quarta-feira, 29 de abril de 2015
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Na escola do Bom Pastor
Na escola do Bom
Pastor aprendemos com ele e dele receber as graças necessárias
para o tempo em que vivemos
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém, Pará
A
|
Igreja
celebra a cada ano, iluminada pelo facho de luz da Ressurreição do Senhor, a
Festa do Bom Pastor, olhando para aquele que dá a vida pelo seu povo, tantas
vezes chamado carinhosamente de rebanho, para manter a fidelidade à imagem
utilizada por Jesus. E ele, ao contar as três pequenas parábolas chamadas do
Bom Pastor (Cf. Jo 10, 1-18), sofria pressões de todas as partes, tanto que,
com muita força, fala de mercenários, cujos interesses não se tinham
manifestados os mais puros diante do povo a ser conduzido a boas pastagens. A
figura do Bom Pastor, tão admirada por nós, provocou séria divisão, com os
adversários de Jesus tramando armadilhas para condená-lo (Cf. Jo 10, 19-21).
No entanto, de geração em geração os
ensinamentos do Senhor conduzem os cristãos a descobrirem riquezas sempre novas
nas referidas parábolas. Não podemos nos furtar a desfrutá-las, entrando na
escola do Bom Pastor, para aprender com ele e dele receber as graças necessárias
para o tempo em que vivemos. O contexto não é muito diferente, pois também hoje
assistimos a uma crise significativa na compreensão e no exercício do poder.
Parece que a humanidade tem tendência de voltar à idade da pedra, mudando
apenas as armas e as técnicas, quando se vê a barbárie de gestos, palavras e
atitudes em todos os níveis! Mas vamos entrar na escola!
O
mercenário trabalha por dinheiro, sem laços com o rebanho, comprometendo-se
apenas até o momento em que recebe seu pagamento. No rebanho de Cristo,
ao invés, se entra por amor e se trabalha por amor. Não se sustenta qualquer
outro argumento, até porque o que se envolve com o Senhor assume riscos que
podem custar-lhe a própria vida. O amor traz consigo a exigência da gratuidade.
Entra-se na Escola do Bom Pastor por atração, por liberdade que se compromete
com alguém, com paixão pelos valores que caracterizam sua vida. E todas as
pessoas que tiverem experimentado um autêntico encontro pessoal com Jesus
Cristo estarão envolvidas nestes laços irresistíveis. Vale inclusive para
analisar nosso relacionamento com a Igreja, pois quando se começa a tomar
distância, analisá-la com pretensa objetividade, é sinal de que faltou este
compromisso de coração, até porque com ele vem também a misericórdia, com a qual
os eventuais limites das pessoas são alcançados e superados.
No rebanho de Cristo não existem apenas
números, mas nomes e histórias das pessoas. Consola saber que Jesus conhece as
suas ovelhas pelo nome, sabe dos caminhos que estas percorrem, pensa nelas, vai
ao seu encontro, coloca-as, sobre os ombros, cuida como o Bom Samaritano de
outra parábola, escreve nos céus os nomes dos que lhes são confiados.
Exuberante lição, diante das muitas e tantas
vezes impessoais redes de nosso tempo, com as quais as pessoas no fundo se
escondem ou se expõem indevidamente. Muitos até perguntam se não pode acontecer
validamente a administração de um Sacramento por meios eletrônicos! A Igreja
sempre haverá de propor à humanidade o olho
no olho, o relacionamento pessoal, a força do encontro em comunidade, que
questiona, provoca positivamente e é sinal sacramental do seu Senhor, que nunca
abandona seu povo, pois está conosco até o fim dos tempos.
Na
Escola de Cristo se estabelece um sonho, com o qual todos são incluídos, até
que haja um só rebanho e um só Pastor. A Igreja há de aprender continuamente com o
seu Senhor, a pensar em quem está mais distante, nas periferias geográficas e
existenciais, expressão tão cara ao Papa Francisco. O mais distante pode estar
na casa do vizinho, ou dentro de nossa própria casa! Trata-se de abrir os olhos
e o coração, para prestar mais atenção aos gritos ou sussurros das pessoas.
Enfim, do Senhor se aprende e se recebe a
graça da liberdade. Ele dá a vida por si mesmo, pois tem o poder de entregá-la
e recebê-la novamente (Cf. Jo 10, 18). Os cristãos não se encontram na Igreja
por constrangimento, remorsos mal trabalhados ou apenas por tradições
recebidas, ainda que estas sejam preciosas. É necessário renovar a liberdade do
dom, abraçar com alegria o relacionamento com Deus e com o próximo
proporcionado pela aventura da vida cristã.
Tais lições se aplicam para todas as pessoas
que assumem responsabilidades em relação aos outros. Da família ao trabalho, na
escola ou nas organizações sociais, mais cedo ou mais tarde todos podem de
alguma forma conduzir os outros, e
esta é uma arte que se aprende no discipulado, caminhando com Jesus.
É neste contexto que celebramos o Dia Mundial
de Orações pelas Vocações Sacerdotais, no Domingo do Bom Pastor, no qual o Papa
Francisco propõe para o seguimento de Jesus a experiência do Êxodo, paradigma da vida cristã, particularmente de
quem abraça uma vocação de especial dedicação ao serviço do Evangelho.
Consiste numa atitude sempre renovada de conversão e transformação, em
permanecer sempre em caminho, em passar da morte à vida, como celebramos em
toda a liturgia: é o dinamismo pascal.
Fundamentalmente, desde o chamado de Abraão
até Moisés, desde o caminho de Israel peregrino no deserto até à conversão pregada
pelos profetas, até à viagem missionária de Jesus que culmina na sua morte e
ressurreição, a vocação é sempre aquela ação de Deus que nos faz sair da nossa
situação inicial, nos liberta de todas as formas de escravidão, nos arranca da
rotina e da indiferença e nos projeta para a alegria da comunhão com Deus e com
os irmãos. Por isso, responder ao chamado de Deus é deixar que ele nos faça
sair da nossa falsa estabilidade para nos pormos a caminho rumo a Jesus Cristo,
meta primeira e última da nossa vida e da nossa felicidade…Tudo isto tem a sua
raiz mais profunda no amor.
De fato, a vocação cristã é, antes de mais
nada, um chamado de amor que atrai e reenvia para além de si mesmo,
descentraliza a pessoa, provoca um êxodo permanente do eu fechado em si mesmo
para a sua libertação no dom de si e, precisamente dessa forma, para o
reencontro de si mesmo, mais ainda para a descoberta de Deus (Bento XVI, Carta enc. Deus caritas est, 6) *
(Mensagem para o Dia Mundial de Orações pelas Vocações de 2015).
domingo, 26 de abril de 2015
Liturgia do 4º Domingo da Páscoa - 26/04/2015
4º DOMINGO
DA PÁSCOA
DOMINGO DO BOM PASTOR
PRIMEIRA LEITURA (At 4,8-12)
Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, 8Pedro, cheio do Espírito Santo,
disse: Chefes do povo e anciãos: 9hoje estamos sendo interrogados
por termos feito o bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. 10Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel: é pelo nome de
Jesus Cristo, de Nazaré, — aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou
dos mortos — que este homem está curado, diante de vós.
11Jesus é a pedra que vós, os
construtores, desprezastes, e que se tornou a pedra angular. 12Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome
dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
RESPONSÓRIO (Sl 117)
— A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular.
— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / Eterna é a sua misericórdia!/
É melhor buscar refúgio no Senhor,/ do que pôr no ser humano a esperança;/ é
melhor buscar refúgio no Senhor,/ do que contar com os poderosos deste mundo!
— Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes/ e vos tornastes para mim
o salvador!/ A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra
angular./ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso;/ que maravilhas ele fez a
nossos olhos!
— Bendito seja, em nome do Senhor,/ aquele que em seus átrios vai
entrando!/ Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço!/ Vós sois meu Deus, eu
vos exalto com louvores!/ Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!/ Eterna é a
sua misericórdia!
SEGUNDA LEITURA (1Jo 3,1-2)
Leitura da Primeira Carta de São João:
Caríssimos: 1Vede que grande presente de amor
o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não
nos conhece, é porque não conheceu o Pai.
2Caríssimos, desde já somos
filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando
Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele
é.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
EVANGELHO (Jo 10,11-18)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus: 11Eu sou o bom pastor. O bom
pastor dá a vida por suas ovelhas. 12O mercenário, que não é pastor e
não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo
as ataca e dispersa. 13Pois ele é apenas um mercenário
que não se importa com as ovelhas.
14Eu sou o bom pastor. Conheço as
minhas ovelhas, e elas me conhecem, 15assim como o Pai me conhece e eu
conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas.
16Tenho ainda outras ovelhas que
não são deste redil: também a elas devo conduzir; elas escutarão a minha voz, e
haverá um só rebanho e um só pastor.
17É por isso que meu Pai me ama,
porque dou a minha vida, para depois recebê-la novamente. 18Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de
entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que recebi de
meu Pai.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!
HOMILIA
Dom Sérgio
da Rocha
Arcebispo de
Brasília
O 4º Domingo da Páscoa é conhecido como Domingo do Bom Pastor, pois nele
sempre se proclama um trecho do capítulo dez do Evangelho segundo João, que nos
apresenta Jesus como o Bom Pastor. A cada ano, são destacados traços do Bom
Pastor que nos motivam a colocar nele a nossa fé, deixando-nos conduzir por ele
e escutando a sua voz, como ovelhas do seu rebanho. A doação da vida do Bom
Pastor se manifesta, de modo especial, na cruz. Neste Tempo Pascal, nós estamos
celebrando a vitória do Pastor - Cordeiro imolado, que vence a morte e nos dá a
vida. Contudo, não se pode pertencer ao rebanho aceitando apenas o pastor.
Aqueles que seguem o Bom Pastor devem aceitar também as demais ovelhas do
rebanho, os outros discípulos, como irmãos a serem amados através de gestos
concretos de caridade, serviço e doação da própria vida. Por isso, valorize a
Igreja e participe da sua paróquia, procurando colaborar no cuidado pastoral da
comunidade.
No Domingo do Bom Pastor, nós somos convidados a rezar especialmente por
aqueles que colaboram no pastoreio do rebanho de Jesus, o Bom Pastor,
prolongando a sua presença e missão, de modo especial, através do sacerdócio e
da vida religiosa. Por isso, a cada ano, neste Domingo, celebramos a Jornada
Mundial de Oração pelas Vocações. Não bastam as iniciativas espontâneas para
valorizar e promover as vocações, embora elas sejam sempre muito importantes. É
preciso organizar o serviço de animação vocacional nas paróquias, criando
equipes paroquiais de pastoral vocacional. Além disso, não pode faltar o
testemunho da beleza e do valor do sacerdócio e da vida consagrada, assim como,
o reconhecimento da importância da vocação dos cristãos leigos na Igreja e na
sociedade. Necessitamos de leigos atuantes na Igreja, que sejam sal da terra e luz do mundo.
Lembremos, hoje, que o cultivo das vocações é dever da inteira
comunidade dos fiéis, a começar pela oração permanente pelas vocações, segundo
a palavra de Jesus: pedi ao Senhor da
messe que envie operários para a messe (Mt 9, 38). Agradecemos a todos os
que se dedicam ao serviço vocacional em nossa Igreja, especialmente, aos
formadores dos Seminários, aos animadores da Pastoral Vocacional e aos que
contribuem para a Obra das Vocações Sacerdotais. Necessitamos de maior auxílio
espiritual e material, principalmente na sustentação de nossos Seminários.
Neste Ano da Vida Consagrada, nós louvamos a Deus, de modo especial, pelas
pessoas consagradas, expressando-lhes a nossa cordial gratidão pela presença
fraterna e missão entre nós. Suplicamos a Jesus, o Bom Pastor, para abençoar a
todos os consagrados e consagradas. Sejam sempre sinais do amor de Deus,
testemunhando a alegria do Evangelho!
ORAÇÃO
Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias
celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza
do Pastor. Amém!
Editado por JorgeMacielNews
sábado, 25 de abril de 2015
Programa Família em Pauta de 21ABR2015
Programa FAMÍLIA EM PAUTA
Um Programa do MFC - Movimento Familiar Cristão de Maceió, na TV MACEIÓ - Canal 22 da Net e Via Satélite no Canal 86/87
No Programa desta semana, Valverde Barros conversa com o Padre Manoel Henrique de Melo Santana, novo padre e administrador da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro do Tabuleiro Novo, em Maceió. Padre Manoel Henrique fala de sua vida sacerdotal e dos seus projetos para a nova missão na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Sua opinião é importante para nós. Faça seus comentários e dê sugestões para que possamos melhorar os próximos Programas FAMÍLIA EM PAUTA.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Coordenador de Grupo de Base, exerça seu direito de opinar e votar
T
|
odos os membros do Movimento Familiar Cristão
de Maceió tem o poder de tomar decisões relacionadas ao MFC Maceió, direta ou
indiretamente, através de seus coordenadores de Grupo de Base. Através da voz e
do voto, o coordenador de Grupo de Base expressa à vontade do seu Grupo, deliberando
em assuntos do Movimento Familiar Cristão.
É importante que o Grupo de Base, através de
seu coordenador ou representante, exerça o seu direito de opinar e votar,
exercendo com consciência o que é o melhor para o seu Grupo e Movimento nas
reuniões do Conselho de Cidade. Vivemos num regime democrático e é vital na democracia
representativa exercer o direito de opinar e votar.
Os coordenadores de Grupos de Base precisam
exercer seu direito, opinando, votando e cobrando com consciência dos nossos dirigentes,
exigindo o que há de melhor para o MFC, assim com certeza teremos um Movimento
melhor, consciente e realmente democrático.
Os coordenadores devem avaliar os projetos propostos para melhorias do Movimento. A conscientização dos Grupos de
Bases, participando ativamente das reuniões do Conselho de Cidade é uma boa
maneira de contribuir para o sucesso das ações do MFC.
Todo mefecista deve participar ativamente das
reuniões administrativas, especialmente nas reuniões do Conselho de Cidade,
analisando os pós e os contras das propostas, escolhendo o melhor para o nosso Movimento
Familiar Cristão.
Portanto, não deixe de participar das
reuniões do Conselho de Cidade, a
sua presença é fundamental para que o Grupo tenha voz e voto nas decisões do
MFC MACEIÓ.
terça-feira, 21 de abril de 2015
Cuidando e amando
Rainey Marinho |
Rainey Marinho
Grupo
Genezaré
MFC Maceió
P
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rocurar escrever sobre as coisas que nos
rodeiam no dia-a-dia é um exercício maravilhoso de repensar a vida e minhas
atitudes. Quando me debruço sobre algum fato e tento exercitar meu entendimento
a respeito dele, cada tecla pressionada coloca-me em choque direto, muitas
vezes, comigo mesmo. Um processo de
descoberta que, em algumas ocasiões, resulta em mim sensações de felicidade,
outras de dor.
Essa semana, depois de uma viagem maravilhosa
mentalmente, mas que me deixou extenuado fisicamente, tentei retornar a minha
rotina. Pois bem, dirigia-me de carro para o tênis, bem lentamente, com a
preguiça de quem acorda muito cedo, por volta de cinco da manhã, quando passava
por uma praça e vi um idoso. Deveria ter uns bons anos de vida, sentado em sua
cadeira de rodas, sozinho, com seus cabelos prateados brilhando ao sol.
Parei o carro e fitei-o.
O quanto somos frágeis. Outrora, aquele homem
deveria ter sido um ser humano forte e hoje sente o cansaço da vida. Como tudo
que vivemos é efêmero. Um dia cuidamos em outro somos cuidadores. Nesse
momento, me veio o seguinte questionamento: afinal, a palavra é cuidadores?
Quem ama é cuidador?
Tomei um choque de realidade e temor pelo uso
do vernáculo.
A vida de hoje cheia em suas agendas lotadas
nos tornaram em mecânicos do cuidar. Profissionais da atenção e do zelo.
Lembro-me na minha infância de uma senhora, vizinha de porta que dizia:
"meus filhos são bem cuidados, têm saúde e são limpos." Mas isso
basta? Pais cuidadores? Filhos cuidadores?
Tudo parece muito frio para mim. Afinal,
todos nós temos uma responsabilidade com os nossos, principalmente os frágeis.
Acredito que precisamos desenvolver uma incumbência de exercitar a atenção no
sentido emocional de ser, sem aridez.
Mas, quem cuidará de nós?
Não sei, mas sinceramente precisamos fazer o
nosso melhor sem esperar retorno. Amar é uma sentimento unilateral e exercitar
o amor é fruto disso, pena que as vezes os outros não entendam a nossa forma de
amar.
Levantei a cabeça olhando para o idoso e vi
um sorriso redondo aparecer em sua face. Um homem, parecia seu filho, atravessava
a rua com uma xícara fumegante em sua direção. Os dois riram juntos e eu parti
com meus pensamentos.
Acho que foi Chaplin que disse: necessitamos
mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de
inteligência...
Boa semana!
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Aprenda a levantar-se dos tombos da vida
Wellington Jardim (Eto) |
A vida nos dá cada tombo, mas não podemos ficar paralisados diante deles.
Wellington Jardim (Eto)
Comunidade Canção Nova
À
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s vezes, realmente, temos de ultrapassar
montanhas de dificuldades, as quais parecem intransponíveis aos nossos olhos.
Nesses momentos, precisamos colocar os joelhos no chão e suplicar a Deus que
lute por nós, que vá à nossa frente, confirme Seu poder para o qual nem a morte
foi um adversário à altura.
Quantas vezes tropeçamos em pedrinhas de nada
que encontramos pelo caminho! Assim como um soldado não é formado do dia para a
noite, nós também, como exército de Deus, devemos treinar todos os dias.
Aprendamos a levantar depois do tombo,
aproveitemos o tropeço para dar uma avançadinha a mais. Saibamos reconhecer e
entender cada pedregulho que nos faz bambear. Sejamos espertos quanto ao bem e
prudentes quanto ao mal. Não desviemos nossos olhos da cruz. Não esqueçamos que
o sepulcro está vazio. O Dono da vitória ressuscitou e nós ressuscitamos com
Ele.
domingo, 19 de abril de 2015
Liturgia do 3º Domingo da Páscoa - 19/04/2015
3º DOMINGO
DA PÁSCOA
PRIMEIRA LEITURA (At 3,13-15.17-19)
Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: 13O Deus de Abraão, de Isaac, de
Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus. Vós o
entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos, que estava decidido a soltá-lo. 14Vós rejeitastes o Santo e o
Justo, e pedistes a libertação para um assassino. 15Vós matastes o autor da vida,
mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas.
17E agora, meus irmãos, eu sei que vós agistes por
ignorância, assim como vossos chefes. 18Deus, porém, cumpriu desse modo o que havia
anunciado pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo haveria de sofrer. 19Arrependei-vos, portanto, e
convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
RESPONSÓRIO (Sl 4)
— Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!
— Quando eu chamo, respondei-me, ó meu Deus, minha justiça!/ Vós, que
soubestes aliviar-me nos momentos de aflição,/ atendei-me por piedade e escutai
minha oração!
— Compreendei que nosso Deus faz maravilhas por seu servo,/ e que o
Senhor me ouvirá quando lhe faço a minha prece!
— Muitos há que se perguntam: Quem nos dá felicidade?/ Sobre nós fazei
brilhar o esplendor de vossa face!
— Eu tranquilo vou deitar-me e na paz logo adormeço,/ pois só vós, ó
Senhor Deus, dais segurança à minha vida!
SEGUNDA LEITURA (1Jo 2,1-5a)
Leitura da Primeira Carta de São João:
1Meus filhinhos, escrevo isto
para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um
Defensor: Jesus Cristo, o Justo. 2Ele é a vítima de expiação pelos
nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo
inteiro.
3Para saber que o conhecemos,
vejamos se guardamos os seus mandamentos. 4Quem diz: Eu conheço a Deus, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso,
e a verdade não está nele. 5aNaquele, porém, que guarda a sua
palavra, o amor de Deus é plenamente realizado.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
EVANGELHO (Lc 24,35-48)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 35os dois discípulos contaram o
que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o
pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu
no meio deles e lhes disse: A paz esteja
convosco!
37Eles ficaram assustados e cheios
de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: Por que estais preocupados, e por que tendes
dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em
mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu
tenho.
40E, dizendo isso, Jesus
mostrou-lhes as mãos e os pés.
41Mas eles ainda não podiam
acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: Tendes aqui alguma coisa para comer? 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante
deles.
44Depois disse-lhes: São estas as coisas que vos falei quando
ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito
sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.
45Então Jesus abriu a inteligência
dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: Assim está escrito: O Cristo sofrerá e
ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o
perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo
isso.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!
HOMILIA
Dom Sérgio
da Rocha
Arcebispo de
Brasília
Neste tempo pascal, o Evangelho nos mostra como encontrar Jesus
Ressuscitado, à luz da experiência realizada pelos discípulos. Eles tiveram
dificuldades para reconhecer a presença do Ressuscitado (Lc 24,37), mas ele se
colocou no meio deles, desejando-lhes a paz e com eles fez refeição,
comprovando estar vivo.
No itinerário de fé em Jesus Ressuscitado, dois aspectos se sobressaem,
segundo o texto meditado. O primeiro é o fato de estarem reunidos ouvindo o
testemunho dos dois discípulos de Emaús, que lhes contaram o que tinha acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir
o pão (Lc 24, 35). O testemunho foi e continua a ser muito importante para
a fé em Cristo Ressuscitado. Por isso, ao final desse episódio, Jesus se dirige
aos Apóstolos afirmando: vós sois
testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48). A humanidade necessita do testemunho
de uma fé viva na ressurreição, através do anúncio do mistério pascal, mas
também da vivência do Evangelho na vida cotidiana. O testemunho acontece por
meio da acolhida e da vivência da Palavra, conforme ressalta o texto da
Primeira Carta de São João, proclamado na primeira leitura. Quem afirma
conhecer a Deus, mas não guarda os seus
mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele (1Jo 2,4).
O segundo aspecto se refere à compreensão das Escrituras. Lucas destaca
que Jesus abriu a inteligência dos
discípulos para entenderem as Escrituras, mostrando o cumprimento do que
estava escrito sobre ele na Lei de
Moisés, nos Profetas e nos Salmos (Lc 24,44-45). Reunidos em comunidade,
eles compreendem, com Jesus e por causa dele, o sentido das Escrituras.
Necessitamos, hoje, cultivar esta atitude de escuta da Palavra de Jesus,
através da Igreja e com a Igreja, especialmente, quando nos reunimos em comunidade
para celebrar a Eucaristia. Logo depois do texto proclamado, encontra-se a
promessa do envio do Espírito Santo para que os discípulos fossem revestidos da força do alto (Lc 24,49).
Por meio do Espírito Santo, o Senhor Ressuscitado nos dá sabedoria para
compreender a sua Palavra e força para dar testemunho.
Nos Atos dos Apóstolos, encontramos o testemunho corajoso de Pedro,
anunciando a ressurreição de Jesus ao povo. Deus
o ressuscitou dentre os mortos, e disso nós somos testemunhas (At 3,16). O
testemunho cristão leva à conversão e a vida nova. Quem crê no testemunho dos
Apóstolos, transmitido através da Igreja, se dispõe a trilhar um caminho de
conversão e de discipulado, tornando-se também testemunha de Cristo.
ORAÇÃO
Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual,
para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus,
espere com plena confiança o dia da ressurreição. Amém!
Editado por JorgeMacielNews
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