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difícil que não haja discussões em uma relação
de casal e, por mais insignificantes que possam ser, é preciso escolher a hora
e local adequados para isso, de maneira que os filhos fiquem fora da situação.
Nos primeiros anos de vida, as crianças
também percebem o que acontece ao seu redor e, pouco a pouco, vão desenvolvendo
a sensibilidade para distinguir entre um ambiente familiar tenso ou harmônico.
Quando os filhos são espectadores contínuos das brigas entre seus pais, podem
manifestar seu inconformismo de diversas maneiras:
Nos menores, pode haver birras e regressões (como voltar ao uso de fraldas, pedir
novamente a chupeta ou mamadeira etc.), com o fim de chamar a atenção.
Nos filhos de idade escolar, é comum que haja
um comportamento agressivo e rebelde no colégio, como brigas com colegas,
desacato das normas e fracasso escolar; mas em sua casa o comportamento é o
oposto: ficam apáticos.
Nos adolescentes, as reações são diferentes,
como é próprio desta idade. O mais comum é mostrar-se indiferentes e preferir a
evasão, refugiando-se em atividades que servem de escape: chat, saídas com
amigos, álcool, música, entre outras.
Diante deste tipo de reações, os pais “muitas vezes levam as crianças ao
psicólogo, como se fossem problemas dos pequenos, e depois percebem que as
disfunções são da família; às vezes nem sequer desta, mas do casal em
particular”, esclarece Tânia Donoso Niemeyer, acadêmica de Psicologia da
Universidade do Chile.
Assim, em todas as idades, as brigas
frequentes dos pais são prejudiciais para o desenvolvimento emocional dos
filhos, tanto que, em alguns casos, podem provocar feridas difíceis de apagar.
RECOMENDAÇÕES AOS ESPOSOS
Pode ser que até hoje você nunca tenha parado
para pensar nisso e não tenha percebido que seus filhos estavam lá, no meio dos
conflitos com seu cônjuge. A psicóloga Andrea Palacios recomenda aos pais que “se conscientizem da importância de lidar
com diferenças e traçar estratégias para ter essas discussões sem que gerem
perturbações no desenvolvimento dos filhos. Não se trata de evitar o conflito,
mas buscar o momento mais apropriado para enfrentá-lo”.
AS SUGESTÕES A SEGUIR PODEM SER DE MUITA
UTILIDADE:
1. Ter as discussões fora do alcance das
crianças, para assim evitar todo tipo de dúvida ou dor. Os problemas do casal
devem ser discutidos em privado, sem que os filhos os ouçam. Por isso,
recomenda-se esperar que estejam dormindo ou sair para conversar em outro
lugar.
2. Não fazer que o filho tome partido por
nenhum dos dois lados.
3. Não transformar seus filhos em sua fonte
de apoio. Se precisarem de alguém, é melhor procurar um adulto, que entenderá
realmente o que acontece.
4. Se o filho perguntar, é preciso
explicar-lhe que a discussão é natural, mas que há certas formas de fazê-la.
5. Estar atentos às atitudes dos cônjuges (bater a porta, fazer cara brava etc.),
já que as crianças percebem todos os detalhes.
Quando um casal tem muita insatisfação,
convém buscar a forma de resolver os problemas a tempo.
Procure apoio terapêutico, porque uma vida de
separação ou de desunião emocional dentro do casamento provoca muita dor e não
é qualidade de vida para os adultos; e, certamente, muito menos para as
crianças.
Isso pode ser difícil para os casais em um
primeiro momento, mas, com esforço, certamente conseguirão. Tudo vale a pena pelos filhos!
Artigo publicado originalmente por LaFamilia.info
Fonte: Aleteia
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