terça-feira, 23 de agosto de 2011

DRIBLANDO A VIOLÊNCIA FAMILIAR

Na SEMANA DA FAMÍLIA, nos propusemos a refletir sobre esse tema tão presente em nosso meio e tão difícil de ser aceito, pois até pouco tempo, era inconcebível pensar na família enquanto espaço de violência.

Por mais difíceis que fossem as relações familiares, havia a idéia de que a família deveria estar unida e superar as dificuldades.

No entanto, o modelo de família que se pautava no respeito, no compromisso e na obediência hoje é por muitos criticado e considerado ultrapassado. O jeito moderno de ser e de viver trouxe também muito isolamento e competição entre os membros da família, o que tem gerado diferentes formas de violência: moral, física, sexual, financeira, intelectual e até mesmo espiritual.

Todas essas formas de violência acabam provocando uma espécie de falência nos valores familiares e certo descrédito em relação à formação de novas famílias. Acompanhamos uma invasão de novos modelos familiares por meio dos meios de comunicação de massa baseados apenas no bem estar individual, de forma até irresponsável, pois não considera os desdobramentos dessa inversão de valores na formação de novas famílias.

Nesse processo, o excesso de liberdade nas relações e a falta de limites tanto dos filhos em relação aos pais quanto dos pais em relação aos filhos têm gerado angústias, problemas, violência e novos desafios na estrutura familiar.

A forma de atribuir valores à luz das coisas humanas tem intensificado um consumismo que desumaniza e faz com que muitas pessoas, mesmo morando sob um mesmo teto, não se conheçam e vivam em clima de desconfiança, de competição e desrespeito.

Todavia, mesmo com dificuldades, as famílias devem se encorajar e mostrar o lado ético e cristão de se viver. Mostrar que é possível viver em família de um modo mais simples, sem muito consumismo e com mais liberdade para falar e ser ouvido, para ser visto como alguém importante, enfim, para que cada membro tenha seu lugar dentro da família.

O que mais gera violência é a competição, a falta de amor e de respeito, mas nós acreditamos que é possível reverter essa situação, instituindo relações de amor e paz em nossos lares. Para auxiliar nesse processo, existem vários grupos de casais que têm envidado esforços no sentido de fortalecer a união das famílias.

Em uma das reuniões do MFC – MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO, uma senhora partilhou que enquanto preparavam a casa para receber os membros do Grupo, sua filha, de cinco anos de idade teria dito que sua família é uma equipe, pois cada um estava realizando uma tarefa para que toda a casa ficasse arrumada.

Esse exemplo mostra um caminho possível para driblar as dificuldades e a violência: viver em equipe, onde cada um contribui para o sucesso do grupo; onde cada um tem sua parcela de colaboração e é reconhecido por isso.

Vemos as pessoas torcendo com todas as suas forças pelo seu time de futebol. Deveríamos aprender a torcer do mesmo jeito, com o mesmo vigor, para o sucesso de nossa família. Aprender a valorizar cada membro, com suas dificuldades e limites, mas com as suas qualidades e dons.

É preciso lembrar que a educação dada pela família, os valores repassados através dos padrões de ética, de moral e de religiosidade aos filhos são fundamentais para sua formação, pois uma criança que cresce num ambiente familiar onde se respira o amor, onde se vivem relações de respeito, aprende a amar com naturalidade. Que nossas atitudes possam mostrar à sociedade que a família pode e deve ser um espaço de amor, de partilha e de formação de cidadãos e cidadãs que acreditam que além dos limites materiais, há uma eternidade a ser experimentada junto a Deus Pai, criador de todas as coisas.

                                                       Darlene, Dirceu, Zélia, Willian, Débora,
Geralda, Geraldo, Mateus e Ana Cláudia
EQUIPE SAGRADA FAMÍLIA
PARÓQUIA BOM PASTOR
MFC RONDONÓPOLIS/MT

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