sábado, 25 de outubro de 2014

ELEITOR OU TORCEDOR?


James Magalhães de Medeiros
James Magalhães de Medeiros
Grupo Mãos Dadas/MFC Maceió

E
stamos prestes a encerrar o processo eleitoral. Voltaremos às urnas para escolher o futuro presidente da República Federativa do Brasil. É o nosso dever de cidadão no exercício de nossa cidadania. Dos candidatos postos restaram apenas dois tudo nos conformes da legislação eleitoral vigente. Agora, vencerá o mais votado, que logo será diplomado. E como escolher o melhor de olho no futuro de nosso povo? Em verdade não será tão fácil, diante de nossa tamanha responsabilidade. Mas temos que fazer a escolha e o futuro está a depender do nosso ato cívico.

O contexto que se nos apresenta, mostra um país dividido, com duas torcidas bem delineadas e vibrantes, focadas muito mais nos candidatos e muito menos nos seus programas de governo. A vibração é tanta, que tudo é válido e permitido em defesa de seu candidato, incluindo até ataques ofensivos. Esse comportamento inadequado está levando o eleitor a decidir puramente com a emoção, com o coração, infelizmente. Em alguns instantes observamos que as discussões são permeadas de raiva, onde o fígado tem assumido mais importância do que o coração. Acredito que todos esses fatos tem acontecido, em decorrência de uma campanha política fundamentada na desconstrução do adversário. Lembro que o eleitor não pode assumir o papel de um mero torcedor, isto é, votar sem ter a certeza do que o seu candidato pretende fazer, se eleito for.

O cenário apresentado nos conduz a esse tipo de conduta, pois, se nada temos ou vemos, impossível julgar ou avaliar, e muito menos agir, assumindo o nosso verdadeiro papel de cidadão, conscientemente. Nesse ponto, concluo que os grandes responsáveis por essa situação são os próprios candidatos, pois, durante a campanha não apresentaram os seus programas de governo com antecedência e divulgação adequada. A candidata à reeleição se limitou a enaltecer as conquistas dos doze anos de governo do seu partido, enquanto que o seu opositor, apenas fez comentários pontuais de seu programa, em debates e entrevistas, deixando para os últimos dias a sua divulgação.

Assim, no transcorrer do período de campanha, a candidata à reeleição destacou a autonomia do Banco Central e a universalização da educação, enquanto que o seu opositor deu ênfase a redução da maioridade penal para crimes hediondos e as reformas tributária e política. No mais, discorreram sobre economia, política externa, segurança, educação e saúde, tudo dentro de seus entendimentos pessoais e partidários. Vamos aproveitar o tempo que ainda nos resta e fazer uma avaliação criteriosa dos candidatos e de suas propostas, para decidirmos com a nossa razão, olhando o futuro do nosso País, não como torcedor, mas como eleitor e cidadão.   


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