verdade que nos transcende. Significa manifestar o
direito de discordar de alguém que apresente outra coisa como verdade, e, num
diálogo respeitoso, expor uma argumentação diferente, com fundamentos sólidos e
convincentes, de forma que ambos tentem honestamente vislumbrar um bem que os
una. Portanto, uma atitude bastante distante da violência e da arrogância.
Já
ser discriminador é algo bastante diferente. Significa dar um tratamento
desigual, seja favorável ou desfavorável, às pessoas em função das suas
características raciais, sociais, religiosas ou de gênero. É um desrespeito à
pessoa humana, quase sempre numa atitude física ou psicologicamente violenta.
Naturalmente, é algo deplorável, que sempre será preciso combater. Entretanto,
não existe discriminação de ideias nem de atitudes, somente de pessoas.
Como
aponta a doutora em Filosofia Ana Marta González, “o respeito se dirige ao
homem que eventualmente defende ideias opostas às nossas; a tolerância, às suas
ideias” (Las paradojas de la tolerância). Posso e devo discordar se
penso diferente. Isso é democracia, isso é pluralismo.
E como conviverão em paz pessoas que pensam diferente? Como viver a tolerância, em casos como a eutanásia infantil, o nudismo, o livre exercício de religiões minoritárias? A resposta é complexa, mas a filósofa espanhola nos orienta: eticamente, com respeito. Politicamente, com três critérios: buscar a solução em que a maioria possa se abster; em que o prejuízo que se vá produzir nos outros seja o menor possível; em que a subsistência da sociedade esteja sempre garantida.
Adaptação do texto do Professor João Malheiro, Doutor em
Educação pela UFRJ - Artigo Publicado no Jornal Atuação do Movimento Familiar
Cristão (MFC).
terça-feira, 10 de setembro de 2024
segunda-feira, 9 de setembro de 2024
domingo, 8 de setembro de 2024
sábado, 7 de setembro de 2024
Reflexão Litúrgica para o 23º Domingo do Tempo Comum - 08/09/2024
Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News
A |
segunda
leitura deste 23º DOMINGO DO TEMPO COMUM, tirada da Carta de São Tiago, nos
questiona quanto ao nosso relacionamento com as pessoas que são ricas, bonitas,
inteligentes, realizadas profissionalmente, afetivamente, enfim, como nos
portamos diante das pessoas bem-sucedidas de acordo com o critério mundano. Ao
mesmo tempo, São Tiago também analisa nosso comportamento em relação ao pobre,
ao deficiente, ao feio, ao menos inteligente, ao desempregado, ao sem-teto,
enfim aos marginalizados em nossa sociedade.
Se
somos batizados, se fizemos a profissão de fé cristã e a renovamos a cada
domingo no momento do Credo, deveremos agir como Jesus Cristo e ter um especial
carinho pelos pobres e oprimidos já que eles mereceram uma atenção especial de
Jesus e continuam sendo os filhos queridos do Pai.
Contudo,
deixamos a carne falar mais forte e agimos de acordo com os critérios humanos,
mesmo sabendo que fazemos algo errado. O belo, o aceito socialmente nos atrai
tanto, na mesma proporção em que repugnamos o feio. Ao mesmo tempo demonstramos
também nossa fragilidade, temendo a reação do mundo, em não sermos aceitos por
causa de nossa postura socialmente incorreta diante dos códigos sociais
elitistas. Aí renegamos o Cristo crucificado, que está no marginalizado, e
abraçamos as pompas e as obras que o crucificaram.
Muitas
vezes conseguimos ter atitudes cristãs dentro das igrejas, na hora da missa,
mas tal não consegue resistir a um confronto em um ambiente extra eclesial. É
na sociedade, nos casamentos, nas festas, no trabalho, na rua, nos hospitais,
que somos chamados a sermos sal da terra e luz do mundo. É aí que deveremos
fazer a diferença.
Criticamos
muito os nossos políticos e deveremos continuar criticando-os quando não fazem
o que prometeram em época de eleições. Alguns até se deixam subornar por
dinheiro ou por acordos partidários.
Mas
atenção, não só os políticos corruptos são coniventes com os
erros denunciados por uma frase do livro do Eclesiastes (13,3), mas também
nós: "O rico comete uma injustiça e ainda se mostra altivo, o
pobre é injustiçado e ainda se desculpa”. Concordaremos
com isso ou vamos lutar pela justiça, evitando discriminação? Se cremos em
Deus, nossas relações serão marcadas pela justiça e pela caridade.
No
Evangelho Jesus curou um surdo que, por causa dessa deficiência, falava
com dificuldade. O Senhor o levou para fora da multidão, tocou-o em seu ouvido
e língua e disse sobre ele: "Abre-te!" O
surdo, como não escuta, não sabe o que passa ao seu redor e geralmente, como no
relato de hoje, tem dificuldade em se expressar e, por tudo isso se sente e é
marginalizado. Jesus o retirou dessa situação, devolvendo-o capacitado. A ação
cristã o reintegrou à sociedade.
Ao
mesmo tempo o Senhor recomenda silêncio em relação ao seu feito. Perguntamo-nos
o porquê? Porque Ele sabe que o testemunho dado só será possível quando as
pessoas passarem, como ele Jesus passou, pela cruz e ressurreição. É no
Calvário que surge o homem novo, o homem que supera os contravalores mundanos e
revela a fé autêntica, a entrega radical ao querer do Pai, isto é, à prática da
justiça.
Se Deus privilegia os pobres, que lugar ocupa os carentes em minha vida? Até onde pratico e luto por uma justiça social?
sexta-feira, 6 de setembro de 2024
quinta-feira, 5 de setembro de 2024
quarta-feira, 4 de setembro de 2024
SETEMBRO: MÊS DA BÍBLIA!
N |
este mês
de setembro, a Igreja no Brasil, celebra o MÊS DA BÍBLIA: um convite especial
para todas as pessoas que gostam de estudar a Palavra de Deus.
Por
meio das celebrações nas paróquias, pastorais, movimentos, organismos e
comunidades católica de todo o país, os fiéis são convidados a meditar a Sagrada
Escritura e os seus ensinamentos.
Setembro
foi escolhido pelos Bispos do Brasil como o Mês da Bíblia em razão da memória
de São Jerônimo, celebrada no dia 30.
São
Jerônimo foi o encarregado por traduzir a Sagrada Escritura para o latim. Essa
versão latina recebeu o nome de Vulgata, que significa “popular” em latim. Essa
versão é referência nas traduções da Bíblia até os dias de hoje.
A
Bíblia contém o que Deus quis comunicar aos povos em relação ao seu plano de
salvação para a humanidade.
Ao
celebrar o Mês da Bíblia, a Igreja propõe o convite a aprofundar nosso
conhecimento em relação a esse plano e ao centro da nossa fé: Jesus Cristo.
Em
Jesus, podemos contemplar o verdadeiro Deus e o verdadeiro Homem, Messias
anunciado durante o Antigo Testamento para o povo que caminhava nas trevas.
Nesse contexto, nós também somos chamados a redescobrir a manifestação de Deus
na história por meio do seu Filho, para o qual as Sagradas Escrituras sempre
apontam.
O
livro bíblico mais utilizado para aprofundamento da bíblia é o de Josué, com a
inspiração: “O Senhor, teu Deus, estará contigo por onde quer que vás” (Js
1,9).
Um
dos Pilares da Igreja no Brasil é o Pilar da Palavra de Deus, incluído nas
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, aprovadas pelo
episcopado brasileiro em sua 57ª Assembleia Geral, em Aparecida (SP).
A
proposta é nos aproximar da jornada de Josué pela posse da Terra Prometida.
Também nós, portanto, somos chamados ao estudo do Livro de Josué, que nos leva
a perceber que Deus nunca deixa sem respostas as pessoas e comunidades que a
Ele se confiam.
O
esforço empreendido pelas tribos israelitas na conquista e ocupação das terras
é tema principal no Livro de Josué. O personagem principal de todo o livro é
Josué, termo em hebraico que significa “O Senhor salva”.
O
Senhor é uma divindade que segundo o texto, nos tempos de Josué, aparece entre
tantas outras divindades, presentes nos cultos das religiões politeístas dos
povos vizinhos.
Todo
o sucesso dos grupos liderados por Josué na conquista e posse da terra está
condicionado a realizar a Palavra do seu Deus, sem submeter-se também aos
cultos estrangeiros.
“Não temos dúvida que esse livro soa como uma catequese para impulsionar o povo na conquista da terra."
O
Livro de Josué é um autêntico testemunho de que Deus realiza a promessa feita
ao seu povo Israel. Da escravidão para a posse da Terra Prometida.
No
estudo do Livro de Josué, todas as pessoas são chamadas a perceber o Deus que
sempre responde seu povo.