segunda-feira, 29 de agosto de 2011

VEÍCULO NOVO, SEMINOVO OU USADO?






O bolso pesa muito no
momento de decidir que veículo comprar. Mas considere também a possibilidade de
satisfazer antigos sonhos, não necessariamente caros, como o de ser o dono
daquele "fora-de-linha conservado e econômico".








NOVO OU USADO?


O
aspecto emocional pesa na compra do carro. Você tem de gostar de como ele é.
Mas não convém exagerar na diferença. Com peças de reposição muito raras e
caras, devem-se evitar os importados antigos - se você não é colecionador, assim
como os modelos modificados -carroceria diferente, suspensão levantada etc.
Eles atraem os olhares na rua, mas as alterações dão despesa, e, na hora de
passar adiante os veículos modificados, poucos querem comprá-los.





CONFORTO DO ZERO


O
zero-quilômetro, além do conforto inerente ao fato de ser novo, tem vantagens
evidentes: a parte mecânica é mais confiável, os custos de manutenção são mais
baixos, o carro tem garantia de fábrica --em geral de um ano ou determinada
quilometragem--, a mão-de-obra e certas peças são gratuitas nas primeiras
revisões. Por outro lado, ele custa mais, a não ser para algumas pessoas que
têm isenção de impostos, como os deficientes.





Com
o passar do tempo e de milhares de buracos, aparecem os primeiros sintomas de
perda da juventude: ruídos, folga na direção, embreagem gasta etc. Outro
argumento favorável ao zero-quilômetro é o de que a troca freqüente de veículo
seria mais econômica do que permanecer com ele por alguns anos, já que a
desvalorização é muito grande.





No
entanto, há quem defenda a tese contrária: perde-se dinheiro trocando de carro
todo ano, pois a maior depreciação do carro zero-quilômetro ocorre no momento
em que ele é retirado da concessionária.





SEMINOVOS



o fato de estar registrado em nome do primeiro proprietário, mesmo tendo apenas
50 km rodados, faz do ex-zero-quilômetro um carro usado e, portanto, bem mais
barato que o novo. Para tentar conter a depreciação dos usados e esquentar os
negócios, o mercado criou um neologismo e uma nova faixa de venda: os
seminovos.





O
critério que indica se um carro é seminovo é impreciso. Na definição da
Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado de São Paulo (Assovesp),
o seminovo deve ter, no máximo, três anos de uso, um só dono e baixa
quilometragem. E este é também um critério subjetivo: considera-se com
"baixa quilometragem" tanto um veículo que tenha rodado 5.000 km em
três anos quanto um que tenha percorrido 30 mil no mesmo período.






outros fatores que impedem que o veículo seja comercializado como seminovo:





·
má conservação;


·
estrutura afetada por acidentes;


·
lataria com sinais de ferrugem;


· defeitos
no motor, embreagem, câmbio e/ou suspensão e mau alinhamento;


·
mudança no motor para torná-lo mais potente;


·
mudança do tipo de combustível;


·
rebaixamento da carroceria;


·
acessórios que alteram a forma original do veículo.





DEPRECIAÇÃO


No
Brasil da segunda metade da década de 1980, o automóvel se transformou numa
espécie de aplicação de curto prazo. Hoje, as filas de espera acabaram,
produção e demanda se normalizaram e até os modelos mais procurados são
encontrados sem dificuldade - só ganha dinheiro com a compra e venda de
veículos quem negocia com eles dia a dia. Portanto, a decisão de comprar um
veículo para uso pessoal não pode estar de forma alguma vinculada ao objetivo
de ganhar dinheiro ao vendê-lo: a desvalorização é incontestável.





A
depreciação de um veículo é conseqüência de diversos aspectos: o fato de não
ser novo; as condições de trânsito e de clima na região onde ele circula; o
modo de dirigir do motorista; o nível das oficinas mecânicas; a falta de
assistência técnica, como ocorre com certos modelos importados; o contexto
econômico do país; e até a existência de um bom transporte público. Quem está
acostumado a "esticar" a marcha além do normal e parar bruscamente,
por exemplo, desgasta muito mais o carro do que o motorista que não exige tanto
do motor.





Índices
da perda Entre os especialistas não há consenso sobre um índice anual de
depreciação dos veículos. Em geral, o carro sofre maior desvalorização, entre
20% e 30%, no primeiro ano. Um fator que influencia essa queda abrupta é o
lançamento de modelos novos, com outros atrativos e preços mais altos. A
desvalorização se reduz e praticamente se estabiliza a partir do quarto ano,
com um índice anual inferior a 10%.





Faça
as contas: se você trocar de carro todo ano, terá pagado, em média, 25% a mais
anualmente. No fim de quatro anos, o gasto terá sido de 100%. Se, por outro
lado, você mantiver o veículo esse tempo todo, terá perdido 48%, no exemplo do Fiesta,
e 38%, no do Palio.





Os
modelos importados e os de luxo são os que mais se desvalorizam em menos tempo,
pois sua compra está mais ligada ao status que eles proporcionam. Nessa faixa
de preço, os compradores potenciais preferem o zero-quilômetro. Desvalorização
semelhante ocorre com os modelos esportivos. Eles freqüentemente fazem pensar
em motoristas displicentes que forçam o motor, deixando o carro
"ralado".





A HORA DA TROCA


No
Brasil, um carro roda, em média, 20 mil quilômetros por ano. Em dois anos, já
apresenta cerca de 60% de desgaste dos componentes mais caros, como freio e
embreagem. Embora cada caso seja um caso, considera-se que a hora da troca
chega quando as despesas com a manutenção não mais conseguem segurar a
desvalorização do usado.





Acessórios
e opcionais que custam caro num zero-quilômetro não contribuem tanto para
valorizar o usado. Apesar de ter aumentado a procura de complementos, como
ar-condicionado e direção hidráulica, são poucos os compradores que se dispõem
a pagar a mais pelos carros usados para compensar o que os equipamentos valem.





Em
compensação, o usado tem a vantagem de pagar um Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA) menor, que se reduz na mesma proporção do preço do
veículo. O custo do seguro do carro usado também diminui, mas em menor escala.





CARROS PARA
DEFICIENTES


As
pessoas com deficiências físicas habilitadas a dirigir podem comprar em
qualquer concessionária um automóvel adaptado. A concessionária o encomenda à
fábrica ou recorre a uma firma especializada em adaptações. Qualquer veículo
pode ser modificado e tem isenção de impostos. As adaptações --embreagem,
câmbio, pedais etc.-- são feitas de acordo com o laudo médico do órgão de
trânsito. Os deficientes auditivos podem optar pela instalação de sensores no
painel que, por meio de luzes, alertam para sons ou ruídos próximos (sirene,
buzina etc.).


Com informações da Folha Veículos

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