James Magalhães de Medeiros |
James Magalhães de Medeiros
Grupo Mãos Dadas/MFC Maceió
E
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stamos prestes a encerrar o processo
eleitoral. Voltaremos às urnas para escolher o futuro presidente da República
Federativa do Brasil. É o nosso dever de cidadão no exercício de nossa
cidadania. Dos candidatos postos restaram apenas dois tudo nos conformes da
legislação eleitoral vigente.
Agora, vencerá o mais votado, que logo será
diplomado. E como escolher o melhor de olho no futuro de nosso povo? Em verdade
não será tão fácil, diante de nossa tamanha responsabilidade. Mas temos que
fazer a escolha e o futuro está a depender do nosso ato cívico.
O contexto que se nos apresenta, mostra um
país dividido, com duas torcidas bem delineadas e vibrantes, focadas muito mais
nos candidatos e muito menos nos seus programas de governo. A vibração é tanta,
que tudo é válido e permitido em defesa de seu candidato, incluindo até ataques
ofensivos. Esse comportamento inadequado está levando o eleitor a decidir
puramente com a emoção, com o coração, infelizmente. Em alguns instantes
observamos que as discussões são permeadas de raiva, onde o fígado tem assumido
mais importância do que o coração.
Acredito que todos esses fatos tem
acontecido, em decorrência de uma campanha política fundamentada na
desconstrução do adversário. Lembro que o eleitor não pode assumir o papel de
um mero torcedor, isto é, votar sem ter a certeza do que o seu candidato
pretende fazer, se eleito for.
O cenário apresentado nos conduz a esse tipo
de conduta, pois, se nada temos ou vemos, impossível julgar ou avaliar, e muito
menos agir, assumindo o nosso verdadeiro papel de cidadão, conscientemente.
Nesse ponto, concluo que os grandes responsáveis por essa situação são os
próprios candidatos, pois, durante a campanha não apresentaram os seus
programas de governo com antecedência e divulgação adequada. A candidata à
reeleição se limitou a enaltecer as conquistas dos doze anos de governo do seu
partido, enquanto que o seu opositor, apenas fez comentários pontuais de seu
programa, em debates e entrevistas, deixando para os últimos dias a sua
divulgação.
Assim, no transcorrer do período de campanha,
a candidata à reeleição destacou a autonomia do Banco Central e a
universalização da educação, enquanto que o seu opositor deu ênfase a redução
da maioridade penal para crimes hediondos e as reformas tributária e política.
No mais, discorreram sobre economia, política externa, segurança, educação e
saúde, tudo dentro de seus entendimentos pessoais e partidários. Vamos
aproveitar o tempo que ainda nos resta e fazer uma avaliação criteriosa dos
candidatos e de suas propostas, para decidirmos com a nossa razão, olhando o
futuro do nosso País, não como torcedor, mas como eleitor e cidadão.
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